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Representações sociais de docência universitária por professores das ciências exatas e da natureza da UFPE

SILVA, Nathali Gomes da 28 March 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-07-29T12:28:26Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Nathali Gomes 05.05.2016 para BC.UFPE.pdf: 1269108 bytes, checksum: 589f1bb95e637b875a5a00deb72f8f2a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-29T12:28:26Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Nathali Gomes 05.05.2016 para BC.UFPE.pdf: 1269108 bytes, checksum: 589f1bb95e637b875a5a00deb72f8f2a (MD5) Previous issue date: 2016-03-28 / CAPEs / A presente pesquisa objetivou compreender as representações sociais pelos docentes dos cursos das “Ciências Exatas e da Natureza” da Universidade Federal de Pernambuco em relação à Docência Universitária. Para tanto, tomou como base referencial em Docência Universitária os estudos de Zabalza (2004), Dias Sobrinho (2007) e Cunha (2009), dentre outros, e, como aporte teórico-metodológico, a Teoria das Representações Sociais à luz de Moscovici (1978) e Jodelet (2005). Optamos pela abordagem qualitativa por ela permitir um olhar para as relações e interações humanas, suas crenças, realidades, histórias e valores (CHIZZOTTI, 2006). O Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal de Pernambuco constituiu-se como campo de investigação, do qual participaram 14 docentes universitários. A coleta dos dados ocorreu por meio da aplicação do questionário semiprojetivo, com os 14 participantes, e da realização de entrevistas semiestruturadas, com 06 do total de docentes selecionados a partir da disponibilidade deles. Os dados foram tratados com base na técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (1988). No momento em que direcionamos nossa atenção para os resultados analisados, percebemos que a docência universitária se constitui em um campo que assume características próprias do perfil de um curso, tornando-se objeto próprio do grupo. Essa apropriação é confirmada pelos sujeitos desse grupo, reconhecida e legitimada por outros grupos e pela sociedade, visto que o comportamento e o discurso passam a identificá-lo neste meio. Assim, os resultados dapesquisa apontaram representações sociais de docência universitária, constituídas histórica e socialmente, advindas das experiências, trajetórias de vida e formação, e responsáveis por justificar discursos e práticas. Os professores compreendem a docência universitária como um espaço de relação, responsabilidade e interação mútua entre o docente, que transmite e/ou constrói conhecimentos de ordem técnica e ética, o estudante, que precisa querer o aprendizado e dedicar-se a ele, e a sociedade, que exige um profissional qualificado de acordo com a realidade. Tais representações revelaram indícios de ressignificação no momento em que os professores destacaram a importância de formações pautadas no caráter mais humano, reconhecendo as limitações e oportunidades de aprendizagem dos estudantes. Esse processo de ressignificação ocorre a partir do instante em que os docentes são inseridos no contexto de maior abertura das universidades com a inclusão e permanência dos estudantes, levando-os a contextos diversificados de saberes e “forçando-os” a abandonar práticas antigas e a centralizarem-se nas aprendizagens. Dessa maneira, construíram caminhos que lhes possibilitaram acomodar os novos objetos. A docência universitária se mostra objetivada também nas práticas de ensino, ancoradas em concepções ora tradicionalistas ora construtivistas, apontando para indícios de ressignificação dessas representações sociais de docência pelo campo das ciências exatas e da natureza. Contudo, trata-se de um processo lento, pois, em mais de uma década, pouco foi feito em termos de políticas de investimento na formação desses profissionais que auxiliem na reconstrução de sentidos e significados e objetivem a formação integral dos estudantes e a transformação da prática docente. Assim, os professores convivem com a “incerteza” quanto à própria identidade, pois, como essa atividade exige saberes que não atendem aos seus interesses, muitos ainda não se consideram docentes. Devido a isso, nomeiam-se pesquisadores, uma vez que a atividade de pesquisa é representada como “grande diferencial” no desenvolvimento de um país. Acreditamos que a presente investigação auxiliará a reflexão sobre um paradigma de formação que considere as especificidades desses cursos, porque, apesar de estarem inseridos em um contexto mais amplo, possuem particularidades. / This research aimed to understand the social representations of professors from the “Nature and Hard Sciences” courses of Federal University of Pernambuco in relation to their university teaching practice. In order to do so, this research took as a reference base in university teaching practice the studies of Zabalza (2004), Dias Sobrinho (2007) and Cunha (2009), among others, and as a theoretical and methodological support the Theory of Social Representations in the light of Moscovici (1978) and Jodelet (2005). We chose the qualitative approach because it allows a connection with relations and human interactions, their beliefs, reality, history and values (CHIZZOTTI, 2006). The Nature and Hard Sciences Center of UFPE constitutes the field of investigation from which 14 university teachers participated. The data was collected through the application of a semiprojective questionnaire with the 14 participants and a semistructured interview with 6 professors according to their availability. The data was analyzed according to the techniques of Bardin‟s (1988) Content Analysis. In the moment we direct our attention to the analyzed results, we realize that the university teaching practice constitutes in an area that assumes its own characteristics of a course profile by turning itself in a proper object of the group. This appropriation is confirmed by the subjects of this group, recognized and legitimated by other groups and the society since the behavior and discourse can identify it in this context. Therefore, the results of this research pointed out that social representations in university teaching practice, historically and socially constituted, resulting from experiences, life paths and formation and that are responsible for justifying discourses and practices. The professors understand the university teaching practice as a relationship, mutual interaction and responsibility space between the teacher that transmits and/or constructs knowledge of technical and ethical order, the student who needs the desire to learn and dedicate himself/herself to it and the society that demands qualification from the professional according to his/her reality. Such representations revealed evidence of resignification in the moment that teachers highlighted the importance of trainings guided by a more human character recognizing the limitations and learning opportunities of the students. This process of resignification occurs from the moment the teachers start to work in the context of a greater opening in the universities with the inclusion and permanence of the students and guidance through diversified learning contexts and by “forcing” them to abandon old practices and to focus on the learning process. Thus, They have built ways that provided the accommodation of new objects. University teaching shows itself also in teaching practices based on conceptions, which are traditional at one time, and constructivist at another, pointing to evidences of resignification of these social representations in the teaching activities of exact and natural sciences. However, it is a slow process because in more than a decade little has been done in terms of funding politics in the training of these professionals to help them reconstruct meanings and aim for an integral formation of students and the transformation of the teaching practice. As a result, the teachers live with the “uncertainty” related to their own identity because as this activity demands knowledge that do not meet their interests, many of them do not consider themselves as teachers. Because of this, they name themselves researchers since the research activity is represented as a “big difference” in the development of a country. We believe that the present investigation is going to help in the reflection about a formation paradigm that considers the specificities of these courses because even though they are in a wider context, they have particularities.
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Educação inclusiva no ensino superior : saberes e práticas dos professores do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática na Universidade Federal de Sergipe

