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Anemia e insegurança alimentar em crianças em idade pré-escolar / Anemia and food insecurity in preschool childrenRocha, Élida Mara Braga 06 February 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a anemia por deficiência de ferro permanece como problema de saúde pública relevante, especialmente para mulheres e crianças. Nessa questão, a situação de insegurança alimentar (IA) pode vir a ser associada a diversos aspectos de desigualdades estruturais e em saúde, visto que seu conceito permite abordar diversos tipos de iniquidades nutricionais. Objetivos: Avaliar a anemia e a insegurança alimentar e nutricional de famílias de crianças em idade pré-escolar: analisar a influência da vulnerabilidade socioeconômica sobre a prevalência da anemia; identificar os padrões alimentares e sua relação com segurança alimentar e estado nutricional; e investigar a relação entre insegurança alimentar e concentração de hemoglobina de pré-escolares. Métodos: A pesquisa foi do tipo transversal. A população investigada foi de pré-escolares inscritos em creches públicas de Taubaté (SP), em 2014, distribuídas em dois grupos diferenciados pelas características socioeconômicas da região onde estão localizadas: região vulnerável e região abastada. O tamanho da amostra foi calculado partindo do pressuposto que a diferença na concentração de hemoglobina (Hb) entre crianças da região vulnerável e abastada fosse equivalente a 1/3 de desvio padrão da média de Hb da população saudável. As variáveis socioeconômicas e demográficas foram coletadas por questionário semi-estruturado. A concentração de Hb foi obtida por meio de punção digital, considerando anemia Hb<11,0g/dL. Para avaliação antropométrica foi realizada a medida de peso e altura e calculados os Z-escores, a situação de IA foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e o consumo alimentar habitual foi investigado por meio de um questionário de frequência alimentar. A análise estatística foi descritiva e analítica, com realização de modelagem múltipla. Resultados: A prevalência de anemia foi em torno de 19 por cento dos pré-escolares e a concentração de Hb indicou diferença entre as crianças das duas regiões da cidade, sendo que pré-escolares das creches de alta vulnerabilidade socioeconômica apresentaram menores valores de Hb (p<0,001). Para melhor entendimento do consumo alimentar, identificou-se cinco Padrões Alimentares (PA): Ocidental; Frutas, verduras e legumes; Prudente; Lácteo e Tradicional, possibilitando perceber que os préescolares de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família apresentavam PA Tradicional, caracterizado pelo consumo de arroz, café e feijão; que está fortemente relacionado ao excesso de peso infantil (p<0,05). Quanto à situação de IA, esta atinge 41,2 por cento das famílias e mesmo que a análise bivariada tenha verificado que a IA influencia a concentração de Hb, após ajuste do modelo multivariado essa associação perdeu a significância (p>0,05). Conclusões: A influência da vulnerabilidade socioeconômica sobre a prevalência da anemia em pré-escolares foi evidenciada, com polarização de condições adversas sobre as creches frequentadas por famílias de baixa renda, de mães com baixa escolaridade e beneficiárias de programa social. Além disso, essas famílias apresentaram maior risco de consumo alimentar inadequado, propiciando problemas nutricionais a longo prazo. Mesmo não havendo associação estatisticamente significante da IA com a concentração de Hb e com indicadores antropométricos, essas relações devem ser encaradas com muita cautela, além de serem descritas e discutidas de forma crítica para ponderação dos resultados de uma escala de percepção, como é o caso da EBIA / Introduction: In Brazil, iron deficiency anemia remains a relevant public health problem, specially for women and children. In this respect, the situation of food insecurity (FI) may prove to be associated with various aspects of structural inequalities and health, as its concept allows addressing various types of nutritional inequities. Objective: Evaluate anemia, food and nutrition insecurity of families of children in preschool age; analyze the influence of socioeconomic vulnerability on the prevalence of anemia; identify dietary patterns and their relation to food security and nutritional status; and investigate the relationship between food insecurity and concentration of preschool hemoglobin. Methods: The study was crosssectional. The investigated population was enrolled preschool children in public day care centers in Taubaté (SP) in 2014, divided into two different groups by socioeconomic characteristics of the region where they are located: vulnerable region and wealthy region. The sample size was calculated on the assumption that the difference in hemoglobin (Hb) between children of vulnerable and wealthy region was equivalent to 1/3 of Hb mean standard deviation of the healthy population. Socioeconomic and demographic variables were collected by semi-structured questionnaire. The Hb concentration was obtained by finger prick, considering