Made available in DSpace on 2014-06-12T17:17:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo188_1.pdf: 8217002 bytes, checksum: 7333c74f3a25d4444402bf629c489b46 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Esta pesquisa investiga como a juventude vem se constituindo como objeto das políticas públicas. Mais especificamente, o estudo procura analisar como o discurso do risco está presente nas políticas públicas de juventude, verificando os sentidos atribuídos à concepção de jovem em situação de risco social expressa tanto nos documentos da política nacional de juventude, como no discurso dos ex-alunos do Programa Nacional de Inclusão de Jovens ProJovem Recife. Tomamos como referência o pensamento tardio de Michel Foucault, tendo em vista compreender como a articulação discursiva da noção de risco implicou a instauração de imagens ambivalentes a respeito das identidades juvenis. Inicialmente, discorremos sobre as categorias de inclusão, norma, normalização e governamentalidade no pensamento de M. Foucault. Em seguida, através de uma pesquisa documental, mapeamos os sentidos atribuídos ao risco e a forma como esses sentidos contribuem para uma alteração nas representações que historicamente foram sendo construídas sobre as identidades dos segmentos juvenis das periferias urbanas. Os dados foram construídos através de entrevistas com jovens egressos. Os resultados indicaram que o tratamento político da juventude parece ter a função de normalizar, guiando os jovens para determinada forma de cidadania . Os jovens declararam que não se vêem em Risco, contudo, identificam que há sempre um outro dentro do ProJovem, que está em Risco. Os dados apontaram também, que as relações de vínculo estabelecidas entre os jovens e os professores no âmbito do Programa, é um diferencial no processo educativo do ProJovem. Por outro lado, os jovens egressos que estão dando continuidade a sua trajetória de escolarização, não retornaram à escola formal e encontram-se matriculados em outro programa de aceleração

Na presente dissertação, efetuamos uma reflexão sobre textos jornalísticos dedicados ao tema da educação escolar. O objetivo do trabalho foi problematizar as racionalidades e práticas ali constituídas, as quais compõem materialidades que concebem e levam a cabo um projeto político específico para a sociedade contemporânea. Para tanto, analisamos as matérias veiculadas sobre educação escolar no jornal Folha de São Paulo entre 1996 e 2006, tomando como referência o campo teórico dos estudos pós-estruturalistas e, em especial, o legado analítico de Michel Foucault. Consideramos que, por meio dos textos jornalísticos, são produzidos enunciados que sustentam um discurso afiliado às perspectivas econômicas, políticas, sociais e culturais predominantes. Assim, nosso estudo pretendeu apontar as relações de poder que ali se processam, analisando-as como práticas cotidianas e capilares que são incorporadas por esse discurso; compreendemos tais práticas sem qualquer conotação repressora ou autoritária, mas como fomentadoras de políticas de verdade que circulam em espaços públicos, interagindo produtivamente com seus leitores e reverberando na instituição escolar. Ao tomar como objeto de pesquisa o discurso jornalístico sobre a educação, nosso trabalho centrou-se na investigação do modo como as matérias jornalísticas operam via produção, articulação e circulação das relações de saber-poder na contemporaneidade pedagógica. O rol de textos selecionados e examinados perfaz uma teia discursiva que, por um lado, justifica e atualiza a importância da educação escolar e, por outro, intervém nas supostas dificuldades enfrentadas pela escola para continuar operando nos tempos e espaços em que tradicionalmente tem operado. Quando abordam a educação, os textos jornalísticos não estão veiculando apenas informações, opiniões e comentários sobre ela, mas compõem enunciados que problematizam e prescrevem formas de fazer, de aprender, de ensinar e, sobretudo, de ser e de compreender o mundo, arregimentando assim uma eficaz maquinaria de governamentalização pedagógica. / This dissertation focuses on journalistic texts which address the issue of school education. Its reflection aimed at problematizing the rationalities and practices built therein, which make up materialities that conceive and unfold a specific political project for the contemporary society. For that purpose, articles on school education published in the newspaper Folha de São Paulo between 1996 and 2006 were analyzed, based on the theoretical field of the poststructuralist studies, with special emphasis on the legacy of Michel Foucault. It is assumed that, through journalistic texts, enouncements are produced that maintain a discourse associated with the predominant economic, political, social and cultural perspectives. Thus, this study looked to point out the power relations which take place therein, analyzing them as everyday and capillary practices which are incorporated by this discourse. Such practices are seen without any repressive or authoritarian connotation, but rather as a means to foster truth policies which circulate in public spaces, interacting productively with their readers and reverberating in the school institution. By having the journalistic discourse on education as its object, this study focused on the investigation of the manner in which journalistic articles operate via production, articulation and circulation of knowledge-power relations in contemporary education. The array of texts selected and examined makes up a discursive web which, on the one hand, justifies and updates the importance of school education, and, on the other hand, intervenes in the alleged difficulties faced by school to continue operating in the spaces and times where it has traditionally operated. When they approach education, journalistic texts are not conveying only information, opinions and comments about it, but are composing enouncements that problematize and prescribe ways of acting, learning, teaching and, above all, being and understanding the world, thus assembling an effective machinery of pedagogical governmentalization.

