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Lineações minerais em porfiroblastos /Andrade, Frederico Guilherme Guaraldo de. January 2006 (has links)
Orientador: Luiz Sérgio Amarante Simões / Banca: Rudolph Allard Johannes Trouw / Banca: Antenor Zanardo / Resumo: O estudo de lineações minerais tem fundamental importância na compreensão da evolução tectônica de cinturões orogênicos. Entretanto, em áreas polideformadas, enquanto as orientações das lineações mais novas podem ser resgatadas, as lineações antigas tendem a ser obliteradas pela superposição dos eventos deformacionais mais novos. Esta dissertação lança uma nova metodologia para o resgate da orientação de lineações minerais inclusas em porfiroblastos, utilizando a Platina Universal, além de testar a metodologia na Ilha Elefante, Antártica. Foi realizado um estudo teórico analisando o comportamento de lineação mineral, considerando-se variáveis como diferentes posições iniciais da lineação, diferentes morfologias de porfiroblastos, as possíveis relações temporais com o evento gerador da lineação, variados mecanismos de deformação e rotação (ou não) de porfiroblastos. A metodologia foi aplicada no estudo e leitura direta de lineações minerais em porfiroblastos da Ilha Elefante utilizando a Platina Universal, obtendo-se um padrão de orientação similar às medidas das mesmas estruturas em campo, provando a validade e viabilidade do método. A metodologia apresentada é de grande utilidade em áreas polideformadas, uma vez que contribui para a identificação da orientação dos paleovetores de stress. / Abstract: The study of mineral lineations has been of fundamental importance in the comprehension of tectonic evolution in orogenetic belts. However, in polydeformated areas,, while the newest lineation's orientation can be found, the oldest lineations tend to be obliterated by the newest deformation events. This thesis launches a new methodology to the rescue of mineral lineations' orientation included within porphyroblasts, using the Universal Stage, and testing the methodology in the Elephant Island, Antarctica. It has been made a theorical study, analyzing the behavior of a mineral lineation, considering various hypothesis, like the initial position, different morphologies of porphyroblasts, the possible temporal relationships with the lineation's generator event and various mechanisms of deformation and rotation (or not) of porphyroblasts. The methodology was applied in the study and direct measurement of mineral lineations in porphyroblasts of Elephant Island using the Universal Stage, obtaining an orientation pattern similar to the same structures in the field, proving the validity and viability of the method. The methodology presented is useful in polideformated areas, once that helps to identify the orientation of paleovectors of stress. / Mestre
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Estudo de descontinuidades crustais na província borborema usando a função do receptorPavão, Cesar Garcia 19 March 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2010. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-06-22T23:05:30Z
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2010_CesarGarciaPavao.pdf: 13583289 bytes, checksum: 338f914a60153a4a183a1ed27450cb0e (MD5) / As estimativas das espessuras da crosta, da crosta superior e da razão V p=V s são essenciais para o detalhamento de estruturas e feições geológicas, além de corroborarem para o entendimento da evolução tectônica regional. O estudo da crosta usando Função do Receptor é realizado com a onda P de um telessismo que atinge uma interface, sob a estação, com um ângulo próximo a vertical. Através da deconvolução da componente horizontal pela vertical, obtém-se a Função do Receptor. O sismograma sintético da Função do Receptor possui um pico maior referente à onda P direta, seguido por picos menores da onda Psc, onda P convertida em S no limite crosta superior-inferior, Ps, onda P convertida em S na descontinuidade Moho e reflexões múltiplas. Para o cálculo das estimativas de espessura crustal e razões V p=V s, utilizou-se o procedimento HKStacking. As melhores estimativas são encontradas quando as três fases P, Ps e primeira múltipla, são empilhadas coerentemente. Para espessura crustal superior, utilizou-se a correção de parâmetro de raio Moveout para fase Ps, simulando uma incidência vertical. Foram analisadas um total de 7 estações sobre a Província Borborema, nordeste do Brasil. Os resultados mostram a existência do limite crosta superior-inferior em todos os sinais analisados. As estimativas de espessura, tanto para crosta como para crosta superior, mostraram duas regiões de espessamento. A primeira na região de Sobral/CE, registro da colisão da Província Borborema com o Cráton-Oeste-Africano. A segunda, na região do Planalto da Borborema, devido ao alto topográfico ali existente. Na região do Trend Cariris-Potiguar, localizada entre as duas regiões de espessamento, ocorre um afinamento para as duas interfaces, coerentes com eventos de rifteamento que ocorreram na região. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The thickness estimates of the crust, the upper crust and the V p=V s ratio are essential in order to detail the structures and geologic features, besides they corroborate for the regional tectonic evolution understanding. The crust study using the Receiver Function is performed with teleseismic P-waves that reaches the interface, under the station, with an almost vertical angle. The Receiver Function is obtained through the deconvolution of the horizontal component from the vertical one. The synthetic seismogram of the Receiver function has a higher peak of direct P-waves, followed by minor peaks of Psc waves, where P converted into S in the upper-lower crust limit, Ps, P-wave converted into S in the Moho discontinuity and multiple reflections. It was used the HK-Stacking method for the calculation of crustal thickness estimates and V p=V s ratio. The best estimates are found when the three phases (P, Ps and the first multiple) are correctly stacked. The Normal Moveout correction for the Ps phase was used for the upper crust thickness, simulating a vertical incidence. A total of 7 stations on the Borborema Province in the Brazilian Northeast was analyzed. The results show that there is an upper-lower crust limit in all the analyzed signs. The thickness estimates, for the crust and the upper crust, showed two thickness regions. The first one in the Sobral/CE region, as a register of the Borborema Province and the Craton-West-African collision. The second one, in the Borborema Plateau, due to the topography existing there. In the Trend Cariris- Potiguar region, located between two thickness regions, there is a thinning for the two interfaces, coherent with the rifting events that happened in the region.
