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Língua inglesa : um universo imperativo na constituição de sujeitos contemporâneos

Silva, Gisvaldo Bezerra Araújo January 2012 (has links)
Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a língua inglesa alcançou o status de língua franca mundial e vem ocupando um espaço cada vez maior na vida dos sujeitos contemporâneos, independente de suas origens ou localização geográfica. A presença maciça desse idioma no contexto brasileiro em materiais didáticos, romances, dicionários, gramáticas, roupas, produtos de beleza, músicas, videoclipes, filmes, séries de TV, livros de bolso, revistas em quadrinhos, revistas de informação, alimentos, tecnologia, ciência, modelos de comportamento e de educação formal produzidos e/ou associados aos países anglófonos – especialmente Estados Unidos e Inglaterra − possibilita que seja possível se pensar na produção de um universo da língua inglesa. Tal ferramenta conceitual refere-se à amplitude dos domínios, das práticas e dos discursos colonizados por esse idioma. Com base numa perspectiva que vê a linguagem como constituinte da realidade e a educação como um processo que não se restringe às instituições determinadas para esse fim, mas se estende a uma série de outros lugares, defendo que o universo da língua inglesa, presente em nossas vidas nas mais diversas materialidades, apresenta-se enquanto um dos elementos-chave da constituição dos sujeitos contemporâneos. Articulado numa lógica neoliberal de mercado, ele atravessa e constitui uma poderosa rede que produz determinadas formas de ser, estar, agir e pensar na contemporaneidade. Essa lógica está diretamente atrelada à transformação dos sujeitos em mercadorias, que são impelidos a consumir produtos, ideias, comportamentos, pessoas, empregos, códigos de conduta associados à ou forjados a partir dessa língua. O objetivo deste trabalho é problematizar o caráter imperativo do universo da língua inglesa na constituição dos sujeitos contemporâneos. Utilizo como ferramentas teóricas os conceitos de identidade, subjetividade, neoliberalismo, capital humano, ambivalência, governo, dispositivo, Império, comodificação do sujeito para analisar o corpus selecionado para a presente pesquisa. Este compreende videoclipes de músicas em língua inglesa, relatórios do Conselho Britânico, sites desta instituição e de cursos de inglês on-line, projetos de lei antiestrangeirismos, reportagens sobre o Movimento Inglês como Língua Única (English Only Movement), reportagens e anúncios de jornais e revistas publicados no Brasil que envolvam a língua inglesa. Os resultados desta pesquisa apontam para a abrangência e a hegemonia da língua inglesa como língua adicional. Eles confirmam que ela é uma poderosa linha de força do dispositivo neoliberal, articulada na produção de sujeitos consumistas, flexíveis, globalizados, que têm na mídia um dos principais locus de subjetivação. Esses sujeitos são comodificados e incitados a fazer investimentos constantes e infinitos em seu capital humano para se manterem atrativos e desejáveis. / Especially after the Great World War II, English has been considered a worldwide lingua franca and it has increasingly been playing a major role in people‟s live irrespective of their origins or where they are. The huge use of English words and expressions in textbooks, novels, dictionaries, grammars, fashion, beauty products, songs, videos, movies, TV series, pocketbooks, comic books, magazines, food, technology, science, behavior codes, and English-speaking countries educational models − mainly from the United States and England − makes it possible to think that an English language universe is taken place right in front of us. This concept refers to the wideness of its domain, practices, and discourses colonized in and through this language. Based on a perspective that sees language as part of our sense of reality construction and Education as a process that goes beyond traditional educational sets, I advocate that English language universe, which is part of our lives through many different materialities, is one of the key elements in the constitution of contemporary subjects. Linked up with neo-liberal market value rationality, it goes through and constitutes a powerful assemblage that produces specific ways of being, acting, and thinking at the present time. This rationality is directed to molding subjects into commodities prompted to consume goods, ideas, behavior codes, people, and jobs connected with or built through English. This work aims at problematizing the imperative of English language universe in the subjects‟ constitution. I use the concepts of identity, subjectivity, neo-liberalism, human capital, ambivalence, govern, apparatus, Empire, and commodification of subjects as theoretical tools in order to analyze the corpus selected for this research. It comprehends videos from songs in English, British Council reports and captures from its website as well as on-line English language schools, bills against foreign language use in Brazil, articles on the English Only Movement, as well as magazine and newspaper articles related to the English language. Results point out to English wideness and hegemony as an additional language in Brazil. They also confirm that this language helps to enhance and maintain neo-liberal apparatus, linked up with the production consumer, flexible, globalized subjects who have the media as the one of the main locus of subjectification. These subjects are commoditized and prompted to invest in their own human capital to keep themselves attractive and desirable.
