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Biopolítica em FoucaultFarhi Neto, Leon January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T10:04:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
246961.pdf: 122870 bytes, checksum: 6cb6fd44fa03c231f184b70c502d8dd0 (MD5) / Atualmente, o termo #biopolítica# é empregado por inúmeros autores, e não
apenas no domínio da filosofia política. Essa difusão, como era de se esperar, terminou por diluir, quando não alterou completamente, o uso que o filósofo Michel Foucault fez do termo, nos anos 1970. Por esse motivo, pareceu-nos interessante fixar, nesta dissertação, o significado ou significados originalmente atribuídos ao termo #biopolítica#, por Foucault, em seus livros, artigos e entrevistas. A pesquisa identificou cinco formulações, relativas a cinco mecanismos de poder distintos: o poder medical, o dispositivo de raça, o dispositivo de sexualidade, o dispositivo de
segurança e a governamentalidade neoliberal. Nesta dissertação, reserva-se um capítulo para a análise de cada um destes mecanismos. Na conclusão, busca-se responder à questão a respeito das diferenças e das identidades entre essas cinco acepções de #biopolítica#.
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A linguagem poética em HeideggerLemos, Luiz Sperb January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-23T14:15:02Z (GMT). No. of bitstreams: 0
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A noção de ciência de nietzsche em "humano, demasiado humano"Tartas, Victor January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-23T15:35:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
245243.pdf: 617969 bytes, checksum: 228126de4cb72ace11835c90955be62f (MD5) / O presente trabalho tem por objetivo analisar a obra #Humano demasiado humano# de Nietzsche, procurando caracterizar a noção de ciência. Este termo aparece inúmeras vezes nesta obra, isto pode fazer-nos pensar que Nietzsche seja um defensor da ciência moderna. No entanto, observaremos que em parte isto ocorre, em parte não. #Humano demasiado humano# inaugura um novo período da filosofia nietzschiana em que acontece uma inversão no que diz respeito à filosofia do #Nascimento da tragédia#: agora o homem do tipo científico é privilegiado em relação ao do tipo artístico. Contudo, veremos que este tipo científico não nega absolutamente a arte, somente a rejeita enquanto atividade dominante da cultura. Observaremos também os desdobramentos de #Humano demasiado humano# nas obras posteriores de Nietzsche, para desta forma concluirmos que muito do que está presente neste escrito serviu como início de uma filosofia negadora da tradição do pensamento metafísico ocidental.
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Corpo, educação e reificaçãoBassani, Jaison José January 2008 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação. Programa de Pós-graduação em Educação / Made available in DSpace on 2012-10-23T22:05:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
254817.pdf: 1349394 bytes, checksum: 3e9bb59367a161a17b7fca85944a8f53 (MD5) / O corpo e suas expressões se colocam como tema não apenas sob a forma de notas marginais na filosofia de Theodor W. Adorno, mas conformam uma constelação por meio da qual o autor compreende a história da subjetividade e da civilização ocidental. As questões relacionadas ao corpo adquirem também uma forte presença nos escritos de Adorno mais diretamente relacionados com a problemática educacional, vários deles reunidos no livro Erziehung zur Mündigkeit (Educação e emancipação). A presente tese de doutorado tem como objetivo investigar a dimensão pedagógica que o corpo adquire na obra do filósofo frankfurtiano, a partir do desdobrando de uma de suas principais assertivas sobre a temática presente no clássico texto Educação após Auschwitz: se toda a vez em que a consciência é mutilada (reificada - verdinglichten) as conseqüências se refletem sobre a dimensão somática de uma maneira não-livre e propícia