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Prevalência de hiperatividade detrusora em crianças com hiperatividade vesical

Carvalho, Marcelo Tomás January 2011 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2015-04-10T19:59:57Z No. of bitstreams: 1 Marcelo Tomás Carvalho.pdf: 1324790 bytes, checksum: 199fe4e22e36fa31f40f28acd6d38153 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T19:59:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcelo Tomás Carvalho.pdf: 1324790 bytes, checksum: 199fe4e22e36fa31f40f28acd6d38153 (MD5) Previous issue date: 2011 / OBJETIVO: Estimar a prevalência de hiperatividade detrusora idiopática em crianças com hiperatividade vesical. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliadas 37 crianças, sendo 27 meninas, com idade de 4-15 anos (mediana de 8,0 anos), com quadro de urgência miccional, urofluxometria com curva em “sino”, ausência ultrassonográfica de resíduo pós-miccional e submetidas a estudo urodinâmico completo. Realizada a correlação entre hiperatividade vesical e o diagnóstico de hiperatividade detrusora idiopática na amostra analisada. RESULTADOS: De um total de 37 crianças avaliadas, 26 (70,3%) apresentaram hiperatividade detrusora. Em 24 crianças com incontinência urinária diurna, 18 (75% - p = 0,313) apresentaram hiperatividade detrusora. Gênero feminino (77,8% - p = 0,110), constipação (86,7% - p = 0,073), manobras posturais (84,2% - p = 0,060) e dor hipogástrica (78,3% - p = 0,161) foram variáveis associadas à hiperatividade detrusora, mais próximas da significância estatística. Foi observada associação significativa entre infecção urinária e o número de contrações involuntárias acima de 3 (89,5%; p = 0,028). Foi identificado elevado índice de discrepância entre os resultados da capacidade máxima e média do diário miccional, em relação à capacidade cistométrica máxima, estimada no estudo urodinâmico. CONCLUSÕES: Este estudo demonstrou uma elevada prevalência de hiperatividade detrusora idiopática em crianças com hiperatividade vesical.
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O papel do gene ADRA2A no transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade em adultos

Cerqueira, Caio Cesar Silva de January 2009 (has links)
O TDAH (transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade) é um transtorno multifatorial com herdabilidade de 76%. É mais prevalente na infância e adolescência (5,29%) do que na vida adulta (2,5%). Nos estudos sobre a genética do transtorno, os alvos mais visados têm sido genes da via das catecolaminas (que inclui o sistema noradrenérgico), em parte devido ao fato de que é o local de ação de psicoestimulantes usados no tratamento do TDAH. Uma recente meta-análise apresentou evidência de heterogeneidade na associação entre o polimorfismo DraI 1780 C>T do gene do receptor adrenérgico alfa-2A (ADRA2A) com o TDAH em crianças, sugerindo a necessidade de estudos adicionais para explicar as possíveis razões para esta heterogeneidade. No presente estudo, foi analisada a associação entre três polimorfismos (MspI -1291 C>G, HhaI -262 G>A e DraI 1780 C>T) do ADRA2A e o TDAH em adultos e variáveis relacionadas, tentando identificar possíveis fatores explicativos dos resultados conflitantes prévios. A amostra foi composta por 403 adultos com TDAH, diagnosticados de acordo com o DSM-IV e 232 controles provenientes do banco de sangue de Porto Alegre-RS. Os polimorfismos foram analisados pelas técnicas de PCR-RFLP e PCR-TaqMan (Applied Biosystems). A comparação das freqüências alélicas e genotípicas entre as amostras foi realizada por meio do teste do Qui-quadrado, e as associações com características de personalidade através da ANOVA. Todas as freqüências estavam em equilíbrio de HW e não foi encontrada nenhuma diferença significante entre as freqüências alélicas e genotípicas dos polimorfismos analisados entre os casos de TDAH e os controles. Entretanto, foi verificada associação dos polimorfismos MspI - 1291 C>G e DraI 1780 C>T com características de temperamento (Procura de Novidades, Evitação de Danos e Persistência). Além disso, o haplótipo contendo os alelos G-G-T (MspI-HhaI-DraI) apresentou escores mais baixos em Evitação de Danos e Persistência e mais elevados em Procura de Novidades quando comparado aos demais haplótipos. Concluindo, nossos resultados fornecem evidências sugestivas de que a associação entre polimorfismos no gene ADRA2A e dimensões de temperamento poderiam ser responsáveis pelos resultados conflitantes nos estudos de associação entre o ADRA2A e o TDAH. Futuros estudos genéticos em crianças com TDAH devem incluir a análise de variáveis de personalidade. / The ADHD (Attention deficit hyperactivity disorder) is a multifatorial disorder with heritability of 76%. It is more prevalent in childhood and adolescence (5.29%) than adulthood (2.5%). In molecular genetic approaches to ADHD, the most obvious target has been the catecholamine pathway (including the noradrenergic system), in part because it is the locus of action of psychostimulants used to treat ADHD. A recent meta-analysis showed evidence for heterogeneity in the association between the DraI 1780 C>T polymorphism