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A Charge como prática discursiva de resistência no governo Lula

Cruz, Adriano 26 November 2011 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-06-17T13:26:38Z No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 1100397 bytes, checksum: d261bd1a508b226944d689ae505681c6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-17T13:26:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 1100397 bytes, checksum: d261bd1a508b226944d689ae505681c6 (MD5) Previous issue date: 2011-11-26 / Au début du premier gouvernement Lula, les pratiques néolibérales étaient en vigueur dans la société. L‟alignement du PT et du président à cette politique-économique, héritage du gouvernement précédent, a déclenché une série de polémiques, critiques et mouvements. à ce moment, des économistes et activistes dénonçaient l‟hégémonie du discours néolibérale dans la presse. Cette thèse traite comment s‟ont construit les effets de sens produits par la caricature dans le milieu de ces conditions de production. En prenant l‟hypothèse que le discours des journaux s‟aligne discursivement sur la politique néolibérale, nous cherchons à comprendre comment la caricature dans la presse réagit devant cette tension. Notre argumentation défend que la caricature se comporte comme une pratique discursive de résistance dans le journalisme. Notre objectif sera de montrer comment se déroule ce déplacement discursif et quels éléments socio-historiques ont permis cette attitude idéologique. La recherche repose sur la ligne française d‟Analyses du Discours depuis le geste du fondateur Michel Pêcheux, les contributions suivantes de Michel Foucault, et les études brésiliens. Le corpus est composé par les dessins de presse et autres textes de trois journaux de capitales du Nord-est. Nous concluons que les caricaturistes ont construit une mémoire carnavalisée de l‟histoire récente du Brésil. Enfin, nous comprenons le journalisme comme un lieu de chocs discursifs donc ouvert à hétérogénéité et aux jeux de pouvoir et de résistance. / No início do primeiro governo Lula, as práticas neoliberais estavam em evidência na sociedade. O alinhamento do PT e do presidente àquela política-econômica, herança do governo anterior, originou uma série de polêmicas, críticas e deslocamentos. Naquele momento, teóricos e ativistas denunciavam a hegemonia do discurso neoliberal na Imprensa. Esta tese discute como se construíram os efeitos de sentido produzidos pelas charges jornalísticas em meio a essas condições de produção. Assumindo o pressuposto de que os jornais se alinham discursivamente à política neoliberal, buscamos entender como esses textos humorísticos se posicionam diante desse tensionamento. Nosso argumento-tese defende que a charge se comporta como uma prática discursiva de resistência no jornalismo. Nosso objetivo será mostrar como ocorre esse deslocamento discursivo e quais os elementos sócio-históricos que possibilitaram essa postura ideológica. A pesquisa está alicerçada na linha francesa da Análise de Discurso, a partir do gesto fundador de Michel Pêcheux e as posteriores contribuições de Michel Foucault e dos estudos brasileiros. O corpus é composto por charges e outros textos de três jornais de capitais nordestinas. Concluímos que os chargistas construíram uma memória carnavalizada da história recente do Brasil. Por fim, entendemos o jornalismo como um local de embates discursivos, aberto à heterogeneidade e aos jogos de poder e resistência.

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