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Língua inglesa : um universo imperativo na constituição de sujeitos contemporâneos

Silva, Gisvaldo Bezerra Araújo January 2012 (has links)
Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a língua inglesa alcançou o status de língua franca mundial e vem ocupando um espaço cada vez maior na vida dos sujeitos contemporâneos, independente de suas origens ou localização geográfica. A presença maciça desse idioma no contexto brasileiro em materiais didáticos, romances, dicionários, gramáticas, roupas, produtos de beleza, músicas, videoclipes, filmes, séries de TV, livros de bolso, revistas em quadrinhos, revistas de informação, alimentos, tecnologia, ciência, modelos de comportamento e de educação formal produzidos e/ou associados aos países anglófonos – especialmente Estados Unidos e Inglaterra − possibilita que seja possível se pensar na produção de um universo da língua inglesa. Tal ferramenta conceitual refere-se à amplitude dos domínios, das práticas e dos discursos colonizados por esse idioma. Com base numa perspectiva que vê a linguagem como constituinte da realidade e a educação como um processo que não se restringe às instituições determinadas para esse fim, mas se estende a uma série de outros lugares, defendo que o universo da língua inglesa, presente em nossas vidas nas mais diversas materialidades, apresenta-se enquanto um dos elementos-chave da constituição dos sujeitos contemporâneos. Articulado numa lógica neoliberal de mercado, ele atravessa e constitui uma poderosa rede que produz determinadas formas de ser, estar, agir e pensar na contemporaneidade. Essa lógica está diretamente atrelada à transformação dos sujeitos em mercadorias, que são impelidos a consumir produtos, ideias, comportamentos, pessoas, empregos, códigos de conduta associados à ou forjados a partir dessa língua. O objetivo deste trabalho é problematizar o caráter imperativo do universo da língua inglesa na constituição dos sujeitos contemporâneos. Utilizo como ferramentas teóricas os conceitos de identidade, subjetividade, neoliberalismo, capital humano, ambivalência, governo, dispositivo, Império, comodificação do sujeito para analisar o corpus selecionado para a presente pesquisa. Este compreende videoclipes de músicas em língua inglesa, relatórios do Conselho Britânico, sites desta instituição e de cursos de inglês on-line, projetos de lei antiestrangeirismos, reportagens sobre o Movimento Inglês como Língua Única (English Only Movement), reportagens e anúncios de jornais e revistas publicados no Brasil que envolvam a língua inglesa. Os resultados desta pesquisa apontam para a abrangência e a hegemonia da língua inglesa como língua adicional. Eles confirmam que ela é uma poderosa linha de força do dispositivo neoliberal, articulada na produção de sujeitos consumistas, flexíveis, globalizados, que têm na mídia um dos principais locus de subjetivação. Esses sujeitos são comodificados e incitados a fazer investimentos constantes e infinitos em seu capital humano para se manterem atrativos e desejáveis. / Especially after the Great World War II, English has been considered a worldwide lingua franca and it has increasingly been playing a major role in people‟s live irrespective of their origins or where they are. The huge use of English words and expressions in textbooks, novels, dictionaries, grammars, fashion, beauty products, songs, videos, movies, TV series, pocketbooks, comic books, magazines, food, technology, science, behavior codes, and English-speaking countries educational models − mainly from the United States and England − makes it possible to think that an English language universe is taken place right in front of us. This concept refers to the wideness of its domain, practices, and discourses colonized in and through this language. Based on a perspective that sees language as part of our sense of reality construction and Education as a process that goes beyond traditional educational sets, I advocate that English language universe, which is part of our lives through many different materialities, is one of the key elements in the constitution of contemporary subjects. Linked up with neo-liberal market value rationality, it goes through and constitutes a powerful assemblage that produces specific ways of being, acting, and thinking at the present time. This rationality is directed to molding subjects into commodities prompted to consume goods, ideas, behavior codes, people, and jobs connected with or built through English. This work aims at problematizing the imperative of English language universe in the subjects‟ constitution. I use the concepts of identity, subjectivity, neo-liberalism, human capital, ambivalence, govern, apparatus, Empire, and commodification of subjects as theoretical tools in order to analyze the corpus selected for this research. It comprehends videos from songs in English, British Council reports and captures from its website as well as on-line English language schools, bills against foreign language use in Brazil, articles on the English Only Movement, as well as magazine and newspaper articles related to the English language. Results point out to English wideness and hegemony as an additional language in Brazil. They also confirm that this language helps to enhance and maintain neo-liberal apparatus, linked up with the production consumer, flexible, globalized subjects who have the media as the one of the main locus of subjectification. These subjects are commoditized and prompted to invest in their own human capital to keep themselves attractive and desirable.
