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Violência contra mulheres rurais, agendas públicas municipais e práticas profissionais de saúde : o visível e o invisível na inconsciência do óbvioCosta, Marta Cocco da January 2012 (has links)
Neste estudo aborda-se a violência contra as mulheres e a saúde em áreas rurais da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Os objetivos gerais incluíram: conhecer e analisar, em cenários rurais as representações sociais da violência contra as mulheres na perspectiva de gestores municipais, profissionais e trabalhadores da saúde e as influências dessas representações na implementação de decisões políticas e técnicas em ações de saúde; analisar as agendas públicas locais de saúde direcionadas ao enfrentamento da violência contra mulheres rurais; analisar, por meio do domínio epistemológico das relações de gênero e das representações sociais balizadas pelo principio da integralidade (SUS), as formas concretas de atenção às mulheres rurais vítimas de violência e o potencial de efetividade do enfrentamento local considerando-se o contexto rural e as pequenas municipalidades. O estudo, de cunho qualitativo, englobou 56 participantes: gestores, profissionais e trabalhadores dos serviços de saúde, que atuam em áreas rurais. As ferramentas de geração das informações abarcaram: questões-estímulo de evocações, entrevista semiestruturada e busca documental, analisadas pela modalidade temática e com auxílio do software Nvivo, e para análise das associações de palavras o software EVOC. As evocações dos participantes reconhecem essa problemática em cenário rural considerando-a “destino de gênero” que advêm do consentimento/resignação, culpa/medo, o que resulta em “naturalização” e “banalização” social marcados pelas relações hierárquicas de gênero. Nas representações constatou-se que a mulher rural é vista sob a ótica da “subordinação” e da “obediência”, da responsabilidade exclusiva pela reprodução biológica, dos afazeres domésticos e da lavoura, com pouca ou nenhuma legitimidade para desconformidades. Na dimensão política, a fragilidade da gestão das políticas e dos recursos atestam o despreparo dos municípios para conduzir o processo de gestão pautados nas diretrizes e princípios do SUS. As especificidades e as dinâmicas socioculturais das comunidades rurais intensificam essa fragilidade da gestão, porque não são exploradas na dimensão do planejamento em saúde. O resultado do “não reconhecimento” da violência como problemática “da e de saúde” foi a constatação da inexistência de agenda local direcionada à violência contra as mulheres rurais, a desresponsabilização e o descompromisso da gestão local frente a esse fenômeno. Nas práticas dos profissionais da saúde (dimensão técnica), em particular as rurais, essa problemática apareceu invisível, não reconhecida e a “centralidade na doença” impossibilita a inclusão da violência como problema de saúde complexo, oriundo de “outro tipo de sofrimento”. A saúde das populações rurais é um fenômeno amplo, com suas especificidades, e o desafio das políticas públicas é o de reconhecer o cenário rural como espaço de cuidado que demanda intervenções singulares. Desvelar a violência contra as mulheres rurais no interior dos serviços de saúde é fundamental para compreendê-la, exigindo transformação de saberes e práticas, reconhecimento e responsabilização de serviços coletivos de atenção em saúde, e de profissionais, para além do técnico, como cidadãos comprometidos com deveres de cidadania na luta pela integralidade da atenção e contra as práticas inaceitáveis de violência. / The study approaches the of violence against women and health in rural areas from the South Half region of Rio Grande do Sul. The general objectives were: learning and analyzing, within rural sceneries, the social representations of violence against women in the perspective of the municipal management staff, health professionals and workers and the influences of these representations in implementing political and technical decisions on health actions; analyzing the local public health agendas addressed to coping violence against rural women; analyzing by means of the epistemological domain of gender relations and of social representations marked out by the SUS integrality principle, the concrete forms of caring rural women victims of violence and the potential of effectiveness of the local coping by considering the rural context and the small municipalities. It is a qualitative study with the participation of the managerial staff, professionals and workers from health services that perform in rural areas totaling 56 participants. Different kinds of tools were used to generate the information such as: instrument