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Farinhada: construção simbólica na reprodução da agricultura familiarSilveira, Maryane Meneses 31 May 2006 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work deals with the tradition of knowing how to make flour, the farinhada , as a cultural heritage. It is an indigenous cultural heritage absorbed by the Portuguese
during the Colonial Period and kept up till now as a cultural expression of the small farmers through the cassava transformation process, exchanging tradition and modernity. The space in study involved farinhadas occurred in the municipalities of Nossa Senhora de Lourdes, São Domingos, Malhador and Moita Bonita located in the state of Sergipe. It was observed that the practice of making flour reproduces the
social and belonging relations since it is the domestic group who constructs the farinhada annually in a symbolic appropriation of the space of the casa de farinha (flour house). They gather together in a supportive way in order to produce flour and tapioca in rituals that alternate the work itself with songs and games, making this activity an enjoyable experience. In this context, it was verified that the farinhada is a cultural manifestation that, although with a resignificance, remains as an important practice to the familiar farming reproduction. / Este trabalho aborda a tradição como herança cultural do saber-fazer da farinha, a farinhada. Trata-se de uma herança da cultura indígena absorvida pelos portugueses no período colonial e mantida como expressão cultural dos pequenos
agricultores até o presente, num processo de transformação da mandioca, intercambiado com o tradicional e o moderno. O espaço estudado compreendeu farinhadas ocorridas nos municípios sergipanos de Nossa Senhora de Lourdes, São
Domingos, Malhador e Moita Bonita. Observou-se que o fazer da farinha reproduz as relações sociais e de pertencimento, pois é o grupo doméstico que constrói a farinhada anualmente numa apropriação simbólica do espaço da casa de farinha.
Eles se reúnem de forma solidária para produzir a farinha e a tapioca em rituais que intercalam o trabalho com cantos e brincadeiras, traduzindo um fazer prazeroso entre compadres e as comadres . Nesse contexto verificou-se que a farinhada
constitui-se numa manifestação cultural que, embora ressignificada, permaneceu como prática importante na reprodução da agricultura familiar.
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Farinhada e identidade sertaneja: estudo de caso da produção de farinha de mandioca na Comunidade de Lagoa do Saco-Monte Santo-BACoutinho, Andrea Lima Duarte 02 December 2013 (has links)
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Dissertação Andrea PDF.pdf: 7134757 bytes, checksum: 180d915856d347014d6e2803d30470ea (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva (sivalda@ufba.br) on 2014-08-19T17:31:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Dissertação Andrea PDF.pdf: 7134757 bytes, checksum: 180d915856d347014d6e2803d30470ea (MD5) / FAPESB-Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado da Bahia / Esta dissertação intentou investigar a produção e o consumo da farinha de mandioca e
sua relação com a identidade sertaneja da comunidade camponesa da Lagoa do Saco,localizada no município de Monte Santo-BA. Foi levado em conta: por um lado, a
produção familiar desta comida considerada “alimento-base” dos mais diversos grupos
sociais espalhados pelo Brasil, assim como a dimensão simbólica dessa produção e a
relação desta com a identidade de um grupo específico. Para tanto, alguns aspectos
foram enfatizados, como: os estudos e relatos sobre a presença da farinha de mandioca,o trabalho camponês, a memória gustativa e o prazer do consumo da farinha, a
reciprocidade notada nas relações sociais envoltas na produção da farinha, a
comensalidade durante o evento da Farinhada e a noção de pertencimento do grupo em
questão. Portanto, este registro foi elaborado a partir da abordagem do evento da
Farinhada e a produção de farinha de mandioca enquanto elementos que demarcam a
identidade sertaneja em uma determinada comunidade do semi-árido baiano.
Durante a investigação, foi realizada pesquisa de campo espaçada in locu com
observação participante do cotidiano, do trabalho, da produção de farinha, dos hábitos
alimentares dos moradores e moradoras da Lagoa do Saco. O foco principal da
observação foi o processo de construção de identidades culturais e representações
sociais. / This Master's thesis purpose to investigate the production and consumption of cassava
flour and its relationship with the sertaneja identity of the Lagoa do Saco peasant
community, located in the Monte Santo County, in Bahia. It was taken into account:
first all, the family production of this regime considered "basic foodstuff" of various
social groups spread all over Brazil, as well as the symbolic dimension of this
production and its relationship with the production and the identity of a specific group.