in the adrenergic receptor alpha-2A gene (ADRA2A) and childhood ADHD, suggesting the need for further research to explain the reasons for this heterogeneity. In present study, we investigated the association between three polymorphisms (-1291 C>G MspI, -262 G>A HhaI and 1780 C>T DraI) in the ADRA2A gene and ADHD in adults and related variables, trying to identify characteristics that could explain the previous conflicting findings. The sample included 403 ADHD adult patients that fulfilled diagnostic criteria for DSM-IV, and 232 controls. The polymorphisms were amplified with PCR-RFLP and PCR-TaqMan (Applied Biosystems). The genotype and allele frequency comparisons between ADHD patients and controls were performed with the Chi-square test, and the associations with personality characteristics by ANOVA. All frequencies were in Hardy-Weinberg equilibrium and no significant differences in allele and genotype frequencies of the polymorphisms were found between patients and controls. However, there was association between the MspI -1291 C>G and DraI 1780 C>T polymorphisms with temperament profiles (Novelty Seeking, Harm Avoidance, and Persistence). Additionally, the haplotype carrying the G-G-T alleles (MspI-HhaI-DraI) presented lower scores in Harm Avoidance and Persistence and higher in Novelty Seeking compared with other haplotypes. In conclusion, this study provides suggestive evidence that the association between ADRA2A gene polymorphisms and temperament dimensions could account for the conflicting results of association studies of ADRA2A and ADHD observed in children with ADHD. Future genetic studies in children with ADHD should include the analysis of personality variables.
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O papel do gene ADRA2A no transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade em adultos

Cerqueira, Caio Cesar Silva de January 2009 (has links)
O TDAH (transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade) é um transtorno multifatorial com herdabilidade de 76%. É mais prevalente na infância e adolescência (5,29%) do que na vida adulta (2,5%). Nos estudos sobre a genética do transtorno, os alvos mais visados têm sido genes da via das catecolaminas (que inclui o sistema noradrenérgico), em parte devido ao fato de que é o local de ação de psicoestimulantes usados no tratamento do TDAH. Uma recente meta-análise apresentou evidência de heterogeneidade na associação entre o polimorfismo DraI 1780 C>T do gene do receptor adrenérgico alfa-2A (ADRA2A) com o TDAH em crianças, sugerindo a necessidade de estudos adicionais para explicar as possíveis razões para esta heterogeneidade. No presente estudo, foi analisada a associação entre três polimorfismos (MspI -1291 C>G, HhaI -262 G>A e DraI 1780 C>T) do ADRA2A e o TDAH em adultos e variáveis relacionadas, tentando identificar possíveis fatores explicativos dos resultados conflitantes prévios. A amostra foi composta por 403 adultos com TDAH, diagnosticados de acordo com o DSM-IV e 232 controles provenientes do banco de sangue de Porto Alegre-RS. Os polimorfismos foram analisados pelas técnicas de PCR-RFLP e PCR-TaqMan (Applied Biosystems). A comparação das freqüências alélicas e genotípicas entre as amostras foi realizada por meio do teste do Qui-quadrado, e as associações com características de personalidade através da ANOVA. Todas as freqüências estavam em equilíbrio de HW e não foi encontrada nenhuma diferença significante entre as freqüências alélicas e genotípicas dos polimorfismos analisados entre os casos de TDAH e os controles. Entretanto, foi verificada associação dos polimorfismos MspI - 1291 C>G e DraI 1780 C>T com características de temperamento (Procura de Novidades, Evitação de Danos e Persistência). Além disso, o haplótipo contendo os alelos G-G-T (MspI-HhaI-DraI) apresentou escores mais baixos em Evitação de Danos e Persistência e mais elevados em Procura de Novidades quando comparado aos demais haplótipos. Concluindo, nossos resultados fornecem evidências sugestivas de que a associação entre polimorfismos no gene ADRA2A e dimensões de temperamento poderiam ser responsáveis pelos resultados conflitantes nos estudos de associação entre o ADRA2A e o TDAH. Futuros estudos genéticos em crianças com TDAH devem incluir a análise de variáveis de personalidade. / The ADHD (Attention deficit hyperactivity disorder) is a multifatorial disorder with heritability of 76%. It is more prevalent in childhood and adolescence (5.29%) than adulthood (2.5%). In molecular genetic approaches to ADHD, the most obvious target has been the catecholamine pathway (including the noradrenergic system), in part because it is the locus of action of psychostimulants used to treat ADHD. A recent meta-analysis showed evidence for heterogeneity in the association between the DraI 1780 C>T polymorphism in the adrenergic receptor alpha-2A gene (ADRA2A) and childhood ADHD, suggesting the need for further research to explain the reasons for this heterogeneity. In present study, we investigated the association between three polymorphisms (-1291 C>G MspI, -262 G>A HhaI and 1780 C>T DraI) in the ADRA2A gene and ADHD in adults and related