with questions-stimuli of evocations, semi-structured interview and documental survey analyzed by the thematic mode by using the Nvivo software and, for the analysis of the connection of words, the EVOC software. The evocations of the participants are turned to recognizing this problem in the rural environment as being “a gender destiny” that derives from consent and resignation, guilt and fear, what results in the social “naturalization” and “banality” marked by the hierarchic relations of gender. The representations have also evidenced that the rural woman is seen from the points of view of “subordination” and “obedience”, the exclusive responsibility for the biological reproduction, the care of the home, the housekeeping and the tillage with few or no legitimacy for non-conformities. As to the political dimension, the study showed the fragility of the management of the policies of the resources, evidencing the lack of preparation of the municipalities to conduct the management process based on SUS guidelines and principles. The specificities and social and cultural dynamics of the rural communities intensify this management fragility since they are not exploited in the dimension of health planning. The result of the “non-recognition” of violence as a problem “of the and of health” was observing the non-existence of a local agenda addressed to the of violence against rural women, as well as the lack of responsibility and non-commitment of the local administration before this phenomenon. Regarding the practices of the health professionals (technical dimension), particularly the rural ones, this problem appeared as invisible and non-recognized and, yet, the “central focus on the disease” that makes it impossible to include violence as a complex health problem, derived from “other type of suffering”. The health of rural populations is a broad phenomenon with its specificities while the disease and the challenge of the public policies are recognizing the rural scenery as a space of care that requires unique interventions. Unveiling violence against the rural women within the walls of the health services is fundamental for its comprehension what therefore requires transformation of knowledge and practices, recognition and responsibility of the services as meanings of health care and of the professionals as well but beyond of the technician level as citizens committed with citizenship duties in the struggle for the care integrality and against the non-acceptable practices of violence. / En este estudio aborda la violencia contra las mujeres y la salud en áreas rurales de la Mitad Sur del Rio Grande do Sul. Los objetivos fueron: conocer y analizar, en escenarios rurales, las representaciones sociales de la violencia contra las mujeres en la perspectiva de los gestores municipales, profesionales y trabajadores de la salud influencias de esas representaciones en la implementación de decisiones políticas y técnicas en acciones de salud; analizar las agendas públicas locales de salud direccionadas al enfrentamiento de la violencia contra mujeres rurales; analizar, por medio del dominio epistemológico de las relaciones de género y de las representaciones sociales balizadas por el principio de la integralidad (SUS), las formas concretas de atención a las mujeres rurales víctimas de violencia y el potencial de efectividad del enfrentamiento local considerando el contexto rural y las pequeñas municipalidades. El studio cualitativo, con participación de gestores, profesionales y trabajadores de los servicios de salud, que actúan en áreas rurales, totalizando 56 participantes. Las diferentes herramientas de generación de las informaciones, tales como: instrumento con cuestiones-estímulos de evocaciones, entrevista semi-estructurada y búsqueda documental, siendo analizadas por la modalidad temática utilizándose el software Nvivo y, para el análisis de las asociaciones de palabras, el software EVOC. Las evocaciones de los participantes están vueltas para el reconocimiento de esa problemática en escenario rural como siendo “destino de género”, que adviene del consentimiento/resignación, culpa/miedo, lo que resulta en la “naturalización” y “banalización” social marcada por las relaciones jerárquicas de género. También se evidenciaron en las representaciones que la mujer rural es vista por la óptica de la “subordinación” y de la “obediencia”, la responsabilidad exclusiva por la reproducción biológica, de las tareas domésticas y de labranza, con poca o ninguna legitimidad para disconformidades. En la dimensión política, fragilidad de la gestión de las políticas y de los recursos, lo que atesta la falta de preparación de las municipalidades para conducir el proceso de gestión