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Gabros estratiformes da região norte da Ilha de São Sebastião, SP / Not available.Geani Araújo Lima 14 August 2001 (has links)
Intrusões gábricas estratiformes com diferenciados ultramáficos e ultrabásicos afloram na parte NNW da Ilha de São Sebastião em três áreas de ocorrência principais: na Ponta da Pacuíba, Ponta das Canas e Praia da Armação. Representam uma ocorrência nova, singular no que diz respeito à preservação estrutural, textural e mineralógica das rochas intrusivas, que complementa o quadro do plutonismo mesozóico da ilha, previamente restrito aos sienitos dos stocks denominados Serraria, São Sebastião e Mirante. Os afloramentos são tipicamente de \"mar de blocos\" parautóctones, dificultando o estabelecimento preciso de relações magmato-estratigráficas e estruturais internas dos corpos no campo. As intrusões gábricas cortam o embasamento precambriano granito-gnaíssico e migmatítico do Complexo Costeiro do Litoral Norte de São Paulo, inclusive uma geração de diques básico-ultrabásicos, compreendendo diabásios seguidos de lamprofiros, inicial do magmatismo mesozóico. Os gabros são cortados inicialmente por seus diferenciados tardios, incluindo peridotitos e piroxênitos em veios por vezes pegmatóides e anortositos em veios e venulações, seguidos de microgabros em diques bem definidos. Seguem-se ainda uma 2ª geração de diques básicos a intermediários, variando de basaltos a dacitos, por vezes, microxenolíticos e trasicionais para verdadeiras brechas magmáticas, assim como a intrusão dos sienitos do stock Serraria. As relações entre a 2ª geração de diques e os sienitos nãoé clara; afloramentos regionais indicam que os diques da 2ª geração poderiam ser também intrusivos nos sienitos. Dentre os constituintes maiores dos corpos gábricos estratiformes destacam-se leuco e mesogabros como litotipos principais, seguidos, com abundância decrescente, de piroxênitos, anortositos e peridotitos, ora isotrópicos, ora cumuláticos com estruturas de sedimentação magmática, tais como bandamento/acabamento plano-paralelo (em bandas de espessura e composições variáveis), bandamento rítmico, estratificação gradacional, cruzada acanalada associada a discordâncias erosivas, além de estruturas de deformação gravitacional (por slumping e sliding) e brechas de borda e de reintrusão de câmara magmática, entre outras. Os estudos petrográficos e litogeoquímicos multielementares via FRX revelaram: 1) A ocorrência associada nas duas gerações de diques, de rochas básico-ultrabásicas e intermediárias de linhagens magmáticas diferentes do clã basáltico, subalcalinas e alcalinas incluindo na 1ª geração lamprofiros, indicando atividade magmática de fontes mantélicas distintas e heterogêneas. 2) A formação dos corpos gábricos diferenciados por reintrusões múltiplas, gerando rochas de duas linhagens principais, uma de gabros subalcalinos e tholeiíticos e a outra de gabros alcalinos nefelínicos; ambas, com seus respectivos diferenciados de câmara magmática, compreendendo peridotitos, piroxênitos e anortositos, precoces cumuláticos estratiformes, e em veiosintrusivos tardios, por vezes, muito grossos pegmatóides. As reintrusões originaram as brechas de câmara magmática com fragmentos de gabros e seus diferenciados em matrizes gábricas, variando de grossas até microgábricas. Por fim, ocorreu ainda, já em estado de consolidação e resfriamento mais avançado das intrusões principais, como um último pulso do magmtismo gábrico, direto da fonte mantélica, a intrusão dos gabros finos em diques, também subalcalinos e alcalinos. 3) a intrusão sienítica do stock Serraria predominantemente alcalina (com nefelina modal e normativa) a saturada (até <0,5% de quartzo normativo), evidenciando plágioclásio e olivina em restos de ressorção incompleta, entretanto, apresenta quimismo bem definido e pouco variável, drasticamente diferente dos gabros principais, tanto subalcalinos a tholeiíticos quanto alcalinos, e seus diferenciados. Com base nos resultados petrográficos e nas modelagens litogeoquímicas conclui-se que, os gabros principais subalcalinos e tholeiíticos e alcalinos poderiam ter relações genéticas entre si e com os diques básico-ultrabásicos das duas gerações, sendo derivados de fontes mantélicas de tipo OIB ou similares, por fusão parcial variável e tendo sofrido fracionamento de cromita e olivina com Ni durante a ascensão. Representariam frações deste magmatismo colocadas em corpos intrusivos menores, em conseqüência do abortamento temporário da tectônica de abertura do sitema de \'rift\' que gerou os enxames de diques do Canal de São Sebastião (pré e pós-gabros). Com base apenas em modelagens litogeoquímicas não podem ser excluídas relações genéticas de diferenciação por cristalização fracionada entre os gabros principais e os sienitos do stock Serraria. Entretanto, a ocorrência de xenólitos angulosos de gabros e piroxênitos nos sienitos, a falta de termos petrográficos e geoquímicas transicionais e também as proporções volumétricas relativas muito predominantes dos sienitos, sugerem que estes não são produtos de diferenciação de gabros. Os sienitos poderiam estar geneticamente relacionados com carbonatitos que, embora raros e subordinados, já foram descritos e postulados na literatura como eminentes para a região. Por fim, ocorrem os diques básicos a intermediários da 2ª geração, cortando as intrusões gábricas já em estado sólido frio. Regionalmente, observam-se diques análogos e, possivelmente, desta mesma geração, cortando também os sienitos, pelas relações de contato, quando ainda quentes. A última fase do magmatismo mesozóico é representada regionalmente por diques de traquitos, equivalentes subvulcânicos dos sienitos, que os cortam, junto com suas encaixantes precambrianas. A peculiaridade e variabilidade petrográfica e geoquímica do magmatismo mesozóico da Ilha de São Sebastião e demais ocorrências regionais das Ilhas Monte do Trigo, Às Ilhas e Búzios, entre outras, além das imediações continentais litorâneas, parecem caracterizar uma associação geotectônicamaior, relacionada às especificidades asteno-litosféricas, composicionais, termais e tectônicas de abertura do Atlântico Sul, nesse seu segmento de tempo e espaço. Dados geocronológicos da literatura indicariam: \'DA ORDEM DE\'140-120 Ma para a colocação dos diques da 1ª geração; \'DA ORDEM DE\'95-86 Ma para a intrusão dos gabros estratiformes; \'DA ORDEM DE\'85-80 Ma para a intrusão dos sienitos e \'DA ORDEM DE\'81-55 Ma para os diques da 2ª geração. / Novel stratiform gabbroic instrusions with ultramafic and ultrabasic differentiates at Ponta da Pacuíba, Ponta das Canas and Praia da Armação, NNW São Sebastião Island, SP, complemente the