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O heteroerotismo em Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres de Clarice Lispector: das performatividades de gênero às paródias narrativas / The heteroeroticism in Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres by Clarice Lispector: from gender performativities to narrative parodiesGil, Frédéric Grieco Deij Moral 11 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-05-11 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / In the novel Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres by Clarice Lispector, originally published
in 1969, the main characters, Loreley and Ulisses, seek their own psychological maturity, so that a
deep and lasting affective-sexual relationship can be built between them. Thus, it is noticeable, in
the process of psychological development sought by the protagonists of the novel, the
establishment of a heteroeroticism between them, that is, of an eroticism between subjects that
have different gender identities, within the binary logic of feminine-masculine that underlies the
heterosexual matrix in our society. This heteroeroticism between Loreley and Ulisses is
consolidated, throughout the narrative, through gender performativities, which are, as Judith Butler
(2003, 2016) theorizes, discursive reiterations that aim to ensure the intelligibility of sexual
differentiation socio-historically-culturally, amid a “regulatory ideal” that promotes the
maintenance of certain power relations. However, there are not only maintenances of gender
performativities of the heterosexual matrix throughout Lispector’s novel, but also some
subversions/transgressions/inversions in relation to them, which can be identified, for example, in
parodies – intertexts with critical distance (HUTCHEON, 1989) – with heteroerotic configurations
present in the narrative. Thereby, this master’s thesis aims to analyze and reflect on how the
heteroeroticism between Loreley and Ulisses is established, along textual and intertextual
(parodistic) instances, either by leading to gender performativities of the heterosexual matrix, or by
subverting them. In order to support the analysis proposed in this paper, I mainly resort to
theoretical formulations by Linda Hutcheon (1989), Howard Bloch (1995), Elizabeth Grosz (2000),
Judith Butler (2003, 2016), Zygmunt Bauman (2004), Simone de Beauvoir (2009), Kathryn
Woodward (2012), Tomaz Tadeu da Silva (2012), Stuart Hall (2012), Georges Bataille (2014) and
Michel Foucault (2012, 2013, 2015). / No romance Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres de Clarice Lispector, publicado
originalmente em 1969, os personagens principais, Loreley e Ulisses, buscam o próprio
amadurecimento psicológico para que seja possível construir entre eles uma relação afetivo-sexualprofunda e duradoura. Dessa forma, é notável, em meio ao processo de desenvolvimento
psicológico buscado pelos protagonistas do romance, o estabelecimento de um heteroerotismo
entre eles, ou seja, de um erotismo entre sujeitos que possuem distintas identidades de gênero,
dentro da lógica binária de feminino-masculino que alicerça a matriz heterossexual em nossa
sociedade. Esse heteroerotismo entre Loreley e Ulisses é consolidado, ao longo da narrativa,
através de performatividades de gênero, que são, como teoriza Judith Butler (2003, 2016),
reiterações discursivas que visam a assegurar sócio-histórico-culturalmente a inteligibilidade da
diferenciação sexual, em meio a um “ideal regulatório” que agencia a manutenção de certas
relações de poder. Entretanto, não ocorrem apenas manutenções das performatividades de gênero
da matriz heterossexual ao longo do romance de Lispector, mas também algumas
subversões/transgressões/inversões em relação a elas, que podem ser identificadas, por exemplo,
em paródias – intertextos com distanciamento crítico (HUTCHEON, 1989) – com configurações
heteroeróticas presentes na narrativa. Assim sendo, esta Dissertação objetiva analisar e refletir
sobre como o heteroerotismo entre Loreley e Ulisses é estabelecido, ao longo de instâncias textuais
e intertextuais (parodísticas), ora agenciando as performatividades de gênero da matriz
heterossexual, ora subvertendo-as. Para embasar a análise proposta neste trabalho, conto
principalmente com formulações teóricas de Linda Hutcheon (1989), Howard Bloch (1995),
Elizabeth Grosz (2000), Judith Butler (2003, 2016), Zygmunt Bauman (2004), Simone de Beauvoir
(2009), Kathryn Woodward (2012), Tomaz Tadeu da Silva (2012), Stuart Hall (2012), Georges
Bataille (2014) e Michel Foucault (2012, 2013, 2015).
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