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Avaliação da empatia em médicos de diferentes níveis de atenção à saúde / Assessment of empathy in physicians of different levels of health care

Cristiane de Figueiredo Araújo 30 June 2008 (has links)
O desenvolvimento de habilidades de comunicação em médicos tem sido apontado como uma necessidade e uma competência fundamental para o exercício da medicina. A empatia é uma habilidade interpessoal que pode ser descrita como a capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos de uma outra pessoa sem julgá-los e de comunicar esse entendimento de modo que a pessoa que fala se sinta verdadeiramente compreendida pela pessoa que ouve. Essa habilidade promove um senso de validação na pessoa que fala, especialmente em situações de conflito, reduzindo a probabilidade de rompimento e fortalecendo os vínculos interpessoais. A empatia dos médicos é atribuída à sua educação pessoal, sendo raro o desenvolvimento dessa competência social durante o curso de formação médica. O desconhecimento sobre essa habilidade e sua função no exercício profissional motivou a realização deste estudo sobre a empatia em médicos que atuam em diferentes contextos de atenção à saúde no município do Rio de Janeiro. Participaram desta pesquisa 75 profissionais, dos quais 25 atuavam no nível da Atenção Primária, composto por equipes de saúde da família e por centros municipais de saúde; 12 pertenciam a unidades mais especializadas que correspondem ao nível de Atenção Secundária e 38 trabalhavam nos ambulatórios de hospitais universitários da Atenção Terciária. Foi aplicado o Inventário de Empatia (I.E.), que avalia os quatro fatores que compõem a habilidade empática: 1) Tomada de Perspectiva: capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos da outra pessoa; 2) Flexibilidade Interpessoal: capacidade de aceitar perspectivas muito diferentes das próprias; 3) Altruísmo: capacidade de suspender temporariamente as próprias necessidades em função do outro; 4) Sensibilidade Afetiva: sentimento de compaixão e de preocupação com o outro. Os resultados mostraram que o grupo avaliado obteve médias semelhantes às apresentadas nos dados normativos do I.E. nos fatores Tomada de Perspectiva e Flexibilidade Interpessoal, enquanto superou a média no fator Altruísmo e ficou abaixo da média no fator Sensibilidade Afetiva. Esses dados indicam que a amostra de médicos avaliada possui uma capacidade mais acentuada de sacrificar suas próprias necessidades para atender ao outro, ainda que não associada necessariamente a um sentimento de compaixão equivalente. Isto pode estar relacionado com a reduzida importância dada ao aspecto emocional na formação médica. Em relação à avaliação da empatia por contexto de atenção em saúde, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos com exceção do fator Tomada de Perspectiva. Neste componente, os médicos do Programa Saúde da Família destacaram-se significativamente do grupo de Atenção Secundária, o que parece estar relacionado com a proximidade do profissional com o contexto de vida do paciente e com a educação continuada que recebem através de treinamentos e capacitações onde são valorizadas as habilidades de comunicação desses profissionais. A partir desses resultados propõe-se que o desenvolvimento da empatia seja incluído nos cursos de formação médica e no planejamento das condições de trabalho nos diversos níveis de atenção à saúde. / The development of communication skills of physicians have been argued as a necessity and a fundamental competence for medical professional exercise. Empathy is an interpersonal ability that may be described as the capacity to comprehend another persons point of view and feelings without judging them and to communicate this comprehension in a way that the speaker feels truly understood by the listener. This ability promotes a validation sense on the speaker, especially in conflict situations, reducing the probability of breaking off and strengthening interpersonal ties. Physicians empathy is attributed to personal education, being rare the development of this social competence along the medicine graduation course. Unknowing about this ability and its function on professional exercise has motivated the realization of this study on empathy of physicians that work in different contexts of health care system in the city of Rio de Janeiro. The participants of this research were 75 physicians, who 25 worked at Primary Health Care level, composed by teams of Family Health Program and by physicians of ambulatory units; 12 belonged to more specialized units, which correspond to the Second Health Care level and 38 worked at universities hospitals of the Third Tier of Health Care. The Inventory of Empathy (I.E.) was applied, assessing the four factors that compose the empathic ability: 1) Perspective Taking: capacity of comprehending other persons point of view and feelings; 2) Interpersonal Flexibility: capacity of accepting perspectives very different from ones perspective; 3) Altruism: capacity of suspending temporary ones necessities for the other; 4) Emotional Sensibility: feeling of compassion and comprehension of the other. The results show that the assessed group has means similar to the ones presented in the normative data of the I.E. on the factors Perspective Taking and Interpersonal Flexibility while it has overtaken the mean of the factor Altruism and has undertaken the mean of the factor Emotional Sensibility. These data suggest that the physicians assessed have higher capacity of sacrificing their own necessities for attending the other, though it was not necessarily associated to an equivalent compassion feeling. This may be related to the reduced importance of emotional aspect in medical graduation. On the assessment of empathy by contexts of health attention, it was not found a significant difference between the groups, but the factor Perspective Taking. On this component, the physicians of Family Health Program have been significantly detached from the group of Second Health Care, what seems to be related to the physicians proximity of the patients life context and to the continuous education that they receive through trainings in which the communication skills of these professionals are highly valued. With these results, it is proposed that the development of empathy should be included in medical training and on the working conditions plans of all health attention levels.