à violência e à crueldade, como afirma Adorno, perguntamos então se a questão não pode ser, nos marcos de seu próprio pensamento, recolocada em outra dimensão: em que medida uma relação não patogênica com o corpo pode indicar uma consciência não reificada, uma subjetividade não danificada. Desse contexto emerge a relação entre corpo, técnica e produção da consciência reificada, elementos que se combinam de diversas formas na obra de Adorno, mas que encontram seu desiderato na crítica à ambigüidade do progresso, manifestada predominantemente no desenvolvimento científico e tecnológico, no aperfeiçoamento da divisão social do trabalho, e na evolução dos meios de comunicação de massa. Expressão da possibilidade permanente da catástrofe, inscrita no seio do próprio progresso, o crescente processo de tecnificação das pessoas no contemporâneo, seu papel no declínio da experiência (Erfahrung), no embrutecimento do sujeito, no desaparecimento de quaisquer vestígios de particularidade e na conformação de uma determinada pedagogia dos gestos e do corpo, são lidos no contexto dessa investigação como índice da violência arcaica contra a natureza, que simultaneamente se materializa, retroage e se perpetua na relação distorcida do homem com o próprio corpo. Ao aprofundarmos a relação entre corpo e técnica no marcos do conceito de domínio da natureza no pensamento de Adorno, como desdobramento do objetivo acima exposto, a técnica é interpretada como uma espécie de segunda natureza, não como humanização, mas sim como catástrofe - conceito central na filosofia da história de Adorno -, que engendraria um profundo processo de esquecimento do nosso passado, da nossa relação de compartilhamento com a natureza, ao mesmo tempo em que sua força proviria justamente desse esquecimento. A técnica seria, então, uma forma racional de organizar e potencializar uma relação de severidade e de domínio absoluto sobre o próprio corpo - temas, a propósito, recorrentes nas reflexões de Adorno sobre a educação. O refinamento trazido pelo aparato tecnológico e a instrumentalidade corporal acabariam se convertendo em mediadores da perversa equação de celebração e de desprezo, de amor-ódio pelo corpo. Dito de outra forma, o domínio e a manipulação instrumental da natureza, para a qual a técnica é fator indispensável, acabaria levando inexoravelmente à instrumentalização do humano, assim como a conversão daquela em matéria bruta, em puro objeto, conduziria não apenas a reificação das relações sociais, mas também a conversão da naturalidade primária do humano, seu corpo, em algo de morto. Objetivando estabelecer melhores contornos à critica de Adorno à técnica, freqüentemente enquadrada entre aquelas de matriz romântica e saudosista, a pesquisa debruça-se também sobre a obra do espanhol José Ortega y Gasset, pensador que também destina à técnica, enquanto índice da crítica que faz à cultura e à sociedade contemporânea de sua época, importante fração de sua obra. Embora Adorno e Ortega possuam pontos em comum na leitura que fazem do progresso técnico da sociedade ocidental, como, por exemplo, o eixo antropológico de suas análises e o papel destinado ao pensamento e à filosofia no enfrentamento ao existente, há profundas diferenças teórico-metodológicas em suas formulações. Ortega y Gasset descreve aspectos negativos do cientificismo, da mecanização e da cultura de massas - temas intimamente relacionados com o desenvolvimento da técnica -, mitigando as conseqüências seja através da ênfase renovada em torno de velhos ideais ou da indicação de novos objetivos a serem alcançados sem o risco de uma transformação radical das relações sociais. Adorno, por sua vez, coloca como centro de sua atividade crítica justamente o progresso linear e infinito, com as devidas e conhecidas ressalvas que o colocam absolutamente fora das fileiras da irracionalidade e do obscurantismo. A dialética do progresso é entendida em sua imanência, ou seja, verificando o núcleo de verdade na inverdade da dominação.