variables, trying to identify characteristics that could explain the previous conflicting findings. The sample included 403 ADHD adult patients that fulfilled diagnostic criteria for DSM-IV, and 232 controls. The polymorphisms were amplified with PCR-RFLP and PCR-TaqMan (Applied Biosystems). The genotype and allele frequency comparisons between ADHD patients and controls were performed with the Chi-square test, and the associations with personality characteristics by ANOVA. All frequencies were in Hardy-Weinberg equilibrium and no significant differences in allele and genotype frequencies of the polymorphisms were found between patients and controls. However, there was association between the MspI -1291 C>G and DraI 1780 C>T polymorphisms with temperament profiles (Novelty Seeking, Harm Avoidance, and Persistence). Additionally, the haplotype carrying the G-G-T alleles (MspI-HhaI-DraI) presented lower scores in Harm Avoidance and Persistence and higher in Novelty Seeking compared with other haplotypes. In conclusion, this study provides suggestive evidence that the association between ADRA2A gene polymorphisms and temperament dimensions could account for the conflicting results of association studies of ADRA2A and ADHD observed in children with ADHD. Future genetic studies in children with ADHD should include the analysis of personality variables.
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O papel do gene ADRA2A no transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade em adultos

Cerqueira, Caio Cesar Silva de January 2009 (has links)
O TDAH (transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade) é um transtorno multifatorial com herdabilidade de 76%. É mais prevalente na infância e adolescência (5,29%) do que na vida adulta (2,5%). Nos estudos sobre a genética do transtorno, os alvos mais visados têm sido genes da via das catecolaminas (que inclui o sistema noradrenérgico), em parte devido ao fato de que é o local de ação de psicoestimulantes usados no tratamento do TDAH. Uma recente meta-análise apresentou evidência de heterogeneidade na associação entre o polimorfismo DraI 1780 C>T do gene do receptor adrenérgico alfa-2A (ADRA2A) com o TDAH em crianças, sugerindo a necessidade de estudos adicionais para explicar as possíveis razões para esta heterogeneidade. No presente estudo, foi analisada a associação entre três polimorfismos (MspI -1291 C>G, HhaI -262 G>A e DraI 1780 C>T) do ADRA2A e o TDAH em adultos e variáveis relacionadas, tentando identificar possíveis fatores explicativos dos resultados conflitantes prévios. A amostra foi composta por 403 adultos com TDAH, diagnosticados de acordo com o DSM-IV e 232 controles provenientes do banco de sangue de Porto Alegre-RS. Os polimorfismos foram analisados pelas técnicas de PCR-RFLP e PCR-TaqMan (Applied Biosystems). A comparação das freqüências alélicas e genotípicas entre as amostras foi realizada por meio do teste do Qui-quadrado, e as associações com características de personalidade através da ANOVA. Todas as freqüências estavam em equilíbrio de HW e não foi encontrada nenhuma diferença significante entre as freqüências alélicas e genotípicas dos polimorfismos analisados entre os casos de TDAH e os controles. Entretanto, foi verificada associação dos polimorfismos MspI - 1291 C>G e DraI 1780 C>T com características de temperamento (Procura de Novidades, Evitação de Danos e Persistência). Além disso, o haplótipo contendo os alelos G-G-T (MspI-HhaI-DraI) apresentou escores mais baixos em Evitação de Danos e Persistência e mais elevados em Procura de Novidades quando comparado aos demais haplótipos. Concluindo, nossos resultados fornecem evidências sugestivas de que a associação entre polimorfismos no gene ADRA2A e dimensões de temperamento poderiam ser responsáveis pelos resultados conflitantes nos estudos de associação entre o ADRA2A e o TDAH. Futuros estudos genéticos em crianças com TDAH devem incluir a análise de variáveis de personalidade. / The ADHD (Attention deficit hyperactivity disorder) is a multifatorial disorder with heritability of 76%. It is more prevalent in childhood and adolescence (5.29%) than adulthood (2.5%). In molecular genetic approaches to ADHD, the most obvious target has been the catecholamine pathway (including the noradrenergic system), in part because it is the locus of action of psychostimulants used to treat ADHD. A recent meta-analysis showed evidence for heterogeneity in the association between the DraI 1780 C>T polymorphism in the adrenergic receptor alpha-2A gene (ADRA2A) and childhood ADHD, suggesting the need for further research to explain the reasons for this heterogeneity. In present study, we investigated the association between three polymorphisms (-1291 C>G MspI, -262 G>A HhaI and 1780 C>T DraI) in the ADRA2A gene and ADHD in adults and related variables, trying to identify characteristics that could explain the previous conflicting findings. The sample included 403 ADHD adult patients that fulfilled diagnostic criteria for DSM-IV, and 232 controls. The polymorphisms were amplified with PCR-RFLP and PCR-TaqMan (Applied Biosystems). The genotype and allele frequency comparisons between