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Diferenças históricas, espaciais, sociais e por grupos de idade da razão de sexo, na população internada pelo SUS por HIV / Historical difference, spacial, social, by age group, sex ratio, population hospitalized by SUS because HIV

António Manuel Sousa 12 December 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A epidemia de HIV/AIDS, pelo seu histórico, é de natureza mutável em vários contextos sociais em todo o mundo. Desde a notificação dos primeiros casos até hoje, observa-se um curso diferenciado no decorrer do tempo, tanto no campo social como na biomedicina, o que a torna um problema passível de controle a longo prazo. Essas mudanças, entretanto, não são percebidas de igual maneira em todos os países ou regiões. Devido a vários fatores, a epidemia persiste como uma das dez primeiras causas de morte no mundo, sendo a primeira delas na África. No Brasil, o perfil da epidemia assemelha-se ao global, tendendo a diminuir/estabilizar a velocidade do surgimento de novos casos. Essa contenção deve-se ao impacto de ações preventivas desenvolvidas por iniciativas governamentais e não governamentais no sentido de promover práticas sexuais mais seguras. Neste mesmo contexto, algumas análises espaciais revelam transições demográficas da epidemia de HIV/AIDS nos anos mais recentes. Há mudanças e desigualdades na razão de sexo em diferentes condições sociodemográficas e do ponto de vista geracional. Em razão disso, este trabalho justifica-se pela necessidade de analisar as mudanças na razão de sexo, fornecendo informações importantes para o planejamento e política de prevenção no tratamento da AIDS, tendo em vista a vulnerabilidade da população feminina. O objetivo principal desta pesquisa é analisar diferenças históricas, espaciais e sociais da razão de sexo e idade na população internada pelo SUS em consequência da infecção pelo HIV no período de 1998 a 2009. Trata-se de um estudo descritivo e ecológico das diferenças históricas, espaciais e por grupos de idade na Razão de Sexo abrangendo também uma análise da Regressão Linear Múltipla das variáveis. Foram utilizados os dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS-SIH/SUS - DATASUS/MS, como fonte de informação para os casos de AIDS internados no período de 1998 a 2009. Foram considerados casos com idade compreendida entre 15 e 49 anos, bem como estratificados e analisados dados gerados nas microrregiões, a fim de homogeneizar as informações dentro de cada estrato com dados do censo de 2000. As variáveis independentes foram representadas pelos seguintes indicadores (fatores de vulnerabilidade): a) percentagem da população rural residente na região; b) tamanho da população da microrregião, para testar se o tamanho da população está associado à razão de sexo por HIV e c) percentagem da população de 15 a 49 anos de idade não alfabetizada. Nos resultados é possível notar que em quase todas as regiões há um aumento considerável do número de mulheres infectadas pelo HIV, o que leva à dedução da presença de um processo de feminização, atrelado à heterossexualização da epidemia. Os resultados do estudo apontam que a epidemia de HIV/AIDS tende a atingir indiscriminadamente as regiões Nordeste, Sul e Sudeste, especialmente as duas últimas. Esta constatação de que, em anos recentes, as mulheres vêm sendo infectadas em proporções maiores que os homens, corrobora o processo de feminização da AIDS, já anunciado por alguns autores. / The HIV/AIDS, its history, is the changing nature in various social contexts around the world. Since the notification of the first cases to date, there is a different course over time, both in social as in biomedicine, which makes it possible to control a problem in the long term. These changes, however, are not perceived equally in all countries or regions. Due to various factors, the epidemic remains one of the ten leading causes of death worldwide, being the first one in Africa. In Brazil, the profile of the epidemic resembles the global, tending to decrease/stabilize the speed of onset of new cases. This contention is due to the impact of preventive measures undertaken by governmental and non-governmental initiatives to promote safer sexual practices. In the same context, some spatial analysis reveals demographic transitions of the HIV/AIDS in recent years. There are changes and unequal sex ratio under different socio-demographic and generational perspective. As a result, this work is justified by the need to analyze changes in sex ratio, providing important information for planning and prevention policy in the treatment of AIDS taking into account the vulnerability of the female population. The main objective of this research is to analyze historical differences, spatial and social aspects of sex ratio and age in the population hospitalized by SUS as a result of HIV infection in the period 1998 to 2009. It is a descriptive study of ecological and historical differences, spatial and age groups in the sex ratio also covering a multiple linear regression analysis of variables. We used data from the Hospital Information System SUS-SIH/SUS-DATASUS/MS as a source of information for hospitalized AIDS cases in the period 1998 to 2009. Cases were defined as aged between 15 and 49 years old, as well as stratified and analyzed data generated in the regions, in order to mix the information within each stratum with data from the 2000 census. The independent variables were represented by the following indicators (vulnerability factors): a) percentage of rural population residing in the region b) population size of the micro-region, to test whether the population size is associated with the sex ratio of HIV and c) percentage of population 15 to 49 years old are literate. In the results it is noticed that in almost all regions there is an increase in the number of women infected with HIV, which leads to the deduction of the presence of a process of feminization, linked to the heterosexual epidemic. The study results indicate that the HIV/AIDS tends to strike indiscriminately the Northeast, South and Southeast, especially the last two. The fact that in recent years, women have been infected in greater proportions than men, supports the process of feminization of AIDS, already announced by some authors.
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Diferenças históricas, espaciais, sociais e por grupos de idade da razão de sexo, na população internada pelo SUS por HIV / Historical difference, spacial, social, by age group, sex ratio, population hospitalized by SUS because HIV