spectrum of Mesozoic plutonism on the island, hitherto restricted to the Serraria, São Sebastião and Mirante syenite stocks and several smaller analogous occurrences. Restricted coastal outcrop areas range from a few hundred m to about 2 km im maximum extent, typically consisting of fields of m-sized and larger, spheroidally exfoliated parautochtonous boulders and blocks. Thus the internal magmato-stratigraphical and structural relationships of the gabbro intrusions are difficult to establish. The gabbro bodies cut Precambrian granitic-gneisses and migmatites of the Complexo Costeiro as well as Mesozoic ultrabasic to intermediate dykes (diabases followed by lamprophyres) representing the initial stage of Mesozoic magmatism on São Sebastião Island. The gabbro intrusions, the second stage of Mesozoic magmatism on the island, were intruded by their own magma-chamber late-stage differentiates (vein-type peridotites, pegmatoid clinopyroxenites, anorthosites and finally, microgabbro dykes). The gabbros were intruded later by a second generation of basalt through dacite dykes and by the syenites of the Serraria stock. These dykes may be microxenolithic gradational with true magmatic breccias carrying only gabbro and related intrusive rock fragments. The syenites are younger than the stratiform gabbros, carrying xenoliths of them. Hence, time-space relationships of the second generation dykes and the Serraria syenites could not be observed; the syenites in the study area are free of dykes. Regionally, howevwer, such dykes do intrude the syenites, indicating that the second generation basaltic dykes of the study area are too, may be younger than the syenites. Regionally, the syenites were still cut by trachyte dykes. Major gabbros of the stratiform intrusions are leuco and mesocratic (M=10-35 and 35-65), followed by decreasingly abundant pyroxenites, anorthosites and peridotites. They are isotropic or cumulus textured, frequently with such spectacular features of magma-chamber processes, as fractional crystallization, gravitational crystal settling and igneous sedimentation under quiet and turbulent conditions, causing parallel layering of variable composition and thickness (cm to m-sized), rhytimic layering, gradational stratification, cross-stratification and channel-type cross stratification, channel erosion, erosional discordances, gravitational slumping and sliding, as well as synsedimentary faulting of the unconsolidated crystal mushes due to tectonic downthrow of the active magma-chamber, along with magmatic breccias of magma chamber border zones and reintrusions, among others. Petrographical and lithogeochemical multielementary XRF-studies showed: 1) The association, in both dyke-generations of subalkaline and alkaline basalts and their differentiates, including lamprophyres in the first generation; i.e., the active co-existence of heterogeneous mantle sources concerning composition depths and partial melting. 2) The stratiform gabbros evolution through repeated pulses of magmatic realimentation forming associated subalkaline to minor tholeiitic and alkaline nephelinic gabbros and specific differentiates (peridotites, pyroxenites and anorthosites) occurring either as early magmatic segregations and layered cumulates, or as late stage magma-chamber differentiates in intrusive sometimes pegmatoid veins (without chilled borders), as well as gabbroic magma-chamber breccias. During cooling and consolidation of the intrusions, a last pulse of gabbroic alkaline and subalkaline magmatism occurred from the mantle sources; it originated microgabbro dykes with chilled borders. 3) The Serraria stock consists of predominant alkaline syenite (with modal and normative nepheline) and minor satured syenite (with up to <0.5% normative quartz) bearing relic plagioclase and olivine of uncomplete assimilation. However their chemical composition is well defined and little variable, diverging drastically of the mafic dykes, stratiform gabbros and related rocks. Petrographical and lithogeochemical modelling indicate that the main subalkaline to tholeiitic and alkaline gabbros could be genetically linked with the subalkaline and alkaline mafic dykes of both generations, being derived from OIB-type mantle sources by variable degrees of partial melting and chromite and Ni-in-olivine fractionation during ascent. The gabbros would represent fractions of the dyke magmatism, emplaced as intrusive bodies during an interregnum of abortion of the rift tectonics that caused, at least twice, the opening of the São Sebastião Channel and the emplacement of mafic dyke swarms, separating the São Sebastião Island from continental Brazil. Lithogeochemical modelling was not conclusive concerning the formation of the Serraria syenites through differentiation by fractional crystallization of the gabbroic magmas or not. However, angular xenoliths of gabbros and pyroxenites, the lack of petrographical and geochemical terms transitional between gabbro and syenite, and the by far predominant relative volumetric proportions, suggested that the syenites were not formed by differentiationof the gabbroic magmas. The syenites could be genetically related to carbonatitic rocks that, despite of only minor and rare occurrences, have alreadybeen described and postulated in the literature as of eminent importance for the regional Mesozoic magmatic evolution. Finally, with a renewed uptake of the rift tectonics the basic to intermediate 2nd dyke generation was emplaced, cutting through the already solid and cold gabbro intrusions. Regionally there occur analogous dykes, possibly of the same generation, intruding the syenites, according to the contact relationships when the syenites were already solid but still in a hot stage. The last Mesozoic magmatic activity is regionally represented by trachyte dykes; these cut through the syenites as their subvolcanic equivalents, including their Precambrian country rocks. The pronounced petrographical and geochemical peculiarity and variability of the Mesozoic magmatism of the São Sebastião Island and some other regional occurrences as the islands Monte do Trigo, As Ilhhas and Búzios, among othersand nearby occurrences on the continental coast, apparently designate an own regional geotectonic association, related to the specific astheno-lithospheric compositional, thermal and tectonical conditions, that controlled the opening of the South-Atlantic Ocean in the observed limited segment of time and space. The geochronological record from the literature indicates: ~140-120 Ma for the emplacement of the first dyke generation; ~95-86 Ma for the stratiform gabbros; ~85-80 Ma for syenite stocks and ~81-55 Ma for the second dyke generation.