pautado en las directrices y principios del SUS. Las dinámicas sociales y culturales de las comunidades rurales intensifican esa fragilidad de la gestión, visto que ellas no son exploradas en la dimensión del planeamiento en salud. El resultado del “no reconocimiento” de la violencia como problemática “de la y de salud” fue la constatación de la inexistencia de agenda local direccionada la violencia contra las mujeres rurales, como también la falta de responsabilización y el descompromiso de la gestión local delante ese fenómeno. Ya en las prácticas de los profesionales de la salud (dimensión técnica), en particular las rurales, esa problemática presentó invisibilidad y no reconocida y, aún, la “centralidad en la enfermedad” que imposibilita la inclusión de la violencia como un problema de salud complejo con origen en “otra clase de sufrimiento”. La salud de las poblaciones rurales es un fenómeno con especificidades amplias, que la enfermedad y el desafío de las políticas públicas son reconocer el escenario rural como espacio de cuidado que demanda intervenciones singulares. Desvelar la violencia contra las mujeres rurales en el interior de los servicios de salud es fundamental para su comprensión, exigiendo, por lo tanto transformación de saberes y prácticas, reconocimiento y responsabilización de servicios como colectivos de atención en salud, y de profesionales para allá del técnico, como ciudadanos comprometidos con deberes de ciudadanía en la lucha por la integralidad de la atención y contra las prácticas inaceptables de violencia.
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Violência contra mulheres rurais, agendas públicas municipais e práticas profissionais de saúde : o visível e o invisível na inconsciência do óbvioCosta, Marta Cocco da January 2012 (has links)
Neste estudo aborda-se a violência contra as mulheres e a saúde em áreas rurais da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Os objetivos gerais incluíram: conhecer e analisar, em cenários rurais as representações sociais da violência contra as mulheres na perspectiva de gestores municipais, profissionais e trabalhadores da saúde e as influências dessas representações na implementação de decisões políticas e técnicas em ações de saúde; analisar as agendas públicas locais de saúde direcionadas ao enfrentamento da violência contra mulheres rurais; analisar, por meio do domínio epistemológico das relações de gênero e das representações sociais balizadas pelo principio da integralidade (SUS), as formas concretas de atenção às mulheres rurais vítimas de violência e o potencial de efetividade do enfrentamento local considerando-se o contexto rural e as pequenas municipalidades. O estudo, de cunho qualitativo, englobou 56 participantes: gestores, profissionais e trabalhadores dos serviços de saúde, que atuam em áreas rurais. As ferramentas de geração das informações abarcaram: questões-estímulo de evocações, entrevista semiestruturada e busca documental, analisadas pela modalidade temática e com auxílio do software Nvivo, e para análise das associações de palavras o software EVOC. As evocações dos participantes reconhecem essa problemática em cenário rural considerando-a “destino de gênero” que advêm do consentimento/resignação, culpa/medo, o que resulta em “naturalização” e “banalização” social marcados pelas relações hierárquicas de gênero. Nas representações constatou-se que a mulher rural é vista sob a ótica da “subordinação” e da “obediência”, da responsabilidade exclusiva pela reprodução biológica, dos afazeres domésticos e da lavoura, com pouca ou nenhuma legitimidade para desconformidades. Na dimensão política, a fragilidade da gestão das políticas e dos recursos atestam o despreparo dos municípios para conduzir o processo de gestão pautados nas diretrizes e princípios do SUS. As especificidades e as dinâmicas socioculturais das comunidades rurais intensificam essa fragilidade da gestão, porque não são exploradas na dimensão do planejamento em saúde. O resultado do “não reconhecimento” da violência como problemática “da e de saúde” foi a constatação da inexistência de agenda local direcionada à violência contra as mulheres rurais, a desresponsabilização e o descompromisso da gestão local frente a esse fenômeno. Nas práticas dos profissionais da saúde (dimensão técnica), em particular as rurais, essa problemática apareceu invisível, não reconhecida e a “centralidade na doença” impossibilita a inclusão da violência como problema de saúde complexo, oriundo de “outro tipo de sofrimento”. A saúde das populações rurais é um fenômeno amplo, com suas especificidades, e o desafio das políticas públicas é o de reconhecer o cenário rural como espaço de cuidado que demanda intervenções