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Estratégias comportamentais em múltiplas discriminações temporais em ratosNepomoceno, Estela Braga January 2016 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Salvador Caetano / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Neurociência e Cognição, 2016. / Em um esquema de reforço de múltiplos intervalos fixos, diferentes intervalos de tempo são sinalizados por diferentes estímulos ambientais que adquirem controle sobre o comportamento. Trabalhos anteriores no nosso laboratório mostraram que o desempenho temporal é controlado não só por estímulos externos, mas também por aspectos temporais da tarefa de acordo com a ordem na qual os diferentes intervalos ¿ misturados em todas as tentativas ou em blocos de várias tentativas ¿ são treinados. Este projeto de pesquisa visa descrever as condições de treino sob as quais os estímulos assumem controle sobre o comportamento dos ratos numa tarefa de estimação temporal. As variáveis manipuladas são o número de pares de estímulo-intervalo treinados (Experimento I), o tamanho do bloco de tentativas repetidas de cada par de estímulo-intervalo (Experimento II) e a ordem de apresentação das condições de treino em bloco e misturado (Experimento III). Os resultados encontrados sugerem que o desempenho temporal dos animais na tarefa foi controlado por regularidades temporais e não pelos estímulos externos disponíveis quando treinados em blocos de várias tentativas consecutivas com o mesmo par de estímulo-intervalo. Ainda, que alguns animais parecem deixar de usar os estímulos externos como pista preditiva do intervalo quando a ordem de apresentação passa de treino misturado para treino em bloco. Uma possível explicação para estes resultados é que as pistas temporais sombreiam os estímulos visuais pelo controle do desempenho temporal. Estes resultados com ratos têm sido expandidos e observados em estudos com humanos, portanto os resultados deste projeto têm relevância no entendimento de estratégias de aprendizagem que podem ser aplicadas ao comportamento humano. / In a multiple fixed intervals schedule of reinforcement, different time intervals are signaled by different environmental stimuli which acquire control over behavior. Previous work in our lab has shown that temporal performance is controlled not only by external stimuli, but also by temporal aspects of the task depending on the order in which the different intervals ¿ intermixed across trials or in blocks of several trials ¿ are trained. The aim of this project was to describe the training conditions under which the stimuli acquire control over temporal performance. We manipulated the number of stimulus-interval pairs trained (Experiment I), the number of consecutive trials of each stimulus-interval pair per training block (Experiment II), and the order in which the two training types are presented - in blocks then intermixed, and vice-versa (Experiment III). The results suggest that, when trained in blocks of several consecutive trials of the same stimulus-interval pair, temporal performance was controlled by temporal regularities across trials and not by the external stimuli available. Moreover, some animals seem to stop relying on the external stimuli as predictive cues of the intervals when the training condition changes from intermixed to blocked. One possible account for those data is that temporal cues overshadow visual stimuli for the control of temporal performance. Similar results have also been observed in human studies, which suggest that temporal regularity is a salient cue used to guide behavior in temporal tasks across species.