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Evolução tectono-termal da região nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia / Not available.Newton Litwinski 26 August 1986 (has links)
A evolução tectono-termal da Região Nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia (E do meridiano \'42 GRAUS\'00\' WGr entre os paralelos \'15 GRAUS\'00\' e \'18 GRAUS\'00\') é interpretada a luz de estudos estratigráficos/litológicos, estruturais, petrográficos, petroquímicos, de metamorfismo regional/retrometamorfismo e radiocronológicos. É assinalada uma evolução em regime de cinturão móvel que inicia-se no Proterozóico Inferior ou no final do Arqueano. O nordeste da região atinge estabolidade crustal entre 1.700 m.a. a 1.800 m.a. (Craton do São Francisco) enquanto que o restante da área permanece com mobilidade crustal até o final do Proterozóico Superior. As paragênes minerais revelam um metamorfismo (ocorrido há cerca de 650 m.a.) de grau médio a forte (parte central da região), sob condições de P\'H IND.2\'0 = Pt e temperatura elevada, excluída a área do Craton do São Francisco no sul da Bahia. Os estudos radiocronológicos sugerem idades brasilianas para rochas graníticas pós-tectônicas, assim como para aquelas pré-existentes que sofreram rejuvenescimento isotópico e metamorfismo nesse ciclo (com exceção no extremo nordeste da região, onde mostram idades arqueanas e proterozóicas inferior). Os dados petroquímicos indicam uma origem paraderivada para a grande maioria dos metamorfismos da região. A associação desses dados com os estudos petrológicos sugerem um metassomatismo K ou Na durante o Ciclo Brasiliano. A evolução tectono-termal da região do Ciclo Brasiliano processou-se em três regimes distintos. Em condições plataformais (Craton do São Francisco no nordeste da região) com magmatismo fissural, reativações de falhas e deposição sedimentar em bacia trafogênica (Grupo Rio Pardo). Outro de cisalhamento dútil segundo uma faixa margeando o Craton do São Francisco no Sul da Bahia (NE da região). E um terceiro regime de dobramentos e falhamentos com polaridade para o craton a oeste. / The northeast region of Minas Gerais and south Bahia are centered to the east of 42°00\' WGr, between parallels 15°00\' and 18°00\'. Its tectone-thermal evolution is presented here with the support of stratigraphy/lithology, structural analysis, petrography, petrochemistry, regional metamorphism /retrometamorphism and radiochronology. It is pointed out that the evolution occurred in a mobile belt initiating its history in the terminal Archean up to Inferior Proterozoic. The northeast of the region attained crustal stability during 1700 My up to 1800 My (São Francisco Craton) meanwhile the rest of the zone kept moblilized till upper proterozoic times. Mineral paragenesis reveal an avarege to strong metamorphose (dated around from 650 My) to the west portion of the region, and a strong one to the central part of the region under conditions of \'ph IND. 2\'O equalizing the total pressure and high temperatures. This situation did not occurred in the area of the São Francisco Craton South of Bahia. Radiochronological studies suggest for the post tectonic granitic rocks, ages from the brasiliano cycle as well as for those pre-existing rocks which suffered isotopic regeneration and metamorphose in that same cycle and original age from archean to inferior proterozoic times, except for those which are situated in the northeast part to the region. Petrochemical data point to an origin from sedimentary processes for the majority of the metamorphosed rocks in the region. The association of these data with petrological studies suggest a potassium and sodium type metassomatisme in the Brasiliano Cycle. Tectono-thermal evolution during Brasiliano Cycle occurred in three distinct steps. Plataform conditions prevailed for São Francisco Craton with fissural magmatism, fault reactivations and sedimentary deposition in a taphrogenic type basin such as the one represented by Rio Pardo Group. Another regime prevailed with ductil shearing on a belt marginal to São Francisco Craton South of Bahia. A third regime offered folding and fracturing with polarity from the west against the craton.
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Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano-sedimentar do grupo São Roque - na região de Pirapora do Bom Jesus - Estado de São Paulo / not availableMagda Bergmann 07 July 1988 (has links)
Mapeamento geológico em escala 1:25.000 foi desenvolvido na região de Pirapora do Bom Jesus, São Paulo, na sequência vulcano-sedimentar do Grupo São Roque de idade do Proterozóico Inferior a Médio. O Grupo São Roque ocorre na região mapeada em uma grande estrutura sinclinorial (Sinclinório de Pirapora) que compreende rochas metamórficas do fácies xisto verde. Através do levantamento de perfis estruturais de detalhe, com o emprego de estruturas geopetálicas, foi efetuado o empilhamento dos litotipos da sequência, e são propostas três unidades litoestratigráficas formais: Formação Pirapora, basal ao Grupo São Roque, representada por uma pilha de rochas metavulcânicas e sub-vulcânicas de caráter básico toleítico e rochas piroclásticas subordinadas, com um Membro Carbonático e calciofilitos e metadolomitos a estromatólitos; a Formação Estrada dos Romeiros, estratigraficamente superior, e em contato transicional, com um Membro Arenoso na base e um Membro Pelítico no topo, e a Formação Boturuna, em contato brusco a transicional com topo da formação precedente, comportando dois membros vulcânicos e dois membros arenosos. São apresentados estratótipos com espessuras aproximadas, caracteres litológicos e correlações com outras unidades do Grupo São Roque, referidas pela bibliografia. As relações entre as unidades litoestratigráficas, suas características litológicas e a distribuição das estruturas primárias torna possível considerações sobre a paleogeografia e o ambiente de deposição de sequência São Roque, aqui associado a calhas rasas, do tipo \"rift\" intracontinental, com atividade vulcânica proeminente nos primeiros estágios de sua evolução. A ocorrência de centros eruptivos do tipo vulcão é sugerida pela disposição de recifes carbonáticos, alguns a estromatólitos, circundando corpos metabasíticos estratificados de geometria oval. São identificados na área do Sinclinório de Pirapora, cinco fases de dobramentos superimpostas, três delas sin a tardi-metamórficas e duas pós-metamórficas. Uma articulação de dobras anticlinais recumbentes da segunda fase controla a geometria dos contatos entre as unidades litoestratigráficas, gerando intensa repetição aparente das mesmas. O posicionamento dos estratos, em flanco normal, charneira, ou flanco inverso destas estrutras, modifica a qualidade da foliação \'S IND. 2\', e sua relação com acamamento e a foliação \'S IND. 1\'. A terceira fase de dobramentos é tardia ao metamorfismo, com dobramentos quase holomórficos a traços axiais e eixos orientados de E a W com mergulhos para NE e para W, e desenvolve clivagem plano axial espaçada. Duas fases pós-metamórficas, a fase do Sinclinório de Pirapora, com eixo mergulhante a N60-70E, e outra fase tardia em torno de NS-NNW, não são hierarquizadas. / Geological mapping of the Pirapora Synclinorium on a scale of 1:25.000, in the region of Pirapora do Bom Jesus (eastern State of Sao Paulo, Brazil), together with data obtained from geopetal indicators and regional structural profiling, has led to formal subdivision of the Sao Roque Group. This group consists of a Lower to Middle Proterozoic volcano sedimentary sequence locally exhibiting greenschist facies metamorphism. Three formal Iithostratigraphic units are here proposed, from the base to the top, as follows: . The Pirapora Formation is a basic volcanic to subvolcanic pile of tholeiitic character with subordinate pyroclastic rocks and a carbonate Member characterized by calcio-phyllites and stromatolite-bearing dolostones. The Estrada dos Romeiros Formation, gradationally above the Pirapora Fm., is represented by a basal Sandy Member, and capped by a Pelitic Member. The Boturuna Formation, exhibiting transitional to abrupt contacts with the underlying Estrada dos Romeiros Fm., is made up of two volcanic members and two sandy members. For each of these formations, stratotypes, lithologic characteristics and correlation with other stratigraphic units of the Sao Roque Group are presented. The relationships observed among these Iithostratigraphic units, their lithologies and the distribution of structures suggest that the deposition of the Sao Roque sequence was associated with narrow, shallow, intracontinental rift basins with volcanic activity prominent in the early stages. The occurrence of eruptive centers (probably volcanoes) is evidenced by the association of oval-shaped stratified metabasites with stromatolitic fringe reef and unstable slope deposits. Five phases of folding have been identified in the area of the Pirapora Synclinorium. The first and second were linked to metamorphic phenomena, the third was late metamorphic and the Iatest two postmetamorphic. Second-phase recumbent anticlinal folding has lead to the repetition of Iithostratigraphic units where as third-fase folding resulted in nearly holomorphic folds with E-ENE and W plunging hinges. This fase also generated a spaced axial plane cleavage. Regarding the two postmetamorphic phases of folding, one, with N60-70E plunging axes, was reIated to the formation of the Pirapora synform whiIe the other, trending NS-NNW, could not be structurally correlated.