ADHD patients and controls were performed with the Chi-square test, and the associations with personality characteristics by ANOVA. All frequencies were in Hardy-Weinberg equilibrium and no significant differences in allele and genotype frequencies of the polymorphisms were found between patients and controls. However, there was association between the MspI -1291 C>G and DraI 1780 C>T polymorphisms with temperament profiles (Novelty Seeking, Harm Avoidance, and Persistence). Additionally, the haplotype carrying the G-G-T alleles (MspI-HhaI-DraI) presented lower scores in Harm Avoidance and Persistence and higher in Novelty Seeking compared with other haplotypes. In conclusion, this study provides suggestive evidence that the association between ADRA2A gene polymorphisms and temperament dimensions could account for the conflicting results of association studies of ADRA2A and ADHD observed in children with ADHD. Future genetic studies in children with ADHD should include the analysis of personality variables.
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Fenomenologia do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em adolescente / Phenomenology of Attention Deficit Disorder with Hyperactivity (ADHD) in Adolescents FORTALEZA (Inglês)

Araújo, Juliana Lima de 27 November 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2019-03-30T00:02:51Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2015-11-27 / This research aimed to understand the lived of adolescents diagnosed with Attention Deficit Disorder with Hyperactivity (ADHD) from theoretical frameworks of the phenomenology of Merleau-Ponty and phenomenological psychopathology Arthur Tatossian. Qualitative research was conducted using the phenomenological method inspired by the mundane phenomenology of Merleau-Ponty. Eight Adolescents were individually interviewed of both sexes, aged 11 and 18, starting with the triggering question: How you feel about live with the disorder attention deficit hyperactivity disorder? They were found from those indicated by the snowball method and the adolescents themselves chose the locations of the interviews. From the emerging themes in the interviews was part listed the following categories: 1. Understanding what is ADHD; 2. Experience of having ADHD; 3. Difficulties in the learning process; 4. Medication; and 5. Interpersonal relationships. Most respondents described difficulties in sustaining attention, especially in school activities. Hyperactivity was described as an experience in which the world was experienced as slower, which could cause them to times when rushed in actions and thoughts produced with little connection to each other. They described problems with self-esteem, which increased the personal insecurity, particularly in studies and social relationships. The predominant form of treatment was the use of Ritalin and was also cited psychological accompaniment and the presence of tutoring. Framing an understanding of ADHD and understanding of the lived himself was important for adolescents because it favored a change of perspective, a focus before only in passing the disease to consider the individual capabilities. In this research, the perspective of Phenomenological psychopathology allowed to look at the intersection between theory and practice, considering the knowledge already built about ADHD with the uniqueness of living of adolescents. Consider the field of inter-subjectivity is to recognize that there is no an individual who exists in itself, and thus there is no absolute and isolated ADHD in the world. Keywords: ADHD; Phenomenological psychopathology; Merleau-Ponty; Arthur Tatossian; Phenomenological research / Esta pesquisa buscou compreender o vivido de adolescentes diagnosticados com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) a partir dos referenciais teóricos da Fenomenologia de Merleau-Ponty e da Psicopatologia fenomenológica de Arthur Tatossian. Foi realizado pesquisa qualitativa, utilizando o método fenomenológico inspirado na Fenomenologia mundana de Merleau-Ponty, em que foram entrevistados individualmente oito adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 11 e 18 anos, iniciando-se com a seguinte pergunta disparadora: Como é, para você, viver com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade? Os sujeitos colaboradores foram encontrados a partir de indicações pelo método snowball (bola de neve) e os locais das entrevistas foram escolhidos pelos próprios adolescentes. A partir dos temas emergentes nas entrevistas foi elencado as seguintes categorias: 1. Compreensão do que é o TDAH; 2. Experiência de ter TDAH; 3. Dificuldades no processo de aprendizado; 4. Medicação; e 5. Relacionamentos interpessoais. A maioria dos entrevistados descreveu dificuldades em manter a atenção, principalmente nas atividades escolares. A hiperatividade foi descrita como uma vivência em que o mundo era vivido como mais lento, o que podia levá-los a momentos em que se precipitavam nas ações e produziam pensamentos com pouca conexão entre si. Descreveram problemas com a autoestima, o que aumentava a insegurança pessoal, principalmente nos estudos e relacionamentos