Corrêa, Ana Bárbara Assunção Vazquez 30 March 2016 (has links)
This study looks into the knowledge and practice of professors at the Postgraduate Program of Science and Mathematics Teaching (PPGECIMA) of the Federal University of Sergipe (UFS) concerning the inclusion of people with disabilities in higher education. We examine professors‟ conceptions about inclusive education as seen from the perspective of accessibility and the skill gaps of hard science professors. Also, we have tried to find out the difficulties they experience, and investigated if the need for inclusive classroom practice and lesson-planning with a focus on students with disabilities has translated into adjustments in educational approach. As our method, we have used a qualitative case study and collected data through interviews and document analysis. The sources for our study include Mazotta (1996); Stainback & Stainback (2008); Bueno (2002); Mantoan (1997); Fávero (2002); Fernandes (2014); Santana (2010) et al. We have found that professors at PPGECIMA encounter difficulties working with students with disabilities ranging from poor interdepartmental communication to difficulties dealing with the specific requirements of people with disabilities. Our findings have revealed a need for training and counselling that focus on the specific inclusion strategies. Thus, we have concluded that professors at PPGECIMA have a positive attitude to inclusion but only a very small number of participants had an understanding of how inclusion of students with special needs in higher education works, to the extent that the presence of students with disabilities in the classroom has not led to adjustments in teaching practice. The main difficulties pointed out by our subjects include poor background information about students, changing instruction pace, and lack of qualification to deal with the needs of hard science students with disabilities in higher education. Finally, our study showed that the road to inclusion still stretches a long way ahead. / A presente pesquisa teve como objetivo compreender os saberes e práticas dos professores do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIMA) da Universidade Federal de Sergipe sobre a inclusão da pessoa com deficiência no ensino superior. Para tanto, abordou-se nesse estudo as concepções dos professores no que diz respeito à inclusão através do olhar a respeito da acessibilidade e dos problemas da formação do professor na área de exatas. Buscou-se saber quais foram as dificuldades enfrentadas e se houve mudança na prática pedagógica pela necessidade de incluir alunos com deficiência durante as aulas e no planejamento. Para tanto, utilizou-se o estudo de caso com uma abordagem qualitativa, e como instrumento para coleta de dados, foram utilizados a entrevista e as análises documentais. Como aporte teórico, tomamos os trabalhos de Mazotta (1996); Stainback & Stainback (2008); Bueno (2002); Mantoan (1997); Fávero (2002); Fernandes (2014); Santana (2010), dentre outros. Constatou-se que os professores do PPGECIMA, apresentam dificuldades para trabalhar com alunos com deficiência, uma vez que, nota-se desde a falha na comunicação entre os setores à dificuldade no atendimento especializado para as pessoas com deficiência. Com isso, esse trabalho apresenta a partir das análises, a necessidade de alguns professores em ter acesso a cursos e palestras que orientem o trabalho específico de inclusão. Desse modo, conclui-se que os professores do PPGECIMA percebem a inclusão de modo positivo; no entanto, apenas uma quantidade mínima dos entrevistados tinham conhecimentos sobre a inclusão do aluno com deficiência no ensino superior, de forma que se verificou que a presença do aluno com deficiência na sala de aula não alterou significativamente a prática docente. As principais dificuldades apontadas foram a falta de informação prévia sobre o aluno, as mudanças no ritmo da aula e o despreparo do professor da área exatas para lidar com as demandas do aluno com deficiência no ensino superior. Por fim, percebe-se que para atingir a inclusão ainda é necessário percorrer um longo caminho.

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