singulares. Desvelar a violência contra as mulheres rurais no interior dos serviços de saúde é fundamental para compreendê-la, exigindo transformação de saberes e práticas, reconhecimento e responsabilização de serviços coletivos de atenção em saúde, e de profissionais, para além do técnico, como cidadãos comprometidos com deveres de cidadania na luta pela integralidade da atenção e contra as práticas inaceitáveis de violência. / The study approaches the of violence against women and health in rural areas from the South Half region of Rio Grande do Sul. The general objectives were: learning and analyzing, within rural sceneries, the social representations of violence against women in the perspective of the municipal management staff, health professionals and workers and the influences of these representations in implementing political and technical decisions on health actions; analyzing the local public health agendas addressed to coping violence against rural women; analyzing by means of the epistemological domain of gender relations and of social representations marked out by the SUS integrality principle, the concrete forms of caring rural women victims of violence and the potential of effectiveness of the local coping by considering the rural context and the small municipalities. It is a qualitative study with the participation of the managerial staff, professionals and workers from health services that perform in rural areas totaling 56 participants. Different kinds of tools were used to generate the information such as: instrument with questions-stimuli of evocations, semi-structured interview and documental survey analyzed by the thematic mode by using the Nvivo software and, for the analysis of the connection of words, the EVOC software. The evocations of the participants are turned to recognizing this problem in the rural environment as being “a gender destiny” that derives from consent and resignation, guilt and fear, what results in the social “naturalization” and “banality” marked by the hierarchic relations of gender. The representations have also evidenced that the rural woman is seen from the points of view of “subordination” and “obedience”, the exclusive responsibility for the biological reproduction, the care of the home, the housekeeping and the tillage with few or no legitimacy for non-conformities. As to the political dimension, the study showed the fragility of the management of the policies of the resources, evidencing the lack of preparation of the municipalities to conduct the management process based on SUS guidelines and principles. The specificities and social and cultural dynamics of the rural communities intensify this management fragility since they are not exploited in the dimension of health planning. The result of the “non-recognition” of violence as a problem “of the and of health” was observing the non-existence of a local agenda addressed to the of violence against rural women, as well as the lack of responsibility and non-commitment of the local administration before this phenomenon. Regarding the practices of the health professionals (technical dimension), particularly the rural ones, this problem appeared as invisible and non-recognized and, yet, the “central focus on the disease” that makes it impossible to include violence as a complex health problem, derived from “other type of suffering”. The health of rural populations is a broad phenomenon with its specificities while the disease and the challenge of the public policies are recognizing the rural scenery as a space of care that requires unique interventions. Unveiling violence against the rural women within the walls of the health services is fundamental for its comprehension what therefore requires transformation of knowledge and practices, recognition and responsibility of the services as meanings of health care and of the professionals as well but beyond of the technician level as citizens committed with citizenship duties in the struggle for the care integrality and against the non-acceptable practices of violence. / En este estudio aborda la violencia contra las mujeres y la salud en áreas rurales de la Mitad Sur del Rio Grande do Sul. Los objetivos fueron: conocer y analizar, en escenarios rurales, las representaciones sociales de la violencia contra las mujeres en la perspectiva de los gestores municipales, profesionales y trabajadores de la salud influencias de esas representaciones en la implementación de decisiones políticas y técnicas en acciones de salud; analizar las agendas públicas locales de salud direccionadas al enfrentamiento de la violencia contra mujeres rurales; analizar, por medio del dominio epistemológico de las relaciones de género