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Avaliação da empatia em médicos de diferentes níveis de atenção à saúde / Assessment of empathy in physicians of different levels of health care

Cristiane de Figueiredo Araújo 30 June 2008 (has links)
O desenvolvimento de habilidades de comunicação em médicos tem sido apontado como uma necessidade e uma competência fundamental para o exercício da medicina. A empatia é uma habilidade interpessoal que pode ser descrita como a capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos de uma outra pessoa sem julgá-los e de comunicar esse entendimento de modo que a pessoa que fala se sinta verdadeiramente compreendida pela pessoa que ouve. Essa habilidade promove um senso de validação na pessoa que fala, especialmente em situações de conflito, reduzindo a probabilidade de rompimento e fortalecendo os vínculos interpessoais. A empatia dos médicos é atribuída à sua educação pessoal, sendo raro o desenvolvimento dessa competência social durante o curso de formação médica. O desconhecimento sobre essa habilidade e sua função no exercício profissional motivou a realização deste estudo sobre a empatia em médicos que atuam em diferentes contextos de atenção à saúde no município do Rio de Janeiro. Participaram desta pesquisa 75 profissionais, dos quais 25 atuavam no nível da Atenção Primária, composto por equipes de saúde da família e por centros municipais de saúde; 12 pertenciam a unidades mais especializadas que correspondem ao nível de Atenção Secundária e 38 trabalhavam nos ambulatórios de hospitais universitários da Atenção Terciária. Foi aplicado o Inventário de Empatia (I.E.), que avalia os quatro fatores que compõem a habilidade empática: 1) Tomada de Perspectiva: capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos da outra pessoa; 2) Flexibilidade Interpessoal: capacidade de aceitar perspectivas muito diferentes das próprias; 3) Altruísmo: capacidade de suspender temporariamente as próprias necessidades em função do outro; 4) Sensibilidade Afetiva: sentimento de compaixão e de preocupação com o outro. Os resultados mostraram que o grupo avaliado obteve médias semelhantes às apresentadas nos dados normativos do I.E. nos fatores Tomada de Perspectiva e Flexibilidade Interpessoal, enquanto superou a média no fator Altruísmo e ficou abaixo da média no fator Sensibilidade Afetiva. Esses dados indicam que a amostra de médicos avaliada possui uma capacidade mais acentuada de sacrificar suas próprias necessidades para atender ao outro, ainda que não associada necessariamente a um sentimento de compaixão equivalente. Isto pode estar relacionado com a reduzida importância dada ao aspecto emocional na formação médica. Em relação à avaliação da empatia por contexto de atenção em saúde, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos com exceção do fator Tomada de Perspectiva. Neste componente, os médicos do Programa Saúde da Família destacaram-se significativamente do grupo de Atenção Secundária, o que parece estar relacionado com a proximidade do profissional com o contexto de vida do paciente e com a educação continuada que recebem através de treinamentos e capacitações onde são valorizadas as habilidades de comunicação desses profissionais. A partir desses resultados propõe-se que o desenvolvimento da empatia seja incluído nos cursos de formação médica e no planejamento das condições de trabalho nos diversos níveis de atenção à saúde. / The development of communication skills of physicians have been argued as a necessity and a fundamental competence for medical professional exercise. Empathy is an interpersonal ability that may be described as the capacity to comprehend another persons point of view and feelings without judging them and to communicate this comprehension in a way that the speaker feels truly understood by the listener. This ability promotes a validation sense on the speaker, especially in conflict situations, reducing the probability of breaking off and strengthening interpersonal ties. Physicians empathy is attributed to personal education, being rare the development of this social competence along the medicine graduation course. Unknowing about this ability and its function on professional exercise has motivated the realization of this study on empathy of physicians that work in different contexts of health care system in the city of Rio de Janeiro. The participants of this research were 75 physicians, who 25 worked at Primary Health Care level, composed by teams of Family Health Program and by physicians of ambulatory units; 12 belonged to more specialized units, which correspond to the Second Health Care level and 38 worked at universities hospitals of the Third Tier of Health Care. The Inventory of Empathy (I.E.) was applied, assessing the four factors that compose the empathic ability: 1) Perspective Taking: capacity of comprehending other persons point of view and feelings; 2) Interpersonal Flexibility: capacity of accepting perspectives very different from ones perspective; 3) Altruism: capacity of suspending temporary ones necessities for the other; 4) Emotional Sensibility: feeling of compassion and comprehension of the other. The results