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Economia política em Aristóteles e a perspectiva de MarxLima, Alexandre 26 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-26T08:33:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
299507.pdf: 1273343 bytes, checksum: e33ad8e548ee4d6617dfadce6cc1ad43 (MD5) / Considerando as peculiaridades da formação sócio-econômica antiga, verifica-se uma germinal e coerente economia política em Aristóteles que, devido o esforço analítico e a coerência contextual, tornou-se importante marco teórico para as escolas econômicas modernas, especialmente para Marx o qual, sem pretender reviver Aristóteles para adotá-lo sob condições modernas, apreende os preceitos aristotélicos assumindo-os como ponto de partida fundamental de sua teoria econômico-filosófica. Apesar de na Grécia antiga a economia não estar separada da política, Aristóteles trata-a de modo objetivo e coerente, conforme a importância e os limites epistêmicos da economia naquele contexto. Na Ética a Nicômacos a análise econômica encontra-se associada ao tema da justiça devido a necessária distribuição equitativa dos bens, e para que coisas diferentes sejam trocadas é preciso algo que possa igualá-las a fim de se manter a comunidade. Aristóteles contempla como possibilidades o trabalho, o dinheiro e a necessidade para ser o padrão de comensurabilidade, não obstante, aceita a necessidade mas apenas de um modo "suficientemente admissível", resposta ambígua que desperta polêmica quanto às possíveis implicações metafísicas. Na Política, preocupado com a influência sobre a ética e política, Aristóteles busca delimitar o escopo da economia apresentando suas diferenças com a crematística natural (voltada à aquisição) e a crematística não-natural (voltada ao ganho), de acordo com suas diferentes finalidades. Apóia-se também na distinção entre uso próprio (valor de uso) e uso não-próprio (valor de troca) de cada coisa, e entre práxis (ação) e poiésis (produção) - baseada na noção de limite e imanência do fim na ação - para estabelecer os limites entre política, economia e crematística. O desenvolvimento da troca comercial, com a prática do monopólio e da usura, promove alterações no comportamento dos indivíduos, mas a causa principal da confusão quanto à finalidade da economia é moral: a ganância. Depois de considerar os fatores econômicos Aristóteles elabora uma constituição com leis e educação fundamentadas na virtude e, ao mesmo tempo, capaz de conceder, com restrições, cidadania àqueles envolvidos diretamente no comércio. As aproximações entre Marx e Aristóteles são verificadas em diferentes âmbitos e muitos filósofos encontram semelhanças entre os dois filósofos a partir da ética, antropologia e política, destacando inclusive a apropriação marxiana dos conceitos aristotélicos de ato e potência. Realmente Marx apresenta o trabalho sob duas perspectivas que juntam o que em Aristóteles estavam separados: o trabalho como atividade que dá conta das necessidades básicas do homem, semelhante à poiésis; e o trabalho que realiza as potencialidades para a emancipação da classe produtora assalariada, característica da práxis, considerando sempre que o trabalho é categoria central na economia política de Marx. Independentemente das semelhanças ou diferenças éticas, antropológicas e políticas, defendemos que Aristóteles é a pedra fundamental na filosofia da economia de Marx, é o elemento teórico que ressalta aquelas diferenças nos modos de produção que confirmariam a dialética marxiana. Antes de se apropriar de alguns princípios filosófico-econômicos de Aristóteles, Marx por meio de avaliação histórica, ressalta as singularidades econômicas da sociedade antiga. Depois Marx analisa os êxitos e hesitações de Aristóteles na busca do padrão de comensurabilidade, na distinção entre valor de uso e valor de troca, na delimitação da economia e em todos os outros conceitos que servem para Marx fundamentar sua crítica da economia política. / Considering the peculiarities of the old social-economical formation, it is verified a germinal and coherent politics economy in Aristotle which, due to the analytical strength and the contextual coherence, it became an important theoretical march for the modern economical schools, specially for Marx who, having no intentions to bring Aristotle alive in order to adopt him under modern conditions, apprehend the Aristotle's rules assuming them as a fundamental starting point of his philosophical-economical theory. Although, the economy is not apart from the politics in Greece, Aristotle treats it as an objective and coherent way, in relation to the importance and the epistemic limits of the economy in such context. In the Nicomachean Ethics, the economical analysis is related to the topic of justice due to the need of equitable distribution of goods, and in order to change different things, it is necessary something that can equalize them with the aim to maintain the community. Aristotle contemplates as possibilities: work, money, and the need to be the ideal of commensurability, nevertheless, he accepts the necessity, but