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O contexto lito-estrutural das mineralizações auriferas na região de Pocone-MTHortensi, Ricardo Aurelio Albernaz 26 March 1999 (has links)
Orientador: Job Jesus Batista / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-24T22:31:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: A região de Poconé representa um importante distrito aurífero para o Estado de Mato Grosso e está inserida numa seqüência metassedimentar neoproterozóica que compõe as rochas do Grupo Cuiabá. Esta pesquisa foi dedicada ao estudo detalhado das estruturas tectônicas existentes nesta região, tendo como principal objetivo apresentar a análise estrutural descritiva e qualitativa destas estruturas e suas relações com veios de quartzo mineralizados a ouro dispostos ao longo de cavas abertas pelos garimpeiros. A sucessão litológica presente nas cavas mapeadas é caracterizada por um conjunto essencialmente metassedimentar representado pela alternância de litotipos psefiticos e psamíticos com presença de clastos "seixos pingados" compondo uma típica seqüência turbidítica com aporte de geleiras. A deformação atuante na área teve caráter heterogênio, não-coaxial e progressivo, tendo sido processada em diferentes níveis crustais e em quatro fases de deformação. As estruturas pertencentes a DI e Dz desenvolveramse em regime crustal dúctil a dúctil-rúptil, sob atuação de esforços compressivos orientados segundo a direção NW/SE. Estas duas fases mostram uma evolução coaxial e progressiva com transporte tectônico de NW para SE. As estruturas pertencentes a fase D] formaram-se em regime rúptil à rúptil-dúctil e refletem a atuação de esforços compressivos orientados na direção NE/SW. Já a fase D4 formou-se em regime tectônico eminentemente rúptil de caráter distensivo e disposto ortogonalmente às demais fases. A estruturação geral das mineralizações é condicionada a veios de quartzo sub-verticalizados instalados em planos S] e S4 dispostos segundo direções 15° - 35° e 280° - 310° respectivamente encaixados nos metassedimentos. O ouro ocorre nos veios, como também disseminado nos halos de alteração hidrotermal que bordejam tais vênulas. A intersecção destas duas famílias de veios representam excelentes depósitos minerais tipo "Bonanzas". As estruturas e texturas observadas nos veios mineralizados revelam que a mineralização aurífera está intimamente relacionada a sulfetação, sendo a pirita o sulfeto mais abundante na região / Abstract: The Poconé region represents an important gold province located in the Mato Grosso State. This province is hosted in a Neoproterozoic metasedimentary sequence, which constitute the Cuiabá Group. This research is dedicated to a detailled study of the tectonic structures of this region, and the main target is to present a descriptive and qualitative structural analysis of these structures and their relationships with the gold mineralization. The gold bearing quartz-veins are exposed on open pits, made by gold-washers. The Cuiabá Group is characterized by a psamitic and psefitic intercalations with dropstones, interpreted as a typical turbiditic sequence fed by glacial debris. The deformation had a heterogeneous, non-coaxial and progressive character. Jt has been developed at different crustalleveJs, during four distinct phases. The DI and D2 structures were deveJoped in a ductile to ductilebrittle crustal regime, caused by compressive stress-field oriented in a NW/SE direction. These two phases show coaxial and progressive evolution. The D3 structures were formed in a brittle to brittle-ductile regime and reflect a compressive stress-field oriented in a NE/SW direction. During D4, a proeminante brittle tectonic regime was formed, with an extensional character, wich was disposed in a perpendicular direction in relation to the other deformation phase stratuctures. The structural framework of the gold-mineralization is controlled by sub-vertical quartz veins, parallel to the D1 and D2 planes. The gold occurs within the quartz-veins and also disseminated in hydrothermal alteration halos at the veins margins. The intersection of these two groups of veins represents na excellent mineral "Bonanza" type deposits. The observed structures and textures in the mineralized veins reveal that gold mineralization is closed related to sulphide percolation, mainly phyrite / Mestrado / Metalogenese / Mestre em Geociências
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Contribuição ao estudo da geologia estrutural e da genese do deposito aurifero de Passagem de Mariana-MGOliveira, Fernando Roberto de, 1917- 16 March 1998 (has links)
Orientadores: Alfonso Schrank, Issamu Endo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-24T01:43:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: A mina de ouro de Passagem de Mariana constitui-se em uma das mais antigas minas de ouro do País, já teve grande importância no cenário econômico nacional, tendo produzido até o início dos anos 80 cerca de 60 t de ouro. Neste trabalho foram abordadas questões relativas a estruturação e a gênese da mineralização aurífera, bem como condições metamórficas. O cenário estrutural da mina de Passagem de Mariana foi desenvolvido em dois episódios orogênicos relacionados aos ciclos Transamazônico (2,2-1,8 Ga) e Brasiliano (0,6 - 0,5 Ga). Durante o ciclos Transamazônico foram desenvolvidas estruturas dúcteis e rúpteis em eventos extensionais e compressivo. O evento extensional DI é marcado pelo desenvolvimento de veios de quartzo (V n-l) paralelo à oblíquo a foliação tectônica principal S(I?) sobre condições metamórficas anfibolito baixo. O segundo evento tectônico D2 compreende estruturas compressivas vergentes para NW representadas por falhamento de empurrão de baixo ângulo, dobras F2 apertadas a isoclinal e veios de quartzo desenvolvidos sobre condições metamórficas de fácies xisto verde médio/alto. O último evento Transamazônico a atuar na área compreende estruturas de caráter extensional incluindo tension gashes (Vn+I), estruturas do tipo pu/lapart, boudins e bandas de cisalhamento normal, vergentes para SE. A mineralização aurífera principal está associada a este evento. O evento tectônico D4 está associado ao ciclo oro genético Brasiliano, compreendendo estruturas rúpteis-dúcteis, incluindo clivagem de crenulação, veios de quartzo (Vn+2 e Vn+3) e intenso fraturamento. O metamorfismo associado a este evento é de fácies xisto verde baixo. A mineralização aurífera é epigenética, estando o ouro associado principalmente a arsenopirita, e menos comumente ocorre de modo livre, neste caso associado a veios quartzosos. O turmalinito da mina de Passagem ocorre sob três tipos distintos: (1) corpos maciços ricos em arsenopirita aurífera, próximos a veios_ (2)- delgados níveis não sulfetados intercalados em mármores_ (3)- filito turmalinizado / Abstract: The Passagem de Mariana mine of gold represent one of the oldest mines of gold in Brazil, having produced until the beginning of the eighties about 60 t. of gold.In this research were investigated the genesis of auriferous mineralizations and its structural controls as well as the metamorphic conditions. The structural framework of the Passagem de Mariana area was bui/d up by two orogenic episodes related to Transamazonian (2,2-1,8 Ga) and Brasiliano (0,6-0,5 Ga) cycle. During the Transamazonian cycle were developed ductil to brittle structures in extensional and compressional events.
