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AGÊNCIAS SOCIALIZADORAS E FORMAÇÃO JUVENIL: AS REPRESENTAÇÕES DE JOVENS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE ANÁPOLIS

Sahium, Rosana Guimarães Lobo 10 September 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T13:54:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ROSANA GUIMARAES LOBO SAHIUM.pdf: 620326 bytes, checksum: 718aa7b55c4dff1ee7ff3aef9a5e43bd (MD5) Previous issue date: 2010-09-10 / This paper s intent is to investigate how young people identify themselves with socializing agencies; in other words, which senses and meanings do they attribute to their families and schools, and how this interferes with their academic trajectory. In order to do so, I have sought to discover how youth develop these relationships based on their juvenile everyday routines and within their most representative social groups. Having chosen the family and the school as the most present socializing agencies, my purpose is to identify what has prevailed, or what are the most relevant factors, in the relationships established by young people inside these agencies. This paper is based on the presupposed notion that the discrepancy between youth s expectations and the schools perspectives is mostly the result of stereotypes and preconceived ideas that pervade social imagination, thus associating young people to hedonism, irresponsibility, inconsequence, impetuosity, etc. Such consequences can be seen or are reflected especially in the family and school environments. Nevertheless, such presupposed notions can become obstacles that hinder the process of getting to know the true face of this young person, especially by the aforementioned agencies, and will greatly interfere in these relationships. Reality is not always apparent. Sedimentary ideas often pilfer true facts. Many adults have talked about youth parents, teachers, and specialists however, few opportunities are given so that they can speak, give their opinions, share their points of view or interpretations about the relationships, and even the conflicts involving them. In this sense, we believe that when we see how these relationships are formed from the young person s perspective, it is possible to reduce the conflicts that have created the discrepancies between students and their schools. While investigating and giving the student the opportunity to express and recognize himself/herself within his/her own contexts, especially inside the school structure, it is possible to open up a channel that accesses the dynamics happening inside the schools and which, most of the time, are not recognized, considered, or investigated. Therefore, I chose the young person from a public school as the object of this paper, because I recognize the importance of the individual who is, or should be, the school s main focus; hence, it is important to listen to him/her. It is equally important to recognize him/her as an unveiling element that reveals not only the determining educational relationships of his/her developmental process, but also the relationships within the institutions present in this process. For such a purpose, we used the Focal Group technique, which was proposed by Bernadete Gatti (2005) as a possibility of listening to young people, since this technique favors the sharing of points of views, values and stimulates ideas, arguments, and opinions in a free manner. As a result of this paper, we were able to get closer to the school s routine and understand juvenile representations, as well as the different relations experimented by young people,and their interface with school. Furthermore, we uncovered some stereotypes- ideas that are present in the common sense and which, a lot of times, are different than the reality represented by young people that interfere in the way adults conceive and relate to youth. For the representation concept, we chose the conception of Henri Lefèbvre (1979). For the juvenile theme approach, we consulted many authors, and favored contemporary writers such as Spósito(2006); Guimarães (2009); Dayrell (2007, 2010);Pais (2003,2005,2006,2008); Abramo(2005);Charlot (2000,2001,2005); Bourdieu(1983); Mannheim (1968), among others. / Este trabalho tem por objetivo investigar como os jovens identificam-se com as agências socializadoras, ou seja, quais sentidos e significados atribuem à família e à escola, e como isto interfere no seu percurso escolar. Para tanto, busco a partir do cotidiano juvenil, nos seus grupos sociais mais representativos, como se desenvolvem estas relações. Elegendo a família e a escola como as socializações mais presentes, proponho identificar o que tem preponderado ou, quais fatores de maior relevância nas relações estabelecidas no interior das mesmas, pelo jovem. Este trabalho parte do pressuposto de que o descompasso entre as expectativas dos jovens e as perspectivas da escola deve-se muito aos estereótipos, e ideias pré- concebidas que permeiam o imaginário social, associando os jovens ao hedonismo, à irresponsabilidade, à inconsequência, impetuosidade etc. O que é manifesto ou se reflete principalmente na família e na escola. No entanto tais pressupostos podem servir de entraves para o conhecimento de uma verdadeira imagem desse jovem em especial por estas agências, o que interferirá sobremaneira nestas relações. Nem sempre o aparente é o real, muitas vezes ideias sedimentadas escamoteiam o real. Muitos adultos têm falado sobre a juventude; pais, professores e especialistas, mas quase não é dada ao jovem a oportunidade de falar, emitir sua opinião sua visão ou interpretação acerca das relações e até dos conflitos que o envolvem. Neste sentido acredita-se que conhecer a partir do jovem, como tem se configurado tais relações, é possível minimizar os conflitos que tem gerado os descompassos entre os alunos e a escola. Ao investigar e dar ao aluno oportunidade de expressar-se e reconhecer-se em seus contextos, em especial no contexto escolar, estaremos abrindo uma via de acesso às dinâmicas que se processam no interior da escola que muitas vezes não são reconhecidas, consideradas ou investigadas. Assim ao eleger o jovem da escola pública como objeto de estudo, reconheço a importância daquele que é, ou que deveria ser, o principal foco da escola, portanto, é preciso ouvi-lo. E também reconhecê-lo como elemento descortinador, revelador não só das relações educativas determinantes no seu processo de formação, mas revelador também das próprias instituições presentes nesse processo.Para tal propósito foi utilizada a técnica do Grupo Focal, proposta por Bernadete Gatti (2005) como possibilidade de ouvir os jovens, uma vez que esta técnica privilegia o compartilhar de pontos de vistas, valoriza e estimula idéias, argumentos e opiniões de forma livre. A partir deste trabalho foi possível aproximar-se mais do cotidiano escolar e apreender das representações juvenis, as diversas relações experimentadas pelos jovens e sua interface com a escola. E ainda desvelar alguns estereótipos, idéias presentes no senso comum que muitas vezes divergem da realidade representada pelos jovens e interferem na forma como os adultos concebem e relacionam-se com a juventude. Para o conceito de representações foi utilizada a concepção de Henri Lefèbvre (1979). Na abordagem da temática juvenil vários foram os autores consultados, privilegiando os contemporâneos como Spósito (2006); Guimarães (2009); Dayrell (2007,2010); Pais (2003,2005,2006,2008);Abramo (2005); Charlot (2000,2001,2005); Bourdieu (1983); Mannheim (1968) dentre outros.

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