only as a "sufficiently acceptable" manner, ambiguous answer that provokes polemic regarding the possible metaphysical implications. In Politics, worried with the influence on ethics and politics, Aristotle searches to delimit the purpose of economy presenting its differences with the natural chrematistics (in relation to the acquisition) and the non-natural chrematistics (in relation to the gains), regarding to their different finalities. Aristotle also supports himself in the distinction between the self use (value of use) and the non-self use (value of exchange) of each object, and between praxis (action) and poiesis (production) - based on the notion of limit and immanency of the end in the action - to establish the limits between politics, economy, and chrematistics. The commercial exchange development, with the practice of monopoly and usury, promotes alterations in the behavior of the individuals; however, the main cause of the confusion regarding the end of the economy is moral, and it is the rapacity. After considering the economical factors Aristotle elaborates a constitution with law and education which are based in the virtue and, at the same time, they are capable of conceding, with restrictions, citizenship for those who are directly involved with commerce. The approximation between Marx and Aristotle are verified in different ambits and several philosophers find similarities between both philosophers from the ethics, anthropology, and politics, inclusively detaching the Marxism appropriation of Aristotle#s concepts of act and potency. It is truth that Marx presents the work under two perspectives which join together what in Aristotle were separated: the work as an activity that handles the men basic needs well, similar to poiesis; and the work that does the potentialities for the emancipation of the employed producer class, a praxis characteristic, always considering that work is a central category in Marx political economy. Regardless the ethical, anthropological, and political similarities or differences, we argue that Aristotle is the fundamental stone in the philosophy of Marx economy, it is the theoretical element that detaches those differences in forms of production which would confirm the Marxism dialectics. Before appropriating of some economical-philosophical principals of Aristotle, Marx stands out - through descriptive historical observation in both To the Critic of Political Economy, and in Grundrisse and The Capital - the economical singularities of the ancient society. Just after this, Marx analyses Aristotle#s exits and hesitations in the search of the commensurability ideal, in the distinction between the value of use and the value of exchange, in the economical delimitation and in all the other concepts which work for Marx to base his critic of the political economy.
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Estudos sobre o realismo estruturalSteinle, William January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T09:14:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
228906.pdf: 602704 bytes, checksum: fca3be371f04ac49b51643ec47761511 (MD5) / Existem pelo menos duas versões do realismo estrutural, a epistemológica e a ontológica. O realismo estrutural epistemológico afirma que o nosso conhecimento do mundo, representado por nossas melhores teorias científicas, é estrutural; a ciência não pode nos revelar nada que esteja além da estrutura - ou seja, nada das 'qualidades', da 'natureza intrínseca' ou da 'coisa em si' dos objetos pode ser conhecido. O realismo estrutural ontológico irá dizer que tudo o que podemos conhecer do mundo são estruturas porque só existem estruturas, e nada mais; essa versão sustenta uma ontologia de estruturas, e não de objetos. Dividimos a dissertação em duas partes. Na primeira, apresentamos um breve desenvolvimento histórico das duas versões do realismo estrutural e algumas críticas a elas; na segunda, apresentamos algumas definições fundamentais para uma discussão acerca da possibilidade de sustentarmos o realismo estrutural ontológico que será feita no final da dissertação.
There are at least two versions of the structural realism, the epistemic version and the ontic or metaphysical version. The epistemic structural realism affirms that our knowledge of the world, represented by our best scientific theories, is structural; the science can't reveal anything that is above the structure ¡ that means, nothing of the 'qualities', 'intrinsic nature' or 'thing-in-itself' of the objects can be known. The ontic structural realism says that everything we can know about the world is structures because there are only structures, and nothing else; this version maintains an ontology of structures, and not of objects. We divide the dissertation into two parts. The first one presents a brief historical development of the two versions of the structural realism and the main objections to them; the second, some basic definitions that will then be used in a discussion, which concludes the dissertation, on the possibility of maintaining the ontic structural realism.