show that the assessed group has means similar to the ones presented in the normative data of the I.E. on the factors Perspective Taking and Interpersonal Flexibility while it has overtaken the mean of the factor Altruism and has undertaken the mean of the factor Emotional Sensibility. These data suggest that the physicians assessed have higher capacity of sacrificing their own necessities for attending the other, though it was not necessarily associated to an equivalent compassion feeling. This may be related to the reduced importance of emotional aspect in medical graduation. On the assessment of empathy by contexts of health attention, it was not found a significant difference between the groups, but the factor Perspective Taking. On this component, the physicians of Family Health Program have been significantly detached from the group of Second Health Care, what seems to be related to the physicians proximity of the patients life context and to the continuous education that they receive through trainings in which the communication skills of these professionals are highly valued. With these results, it is proposed that the development of empathy should be included in medical training and on the working conditions plans of all health attention levels.
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Habilidades comunicativas e a rede social de apoio de idosos institucionalizados / Communicative abilities and social care network of the institutionalized elderly

Rodrigues, Adriana Guimarães 15 February 2011 (has links)
Este é um estudo descritivo e correlacional que teve, como objetivo, identificar e descrever classes de comportamentos da conversa de idosos institucionalizados, medir suas frequências de ocorrência e verificar suas relações com a estrutura da rede social e com o tipo de apoio que eles recebiam. Inicialmente, foi feita uma revisão da literatura científica para identificar os comportamentos envolvidos na conversa. Com base nesses comportamentos, foi elaborado um primeiro roteiro de observação sistemática, constituído por 19 comportamentos, e o teste de interação real planejada para coletar uma amostra da conversa com os idosos. Participaram da pesquisa 30 idosos institucionalizados que tinham, em média, 74 anos. Esses idosos fornecerem seus consentimentos livre e esclarecido para a coleta de dados. Durante dois encontros com cada idoso foram aplicados quatro instrumentos: entrevista, diagrama de escolta, teste de interação real planejada e escala de apoio social. A aplicação dos instrumentos foi gravada em vídeo. Utilizou-se o primeiro roteiro de observação para observar os comportamentos da conversa dos idosos, gravados nos vídeos do teste de interação real planejada. Este roteiro foi modificado com inserção de novos comportamentos. O segundo roteiro passou a conter 26 comportamentos (18 verbais e oito não-verbais). Este foi utilizado para verificar a frequência dos comportamentos identificados. Foram observados 343 minutos de conversa. Os comportamentos foram redefinidos e apresentados a seis juízes para avaliar a fidedignidade das definições e observações. Os juízes avaliaram, também, três tipos globais de habilidades comunicativas dos idosos. Os índices de concordância oscilaram entre 83% e 100%. As habilidades comunicativas foram avaliadas como boas, com algumas variações. A frequência dos comportamentos verbais e não-verbais variou entre os idosos e interferiram na duração da conversa com a pesquisadora. Por isso, eles foram classificados como idosos que dominaram o turno da fala, idosos que fizeram comentários amplos e idosos que fizeram pequenos comentários. Foram calculadas as correlações entre os tempos de duração das conversas e as habilidades comunicativas dos idosos. Os idosos que fizeram pequenos comentários foram menos expressivos não-verbalmente e apresentaram menos informações gratuitas. De maneira geral, a maioria dos idosos fez poucas perguntas e demonstrou excessivo interesse em falar de si e desinteresse pelas autorrevelações da pesquisadora, sugerindo dificuldades comunicativas. Os idosos possuíam, em média, 6,2 pessoas na rede, quantidade pequena quando comparada com as redes sociais relatadas em estudos da literatura científica. Ocorreram variações na quantidade de pessoas da rede social, no número de pessoas que os idosos trocavam apoio e no tipo e quantidade de apoio recebido. Os idosos que fizeram pequenos comentários, além de serem mal avaliados pelos juízes, tinham, em média, menos pessoas nas suas redes e recebiam menos apoio de interação positiva. Os coeficientes de correlação sustentam esta afirmação. As análises comparativas entre os grupos e as tendências desses coeficientes indicam que boas habilidades comunicativas estão relacionadas com uma maior quantidade de pessoas na rede social e mais apoio afetivo e de interação positiva. Portanto, estes resultados indicam a necessidade de programas de desenvolvimento de habilidades comunicativas para auxiliarem os idosos institucionalizados a conquistarem e a manterem uma boa rede social de apoio / This is a descriptive and correlational study that aimed to identify and describe the categories of behavioral speech patterns of