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O lugar do poeta Eurípides na primeira estética de Nietzsche: tensões e ambiguidades na recepção da Tragédia gregaREIS, Ronney Alano Pinto dos 22 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-22 / Em seu primeiro livro, Nietzsche ensejou tocar nos temas mais candentes de seu tempo, entre os quais se encontra o problema da ciência como modelo de apreciação da vida, cujo reflexo mais significativo se expressa na figura do homem teórico – fruto do racionalismo oriundo da metafísica socrático-platônica. Embalado por suas esperanças de renovação das artes germânicas, o filósofo procurou na Grécia uma espécie de contramodelo. Tal empreendimento exigiu todo um estudo a respeito da origem e declínio da arte trágica, no qual Eurípides ocupa um papel de destaque. Assim, buscamos refazer este percurso em torno do “Nascimento da Tragédia” de modo a pensar o poeta, para além do lugar comum (quase sempre ligado a uma cerrada crítica), também como uma possível e importante referência para aquele momento, pondo em evidência as tensões e ambiguidades acerca da interpretação nietzschiana da tragédia. Neste sentido, nossa pesquisa apresenta os deslocamentos teóricos operados pela filosofia trágica do jovem Nietzsche, de maneira a apontar para as bases com que ele lança sua própria proposta estética fundada na metafísica de artista. Na sequência, defendemos que Eurípides ocupa um lugar dentro do projeto nietzschiano de um antiplatonismo. Por fim, analisamos as máscaras ou facetas do tragediógrafo com e para além da crítica de Nietzsche. / In his first book, Nietzsche attempted to touch on the most burning themes of his time, among which there is the problem of science as a model of appreciation of life, whose most significant reflection is expressed by the figure of the theoretical man - the fruit of rationalism from the Socratic-Platonic metaphysics. Balanced by his hopes for the renewal of the Germanic arts, the philosopher sought in Greece a kind of counter-model. This undertaking required a study of the origin and decline of the tragic art in which Euripides occupies a prominent role. Thus, we seek to retake this path around the “Birth of the Tragedy” in order to think the poet, beyond the common place (almost always linked to a closed critic), also as a possible and important reference for that moment, putting in evidence the tensions and ambiguities surrounding Nietzsche interpretation for tragedy. In this sense, our research intends to present the theoretical displacements operated by the tragic philosophy of the young Nietzsche, in order to point to the bases with which he launches his own aesthetic proposal based on the metaphysics of an artist. In the sequence, we argue that Euripides occupies a place within Nietzsche’s project of an anti-Platonism. Finally, we analyze the masks or facets of the tragedy with and beyond Nietzsche's critique.
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