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O supereu na teoria psicanalíticaCarvalho, Clara Ataíde Fonseca January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:25:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
345483.pdf: 1025134 bytes, checksum: 3b3c99422aa0284c83819a9422ad62bf (MD5)
Previous issue date: 2016 / Este trabalho apresenta o conceito de supereu, instância psíquica que integra a segunda tópica freudiana, com o objetivo de delimitar seu lugar, gênese e função na teoria psicanalítica. Para isso, segue-se o que Freud propõe como uma apresentação metapsicológica, isto é, a descrição de um processo psíquico sob os aspectos topográfico, dinâmico e econômico. Parte-se da hipótese de que a noção de supereu surge como uma resposta a duas questões problemáticas na construção da metapsicologia: a primeira, a caracterização de um monismo ou um dualismo pulsional após a reformulação da teoria das pulsões, a qual introduz o conceito de pulsão de morte; e a segunda, a compulsão à repetição. Esclarece-se, então, que o conceito de supereu articula uma teoria da pulsão de morte e da destrutividade no âmbito psíquico. É explicitado o caráter do supereu de estranho, um núcleo observador formado como resto do processo de recalcamento. Diferenciando-se do ideal do eu, o supereu tem uma relação com uma moralidade categórica e com o sentimento de culpa ao caracterizar-se como uma lei insensata que impele o sujeito a um gozo impossível, conformando um imperativo e engendrando a compulsão à repetição, relacionada à descarga da pulsão de morte. Deste modo, evidencia-se que a instituição dessa instância na estruturação psíquica dá corpo a um funcionamento psíquico originário, que configura uma economia psíquica paradoxal em relação à regulação pelo princípio do prazer. É abordada, ainda, a contribuição da noção de supereu para a discussão acerca dos impasses da vida cultural, discutindo-se a ideia de "psicanálise aplicada" e indicando o supereu como conceito chave na crítica ao modo pelo qual a cultura busca tornar inócuos os efeitos destrutivos da pulsão de morte.<br> / Abstract : This work presents the concept of superego, psychic agency that integrates Freud?s second topic, in order to delimit its place, genesis and function in psychoanalytic theory. To this end, it is followed what Freud proposes as a metapsychological presentation, i.e., the description of a psychical process in its topographical, dynamic and economic aspects. It is assumed that the notion of superego comes as a response to two problematic issues in the construction of metapsychology: the first one, the characterization of a drive monism or dualism after the reformulation of the drive theory, which introduces the concept of death drive; and the second one, the compulsion to repeat. Therefore, it is clarified that the concept of superego articulates a theory of the death drive and destructiveness within the psyche. It is made clear the superego?s character of uncanny, an observing nucleus formed as a residue of the process of repression. Differentiating itself from the ego ideal, the superego is related to a categorical morality and the sense of guilt as it is characterized as a senseless law that impels the subject towards an impossible jouissance, taking the form of an imperative and engendering the repetition compulsion, related to the discharge of the death drive. Thus, it is shown that the institution of this agency in the psychic structure embodies an original psychic functioning, which constitutes a paradoxical psychic economy in relation to the regulation by the pleasure principle. In addition, the contribution of the notion of superego to the debate about the impasses in cultural life is addressed, discussing the idea of "applied psychoanalysis" and indicating the superego as a key concept in the criticism of the way culture seeks to make the destructive effects of death drive innocuous.
