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A escrita no chão: a formação do território de Alagoas por meio de fontes coloniais / L’écriture dans le terre: La formation du territoire de l’Alagoas par les sources colonialesMenezes, Catarina Agudo 31 March 2011 (has links)
La formation d'un territoire est un processus qui implique de nombreux aspects qui, au fil du temps, sont consolidés dans l'espace géographique à travers des formes matérielles ou ils se dissipent, laissant place à de nouveaux besoins. Cette procédure est, d'abord, de l'appropriation d'une partie de la surface de la terre par une société donnée qui, en même temps il se reproduit, il produit son propre espace. Pendant la période coloniale du Brésil, plusieurs directives ont été appliquées par les Portugais, d'abord comme un moyen de garantir La propriété de son vaste territoire, prévenir les invasions des autres peuples, comme l'occupation dans les différents points épars près dela côte brésilienne. En Alagoas, qui faisait partie de Pernambuco, progressivement La conquête a été effectuée et la colonisation a ensuite été développé grâce à une stratégie systématique pour encourager la fixation de l'homme, avec l'installation d'équipements économiquementproductifs, notamment les plantations de sucre. Il a été traduit dans des formes spatiales, et comme de nouveaux modèles sont apparus, ils ont également été modifiés. Ces mouvements ont été enregistrés dans plusieurs documents, entre les rapports, cartes et vues, qui permettent aujourd'hui comprendre les plusieurs aspects du processus de formation territoriale de l'Alagoas. Une carte générale que représente le Brésil Néerlandais, produit par le cartographe allemand Georg Marcgraf, en 1643, est le principal outil d'analyse dans le présent document, car elle constitue la carte plus complète de la période sur le territoire de l'Alagoas. Cette carte contient différents éléments représentés - comme les villages, des usines, des forts, des hangars, des maisons et des églises
- et sa caractéristique la plus remarquable est des enquêtes des rivières et des lagunes de la côte d'Alagoas, connue jusque-là. Une brève comparaison avec des cartes plus tard, nous permettent confirmer la qualité avec laquelle copie du XVIIe siècle a été faite car il fournit plus d'informations sur la configuration de la côted'Alagoas que certaines cartes des périodes suivantes. En ce sens, ce travail vise à compiler quelques mouvements de cette occupation, appuyée par les sources coloniales cartographiques et textuelles du XVIe et XVIIe siècles, en particulier la carte précitéedu Marcgraf. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A formação de um território consiste num processo que envolve múltiplos aspectos que, ao longo do tempo, se consolidam no espaço geográfico por meio de formas materiais ou se dissipam, dando lugar a novas necessidades. Este procedimento ocorre, inicialmente, a partir da apropriação de uma porção da superfície terrestre por uma dada sociedade que, ao mesmo tempo em que se reproduz, produz o próprio espaço. Durante o período colonial do Brasil, várias diretrizes foram aplicadas pelos portugueses, inicialmente como forma de garantir a posse de seu vasto território, impedindo invasões de outros povos, como a ocupação em diferentes pontos esparsos, por quase toda a costa brasileira. Em Alagoas, que era parte integrante da Capitania de Pernambuco, aos poucos a conquista foi então efetivada e a colonização se desenvolveu através de uma estratégia sistemática de incentivo à fixação humana, com a instalação de equipamentos economicamente produtivos, principalmente os engenhos de açúcar. Isto foi refletido em formas espaciais específicas, e à medida que novos desígnios foram surgindo, também estas foram sendo modificadas. Esses movimentos foram registrados em diversos documentos, entre relatos, mapas e vistas, os quais permitem hoje apreender vários aspectos relacionados ao processo de formação territorial alagoana. Uma carta geral que representa o Brasil Neerlandês, produzida pelo cartógrafo alemão Georg Marcgraf, em 1643, consiste na principal ferramenta de análise desta dissertação, visto que constitui o mapa mais completo do período, no âmbito do território alagoano. Este mapa contém diversos elementos representados – como povoados, engenhos, fortificações, currais, casas e igrejas – e possui como característica mais notável o levantamento cuidadoso dos rios e lagoas da costa alagoana, conhecidos até então. Uma breve comparação com mapas posteriores permite confirmar a qualidade com que o exemplar seiscentista foi confeccionado, pois fornece mais informações quanto à configuração costeira de Alagoas do que algumas cartas de períodos seguintes. Neste sentido, o presente trabalho busca repertoriar alguns movimentos dessa ocupação, apoiado nas fontes textuais e cartográficas coloniais dos séculos XVI e XVII, sobretudo a mencionada carta de Marcgraf.