anemia Hb <11.0 g/dL. Anthropometric assessment was performed to measure height and weight and calculated the Z-scores, the FI situation was assessed by the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA) and the usual food intake was investigated by means of a food frequency questionnaire. The statistical analysis was descriptive and analytical, with performing multiple modeling. Results: The prevalence of anemia was around 19 per cent of preschool and Hb concentration indicated difference between children of the two areas of the city, and preschool children of high socioeconomic vulnerability creches had lower Hb values (p <0.001). For a better understanding of food consumption I have identified five Dietary patterns (DP) West; Fruits and vegetables; Prudent; Dairy and Traditional, allowing realize that the preschool families benefiting from the Bolsa Família Program had DP Traditional, characterized by the consumption of rice, coffee and beans; that is strongly associated with childhood overweight (p <0.05). As for the FI situation reaches 41.2 per cent of families and even the bivariate analysis has verified that the FI influence the Hb concentration after model multivariate adjustment this association was no longer significant (p> 0.05). Conclusions: The influence of socioeconomic vulnerability on the prevalence of anemia in preschool children was observed, with polarization of adverse conditions on day care frequented by lowincome families, mothers with low education and beneficiaries of social programs. In addition, these families had higher risk of inadequate food consumption, providing long-term nutritional problems. Even with no statistically significant association between FI with Hb concentration and anthropometric indicators such relations should be viewed with caution, and are described and discussed in a critical way for consideration of the results of a sense of scale, such as the EBIA
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Estudo dos determinantes da insegurança alimentar em pacientes atendidos em um serviço de assistência especializada em HIV/AIDS / Study of food and nutrition insecurity factors concerning HIV/AIDS patients who are treated in a specialized assistance serviceCozer, Mirian 13 December 2016 (has links)
Submitted by Juliana Correa (juliana.correa@unioeste.br) on 2017-09-06T12:24:56Z
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Previous issue date: 2016-12-13 / People living with HIV/Aids are generally a vulnerable group in many aspects: socially,
economically and/or regarding health issues. Therefore, food and nutrition insecurity might be
a recurring problem. Our research aims to determine insecurity prevalence concerning this
group of people who are treated in Francisco Beltrão/PR Specialized Assistance Service
(SAS). This dissertation is described as a cross-sectional study, with data collection from a
questionnaire. The analysis was carried out through quantitative and qualitative
methodologies and a statistics software that was used in order to develop our descriptive stats:
frequency calculus, rate and standard deviation. As for comparisons between proportions we
employed Yates's or Fischer's chi-square test, correcting 2x2 charts. Results were considered
statistically meaningful on p<0,05 level. 126 individuals living with HIV/Aids were
participants on the research. These people are treated in the SAS, they are all over 18 and
under 60 years old. They underwent a questionnaire with questions ranging from social to
economic and health aspects of their lifes. After that they went through anthropometric
evaluation and an individual interview with the researcher. Our aim there was to determine
their food and nutrition insecurity levels through the Brazilian Food and Nutrition Insecurity
Scale (EBIA). 61,9% (N=78) of the interviewees faced food and nutrition insecurity in some
level, the prevalence was of 16,7%: 9,7% with small insecurity; 4,9% with moderate
insecurity and 2,1% with major insecurity. This condition is more significant in individuals
who have less than three minimum wages worth of income, according to the following odds
ratio (OR): 0,151 (0,0644 - 0,3544), odds ratio (OR): 0,2174 (0,0468 - 1,0099). 74,45% of
those who suffer from this condition live with up to three minimum wages worth of income
(R$2.376,00). When analysing non communicable chronic diseases we checked that patients
with one NCCD or more were under greater risk of suffering from food and nutrition
insecurity, however, not meaningful regarding p<0,05. Concerning the patients nutritional
situation there were more eutrophic ones for the body mass index (BMI) and arm
circunference (AC) evaluation parameters. According to the theoretical model for food and
nutritional insecurity we could see that, on the triad that assumes distal risk factors as social,
demographic and economic attributes were meaninful. We emphasize that these variables can
directly act on food and nutritional insecurity, the third distal risk factor might be affected by
it (demographic attribute), causing insecurity to happen. 63% (N=70) from the participants