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Alvin Plantinga e seu macroargumento contra o naturalismoKoslowski, Adilson Alciomar 24 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T11:20:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
272754.pdf: 1230396 bytes, checksum: d57b5571bb09906cea5a2a8ec793854a (MD5) / O objetivo desta tese é apresentar um macroargumento proposto por Alvin Plantinga contra o naturalismo (MCN). O MCN é constituído de: (1) Se um sujeito S é epistemicamente racional e consciente, então S escolhe apenas as crenças verdadeiras ou provavelmente verdadeiras; caso contrário S é irracional. (2) Os argumentos A1, ou A2, ou A3 são sólidos, sendo suas premissas verdadeiras ou provavelmente verdadeiras. (3) Logo, S é racional se crer em A1, ou A2, ou A3. (4) Se S crer em A1, ou A2, ou A3, então S tem um anulador para o naturalismo. (5) Logo, é irracional para S crer no naturalismo. Para sustentar o MCN, vamos utilizar fundamentalmente das argumentações do filósofo americano Alvin Plantinga (1993a, 1993b, 2000 etc.) contra o naturalismo. Os principais argumentos de Plantinga contra o naturalismo podem ser resumidos a três: A1 - Toda definição naturalista fracassa na análise de função apropriada: (P1) Nenhuma das definições puramente naturalistas de função apropriada é ou necessária ou suficiente. (P2) A única análise de função apropriada provavelmente correta é advinda do comprometimento com o teísmo cristão ou algo similar. (C) Logo, as definições puramente naturalistas são provavelmente falsas. A2 - Um sujeito comprometido com o naturalismo e a teoria da evolução (N&E) não pode ter nenhum conhecimento: (P1) Dado um sujeito, S, comprometido com N&E, sua confiabilidade cognitiva R de produzir crenças verdadeiras é provavelmente baixa ou inescrutável. (P2) Se R não é confiável, então as crenças de S são anuladas. (C) Se S tem um anulador para todas as suas crenças, S tem um autoanulador para N&E. A3 # Um cientista cristão não deve estar comprometido com o naturalismo metodológico, uma forma velada de naturalismo ontolontológicos naturalistas na ciência moderna. (P3) A ciência moderna tem uma estratégia de seleção materialista. (P4) O cientista cristão não é irracional em levar em conta suas crenças religiosas como possíveis hipóteses científicas. (P5) Segundo o naturalismo metodológico, é arbitrário defender um único modelo de fazer ciência. (P6) Dadas outras possibilidades de hipóteses, os cientistas cristãos podem optar por hipóteses como mais prováveis do que as dos cientistas não-cristãos. (C) É possível uma ciência fora do domínio do naturalismo metodológico. / The aim of this thesis is to present Alvin Plantinga#s macro-argument against naturalism (MCN). MCN is put forward as follows: (1) If a subject S is epistemicaly rational and conscious, then S chooses only true or probably true beliefs; if not S is irrational. (2) The arguments A1 or A2 or A3 are sound. (3) Hence, S is rational if she believes either in A1 or A2 or A3. (4) If S believes in A1 or A2 or A3, then S has one defeater for naturalism. (5) Therefore, it is irrational for S to believe in naturalism. In order to maintain naturalism we will use fundamentally the arguments against naturalism by the
American philosopher Alvin Plantinga (1993a, 1993b, 2000 etc.). Plantinga#s main arguments against naturalism can be reduced to three: A1 # every naturalistic, metaphysical definition fails in the analysis of proper function: (P1) no naturalistic definition of proper function is either necessary or sufficient. (P2) The only analysis of proper function probably correct stems from the commitment to Christian theism or something similar. (C) Therefore, pure naturalist definitions are probably false. A2 # A subject committed to naturalism and evolution theory (N&E) cannot have any knowledge: (P1) given a subject, S, committed to N&E, the cognitive reliability R of her producing true beliefs is probably low or inscrutable. (P2) If R is not reliable, then the beliefs of S are defeated. (C) If S has a defeater for all her beliefs, S has a defeater for N&E. A3 # A Christian scientist is not to be committed to methodological naturalism, a disguised form of metaphysical naturalism: (P1) the scientific activity is not neutral. (P2) There are naturalist, metaphysical presuppositions in modern science. (P3) Modern science has a materialistic strategy of selection. (P4) A Christian scientist is not irrational in taking into account her religious beliefs as possible scientific hypotheses. (P5) according to methodological naturalism it is arbitrary to defend a unique model of making science. (P6) Given other possibilities of hypotheses, Christian scientists can choose hypotheses as more probable than those of non Christian scientists. (C) A science independent of methodological naturalism is possible.