sociais. A forma de tratamento predominante foi com o uso da Ritalina, tendo sido citados também acompanhamentos psicológico e a presença de reforço escolar. A construção de um entendimento sobre o TDAH e a compreensão do próprio vivido foi importante para os adolescentes, pois favorecia uma mudança de perspectiva, de um foco antes somente na doença para passar a considerar as potencialidades individuais. Nesta pesquisa, a perspectiva da Psicopatologia fenomenológica possibilitou olhar para a interseção entre teoria e prática, considerando os conhecimentos já construídos acerca do TDAH com a singularidade do vivido dos adolescentes entrevistados. Considerar o campo da intersubjetividade é reconhecer que não há um indivíduo que exista em si mesmo, não existindo, consequentemente, o TDAH puro e isolado do mundo. Palavras-chave: TDAH; Psicopatologia Fenomenológica; Merleau-Ponty; Arthur Tatossian; Pesquisa Fenomenológica
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Funções executivas na infância: impacto de idade, sexo, tipo de escola, escolaridade parental e sintomas de desatenção/hiperatividade

Jacobsen, Geise Machado January 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-02T02:05:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000477901-Texto+Parcial-0.pdf: 467273 bytes, checksum: 17ca8f3f1c1cb0bc9c1e6f70a1676185 (MD5) Previous issue date: 2016 / This dissertation, by means of two empirical studies, aimed to analyze the impact of biological/individual, clinical and sociocultural factors on the executive performance of children with normal development or diagnosed with Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD). The first study aimed to evaluate whether age, gender, type of school and parental education could predict executive performance in school-age children. Unconstrained (UVF), phonemic (PVF) and semantic verbal fluency (SVF) tasks (n=402), as well as the Hayling Sentence Completion Test - Child version (HSCT-C) (n=275) and the Random Number Generation (RNG) task (n=274) were administered to typically developing 6-to-12-year-old children. A hierarchical regression analysis was performed (p≤0. 05). The most significant explanatory models involved child age and parental education (UVF, PVF and RNG), as well as these two variables in addition to the type of school attended by the child (SVF and HSCT-C). The main individual predictors of executive performance were age (VF tasks and RNG) and school type (HSCT-C). These results may be related to structural and functional alterations in the brain, an increased repertoire of cognitive strategies, the effects of education and the intensity of environmental cognitive stimulation. The second study aimed to identify subgroups of executive processing in children with ADHD and to determine whether biological (age and sex), clinical (presentation of the disorder, frequency of ADHD symptoms and difficulties in reading and writing), and sociocultural (parental education and type of school attended by children) factors would contribute to differentiate the clusters.UVF, HSCT-C, Narrative Discourse and Digits were administered to 61 6- to 12-year-old children diagnosed with ADHD. Hierarchical cluster analysis and MANCOVA were performed (p≤0. 05). Participants were distributed in three clusters: 1) high frequency/severity (F/S) of deficits in cognitive flexibility (CF) and in inhibition (IN); 2) low F/S of deficits in CF and in working memory (WM), but with deficits in IN; and 3) high F/S of deficits in CF and in WM and low F/S of deficits in IN. Thus, there is no unique neuropsychological profile in ADHD: there may be different patterns of executive processing, with different cognitive strengths and weaknesses. There were no differences among the clusters in relation to biological, clinical, and sociocultural factors. It is hypothesized that the expression of the disorder overcame protective factors for executive development. The findings of this dissertation may contribute to the assessment and intervention in executive skills of children with normal development or ADHD, as well as to prepare stimulation programs for executive functions in clinical and educational settings. / Esta dissertação, por meio de dois estudos empíricos, buscou analisar o impacto de fatores biológicos/individuais, clínicos e socioculturais no desempenho executivo de crianças em desenvolvimento típico ou com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). O Estudo 1 visou a investigar se a idade, sexo e tipo de escola da criança e a escolaridade de seus pais são preditores do desempenho executivo de escolares. Foram aplicadas tarefas de fluência verbal (TFV) livre (FVL), fonêmico-ortográfica (FVF) e semântica (FVS) (n=402), o teste Hayling Infantil (THI) (n=275) e a tarefa Geração Aleatória de Números (GAN) (n=274) em crianças de 6 a 12 anos de idade em desenvolvimento típico. Conduziu-se uma análise de regressão linear múltipla hierárquica (p≤0,05). Os modelos mais explicativos foram a associação entre a idade da criança e a escolaridade dos pais (FVL, FVF e GAN) e essas variáveis somadas ao tipo de escola do participante (FVS e THI). Individualmente, os