the elderly who have been institutionalized, with its focus on measuring said behavioral speech and its frequency in relation to the social care networks and the type of care the institutionalized receive. A review of the scientific literature was initially carried out to indentify the behavioral patterns involved in the conversational abilites of the institutionalized. With this information, a systematic report of observations was made, including 19 behavioral patterns, and a planned interactive test to collect a sample conversation of the subjects. Thirty people participated in the research with a median age of 74. All thirty gave their full consent to take part in the research and release any information that might have been needed for the researchers. Two meetings were conducted with each person, where four types of analytical instruments were applied: interviews, the convoy of social support, interactive tests and also the social support scale (SSS). These tests were video recorded. The first reported video observations were used to identify the speech behavior of the institutionalized. This report has been modified by inserting newly observed behavioral patterns of the institutionalized. The second report contained twenty-six types of behavioral patterns eighteen verbal and eight nonverbal and was utilized to verify the frequency of these identified behavioral patterns. A total of three hundred and forty-three minutes of observed conversations were conducted. The behavioral patterns were defined and then presented to six analysts to evaluate the accuracy of the reported observations. The analysts also verified three general types of communicative abilities of the institutionalized. The rates of agreement concerning their communicative abilities varied between eighty-three percent and a hundred percent. The frequency of their communicative abilities was evaluated as good, with few variations. The frequency of verbal behavior patterns and nonverbal patterns varied between the institutionalized and interfered in the conversation between the researcher and the subject. Because of this they were classified into the following three groups: the subjects who dominated the conversation, the subjects who made considerable comments, and those who hardly participated. The length of the conversation and the communicative abilities of the subjects were calculated in a correlational form. The subjects who made fewer comments were nonverbally less expressive and showed less information willingly. Generally speaking, the majority of the subjects asked few questions and showed extreme interest in talking about themselves and was uninterested in listening to the researcher, making communication difficult. In median, the subjects had 6,2 people in their social network, which is considered relatively small when compared to the scientific literature. There were variations in the quantity of people in the social networks, and the number of people that the subjects exchanged support with, as well as the quality and type of support received between the three subject groups. Besides being poorly assessed by the analysts, the subjects who made the fewest comments had in median, less people in their social network and received less positive interaction support. The correlation coefficients supported this fact. The comparative analysis between the groups and the correlation coefficient made evident that good communicative abilities are related to the number of people in the social networks and the amount of positive care and interaction exchanged. Therefore, these results indicate there is a need for developing programs which focus on improving communicative abilities to aid the institutionalized to achieve and maintain proper social support networks
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Habilidades comunicativas e a rede social de apoio de idosos institucionalizados / Communicative abilities and social care network of the institutionalized elderly

Adriana Guimarães Rodrigues 15 February 2011 (has links)
Este é um estudo descritivo e correlacional que teve, como objetivo, identificar e descrever classes de comportamentos da conversa de idosos institucionalizados, medir suas frequências de ocorrência e verificar suas relações com a estrutura da rede social e com o tipo de apoio que eles recebiam. Inicialmente, foi feita uma revisão da literatura científica para identificar os comportamentos envolvidos na conversa. Com base nesses comportamentos, foi elaborado um primeiro roteiro de observação sistemática, constituído por 19 comportamentos, e o teste de interação real planejada para coletar uma amostra da conversa com os idosos. Participaram da pesquisa 30 idosos institucionalizados que tinham, em média, 74 anos. Esses idosos fornecerem seus consentimentos livre e esclarecido para a coleta de dados. Durante dois encontros com cada idoso foram aplicados quatro instrumentos: entrevista, diagrama de escolta, teste de interação real planejada e escala de apoio social. A aplicação dos instrumentos foi gravada em vídeo. Utilizou-se o primeiro roteiro de observação para observar os comportamentos da conversa dos idosos, gravados nos vídeos