The extensional D) event comprise the development ofthe quartz veins (Vn-l) parallel to oblique to the main Se)?) tectonic foliation under low amphibolite metamorphic conditions. The second tectonic event D2 comprise a NW vergent compressional structures represented by bedding paralell thrusting, tight to isoclinal F2 folds and quartz veins developed under middle/high greenschist metamorphism. The late transamazonian event comprehends structures of extensional caracter including quartz-carbonate tension gashes (Vn+l), pull-apart structures, boudins and normal shear bands with southeastem vergence. The main gold mineralization phase are associated to this event. The D4 tectonic event associated to the Brasiliano orogenic cycle comprehends brittledúctil structures including N-S crenulation cleavage, quartz veins (V n+2 and V n+3) and extensive fracturing. The metamorphism associated to this event reached low greenschist facies. The auriferous mineralization is epigenetic commonly associated to the arsenopirite in Vn+l quartz veins and in tourmalinite layer and in minor degree represented by free gold hosted in quartz vein. The tourmalinite of the Passagem de Mariana mine are classified in three different types: (1) rich massive bodies in auriferous arsenopirite, close to the quartz veins; (2) thin layers ofthe non-sulphide embedded in marbles; (3) tourmalinized phyllite / Mestrado / Metalogenese / Mestre em Metalogenese
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Caracterização da "Zona de Sutura" Jacui-Conceição da Aparecida, MG - limite norte do Cinturão Alto Rio Grande : im plicações geotectonicas e metalogeneticasRoig, Henrique Llacer 18 February 1993 (has links)
Orientador : Alfonso Schrank / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-18T09:47:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1993 / Resumo: Os dados geol6gicos obtidos na área trabalhada em semi-detalhe neste estudo, nos arredores de Petúnia - MG, integrados com os das áreas circunvizinhas - Jacui e Conceição da Aparecida (SW de Minas Gerais) - permitiram individualizar, para a região, dois compartimentos tectono-estratigráficos distintos, um cor respondendo a infra-estrutura e outro a supra-estrutura. Os terrenos pertencentes a infra-estrutura correspondem ao embasamento e foram denominados de Cinturão Ca8pos Gerais, constituído por ortognaisses migmatiticos que contém sequências vulcano-sedimentares do tipo Greenstone Belt. Estruturalmente, são caracterizados por núcleos parcialmente preservados circundados por largas zonas de cisalhamento transcorrente, dúctil, de direção geral WNW. Estes núcleos preservados são caracterizados por metamorfismo de fácies anfibolito, enquanto que as zonas de cisalhamento catalizaram reações retrometam Orficas para o fácies xisto verde. Os terrenos pertencentes a supra-estrutura, denominados de Coaplexo Petúnia, agrupam principalmente gnaisses, localmente de características paraderivadas, contendo intercalações variadas de xistos psamiticos e peliticos, além de corpos de metagabros e metaultramáficas. As metaultramáficas correspondem a metapiroxenitos, metaperidotitos e metaduni tos, em geral foliados, que se apresentam, localmente, diferenciados que, junto com os corpos gabr6icos e os cromititos podiformes, portadores de ligas de Os-IrRu, podem representar seqüências ofioliticas dilaceradas pela tectônica. O estudo estrutural identificou dois eventos tectônicos, o primeiro, de caráter tangencial-obliquo, dúctil, é responsável pelo desenvolvimento de zonas de cisalhamento, foliação regional e lineação mineral. Os indicadores cinemáticos deste evento caracterizam um transporte para ESE. O segundo evento tectônico é responsável por vários sistemas de falhas transcorrentes rúpteis, sinistrais, associadas a metamorfismo da zona de transição entre o fácies xisto verde e o prehnita-pumpellyita. As diversas informações li tOl6gicas, estruturais e metam6rficas obtidas neste estudo são compatíveis com a hipótese de uma tectônica obliqua, com vergência para leste, provavelmente de idade Brasiliana. Dentro deste contexto, o Cinturão Campos Gerais corresponderia ao prolongamento do Cráton do São Francisco parcialmente retrabalhado e o Complexo Petúnia seria correlacionável a base do Grupo Andrelândia, deslocando para norte o limite da Faixa M6vel Alto Rio Grande. Este limite é demarcado pela presença da faixa Jacui-ConceiçAo da Aparecida com os corpos de rochas metamáficas e metaultramáficas que representam, possivelmente, fatias de uma sequência ofiolitica embutidas tectonicamente em metapelitos. A presença destas rochas metamáficas e metaultramáficas aliada a uma forte mistura, pr6ximo ao contato, de litologias dos dois compartimentos permitem sugerir uma "zona de sutura" entre o terreno cratônico e a faixa movel. Com respeito à distribuiçAo das mineralizações, esta nova compartimentaçAo tectono-estratigráfica separa de modo coerente as várias tipologias de mineralizações. No CinturAo Campos Gerais permanecem somente as mineralizaç6es sulfetadas associadas ao Greenstone Belt Morro do Ferro, enquanto as mineralizações de cromo e ouro estAo associadas as rochas ofioliticas do Complexo Petúnia / Abstract: An are a in the Southwest of Minas Gerais, including the town of Petúnia, was divided into two distinct terrains, namely, Campos Gerais Belt and Petúnia Complex, both collectively called Campos Gerais Complex in earlier works. The former, and older, is an autochtonous terrain regarded as the basement to the latter. It is located in the northern part of the area and consists of migmatitic orthogneisses containinq greenstone belt sequences. Structural and metamorphic data show that this basement underwent amphibolite facies metamorphism was affected by transcurrent ductile shear zones, all with a general west-northwest strike, that underwent retrograde metamorphism to greenschist facies grade. The Petúnia Complex, considered allochtonous, is mostly made up of gneisses, with minor intercalations of psammitic and pelitic schists, possibly of supracrustal origino Between the cities of Jacui and Conceiçlo da Aparecida, the Petúnia Complex includes a discontinuous belt of metagabbros and metaultramafic rocks. These rocks are mostly foliated and may contain Os-Ir-Ru alloys and sulphides-bearing podiform chromitites, hosted by metaduni tic bodies, locally dif ferentiated. All these features suggest that the mafic anã ultramafic rocks may be the obducted slabs of an ophiolite sequence. The structural and metamorphic data indicate also that the Petúnia Complex underwent two tectonic