y de las representaciones sociales balizadas por el principio de la integralidad (SUS), las formas concretas de atención a las mujeres rurales víctimas de violencia y el potencial de efectividad del enfrentamiento local considerando el contexto rural y las pequeñas municipalidades. El studio cualitativo, con participación de gestores, profesionales y trabajadores de los servicios de salud, que actúan en áreas rurales, totalizando 56 participantes. Las diferentes herramientas de generación de las informaciones, tales como: instrumento con cuestiones-estímulos de evocaciones, entrevista semi-estructurada y búsqueda documental, siendo analizadas por la modalidad temática utilizándose el software Nvivo y, para el análisis de las asociaciones de palabras, el software EVOC. Las evocaciones de los participantes están vueltas para el reconocimiento de esa problemática en escenario rural como siendo “destino de género”, que adviene del consentimiento/resignación, culpa/miedo, lo que resulta en la “naturalización” y “banalización” social marcada por las relaciones jerárquicas de género. También se evidenciaron en las representaciones que la mujer rural es vista por la óptica de la “subordinación” y de la “obediencia”, la responsabilidad exclusiva por la reproducción biológica, de las tareas domésticas y de labranza, con poca o ninguna legitimidad para disconformidades. En la dimensión política, fragilidad de la gestión de las políticas y de los recursos, lo que atesta la falta de preparación de las municipalidades para conducir el proceso de gestión pautado en las directrices y principios del SUS. Las dinámicas sociales y culturales de las comunidades rurales intensifican esa fragilidad de la gestión, visto que ellas no son exploradas en la dimensión del planeamiento en salud. El resultado del “no reconocimiento” de la violencia como problemática “de la y de salud” fue la constatación de la inexistencia de agenda local direccionada la violencia contra las mujeres rurales, como también la falta de responsabilización y el descompromiso de la gestión local delante ese fenómeno. Ya en las prácticas de los profesionales de la salud (dimensión técnica), en particular las rurales, esa problemática presentó invisibilidad y no reconocida y, aún, la “centralidad en la enfermedad” que imposibilita la inclusión de la violencia como un problema de salud complejo con origen en “otra clase de sufrimiento”. La salud de las poblaciones rurales es un fenómeno con especificidades amplias, que la enfermedad y el desafío de las políticas públicas son reconocer el escenario rural como espacio de cuidado que demanda intervenciones singulares. Desvelar la violencia contra las mujeres rurales en el interior de los servicios de salud es fundamental para su comprensión, exigiendo, por lo tanto transformación de saberes y prácticas, reconocimiento y responsabilización de servicios como colectivos de atención en salud, y de profesionales para allá del técnico, como ciudadanos comprometidos con deberes de ciudadanía en la lucha por la integralidad de la atención y contra las prácticas inaceptables de violencia.
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Violência contra mulheres rurais, agendas públicas municipais e práticas profissionais de saúde : o visível e o invisível na inconsciência do óbvioCosta, Marta Cocco da January 2012 (has links)
Neste estudo aborda-se a violência contra as mulheres e a saúde em áreas rurais da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Os objetivos gerais incluíram: conhecer e analisar, em cenários rurais as representações sociais da violência contra as mulheres na perspectiva de gestores municipais, profissionais e trabalhadores da saúde e as influências dessas representações na implementação de decisões políticas e técnicas em ações de saúde; analisar as agendas públicas locais de saúde direcionadas ao enfrentamento da violência contra mulheres rurais; analisar, por meio do domínio epistemológico das relações de gênero e das representações sociais balizadas pelo principio da integralidade (SUS), as formas concretas de atenção às mulheres rurais vítimas de violência e o potencial de efetividade do enfrentamento local considerando-se o contexto rural e as pequenas municipalidades. O estudo, de cunho qualitativo, englobou 56 participantes: gestores, profissionais e trabalhadores dos serviços de saúde, que atuam em áreas rurais. As ferramentas de geração das informações abarcaram: questões-estímulo de evocações, entrevista semiestruturada e busca documental, analisadas pela modalidade temática e com auxílio do software Nvivo, e para análise das associações de palavras o software EVOC. As evocações dos participantes reconhecem essa problemática em