Therefore, some aspects were emphasized, such as: the studies and reports on the
presence of cassava flour, the peasant labor, the taste memory, the pleasure of the flour
consumption, the reciprocity in the social relations surrounded in the flour production,
the commensally during the event of the Farinhada and the notion of belonging of the
group. Thus, this record was drawn from the approach of the event of the Farinhada and
the production of cassava flour as elements that mark the sertaneja identity in a specific community in the Bahia's semi-arid region. During the investigation, was realized a
field research in locus with participant observation of daily lives, of the work, of the
production of flour, the eating habits of residents of Lagoa do Saco. The main focus of
observation was the process of cultural identities construction and social
representations.
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A singularidade da farinhada em território indígena: um estudo na sociedade Maraguá em Nova Olinda do Norte - Am, no período da seca e cheia dos riosCintrão, Núbia Lira 24 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The research entitled "The uniqueness of farinhada in Indian territory: a study in the Maragua society in Nova Olinda do Norte-Am" during the rivers drought and flood period, aims to analyze how the farinhada habits arose and were maintained into the indigenous social organization, under the government of the Maragua. The Maragua tribes are distributed into three villages: Yãbetue'y- Black Land, Kãwera- Old Skeleton, and Tupãnawa - Pestle. This survey focused on just two: Yãbetue'y and Tupãnawa. It is based on theoretical and empirical studies, through exploratory research: literature, documentary and direct contacts (field research), and through ethnographic technique during the years 2011 and 2012. We have considered six analytical categories: flood and drought phenomena (winter and summer), conflict and resistance, training processes with spontaneous and induced structural axis: farinhada. The results consisted in understanding the social significance of farinhada, the flour mill house and its utensils, the fields, the force of tradition linked to the cultivation and preservation of cassava cuttings, its legendary tradition, the nutritional value of the product, subsistence and commercial production and sexual division of labor. The flower mill house is also a place for socio affective relationships: friendship, dating, marriage, godfatherhood, gossip, laughter and concerns, children involved in recreational activities and the typical act of playing. The gardening as a production mechanism of subsistence of the Maragua tribe is both product and merchandise. We have found common aspects when comparing the two "major parties" of the tribes: the farinhada and the pyre-pukeka, both under the organization
and the involvement of the three villages. These parties move the Maragua tribes towards
their common goals, all of them perspire the feeling that the community has of its unit. The
meetings that take place with the groups are not generated just for the sake of the party, but everything that revolves around it, from preparation to execution. All these facts translate the farinhada as subsistence and commerce product; it organizes social identity and generates identity ties. / A pesquisa intitulada “A singularidade da farinhada em território indígena: um estudo na sociedade Maraguá em Nova Olinda do Norte-Am”, no período da seca e cheia dos rios, objetiva analisar o modo como surgiu e se mantém a farinhada na organização social indígena, sob o pensamento dos Maraguá. Os Maraguá distribuem-se em três aldeias: Yãbetue’y -Terra Preta, Kãwera- esqueleto velho e Tupãnawa- Pilão. Das três aldeias, a pesquisa concentrou-se em apenas duas: Yãbetue’y e Tupãnawa. Fundamenta-se nos estudos
teóricos e empíricos, mediante pesquisa exploratória: bibliográfica, documental e contatos diretos (pesquisa de campo), por meio da técnica etnográfica, durante as incursões nos anos de 2011 e 2012. Considerou-se seis categorias analíticas: fenômeno cheia e seca ( inverno e verão), conflito e resistência, processos formativos espontâneos e induzidos com o eixo estrutural: farinhada. Os resultados alcançados consistiram na compreensão sobre o significado social da farinhada, da casa de farinha e dos utensílios, da roça, da força datradição ligada ao cultivo da mandioca e conservação das manivas, do aspecto lendário, aspectos nutricionais desse produto, produção de subsistência e comercial e divisão sexual do trabalho. A casa de fazer farinha é também espaço de relações socioafetivas: amizade, namoro, casamento, compadrio, fofoca, gargalhadas e preocupações, crianças envolvidas com atividades típicas e lúdicas do ato de brincar. A roça enquanto mecanismo de produção de subsistência dos Maraguá é ao mesmo tempo produto e mercadoria. Constatou-se, ainda pontos comuns na comparação das duas “grandes festas”: a da farinhada e da pira-pukeka, tanto na organização quanto no envolvimento das três aldeias, ambas movimentam os Maraguá em prol de objetivos comuns, nelas transpiram de todas as maneiras o sentimento que a comunidade tem de sua unidade. As reuniões que acontecem com o grupo não são geradas apenas em prol da festa, mas de tudo que gira em torno dela, desde a preparação até sua execução. Isso tudo traduz a farinhada como produto de subsistência e comercio, organiza relações sociais e gera laços identitários.
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