principais preditores foram a idade (TFV e GAN) e o tipo de escola (THI). Esses resultados podem estar relacionados a alterações estruturais e funcionais no cérebro, à ampliação de repertórios de estratégias cognitivas, à escolarização e à intensidade da estimulação cognitiva ambiental. Já o Estudo 2 teve como objetivo buscar subgrupos de processamento executivo em crianças com TDAH e verificar se fatores biológicos (idade e sexo), clínicos (apresentação do transtorno, frequência de sintomas de TDAH) e socioculturais (escolaridade dos pais e tipo de escola frequentada pela criança) contribuem para explicar as diferenças entre clusters.Foram aplicados os instrumentos FVL, THI, Discurso Narrativo Oral e Dígitos em 61 crianças de 6 a 12 anos de idade com diagnóstico de TDAH. Foram conduzidas análises de clusters hierárquicos e MANCOVA (p≤0,05). Os participantes se distribuíram em três clusters: 1) alta frequência/gravidade (F/G) de prejuízos em flexibilidade cognitiva (FC) e em inibição (IN); 2) baixa F/G de déficits em FC e memória de trabalho (MT), mas com prejuízos em IN; e 3) alta F/G de déficits em FC e MT, e baixa em IN. Logo, não há um perfil neuropsicológico único no TDAH: podem haver padrões diversos de processamento executivo, com forças e fraquezas cognitivas distintas. Não houve diferenças entre os clusters quanto a fatores biológicos, clínicos e socioculturais. Sugere-se que a manifestação do quadro clínico superou fatores protetivos para o desenvolvimento executivo. Os achados desta dissertação podem contribuir para o planejamento da avaliação e intervenção nas habilidades executivas de crianças em desenvolvimento típico ou com TDAH, bem como para a elaboração de programas de estimulação de componentes executivos em contextos clínicos e educacionais.
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Hiperatividade e déficit de atenção: um olhar psicanalítico

Tuchtenhagen, Maria Beatriz Peixoto January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:09:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000390598-Texto+Completo-0.pdf: 264079 bytes, checksum: 64ca9968f98889472a26774d97edf267 (MD5) Previous issue date: 2007 / This paper aims to analyze the manifestations of the so popularized nowadays Attention Deficit and Hyperactivity under light of psychoanalysis. In order to achieve such objective, we elaborated two technical articles, one theoretical and the other, empirical. The first one, “Attention deficit and Hyperactivity: a psychoanalytical perspective”, is a literature review on the subject and intends to situate this subjectmatter under the sight of the neurobiological paradigm and the psychoanalytical paradigm. The theoretical review on the subject broaches different authors who work these problems from the psychoanalytical perspective which starts with Freud’s presumptions, and going to more contemporaneous authors, who make a rereading of the fundamental concepts of psychoanalysis, as Jean Laplanche and Sílvia Bleichmar. In this article we emphasize the contribution a psychoanalytical “sight” can proportionate in the comprehension of such manifestations. With the second article, “Hyperactivity and Inattention: the subject’s destinies?”, we try to stand out, through the illustration of two clinical situations, the importance of a metapsychological diagnosis for the understanding of such behavioral manifestations and the comprehension of the possible senses in each situation. The study has shown the importance that an approach which considers the subject in his subjectivity and singularity can offer to the comprehension of hyperactivity and inattention behaviors, and open the possibilities of intervention in such situations as well. / Este estudo busca analisar as manifestações de hiperatividade e de déficit de atenção tão popularizadas em nossos dias, sob a luz da psicanálise. Para tal foram elaborados dois artigos um teórico e um empírico. O primeiro, “Hiperatividade e Déficit de Atenção: um olhar psicanalítico”, é uma revisão da literatura sobre o assunto e visa situar esta temática a partir do paradigma neurobiológico e do paradigma psicanalítico. A revisão teórica sobre o tema aborda diferentes autores que trabalham esta problemática a partir de uma perspectiva psicanalítica baseada nos aportes teóricos de Freud a autores mais contemporâneos, que fazem uma releitura dos conceitos fundamentais da psicanálise como Jean Laplanche e Sílvia Bleichmar. Neste artigo ressalta-se a contribuição que um “olhar” psicanalítico pode proporcionar na compreensão destas manifestações. Com o segundo artigo, “Desatenção e Hiperatividade: Destinos do sujeito?”, busca-se destacar, através da ilustração de duas situações clínicas, a importância que um diagnóstico metapsicológico tem para o entendimento destas manifestações comportamentais e sua compreensão dos possíveis sentidos que elas podem ter em cada situação. Este estudo demonstrou a importância que uma abordagem que considera o sujeito em sua subjetividade e em sua singularidade pode oferecer para a compreensão dos comportamentos de desatenção e hiperatividade, e abrir as possibilidades de intervenção nestas situações.