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Emergentismo e comportamento simbólicoCarneiro Filho, Lourenço Luciano January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-02-06T03:15:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
349450.pdf: 1036441 bytes, checksum: 6db7016f9659f7717ca88b9e48aba3f7 (MD5)
Previous issue date: 2017 / A presente pesquisa teve como pretensão investigar como que se deu o curso evolutivo dos fenômenos simbólicos. Para tanto, foi proposta uma análise de duas teorias evolutivas: o emergentismo e o behaviorismo radical. A partir da apresentação destas teorias, verificaram-se potencialidades de uma convergência, de modo que o emergentismo pudesse lançar luz ao behaviorismo, e o behaviorismo skinneriano, por sua vez, pudesse lançar luz às propostas emergentistas. Esta convergência foi possível após analisarmos seus modelos explicativos: a ?seleção orgânica?, também conhecida como ?efeito Baldwin? e a ?seleção pelas consequências?. Ambos os modelos são fundamentados por uma visão-de-mundo relacional, um tipo de ontologia relacional, propriamente. Além disso, estas análises também possibilitaram compreendermos e posicionar seus lugares dentro do âmbito da biologia evolutiva, um tipo de neolamarckismo, justamente por considerar outras formas de transmissão de caracteres além do mecanismo de variação aleatório do material genético, aquele mesmo defendido essencialmente pela tradição neodarwinista. A convergência destas tradições ampliou o poder explicativo do curso evolutivo dos fenômenos simbólicos. Os dados fósseis, tão presentes nas discussões emergentistas, assim como os dados experimentais do behaviorismo radical, lançaram luz na compreensão deste fenômeno linguístico. Com isso, o curso evolutivo da capacidade simbólica pôde ser investigado enquanto catalizador das modificações anatômicas dos nossos ancestrais, bem como, ao esmiuçar os processos evolutivos em termos comportamentais, pudemos compreender melhor como se dá esta relação evolutiva entre organismo e ambiente. Além disso, a psicologia experimental também apresentou meios procedimentais para identificar a linguagem simbólica, a equivalência de estímulos. Por fim, o behaviorismo radical, em associação com as propostas emergentistas, pôde ser inserido nas discussões sobre os fenômenos linguísticos com explicações pautadas no desenvolvimento do curso evolutivo simbólico. / Abstract : The research aims to investigate how the evolutionary course of the symbolic phenomena occurred. Therefore, an analysis of two evolutionary theories was proposed: emergentism and radical behaviorism. From the presentation of these theories, potentialities of a synthesis were verified, so that the emergentism could shed light upon behaviorism, and skinnerian behaviorism, in turn, could shed light upon the proposals of emergentist. This synthesis was possible after analyzing its explanatory models: "organic selection", also known as "Baldwin effect" and "selection by consequences". Both models are grounded on a relational-world-view, a type of relational ontology, properly. Moreover, these analyzes have also made it possible to understand and position their places within the scope of evolutionary biology, a type of Neolamarckism, precisely because it considers other forms of character transmission beyond the mechanism of random variation of the genetic material, that same one defended essentially by the neodarwinist tradition . The synthesis of these traditions extended the explanatory power of the evolutionary course of symbolic phenomena. The fossil data so present in the emergentists discussions, as well as the empirical data of the radical behaviorism, shed light on the understanding of this linguistic phenomenon. With this, the evolutionary course of the symbolic capacity could be investigated as a catalyst for the anatomical modifications of our ancestors, as well as by scrutinizing evolutionary processes in behavioral terms, we could better understand how this evolutionary relation between organism and environment occurs. In addition, experimental psychology also aimed at procedural means to identify symbolic language, the equivalence of stimuli. It is concluded that the radical behaviorism, in association with the emergentism proposals, can be inserted in the discussions on the linguistic phenomena with explanations based on the development of the symbolic evolutionary course.
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A complexidade do nexo semânticoBraida, Celso Reni January 2001 (has links)
Tese (doutorado) - Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro, Centro de Teologia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2015-02-04T20:43:51Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2001
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