cenário rural considerando-a “destino de gênero” que advêm do consentimento/resignação, culpa/medo, o que resulta em “naturalização” e “banalização” social marcados pelas relações hierárquicas de gênero. Nas representações constatou-se que a mulher rural é vista sob a ótica da “subordinação” e da “obediência”, da responsabilidade exclusiva pela reprodução biológica, dos afazeres domésticos e da lavoura, com pouca ou nenhuma legitimidade para desconformidades. Na dimensão política, a fragilidade da gestão das políticas e dos recursos atestam o despreparo dos municípios para conduzir o processo de gestão pautados nas diretrizes e princípios do SUS. As especificidades e as dinâmicas socioculturais das comunidades rurais intensificam essa fragilidade da gestão, porque não são exploradas na dimensão do planejamento em saúde. O resultado do “não reconhecimento” da violência como problemática “da e de saúde” foi a constatação da inexistência de agenda local direcionada à violência contra as mulheres rurais, a desresponsabilização e o descompromisso da gestão local frente a esse fenômeno. Nas práticas dos profissionais da saúde (dimensão técnica), em particular as rurais, essa problemática apareceu invisível, não reconhecida e a “centralidade na doença” impossibilita a inclusão da violência como problema de saúde complexo, oriundo de “outro tipo de sofrimento”. A saúde das populações rurais é um fenômeno amplo, com suas especificidades, e o desafio das políticas públicas é o de reconhecer o cenário rural como espaço de cuidado que demanda intervenções singulares. Desvelar a violência contra as mulheres rurais no interior dos serviços de saúde é fundamental para compreendê-la, exigindo transformação de saberes e práticas, reconhecimento e responsabilização de serviços coletivos de atenção em saúde, e de profissionais, para além do técnico, como cidadãos comprometidos com deveres de cidadania na luta pela integralidade da atenção e contra as práticas inaceitáveis de violência. / The study approaches the of violence against women and health in rural areas from the South Half region of Rio Grande do Sul. The general objectives were: learning and analyzing, within rural sceneries, the social representations of violence against women in the perspective of the municipal management staff, health professionals and workers and the influences of these representations in implementing political and technical decisions on health actions; analyzing the local public health agendas addressed to coping violence against rural women; analyzing by means of the epistemological domain of gender relations and of social representations marked out by the SUS integrality principle, the concrete forms of caring rural women victims of violence and the potential of effectiveness of the local coping by considering the rural context and the small municipalities. It is a qualitative study with the participation of the managerial staff, professionals and workers from health services that perform in rural areas totaling 56 participants. Different kinds of tools were used to generate the information such as: instrument with questions-stimuli of evocations, semi-structured interview and documental survey analyzed by the thematic mode by using the Nvivo software and, for the analysis of the connection of words, the EVOC software. The evocations of the participants are turned to recognizing this problem in the rural environment as being “a gender destiny” that derives from consent and resignation, guilt and fear, what results in the social “naturalization” and “banality” marked by the hierarchic relations of gender. The representations have also evidenced that the rural woman is seen from the points of view of “subordination” and “obedience”, the exclusive responsibility for the biological reproduction, the care of the home, the housekeeping and the tillage with few or no legitimacy for non-conformities. As to the political dimension, the study showed the fragility of the management of the policies of the resources, evidencing the lack of preparation of the municipalities to conduct the management process based on SUS guidelines and principles. The specificities and social and cultural dynamics of the rural communities intensify this management fragility since they are not exploited in the dimension of health planning. The result of the “non-recognition” of violence as a problem “of the and of health” was observing the non-existence of a local agenda addressed to the of violence against rural women, as well as the lack of responsibility and non-commitment of the local administration before this phenomenon. Regarding the practices of the health professionals (technical dimension), particularly the rural