events. The first is characterized by a tangential tectonics that produced ductile deformation, shear zones, regional foliation and mineral lineation, and metamorphic conditions of anphibolite facies grade. Their kinematic indicators show a mass transport towards east-southeast. The second tectonic event, on the other hand, is characterized by brittle transcurrent faults, with sinistral sense, and metamorphic conditions between greenschist- and prehnite-pumpellyite facies grade. On the basis of lithologic, metamorphic and structural data the following hypothesis is put foward for the geologic evolution: (i) The Campos Gerais belt is the southern extention of the Slo Francisco Craton, whereas the Petúnia Complex is correlated with the base of the Andrelândia GrouPi (ii) secondly, there might have been an oblique collision between two tectonic blocks during the Brasiliano event, with mass transport from W-NW to E-SE, obduction of an ophiolitic sequence, and mixing of lithologies from both terrains. The two last features characterize the "suture zone" between a cratonic block (Slo Francisco Craton) and a mobile belt (Alto Rio Grande mobile belt). This suggests that the boundary of the Alto Rio Grande mobile belt should actually be located further north. The proposed division can also explain the regional distribution of mineral deposits, with massive sulphide deposits concentrated in the greenstone belt sequence of the Campos Gerais belt, and gold and chromium in ophiolitic rocks of the Petúnia Complexo / Mestrado / Mestre em Geociências
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Análise Estratigráfica e Estrutural da Bacia PernambucoMario Ferreira de Lima Filho 17 April 1998 (has links)
A Bacia Pernambuco é uma bacia marginal atlântica localizada entre o Lineamento Pernambuco, seu limite norte, e o Alto de Maragogi-Barreiros, seu limite sul. O Limite oeste da bacia é dominado por rochas graníticas, gnaíssicas e migmatitos do Maciço Pernambuco/Alagoas. São identificadas três direções principais de falhas e fraturas: E-W, NW-SE e NE-SW. O sistema de falhas NE é composto por subsistemas com atividades progressivas desde a separação dos dois continentes até sua fase tardia, com a deposição da Formação Estivas. Os grandes falhamentos E-W, que, praticamente, são os seus limites, as falhas horizontais NW-SE do embasamento; e as falhas de gravidade na direção NE-SW. O esforço que gerou a bacia, tem direção NW-SE. Esse esforço ocasionou uma série de grabens extensionais segundo a direção NE-SW, escalonado em direção à plataforma. O Lineamento Pernambuco atuou como uma zona de transferência, separando duas bacias com histórias deposicionais distintas: a Bacia Pernambuco e Bacia Paraíba. A Bacia Pernambuco possui dois grabens, na verdade dois semi-grabens, separados por um alto estrutural. O semi-graben interno composto pelo Baixo de Piedade e o Baixo do Cupe, e o semi-graben externo. A Formação do cabo é a primeira sequência sedimentar a ser depositada na bacia sobre os riolitos da Suíte Vulcânica de Ipojuca. Representa uma série de ciclos deposicionais desenvolvidos em ambiente continental semi-árido, através de leques aluviais subaéreos e subaquosos, mergulhando num lago. Ela é caramente subdividida, estando cada qual depositada em ambientes deposicionais distintos. A facies proximal (\'KC IND.1\' é restrita à borda da bacia, sendo formada esssencialmente por conglomerados polimíticos grossos e desorganizados, praticamente desprovidos de matriz, depositados na forma de fluxos detríticos coesos em nível de lago raso. A facies mediana do leque aluvial (\'KC IND.2\') foi depositada por correntes em lençol (sheet flow) num fluxo hiperconcentrado. A facies distal do leque (\'KC IND 3\') é representada por ritmitos, compostos por argila e arenito arcosiano médio a fino. Possui estratificações plano - paralelas, cruzadas, cavalgantes, tabulares e feições deformacionais, como resultado dos sedimentos mais finos que chegavam ao lago, mostrando-se por vezes bioturbados. Essa facies possui horizontes de folhelhos negros de ambientes anóxicos, que progradam sobre os leques devido à subida do nível do lago; trato de lago profundo. A evolução desse sistema pode ser compreendida através do empilhamento dessas facies. Os ciclos iniciam-se pela deposição dos conglomerados, indicando um soerguimento da área fonte, associado à sazonalidade, com enxurradas esporádicas que permitiram a deposição dos arenitos arcoseanos na parte mediana, terminando pela deposição dos sedimentos finos num lago tectônico. A Formação Cabo demonstra variações de espessura em subsuperfície que estão claramente relacionadas as falhas de borda da bacia. A Formação Estiva, sobreposta à Formação Cabo, mostra as primeiras ingressões marinhas dentro da bacia, num total de, pelo menos, 3 ciclos T-R. O primeiro ciclo, no mínimo, é de idade albiana, e o segundo e terceiro são de idade cenomaniana até santoniana. O ambiente deposicional da Formação Estiva é típico de Planície de Maré. São identificados os subambientes de plataforma rasa, inframaré e supramaré. Os dados de poços e campo sugerem que o vulcanismo Ipojuca está intimamente associado com os sedimentos clásticos e não-clásticos da bacia, formando sills, diques, lacólitos, etc. A presença de ignimbritos, púmice e rochas vulcanoclásticas sugere um vulcanismo explosivo. As intercalações com rochas carbonátoicas e fluxos piroclásticos subaquosos sugerem evidências de processos, predominantemente, de vulcanismo subaquático. A Formação Algodoais tem sua deposição em ambiente de leques aluviais continentais, resultante do tectonismo pós-turoniano, o qual provocou o retrabalhamento das rochas vulcânicas e dos clásticos da Formação Cabo. Duas unidades informais podem ser subdivididas dentro da Formação Algodoais: uma unidade basal (água Fria) e uma superior (Tiriri). São identificados na Bacia Pernambuco seis eventos de grande magnitude intimamente relacionados a sua evolução: Evento Magmático Inicial - Esse evento ainda assume um caráter especulativo, face à não datação, ainda, das rochas vulcânicas envolvidas. Porém, as relações de campo nos mostram que a base da Formação Cabo, principalmente na parte emersa da bacia, é composta essencialmente por riolitos. Evento Rifteamento - Esse evento representa a época da deposição dos conglomerados sin-tectônicos da bacia. Evento Transgressivo - Esse evento é marcado pela deposição de carbonatos. Uma rápida inundação é responsável pela deposição de folhelhos pretos anóxicos na base do calcário Estiva. Transgressivo - Esse evento é marcado pela