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Formação territorial do sul da Bahia e produção não-convencional do cacau / Formation territoriale du Sud de l\'état de Bahia et production non conventionnelle du cacaoNeves, Karina Fernanda Travagim Viturino 19 June 2018 (has links)
A partir dos anos 2000 identificamos a implantação e posterior expansão de diversas práticas não-convencionais no cultivo de cacau no Sul da Bahia. Desde a consolidação da cultura cacaueira hegemônica, no final do século XIX, a atividade vinha sendo desenvolvida no sistema convencional de produção. Após mais de um século de hegemonia desse cultivo a cacauicultura passou a incorporar práticas agrícolas inspiradas na Agroecologia. As práticas não-convencionais apresentam princípios que, de forma geral, contrastam fortemente com as práticas historicamente envolvidas não só na produção de cacau, mas na organização do espaço e da sociedade sul-baiana. Desenvolvemos esse trabalho tendo como objetivo analisar e discutir as transformações ocorridas no território do Sul da Bahia em decorrência da produção e comercialização não-convencional do cacau, considerando a introdução de novas lógicas de produção e trabalho e suas implicações. Por meio de observações, análise de documentos e realização de entrevistas desenvolvemos um estudo de caso fundamentado pelo conceito de território e pela categoria da formação territorial. Assumimos que o território do Sul da Bahia foi forjado como resultado histórico da inter-relação entre a sociedade local, o bioma Mata Atlântica e o cultivo do cacau e que as relações que caracterizaram historicamente esse trinômio foram abaladas por uma grave crise que acometeu a cacauicultura no final da década de 1980, contexto no qual emergiram as práticas nãoconvencionais do cultivo do cacau. Assim, avaliamos que para termos condições de compreender essa recente transformação na cacauicultura sul-baiana necessitávamos, em primeira instância, compreender a organização da atividade como um todo. Para tanto, desenvolvemos um estudo sobre a formação territorial do Sul da Bahia e organizamos os resultados de pesquisa em quatro capítulos. No primeiro, investigamos a formação territorial da área de estudo, desde sua colonização até a hegemonia da atividade cacaueira. No segundo capítulo, analisamos a crise que se instaurou na cacauicultura sul-baiana desde o final dos anos 1980 e seus principais desdobramentos. No terceiro capítulo, analisamos o histórico e os fundamentos das práticas agroecológicas do cultivo do cacau agricultura orgânica e biodinâmica examinando os elementos essenciais que possam explicar a transformação nas lógicas de produção e trabalho até então hegemônicas. E no último capítulo avançamos na tarefa de compreender essas transformações analisando não apenas práticas agroecológicas do cultivo do cacau como também outras formas de produção não-convencional. Os principais resultados de pesquisa nos revelaram que, no estudo de caso em questão, aspectos da subjetividade dos produtores e diversas formas de articulação horizontal dos sujeitos foram, sem dúvida alguma, muito mais importantes na constituição de um território nãoconvencional do cacau do que questões de mercado, questões essas que normalmente são o foco dos estudos sobre agroecologia, sobretudo quando se trata de produção certificada. Tal qual tem ocorrido no caso do cultivo não-convencional do cacau no Sul da Bahia, acreditamos que em outras realidades que desenvolvem atividades agropecuárias não-convencionais, aspectos da subjetividade dos sujeitos e movimentos de articulação horizontais possam estar sendo invisibilizados por análises macroestruturais, abordagem comum no meio acadêmico quando se trata da investigação do tema. / À partir des années 2000, nous avons identifié l\'implantation et l\'expansion subséquente de plusieurs pratiques non conventionnelles dans la culture du cacao au sud de létat de Bahia. Depuis