ones, this problem appeared as invisible and non-recognized and, yet, the “central focus on the disease” that makes it impossible to include violence as a complex health problem, derived from “other type of suffering”. The health of rural populations is a broad phenomenon with its specificities while the disease and the challenge of the public policies are recognizing the rural scenery as a space of care that requires unique interventions. Unveiling violence against the rural women within the walls of the health services is fundamental for its comprehension what therefore requires transformation of knowledge and practices, recognition and responsibility of the services as meanings of health care and of the professionals as well but beyond of the technician level as citizens committed with citizenship duties in the struggle for the care integrality and against the non-acceptable practices of violence. / En este estudio aborda la violencia contra las mujeres y la salud en áreas rurales de la Mitad Sur del Rio Grande do Sul. Los objetivos fueron: conocer y analizar, en escenarios rurales, las representaciones sociales de la violencia contra las mujeres en la perspectiva de los gestores municipales, profesionales y trabajadores de la salud influencias de esas representaciones en la implementación de decisiones políticas y técnicas en acciones de salud; analizar las agendas públicas locales de salud direccionadas al enfrentamiento de la violencia contra mujeres rurales; analizar, por medio del dominio epistemológico de las relaciones de género y de las representaciones sociales balizadas por el principio de la integralidad (SUS), las formas concretas de atención a las mujeres rurales víctimas de violencia y el potencial de efectividad del enfrentamiento local considerando el contexto rural y las pequeñas municipalidades. El studio cualitativo, con participación de gestores, profesionales y trabajadores de los servicios de salud, que actúan en áreas rurales, totalizando 56 participantes. Las diferentes herramientas de generación de las informaciones, tales como: instrumento con cuestiones-estímulos de evocaciones, entrevista semi-estructurada y búsqueda documental, siendo analizadas por la modalidad temática utilizándose el software Nvivo y, para el análisis de las asociaciones de palabras, el software EVOC. Las evocaciones de los participantes están vueltas para el reconocimiento de esa problemática en escenario rural como siendo “destino de género”, que adviene del consentimiento/resignación, culpa/miedo, lo que resulta en la “naturalización” y “banalización” social marcada por las relaciones jerárquicas de género. También se evidenciaron en las representaciones que la mujer rural es vista por la óptica de la “subordinación” y de la “obediencia”, la responsabilidad exclusiva por la reproducción biológica, de las tareas domésticas y de labranza, con poca o ninguna legitimidad para disconformidades. En la dimensión política, fragilidad de la gestión de las políticas y de los recursos, lo que atesta la falta de preparación de las municipalidades para conducir el proceso de gestión pautado en las directrices y principios del SUS. Las dinámicas sociales y culturales de las comunidades rurales intensifican esa fragilidad de la gestión, visto que ellas no son exploradas en la dimensión del planeamiento en salud. El resultado del “no reconocimiento” de la violencia como problemática “de la y de salud” fue la constatación de la inexistencia de agenda local direccionada la violencia contra las mujeres rurales, como también la falta de responsabilización y el descompromiso de la gestión local delante ese fenómeno. Ya en las prácticas de los profesionales de la salud (dimensión técnica), en particular las rurales, esa problemática presentó invisibilidad y no reconocida y, aún, la “centralidad en la enfermedad” que imposibilita la inclusión de la violencia como un problema de salud complejo con origen en “otra clase de sufrimiento”. La salud de las poblaciones rurales es un fenómeno con especificidades amplias, que la enfermedad y el desafío de las políticas públicas son reconocer el escenario rural como espacio de cuidado que demanda intervenciones singulares. Desvelar la violencia contra las mujeres rurales en el interior de los servicios de salud es fundamental para su comprensión, exigiendo, por lo tanto transformación de saberes y prácticas, reconocimiento y responsabilización de servicios como colectivos de atención en salud, y de profesionales para allá del técnico, como ciudadanos comprometidos con deberes de ciudadanía en la lucha por la integralidad de la atención y contra las prácticas inaceptables de violencia.
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