deposição de carbonatos. Uma rápida inundação é responsável pela deposição de folhelhos pretos anóxicos na base do calcário Estiva. Evento Magmático Básico - As relações de campo mostram um fenômeno magmático de grande expressão, essencialmente básico (basaltos e diabásio), que corta os riolitos da base, a Formação Cabo e a Formação Estiva; Evento Tectônico - Na Bacia Pernambuco, verifica-se um forte tectonismo posterior ao magmatismo do evento anterior, pois atinge as rochas vulcânicas, principalmente o basalto, gerando uma série de grabens e horsts, criando, assim, espaço para a deposição dos sedimentos da Formação Algodoais, e o Evento Magmático Ácido - No topo da Formação Algodoais existe uma mancha sedimentar esbranquiçada, formando colunas sextavadas já caulinizadas. Quanto a presença de hidrocarbonetos, a Bacia Pernambuco tem características estratigráficas, sedimentares e estruturais semelhantes as demais bacias marginais brasileiras onde ocorrem óleo e gás. / The Pernambuco Basin is located in the Northeastern Brazil, extenting from the South of the Pernambuco Lineament to the Maragogi-Barreiros High, and has its origin and geologic history closely related to the latest tectonic efforts which resulted in the opening of the southern portion of the Atlantic Ocean and the consequent separation between South America and Africa. The Precambrian crystalline basement of the area belongs to the so-called Borborema structural province, composed of a patchwork of supracrustal and infracrustal rocks as well as granites and migmatites, affected by Late Precambria Brasiliano orogeny. The various patches are separated chiefly by SW-NE trending faults and W-E shear zones and lineaments among which the Pernambuco Lineament is the most important. In the Aptian or maybe somewhat earlier the northward propagating South of this lineament the rift reached NE Brazil, up to the E-W Pernambuco Lineament. South of this lineament the Pernambuco Basin formed, with several individual small grabens within it. North of the lineament the area continued as a structural high, and linked to Africa. The sedimentary deposition in the Pernambuco Basin started with a basal section which consisted of a thick sequence of rift-border conglomerates passing eastward from proximal to medium and distal into lacustrine depositional system (Cabo Formation). The conglomerates are composed of boulders to pebbles derived from crystalline basement rocks within an arkosic to lithic matrix. Towards the distal lake, sandstones intercalations became even more frequent, while in the most distal parts siltstone to shale beds, with a few fossils, also appear. The units has been dated on Late Aptian, although its lower section may be older. Chiefly in Albian time an intense alkaline to intermediate volcanism affected the area. Dykes, plugs, sills and flows occur, whereas the rock types are represented by basalt, andesite, trachyte, rhyolites and the well-known Cabo de santo Agostinho granite. Ignimbrites and volcanoclastic are also frequently found. These rocks are called the Ipojuca Suite. During the Albian transgression the sea invaded part of the area leaving behind the fossiliferous limestone of the Estiva Formation. The carbonate section in the south of the Pernambuco Lineament is characterized by four deposited during Albian; Cenomanian/Turonian, Turonian/Santonian and Maastrichian ages, occurring next to Pernambuco Lineament and linked the evolution of the Paraiba basin. Near the end of the rift valley the sediment sequence turned microclastic, with red shales and claystones and some traces of evaporites, suggesting the realm to be the end of a sea-arm with possibly sabkhas. A tectonic reactivation (90 My - approximately) of the basin gave rise to the development of depocenters in which coarse-grained clastic sediments of the origin volcanic were deposited (Algodoais Formation). The tectonic evolution of the Pernambuco Basin began in the Aptian. A volcanic magmatism was the driving mecanism for the opening of the basin. This magmatism had its origins probably in the hot spot of St. Helena about 120my ago. Its opening created conditions for the deposition of the sytectonic clastic sediments as well as the generating rhyolites as a crustal fusion product. The initial opening stage of the south Atlantic was followed by an extensional force with a NW-SE trending, generating the basins along the northeastern margin of NE Brazil and also the western margin of Africa.
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Contribuição à geologia estrutural da unidade porongos na sua localidade tipo: |a Contribuição à geologia estrutural da unidade porongos na sua localidade tipo região de Pinheiro Machado, Rio Grande do Sul / Not available.Mello, Fernando Machado de 01 October 1993 (has links)
|a Contribuição à geologia estrutural da unidade porongos na sua localidade tipo |b região de Pinheiro Machado, Rio Grande do Sul / Research was carried out on the rocks affected by the brasiliano episode of deformation, in the Uruguaio-Sulriograndense shield, localized in state of Rio Grande do Sul, BraziI. An area about 500 km², situated in the lithologies defined as the Porongos Series was mapped. The investigation was centered on the deformed granites and their relationship with a meta-sedimentary cover. In the map area there was one main event of thrusting of an crystalline sheet, in this work called the Granito-Gnáissico unit, over a miogeoclinal sequence, thought to be related to the Lavalleja Group, in Uruguai. On the course of the deformation the granite rocks suffered a large process of conminuition and mineral transformations, under a ductile regime, with expressive segregation of silica, sometimes with generation of tens of meters of quartz-mylonites. The study comprises mineralogical and petrographic aspects with particular emphases on microtectonic. In the field work, special-atention was given to define the kinds of foliations and lineations, to charaterize the kinematic pattern in the region. The sucessive deformation was iniciated by a period of compressive tectonics, with generation of a thrust system with a vergence to NNW, formed by duplex, imbricate fans and recumbent folds, within an oblique ramp, probably associated to an detachment zone. In this first group of structures the deformation was ductil and non-coaxial. In sequence, there were, at least two more events, wich caused refolding the older structures and generalized faulting and fracturing in the area, in brittle manner.
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