do teste de interação real planejada. Este roteiro foi modificado com inserção de novos comportamentos. O segundo roteiro passou a conter 26 comportamentos (18 verbais e oito não-verbais). Este foi utilizado para verificar a frequência dos comportamentos identificados. Foram observados 343 minutos de conversa. Os comportamentos foram redefinidos e apresentados a seis juízes para avaliar a fidedignidade das definições e observações. Os juízes avaliaram, também, três tipos globais de habilidades comunicativas dos idosos. Os índices de concordância oscilaram entre 83% e 100%. As habilidades comunicativas foram avaliadas como boas, com algumas variações. A frequência dos comportamentos verbais e não-verbais variou entre os idosos e interferiram na duração da conversa com a pesquisadora. Por isso, eles foram classificados como idosos que dominaram o turno da fala, idosos que fizeram comentários amplos e idosos que fizeram pequenos comentários. Foram calculadas as correlações entre os tempos de duração das conversas e as habilidades comunicativas dos idosos. Os idosos que fizeram pequenos comentários foram menos expressivos não-verbalmente e apresentaram menos informações gratuitas. De maneira geral, a maioria dos idosos fez poucas perguntas e demonstrou excessivo interesse em falar de si e desinteresse pelas autorrevelações da pesquisadora, sugerindo dificuldades comunicativas. Os idosos possuíam, em média, 6,2 pessoas na rede, quantidade pequena quando comparada com as redes sociais relatadas em estudos da literatura científica. Ocorreram variações na quantidade de pessoas da rede social, no número de pessoas que os idosos trocavam apoio e no tipo e quantidade de apoio recebido. Os idosos que fizeram pequenos comentários, além de serem mal avaliados pelos juízes, tinham, em média, menos pessoas nas suas redes e recebiam menos apoio de interação positiva. Os coeficientes de correlação sustentam esta afirmação. As análises comparativas entre os grupos e as tendências desses coeficientes indicam que boas habilidades comunicativas estão relacionadas com uma maior quantidade de pessoas na rede social e mais apoio afetivo e de interação positiva. Portanto, estes resultados indicam a necessidade de programas de desenvolvimento de habilidades comunicativas para auxiliarem os idosos institucionalizados a conquistarem e a manterem uma boa rede social de apoio / This is a descriptive and correlational study that aimed to identify and describe the categories of behavioral speech patterns of the elderly who have been institutionalized, with its focus on measuring said behavioral speech and its frequency in relation to the social care networks and the type of care the institutionalized receive. A review of the scientific literature was initially carried out to indentify the behavioral patterns involved in the conversational abilites of the institutionalized. With this information, a systematic report of observations was made, including 19 behavioral patterns, and a planned interactive test to collect a sample conversation of the subjects. Thirty people participated in the research with a median age of 74. All thirty gave their full consent to take part in the research and release any information that might have been needed for the researchers. Two meetings were conducted with each person, where four types of analytical instruments were applied: interviews, the convoy of social support, interactive tests and also the social support scale (SSS). These tests were video recorded. The first reported video observations were used to identify the speech behavior of the institutionalized. This report has been modified by inserting newly observed behavioral patterns of the institutionalized. The second report contained twenty-six types of behavioral patterns eighteen verbal and eight nonverbal and was utilized to verify the frequency of these identified behavioral patterns. A total of three hundred and forty-three minutes of observed conversations were conducted. The behavioral patterns were defined and then presented to six analysts to evaluate the accuracy of the reported observations. The analysts also verified three general types of communicative abilities of the institutionalized. The rates of agreement concerning their communicative abilities varied between eighty-three percent and a hundred percent. The frequency of their communicative abilities was evaluated as good, with few variations. The frequency of verbal behavior patterns and nonverbal patterns varied between the institutionalized and interfered in the conversation between the researcher and the subject. Because of this they were classified into the following three groups: the subjects who dominated the conversation, the subjects who made considerable comments, and those who hardly participated. The length of the conversation and the communicative abilities of the subjects were calculated in a correlational form. The subjects who made fewer comments were nonverbally less expressive and showed less information willingly. Generally speaking, the majority of the subjects asked few questions and showed extreme interest in talking about themselves and was uninterested in listening to