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Avaliação da competência de leitura silenciosa para palavras escritas, em escolares com e sem Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - TDA/H

Lobo, Priscila d'Albergaria de Souza January 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. / Submitted by Larissa Ferreira dos Angelos (ferreirangelos@gmail.com) on 2009-10-01T18:03:21Z No. of bitstreams: 1 Tese_Priscila d´Albergaria Lobo.pdf: 2929376 bytes, checksum: 7316a9436fc336d7096ccba012fafcaa (MD5) / Approved for entry into archive by Tania Milca Carvalho Malheiros(tania@bce.unb.br) on 2009-10-02T13:28:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_Priscila d´Albergaria Lobo.pdf: 2929376 bytes, checksum: 7316a9436fc336d7096ccba012fafcaa (MD5) / Made available in DSpace on 2009-10-02T13:28:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_Priscila d´Albergaria Lobo.pdf: 2929376 bytes, checksum: 7316a9436fc336d7096ccba012fafcaa (MD5) Previous issue date: 2008 / Avaliou-se a competência de leitura silenciosa de palavras isoladas, segundo critérios pré-estabelecidos, em um grupo de 60 crianças, sendo que 20 delas eram portadoras de Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H) e 40 não eram, selecionadas entre 295 estudantes alfabetizados de escolas do ensino fundamental da cidade de Brasília - DF, com idades que variavam de 07 a 14 anos. O propósito deste trabalho era determinar se existiriam diferenças qualitativas e/ou quantitativas na leitura dos participantes e identificar quais aspectos justificariam e/ou explicariam as diferenças evidenciadas, caracterizando as alterações da leitura silenciosa de palavras isoladas, que pudessem ser específicas das crianças portadoras de TDA/H. Esta pesquisa seguiu um desenho exploratório-descritivo, com uma abordagem quanti-quali, comparando as respostas apresentadas em um teste aplicado em grupo, nas salas de aula. Informações sobre as crianças foram coletadas em questionários respondidos por seus pais e professores. Os resultados obtidos indicaram que os participantes com TDA/H apresentaram um desempenho para a leitura silenciosa de palavras, inferior ao verificado nos participantes sem TDA/H, estas diferenças foram mais quantitativas que qualitativas. As características de gênero e escolaridade dos participantes não foram significativas na proporção de acertos e a maior incidência de erros ocorreu por falta de atenção à grafia das palavras. Foi possível identificar que os leitores com TDA/H utilizaram-se preferencialmente do processamento fonológico, apresentando dificuldades de intensidades variadas no processamento lexical. A partir destes resultados foi possível estabelecer uma relação entre a atenção e a leitura, determinando que a desatenção interfere na percepção do item lido e pode interferir, também na adequação da leitura. Para futuros trabalhos, fica a sugestão de se esclarecerem alguns pontos inconclusivos desta pesquisa, que não eram de interesse da mesma, como a explicação para as diferenças encontradas nas respostas dos meninos com TDA/H em relação a palavras com incorreção semântica, e também para a discrepância entre os dados verificados nesta pesquisa e os apresentados por outros autores sobre a variação de índices de erro por grau de escolaridade. Outra vertente interessante de pesquisa seria se fazer uma comparação entre o desempenho obtido por leitores com e sem TDA/H em leitura silenciosa de palavras e de sentenças e textos, para se verificar a interferência da atenção nestas atividades. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / It was evaluated ability of silent reading of isolated words, according to preset criteria, in a group of 60 children, being that 20 of them were carrying of Attention Deficit/Hyperactives Disorders (ADHD) and 40 was not, selected between 295 readers’ students of elementary school of the city of Brasilia - DF, with ages that varied of 07 the 14 years. The intention of this work was to determine if qualitative and/or quantitative differences would exist in the reading of the participants and to identify which aspects they would justify and/or explain the evidenced differences, characterizing the alterations of the silent reading, which could be specific of the carrying children of ADHD. This research followed an exploration-description drawing, with a quantitative-qualitative boarding, comparing the answers presented in a test applied in group, in the classrooms. Information on the children had been collected in questionnaires answered for its parents and professors. The gotten results had indicated that the participants with ADHD had presented a performance for the silent reading of words, inferior to the verified one in the participants without ADHD, these differences had been more quantitative than qualitative. The characteristics of gender and school level of the participants had not been significant in the ratio of rightness and the highest incidence of errors occurred due to attention to the form of the words. It was possible to identify that the readers with ADHD had used themselves preferential of the phonological processing, presenting difficulties of intensities varied in the lexical processing. From these results it was possible to also establish a relation between the attention and the reading, determining that the carelessness intervenes with the perception of the read item and can intervene, in the adequacy of the reading. For future works, it is the suggestion of if clarifying some points of this research without conclusions, which were not of interest of the same one, as the explanation for the differences found in the answers of the boys with ADHD in relation the words with semantics inadequateness, and also for the discrepancy enters the data verified in this research and the presented ones for other authors on the variation of indices of error for school degree. Another interesting source of research would be if to make a comparison enters the performance gotten for readers with and without ADHD in silent reading of words and sentences and texts, to verify the interference of the attention in these activities.