under insecurity have CD4 cell count over 200/mm3 and 62% (N=56) viral load below 40
copies/ml, which indicates that HIV/Aids presence is not a decisive factor for insecurity in
contrast to food habits and life quality, which are usually decisive for causing it. Alongside it
66% (N=52) from the non-safe participants have habits such as drinking alcohol, which is
another life quality decisive factor. According to the obtained results it is possible to affirm
that the disease compromises the individual in his/her working potential, which causes
him/her to be more susceptible to food and nutrition insecurity, and this can be seen as an
inequality cause concerning the economic system once poverty and inequality are decisive
factors for food and nutrition insecurity and, for that reason, its estimates can be used, as a
complementary factor, in order to identify biases and driving factors for regional development
as a whole. / Portadores de HIV/Aids são formados por um público vulnerável tanto no aspecto social,
quanto no econômico e no que concerne à saúde. Estes aspectos fazem com que eles se
encontrem em situações de insegurança alimentar (InSA). Esse estudo objetivou determinar a
prevalência e fatores de risco deste fator em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA)
atendidas no Serviço de Assistência Especializada (SAE) em Francisco Beltrão/PR,
caracteriza-se como estudo do tipo transversal, com coleta de dados através de questionário
aplicado pela pesquisadora. A análise deu-se através de métodos quantitativos, por meio de
software estatístico para a realização da estatística descritiva, com cálculos de frequências,
médias e desvios-padrão. Para as comparações entre proporções utilizou-se o teste do Quiquadrado de Pearson, teste do Qui-quadrado de Yates ou teste do Qui-quadrado de Fischer
com correção para tabelas 2x2. Os resultados foram considerados estatisticamente
significantes ao nível de p<0,05. Participaram da pesquisa 126 pessoas que vivem com
HIV/Aids em tratamento no SAE, com idade superior a 18 anos e inferior a 60 anos, os quais
responderam a um questionário contendo perguntas de cunho social, econômico e de saúde,
com posterior avaliação antropométrica e anamnese individual, objetivando determinar seu
nível de insegurança alimentar e nutricional através da Escala Brasileira de Insegurança
alimentar (EBIA). Por meio das análises verificou-se que 61,9% (N=78) da amostra
encontrava-se em algum grau de InSA, perfazendo uma prevalência de 16,7%, sendo 9,7%
para a insegurança leve; 4,9% para insegurança moderada e uma prevalência de 2,1% para a
insegurança grave. A probabilidade de InSAé maior em indivíduos que possuem renda menor
de três salários mínimos, conforme a odds ratio de (OR) 6,6206 (2,8218 - 15,5332). Destacase que 74,45% dos participantes em InSA vivem com até três salários mínimos (R$2.376,00).
Ao analisar as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) verificou-se que pacientes que
possuíam uma ou mais de uma DCNT, apresentavam maiores risco de estar em insegurança
alimentar, porém, sem significância ao p<0,05. Com relação ao seu estado nutricional obtevese o predomínio de eutróficos para os parâmetros avaliativos de índice de massa corporal
(IMC) e circunferência braquial (CB). Conforme modelo teórico proposto para InSA
verificou-se que na tríade que pressupõe os determinantes distais como os fatores sociais,
demográficos e econômicos houve significância para a renda, sendo caracterizado como
fatores econômicos. Ressalta-se que essas variáveis podem agir de maneira direta na InSA,
podendo haver interferência com os demais determinantes distais desencadeando a InSA.
Detectou-se que 63% (N=70) dos pacientes analisados em condições de InSA possuem
contagem de células CD4 acima de 200/mm3 e 62% (N=56) com carga viral abaixo de 40
cópias/ml, indicando que a presença do HIV/Aids não é o fator determinante para a InSA,
podendo denotar-se que o hábito alimentar e qualidade de vida adotados podem caracterizarse como fatores provocadores da InSA. Corroborando esses dados tem-se que 66% (N=52)
dos não seguros apresentam o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, o que se apresenta como
mais um fator de qualidade de vida. Diante dos resultados obtidos, verifica-se que a doença
compromete o indivíduo no seu potencial laborativo acarretando, dessa forma, maior
suscetibilidade à InSA, o que pode ser um marcador de desigualdades relativas ao sistema
econômico, sendo a pobreza e a desigualdade social fatores determinantes para a InSA e, por
esse motivo, suas estimativas podem ser utilizadas, de forma complementar, para a
identificação dos vieses e fatores propulsores do desenvolvimento regional.
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Adaptation strategies for climate change-induced household food and nutrition insecurity in smallholder maize farming within Thulamela Local Municipality, South AfricaMahlawule, Khanyisa Dorris 18 September 2017 (has links)
MRDV / Institute for Rural Development / See the attached abstract below
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