the researcher, making communication difficult. In median, the subjects had 6,2 people in their social network, which is considered relatively small when compared to the scientific literature. There were variations in the quantity of people in the social networks, and the number of people that the subjects exchanged support with, as well as the quality and type of support received between the three subject groups. Besides being poorly assessed by the analysts, the subjects who made the fewest comments had in median, less people in their social network and received less positive interaction support. The correlation coefficients supported this fact. The comparative analysis between the groups and the correlation coefficient made evident that good communicative abilities are related to the number of people in the social networks and the amount of positive care and interaction exchanged. Therefore, these results indicate there is a need for developing programs which focus on improving communicative abilities to aid the institutionalized to achieve and maintain proper social support networks
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Ingles instrumental em cursos tecnicos : as quatro hablidades / English for specific purposes in technical courses : the four language skills

Oliveira, Sandra Magalhães de, 1965- 31 October 2007 (has links)
Orientador: Elza Taeko Doi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-09T20:48:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_SandraMagalhaesde_M.pdf: 1272275 bytes, checksum: 64c7c04935a346d7349119148bcb6d7c (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: Este é um estudo etnográfico que analisa o inglês técnico (¿Inglês para Propósitos Específicos¿ ou IPE) a partir do ponto de vista de alunos de diferentes áreas: Computação, Meio Ambiente e Enfermagem. O objetivo principal é determinar as preferências e as necessidades de cada grupo no que se refere às quatro habilidades (ouvir, falar, ler e escrever). O pressuposto básico contesta a noção de que ensinar IPE deveria significar ensinar ¿leitura¿. Os dados foram coletados através de (1) questionário investigativo, centrado nas preferências dos alunos; (2) gravação de aula em áudio, na qual professora e alunos discutem as respostas ao questionário com o objetivo de negociar o conteúdo do curso; (3) questionário final, que avalia as respostas dos participantes, à luz de suas preferências. O embasamento teórico deste estudo inclui o trabalho de vários pesquisadores, com uma ênfase especial em AUGUSTO (1997) e CELANI (1988) sobre IPE; LEFFA (1999; 2001; 2003) e PAIVA (2005), sobre o papel do inglês como uma língua multinacional; NUNAN (1988; 1999; 2003) e TUDOR (1996) sobre a abordagem centrada no aluno. Os dados coletados mostram que a produção oral, que tende a ser menos focada no inglês técnico, é considerada a mais importante das habilidades pelos alunos de Enfermagem e de Computação. Segundo a opinião dos estudantes de Meio Ambiente, a produção oral vem em segundo lugar. Os resultados são consistentes com a concepção de linguagem dos participantes, isto é, aprender uma língua significa aprender a falar. Além disso, eles corroboram a noção amplamente difundida de que os possíveis candidatos a um emprego devem falar inglês fluentemente a fim de se tornarem competitivos no mercado de trabalho / Abstract: This is an etnographic study that analyzes technical English (¿English for Special Purposes¿ or ESP) from the point of view of students in different fields: Computer Science, Environmental Science and Nursing. The main goal is to determine the preferences and needs of each group as far as the four learning abilities (listening, speaking, reading and writing) are concerned. The basic assumption challenges the notion that teaching ESP should be synonymous with teaching ¿reading¿. The data have been collected by means of (1) an investigative questionnaire, which focuses on students¿ preferences; (2) in-class tape recording, in which teacher and students discuss the answers to the previous questionnaire with intent to negotiate course content material; (3) a final questionnaire, which assesses students¿ responses in light of their preferences. The theoretical underpinnings of this study include the work of a number of researchers, with a special emphasis on Augusto (1997) and Celani (1988), on ESP; Leffa (1999; 2001; 2003) and Paiva (2005), on the role of English as a multinational language; Nunan (1988; 1999; 2003) and Tudor (1996) on student-centered approach. The data show that speaking, which tends to take a back-seat in technical English, is considered the most important of the four abilities by the Nursing and Computer Science students. In the opinion of the Environmental Science students, it comes in second. The results are consistent with the subjects¿ conception of language, that is, learning a language means learning to speak. In addition, they corroborate the widespread notion that prospective candidates must know how to speak English fluently in order to be competitive in the job market / Mestrado / Lingua Estrangeira / Mestre em Linguística Aplicada

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