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Língua inglesa : um universo imperativo na constituição de sujeitos contemporâneos

Silva, Gisvaldo Bezerra Araújo January 2012 (has links)
Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a língua inglesa alcançou o status de língua franca mundial e vem ocupando um espaço cada vez maior na vida dos sujeitos contemporâneos, independente de suas origens ou localização geográfica. A presença maciça desse idioma no contexto brasileiro em materiais didáticos, romances, dicionários, gramáticas, roupas, produtos de beleza, músicas, videoclipes, filmes, séries de TV, livros de bolso, revistas em quadrinhos, revistas de informação, alimentos, tecnologia, ciência, modelos de comportamento e de educação formal produzidos e/ou associados aos países anglófonos – especialmente Estados Unidos e Inglaterra − possibilita que seja possível se pensar na produção de um universo da língua inglesa. Tal ferramenta conceitual refere-se à amplitude dos domínios, das práticas e dos discursos colonizados por esse idioma. Com base numa perspectiva que vê a linguagem como constituinte da realidade e a educação como um processo que não se restringe às instituições determinadas para esse fim, mas se estende a uma série de outros lugares, defendo que o universo da língua inglesa, presente em nossas vidas nas mais diversas materialidades, apresenta-se enquanto um dos elementos-chave da constituição dos sujeitos contemporâneos. Articulado numa lógica neoliberal de mercado, ele atravessa e constitui uma poderosa rede que produz determinadas formas de ser, estar, agir e pensar na contemporaneidade. Essa lógica está diretamente atrelada à transformação dos sujeitos em mercadorias, que são impelidos a consumir produtos, ideias, comportamentos, pessoas, empregos, códigos de conduta associados à ou forjados a partir dessa língua. O objetivo deste trabalho é problematizar o caráter imperativo do universo da língua inglesa na constituição dos sujeitos contemporâneos. Utilizo como ferramentas teóricas os conceitos de identidade, subjetividade, neoliberalismo, capital humano, ambivalência, governo, dispositivo, Império, comodificação do sujeito para analisar o corpus selecionado para a presente pesquisa. Este compreende videoclipes de músicas em língua inglesa, relatórios do Conselho Britânico, sites desta instituição e de cursos de inglês on-line, projetos de lei antiestrangeirismos, reportagens sobre o Movimento Inglês como Língua Única (English Only Movement), reportagens e anúncios de jornais e revistas publicados no Brasil que envolvam a língua inglesa. Os resultados desta pesquisa apontam para a abrangência e a hegemonia da língua inglesa como língua adicional. Eles confirmam que ela é uma poderosa linha de força do dispositivo neoliberal, articulada na produção de sujeitos consumistas, flexíveis, globalizados, que têm na mídia um dos principais locus de subjetivação. Esses sujeitos são comodificados e incitados a fazer investimentos constantes e infinitos em seu capital humano para se manterem atrativos e desejáveis. / Especially after the Great World War II, English has been considered a worldwide lingua franca and it has increasingly been playing a major role in people‟s live irrespective of their origins or where they are. The huge use of English words and expressions in textbooks, novels, dictionaries, grammars, fashion, beauty products, songs, videos, movies, TV series, pocketbooks, comic books, magazines, food, technology, science, behavior codes, and English-speaking countries educational models − mainly from the United States and England − makes it possible to think that an English language universe is taken place right in front of us. This concept refers to the wideness of its domain, practices, and discourses colonized in and through this language. Based on a perspective that sees language as part of our sense of reality construction and Education as a process that goes beyond traditional educational sets, I advocate that English language universe, which is part of our lives through many different materialities, is one of the key elements in the constitution of contemporary subjects. Linked up with neo-liberal market value rationality, it goes through and constitutes a powerful assemblage that produces specific ways of being, acting, and thinking at the present time. This rationality is directed to molding subjects into commodities prompted to consume goods, ideas, behavior codes, people, and jobs connected with or built through English. This work aims at problematizing the imperative of English language universe in the subjects‟ constitution. I use the concepts of identity, subjectivity, neo-liberalism, human capital, ambivalence, govern, apparatus, Empire, and commodification of subjects as theoretical tools in order to analyze the corpus selected for this research. It comprehends videos from songs in English, British Council reports and captures from its website as well as on-line English language schools, bills against foreign language use in Brazil, articles on the English Only Movement, as well as magazine and newspaper articles related to the English language. Results point out to English wideness and hegemony as an additional language in Brazil. They also confirm that this language helps to enhance and maintain neo-liberal apparatus, linked up with the production consumer, flexible, globalized subjects who have the media as the one of the main locus of subjectification. These subjects are commoditized and prompted to invest in their own human capital to keep themselves attractive and desirable.

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