António Manuel Sousa 12 December 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A epidemia de HIV/AIDS, pelo seu histórico, é de natureza mutável em vários contextos sociais em todo o mundo. Desde a notificação dos primeiros casos até hoje, observa-se um curso diferenciado no decorrer do tempo, tanto no campo social como na biomedicina, o que a torna um problema passível de controle a longo prazo. Essas mudanças, entretanto, não são percebidas de igual maneira em todos os países ou regiões. Devido a vários fatores, a epidemia persiste como uma das dez primeiras causas de morte no mundo, sendo a primeira delas na África. No Brasil, o perfil da epidemia assemelha-se ao global, tendendo a diminuir/estabilizar a velocidade do surgimento de novos casos. Essa contenção deve-se ao impacto de ações preventivas desenvolvidas por iniciativas governamentais e não governamentais no sentido de promover práticas sexuais mais seguras. Neste mesmo contexto, algumas análises espaciais revelam transições demográficas da epidemia de HIV/AIDS nos anos mais recentes. Há mudanças e desigualdades na razão de sexo em diferentes condições sociodemográficas e do ponto de vista geracional. Em razão disso, este trabalho justifica-se pela necessidade de analisar as mudanças na razão de sexo, fornecendo informações importantes para o planejamento e política de prevenção no tratamento da AIDS, tendo em vista a vulnerabilidade da população feminina. O objetivo principal desta pesquisa é analisar diferenças históricas, espaciais e sociais da razão de sexo e idade na população internada pelo SUS em consequência da infecção pelo HIV no período de 1998 a 2009. Trata-se de um estudo descritivo e ecológico das diferenças históricas, espaciais e por grupos de idade na Razão de Sexo abrangendo também uma análise da Regressão Linear Múltipla das variáveis. Foram utilizados os dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS-SIH/SUS - DATASUS/MS, como fonte de informação para os casos de AIDS internados no período de 1998 a 2009. Foram considerados casos com idade compreendida entre 15 e 49 anos, bem como estratificados e analisados dados gerados nas microrregiões, a fim de homogeneizar as informações dentro de cada estrato com dados do censo de 2000. As variáveis independentes foram representadas pelos seguintes indicadores (fatores de vulnerabilidade): a) percentagem da população rural residente na região; b) tamanho da população da microrregião, para testar se o tamanho da população está associado à razão de sexo por HIV e c) percentagem da população de 15 a 49 anos de idade não alfabetizada. Nos resultados é possível notar que em quase todas as regiões há um aumento considerável do número de mulheres infectadas pelo HIV, o que leva à dedução da presença de um processo de feminização, atrelado à heterossexualização da epidemia. Os resultados do estudo apontam que a epidemia de HIV/AIDS tende a atingir indiscriminadamente as regiões Nordeste, Sul e Sudeste, especialmente as duas últimas. Esta constatação de que, em anos recentes, as mulheres vêm sendo infectadas em proporções maiores que os homens, corrobora o processo de feminização da AIDS, já anunciado por alguns autores. / The HIV/AIDS, its history, is the changing nature in various social contexts around the world. Since the notification of the first cases to date, there is a different course over time, both in social as in biomedicine, which makes it possible to control a problem in the long term. These changes, however, are not perceived equally in all countries or regions. Due to various factors, the epidemic remains one of the ten leading causes of death worldwide, being the first one in Africa. In Brazil, the profile of the epidemic resembles the global, tending to decrease/stabilize the speed of onset of new cases. This contention is due to the impact of preventive measures undertaken by governmental and non-governmental initiatives to promote safer sexual practices. In the same context, some spatial analysis reveals demographic transitions of the HIV/AIDS in recent years. There are changes and unequal sex ratio under different socio-demographic and generational perspective. As a result, this work is justified by the need to analyze changes in sex ratio, providing important information for planning and prevention policy in the treatment of AIDS taking into account the vulnerability of the female population. The main objective of this research is to analyze historical differences, spatial and social aspects of sex ratio and age in the population hospitalized by SUS as a result of HIV infection in the period 1998 to 2009. It is a descriptive study of ecological and historical differences, spatial and age groups in the sex ratio also covering a multiple linear regression analysis of variables. We used data from the Hospital Information System SUS-SIH/SUS-DATASUS/MS as a source of information for hospitalized AIDS cases in the period 1998 to 2009. Cases were defined as aged between 15 and 49 years old, as well as stratified and analyzed data generated in the regions, in order to mix the information within each stratum with data from the 2000 census. The independent variables were represented by the following indicators (vulnerability factors): a) percentage of rural population residing in the region b) population size of the micro-region, to test whether the population size is associated with the sex ratio of HIV and c) percentage of population 15 to 49 years old are literate. In the results it is noticed that in almost all regions there is an increase in the number of women infected with HIV, which leads to the deduction of the presence of a process of feminization, linked to the heterosexual epidemic. The study results indicate that the HIV/AIDS tends to strike indiscriminately the Northeast, South and Southeast, especially the last two. The fact that in recent years, women have been infected in greater proportions than men, supports the process of feminization of AIDS, already announced by some authors.

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