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Polimorfismos nos genes DAT1 DRD4 e transtorno de déficits de atenção e hiperatividade (TDAH) em adultos

Marques, Francine Zanchetta Coelho January 2006 (has links)
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos problemas psiquiátricos mais comuns na infância, o qual apresenta uma herdabilidade significativa e se caracteriza pela presença de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Cerca da metade das crianças com TDAH permanecem com o transtorno durante a vida adulta. Embora os estudos em amostras de crianças tenham explorado diversos genes de suscetibilidade ao TDAH, os resultados são inconclusivos e há poucos estudos em adultos. A amostra aqui estudada é composta por 308 adultos portadores de TDAH e 233 doadores de sangue do Hemocentro do Rio Grande do Sul.Ambos os grupos são compostos por brasileiros descendentes de europeus. Os diagnósticos psiquiátricos foram realizados por uma equipe treinada, seguindo os critérios do DSM-IV. Este trabalho objetivou testar possíveis associações entre polimorfismos nos genes do receptor D4 de dopamina (DRD4) e da proteína transportadora de dopamina (DAT1) com o TDAH, tendo em conta os subtipos, gravidade, comorbidades e idade de início dos sintomas de TDAH. Não foi encontrada associação entre os dois polimorfismos estudados no gene DRD4 (duplicação de 120 pares de base da região 5’ e VNTR de 48 pares de base do éxon III) e o TDAH. Porém, o alelo de 7-repetições do éxon III mostrou-se associado a uma menor idade de início dos sintomas e com o transtorno bipolar do humor associado ao TDAH. Genótipos contendo o alelo de 9-repetições do VNTR de 40pb na região 3’ não traduzida do gene DAT1 predisporiam ao subtipo desatento de TDAH entre os pacientes do sexo masculino e ao TDAH em geral entre as mulheres. Pacientes com o genótipo homozigoto para o alelo de 10-repetições apresentaram um maior número de sintomas de hiperatividade. Os resultados aqui obtidos apontam para a existência de diferenças substanciais no perfil genético entre as amostras de TDAH em crianças e adultos. As características amostrais relacionadas com o sexo, idade, subtipo e comorbidades mais prevalentes podem modificar a associação entre os polimorfismos estudados e o transtorno.
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Polimorfismos nos genes DAT1 DRD4 e transtorno de déficits de atenção e hiperatividade (TDAH) em adultos

Marques, Francine Zanchetta Coelho January 2006 (has links)
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos problemas psiquiátricos mais comuns na infância, o qual apresenta uma herdabilidade significativa e se caracteriza pela presença de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Cerca da metade das crianças com TDAH permanecem com o transtorno durante a vida adulta. Embora os estudos em amostras de crianças tenham explorado diversos genes de suscetibilidade ao TDAH, os resultados são inconclusivos e há poucos estudos em adultos. A amostra aqui estudada é composta por 308 adultos portadores de TDAH e 233 doadores de sangue do Hemocentro do Rio Grande do Sul.Ambos os grupos são compostos por brasileiros descendentes de europeus. Os diagnósticos psiquiátricos foram realizados por uma equipe treinada, seguindo os critérios do DSM-IV. Este trabalho objetivou testar possíveis associações entre polimorfismos nos genes do receptor D4 de dopamina (DRD4) e da proteína transportadora de dopamina (DAT1) com o TDAH, tendo em conta os subtipos, gravidade, comorbidades e idade de início dos sintomas de TDAH. Não foi encontrada associação entre os dois polimorfismos estudados no gene DRD4 (duplicação de 120 pares de base da região 5’ e VNTR de 48 pares de base do éxon III) e o TDAH. Porém, o alelo de 7-repetições do éxon III mostrou-se associado a uma menor idade de início dos sintomas e com o transtorno bipolar do humor associado ao TDAH. Genótipos contendo o alelo de 9-repetições do VNTR de 40pb na região 3’ não traduzida do gene DAT1 predisporiam ao subtipo desatento de TDAH entre os pacientes do sexo masculino e ao TDAH em geral entre as mulheres. Pacientes com o genótipo homozigoto para o alelo de 10-repetições apresentaram um maior número de sintomas de hiperatividade. Os resultados aqui obtidos apontam para a existência de diferenças substanciais no perfil genético entre as amostras de TDAH em crianças e adultos. As características amostrais relacionadas com o sexo, idade, subtipo e comorbidades mais prevalentes podem modificar a associação entre os polimorfismos estudados e o transtorno.

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