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Sobre um conceito integral de empatia: intercâmbios entre filosofia, psicanálise e neuropsicologiaDe Simone, Adriana 26 May 2010 (has links)
Este trabalho faz uma revisão das principais teorias em psicanálise, fenomenologia, e neurociência na tentativa desenvolver um conceito integral de empatia. Em Freud empatia depende da identificação e dos laços emocionais que decorrem da pulsão de vida; em Klein se apresenta como identificação projetiva benéfica; em Bion relacionase aos vínculos (L, K, H), o Outro é transcendência (O); em Winnicott traduzse em holding e propicia o surgimento do verdadeiro self; na neurociência cognitiva depende de inferências cognitivas (teorias sobre teoria da mente), e de imitação implícita (Gallese); na neuropsicologia da emoção depende de um componente emocional básico, ou das emoções primárias; na neuropsicanálise relacionase com a maturação do hemisfério direito (Allan Shore) e `a identificação projetiva; na fenomenologia de Husserl empatia está relacionada `a intersubjetividade (o outro é outroeu); em Heidegger é a própria abertura do seraí, ou compreensão; Levinas o rosto significa outramente, pressupõe a relação de responsabilidade e a superação do Mesmo. Relacionase ainda com bondade e amor. Pautados nos conceitos destes autores, consideramos que a empatia pertence a duas qualidades de experiência: (1) contágio emocional ou ressonância de afeto pela qual o euoutro perdem suas fronteiras definidas; que não acompanha a idéia do Outro como alteridade (emoções primárias, comunicação inconsciente de afeto, identificação projetiva, compreensão originária do sernomundo) e, (2) identificação que decorre da imagem/representação do corpo por espelhamento e mimetismo. Nosso conceito integral, portanto, considera o psiquismo como uma estrutura psíquica enquadrante (Green) e vazia a ser preenchida pelo cuidado e bons objetos primordiais. A empatia ou comunhão afetiva decorre da preconcepção (Bion) ou de uma abertura originária do ser, de caráter inato e filogenético, de responsabilidade para com o outro como outroeu, que é, também, diferente. Em termos neuroanatomofuncionais se identificam dois sistemas sobrepostos que tem seus epicentros no hemisfério direito sendo o primeiro epicentro o córtex órbitofrontal (relacionado ao sentimento de simesmo); e, o segundo, a área somatosensorial (formador da autoimagem) e suas aferenciaseferências, provindos de àreas motoras e de linguagem (Broca). A empatia (do grego empatheia) pode ser descrita, portanto como duas formas básicas de funcionamento, que nos remete `a sua relação léxica com a palavra grega sympátheia como fator unificador (Plotino). As traduções adequadas a ambos os termos seria sentircom (Mitfühlung) e sentirdentro (Einfühlung) / Text not informed by the author
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Sobre um conceito integral de empatia: intercâmbios entre filosofia, psicanálise e neuropsicologiaAdriana De Simone 26 May 2010 (has links)
Este trabalho faz uma revisão das principais teorias em psicanálise, fenomenologia, e neurociência na tentativa desenvolver um conceito integral de empatia. Em Freud empatia depende da identificação e dos laços emocionais que decorrem da pulsão de vida; em Klein se apresenta como identificação projetiva benéfica; em Bion relacionase aos vínculos (L, K, H), o Outro é transcendência (O); em Winnicott traduzse em holding e propicia o surgimento do verdadeiro self; na neurociência cognitiva depende de inferências cognitivas (teorias sobre teoria da mente), e de imitação implícita (Gallese); na neuropsicologia da emoção depende de um componente emocional básico, ou das emoções primárias; na neuropsicanálise relacionase com a maturação do hemisfério direito (Allan Shore) e `a identificação projetiva; na fenomenologia de Husserl empatia está relacionada `a intersubjetividade (o outro é outroeu); em Heidegger é a própria abertura do seraí, ou compreensão; Levinas o rosto significa outramente, pressupõe a relação de responsabilidade e a superação do Mesmo. Relacionase ainda com bondade e amor. Pautados nos conceitos destes autores, consideramos que a empatia pertence a duas qualidades de experiência: (1) contágio emocional ou ressonância de afeto pela qual o euoutro perdem suas fronteiras definidas; que não acompanha a idéia do Outro como alteridade (emoções primárias, comunicação inconsciente de afeto, identificação projetiva, compreensão originária do sernomundo) e, (2) identificação que decorre da imagem/representação do corpo por espelhamento e mimetismo. Nosso conceito integral, portanto, considera o psiquismo como uma estrutura psíquica enquadrante (Green) e vazia a ser preenchida pelo cuidado e bons objetos primordiais. A empatia ou comunhão afetiva decorre da preconcepção (Bion) ou de uma abertura originária do ser, de caráter inato e filogenético, de responsabilidade para com o outro como outroeu, que é, também, diferente. Em termos neuroanatomofuncionais se identificam dois sistemas sobrepostos que tem seus epicentros no hemisfério direito sendo o primeiro epicentro o córtex órbitofrontal (relacionado ao sentimento de simesmo); e, o segundo, a área somatosensorial (formador da autoimagem) e suas aferenciaseferências, provindos de àreas motoras e de linguagem (Broca). A empatia (do grego empatheia) pode ser descrita, portanto como duas formas básicas de funcionamento, que nos remete `a sua relação léxica com a palavra grega sympátheia como fator unificador (Plotino). As traduções adequadas a ambos os termos seria sentircom (Mitfühlung) e sentirdentro (Einfühlung) / Text not informed by the author
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