la consolidation du cacao comme culture hégémonique à la fin du XIXe siècle, l\'activité sest déployé dans le système de production conventionnel. Après plus d\'un siècle d\'hégémonie de ce modèle, la culture du cacao a commencé à incorporer des pratiques agricoles inspirées de l\'agroécologie. Les pratiques non conventionnelles présentent des principes qui, dune manière générale, contrastent fortement avec les pratiques historiquement impliquées non seulement dans la production du cacao, mais dans l\'organisation de l\'espace et de la société du sud de létat de Bahia. Nous avons développé ce travail en ayant pour objectif danalyser et de discuter les transformations qui ont eu lieu sur le territoire du sud de létat de Bahia suite à la production et commercialisation non conventionnelle du cacao, en considérant l\'introduction de nouvelles logiques de production et de travail et leurs implications. Par le moyen dobservations, danalyses de documents et de la réalisation dentretiens, nous avons développé une étude de cas fondée sur le concept de territoire et sur la catégorie de formation territoriale. Nous supposons que le territoire du sud de Bahia a été façonné comme résultat historique de l\'interrelation entre la société locale, le biome de la forêt atlantique (Mata Atlântica) et la culture du cacao; et nous supposons aussi que les relations qui ont caractérisé historiquement ce trinôme ont été ébranlées par une grave crise affectant cette activité économique à la fin des années 1980, le contexte dans lequel les pratiques non conventionnelles de la culture du cacao ont émergé. Ainsi, nous avons évalué que, pour avoir les conditions pour comprendre cette transformation récente de la culture du cacao dans le sud de Bahia, nous devions, en premier lieu, comprendre l\'organisation de l\'activité dans son ensemble. À cette fin, nous avons développé une étude sur la formation territoriale du sud de Bahia et nous avons organisé les résultats de la recherche en quatre chapitres. Dans le premier, nous avons étudié la formation territoriale de la zone d\'étude, depuis sa colonisation jusquà l\'hégémonie de lexploitation économique du cacao. Dans le deuxième chapitre, nous analysons la crise qui s\'est instaurée dans la culture du cacao dans le sud de Bahia depuis la fin des années 1980 et ses principaux déploiements. Dans le troisième chapitre, nous avons analysé le développement historique et les fondements des pratiques agroécologiques de la culture du cacao - agriculture biologique et agriculture biodynamique - en examinant les éléments essentiels qui peuvent expliquer la transformation dans les logiques de production et de travail jusqu\'alors hégémoniques. Et dans le dernier chapitre, nous avançons dans la tâche de comprendre ces transformations en analysant non seulement les pratiques agroécologiques de la culture du cacao mais aussi d\'autres formes de production non conventionnelle. Les principaux résultats de recherche dans l\'étude de cas en question nous révèlent que des aspects de la subjectivité des producteurs et les diverses formes d\'articulation horizontale des personnes ont été, sans aucun doute, beaucoup plus importants que des questions de marché dans la constitution d\'un territoire non conventionnel de cacao, ces sont dailleurs sur ces questions de marché que se concentrent dhabitude les études en agroécologie, surtout quand il sagit dune production certifiée. De même que pour le cas de la culture non conventionnelle du cacao dans le sud de Bahia, nous croyons aussi que dans d\'autres contextes, où sont développés des activités non conventionnelles agricoles ou activités d\'élevage, des aspects de la subjectivité des acteurs et des mouvements horizontaux d\'articulation sont rendus invisibles par les analyses macrostructurelles, une approche assez commune dans milieu académique quand il sagit de ce sujet.
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