Na presente dissertação, efetuamos uma reflexão sobre textos jornalísticos dedicados ao tema da educação escolar. O objetivo do trabalho foi problematizar as racionalidades e práticas ali constituídas, as quais compõem materialidades que concebem e levam a cabo um projeto político específico para a sociedade contemporânea. Para tanto, analisamos as matérias veiculadas sobre educação escolar no jornal Folha de São Paulo entre 1996 e 2006, tomando como referência o campo teórico dos estudos pós-estruturalistas e, em especial, o legado analítico de Michel Foucault. Consideramos que, por meio dos textos jornalísticos, são produzidos enunciados que sustentam um discurso afiliado às perspectivas econômicas, políticas, sociais e culturais predominantes. Assim, nosso estudo pretendeu apontar as relações de poder que ali se processam, analisando-as como práticas cotidianas e capilares que são incorporadas por esse discurso; compreendemos tais práticas sem qualquer conotação repressora ou autoritária, mas como fomentadoras de políticas de verdade que circulam em espaços públicos, interagindo produtivamente com seus leitores e reverberando na instituição escolar. Ao tomar como objeto de pesquisa o discurso jornalístico sobre a educação, nosso trabalho centrou-se na investigação do modo como as matérias jornalísticas operam via produção, articulação e circulação das relações de saber-poder na contemporaneidade pedagógica. O rol de textos selecionados e examinados perfaz uma teia discursiva que, por um lado, justifica e atualiza a importância da educação escolar e, por outro, intervém nas supostas dificuldades enfrentadas pela escola para continuar operando nos tempos e espaços em que tradicionalmente tem operado. Quando abordam a educação, os textos jornalísticos não estão veiculando apenas informações, opiniões e comentários sobre ela, mas compõem enunciados que problematizam e prescrevem formas de fazer, de aprender, de ensinar e, sobretudo, de ser e de compreender o mundo, arregimentando assim uma eficaz maquinaria de governamentalização pedagógica. / This dissertation focuses on journalistic texts which address the issue of school education. Its reflection aimed at problematizing the rationalities and practices built therein, which make up materialities that conceive and unfold a specific political project for the contemporary society. For that purpose, articles on school education published in the newspaper Folha de São Paulo between 1996 and 2006 were analyzed, based on the theoretical field of the poststructuralist studies, with special emphasis on the legacy of Michel Foucault. It is assumed that, through journalistic texts, enouncements are produced that maintain a discourse associated with the predominant economic, political, social and cultural perspectives. Thus, this study looked to point out the power relations which take place therein, analyzing them as everyday and capillary practices which are incorporated by this discourse. Such practices are seen without any repressive or authoritarian connotation, but rather as a means to foster truth policies which circulate in public spaces, interacting productively with their readers and reverberating in the school institution. By having the journalistic discourse on education as its object, this study focused on the investigation of the manner in which journalistic articles operate via production, articulation and circulation of knowledge-power relations in contemporary education. The array of texts selected and examined makes up a discursive web which, on the one hand, justifies and updates the importance of school education, and, on the other hand, intervenes in the alleged difficulties faced by school to continue operating in the spaces and times where it has traditionally operated. When they approach education, journalistic texts are not conveying only information, opinions and comments about it, but are composing enouncements that problematize and prescribe ways of acting, learning, teaching and, above all, being and understanding the world, thus assembling an effective machinery of pedagogical governmentalization.