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Um estudo sobre as atividades nas quais sujeitos se engajam durante o intervalo entre respostas que produzem reforço / A study on activities observed during interresponse timeSales, Thais Martins 29 May 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-05-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study was an attempt to investigate possible relations between responding that is reinforced according to schedules based on a temporal parameter and performing other activities to which no reinforcement contingencies are programmed. These activities have been called adjunctive behavior, collateral behavior or interim activities. Two questions guided this study: a) is there any difference in response rate, average time between reinforcers, and percentage of reinforced responses when an FI schedule or a DRL schedule is in force, if the subject can engage in other activities; b) are typical sequential patterns developed between responses when these schedules are in force? Four male food deprived rats were subjects of this experiment. The apparatus was an experimental box with seven chambers in which subjects could perform different activities, such as bar pressing, eating, running, drinking, and wood-chewing. For two subjects, bar pressing was reinforced according to three DRL schedules (DRL 4s, DRL 5s, and DRL 20s). One of the subjects was first kept in the chamber with the bar and food dispenser and then was allowed to access the other chambers, the other was first allowed to access the other chambers and then was kept in the chamber with the bar and food dispenser. For the other two subjects, bar presses were reinforced according to two FI schedules (FI 5s and FI 10s). One of the subjects first had access to all chambers and then was kept in the chamber with the bar and food dispenser, and the other was kept in the chamber with the bar and food dispenser during the whole experiment. Bar presses, reinforcement deliveries, and occupancy of chambers were recorded. Results show there was a difference in response rate, average time between reinforcers, and percentage of reinforced responses in both schedules, depending on the access condition, mainly when responses were reinforced according to schedules higher than FI 5s and DRL 4s. Higher response rates, lower average time between reinforcers and higher percentage of reinforced responses were observed for the DRL subjects when access was possible than when it was not possible, and higher response rates, higher average time between reinforcers and higher percentage of reinforced responses were observed for the FI subjects when access was possible than when it was not possible. No typical sequential patterns were observed when access was possible and either of the two studied schedules was in force. Results are discussed in terms of possible controlling variables to performing activities other than bar pressing when responding is being reinforced according to FI and DRL schedules / O presente trabalho é uma tentativa de investigação de possíveis relações entre o responder reforçado segundo dois esquemas de reforçamento que envolvem parâmetros temporais e o engajamento em atividades para as quais não há reforço programado, chamadas de atividades ínterim, comportamento adjuntivo ou comportamento colateral. Duas perguntas dirigiram a realização deste trabalho: a) há diferença na taxa de respostas, tempo médio entre reforços e porcentagem de respostas reforçadas segundo esquemas DRL e FI, caso haja possibilidade de engajamento em outras atividades? e b) alguma seqüência típica de engajamento em outras atividades é formada no intervalo entre respostas reforçadas segundo estes esquemas? Os sujeitos do experimento foram quatro ratos machos privados de alimento. Foi utilizada uma caixa experimental com sete compartimentos, nos quais era possível o engajamento em diferentes atividades: pressionar a barra, comer, beber, correr, roer madeira. Dois sujeitos tiveram as respostas de pressão à barra reforçadas segundo esquemas DRL com três valores diferentes (4s, 9s e 20s). Um deles passou, primeiro, por uma condição na qual o acesso a todos os compartimentos era permitido, chamada de aberta, e, segundo, por uma condição na qual era mantido no compartimento onde havia a barra e o comedouro, chamada de fechada, e o outro sujeito passou, primeiro, pela condição fechada e, segundo, pela condição aberta. Os outros dois sujeitos tiveram as respostas de pressão à barra reforçadas segundo esquemas FI com dois valores diferentes (5s, 10s). Um sujeito passou primeiro pela condição aberta e, depois, pela condição fechada e o outro passou apenas pela condição fechada. As pressões à barra, os reforços e a permanência nos compartimentos foram registrados. Os resultados mostraram que houve diferença na taxa de respostas, tempo médio entre reforços e porcentagem de respostas reforçadas em função da condição de acesso, especialmente quando as respostas de pressão à barra foram reforçadas segundo o esquema DRL 9s e DRL 20s, para os dois primeiros sujeitos, e segundo o FI 10s, para os outros dois sujeitos. Na condição aberta com esquema DRL em vigor, observou-se uma menor taxa de respostas, menor tempo entre reforços e maior porcentagem de respostas reforçadas do que na condição fechada, com o mesmo esquema em vigor. Na aberta com esquema FI em vigor, observou-se uma menor taxa de respostas, maior tempo entre reforços e maior porcentagem de respostas reforçadas do que na condição fechada, com o mesmo esquema em vigor. Seqüências típicas de engajamento em outras atividades não foram observadas quando o acesso era possível e o responder era reforçado segundo os esquemas FI e DRL. Os resultados são discutidos em termos de possíveis variáveis que controlam o engajamento em outras atividades, quando respostas são reforçadas segundo estes dois esquemas
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