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O imperialismo e a dominação burguesa na primeira república brasileira (1889-1930)Arruda, Pedro Gustavo Fernandes Fassoni 17 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-17 / At the end of XIX century and beginning of XX century, important transformations
had occurred in the economy, in society and in Brazilian politics. The agromercantile
economy, focused on the export of primary products, had in coffee its main source of foreign
exchange. The development of coffee economy, that was constituted as axle of the capitalist
accumulation of the period, also demanded the improvement of the transport systems and the
infrastructure of services and communications, placing the problem of the concentration and
the centralization of capitals. Estimating a certain international division of the work, the
imperialism penetrated in Brazil and abroached the most dynamic sectors, exporting capitals
and goods and contributing, to a certain extent, for the development of the local industry.
Internally, it was verified the political hegemony of coffee bourgeoisie, when farmers
constituted the partner-minors of the financial oligarchy and of the high commercial
bourgeoisie. The legal political system was adjusted to the modus operandi of the agroexport
economy, in which the development of the productive forces was quite unsatisfactory. Despite
the bourgeois institucional frame (representative government, separation of powers, economic
freedom, guarantee of the private property, free work etc.), there was a weak development of
the capitalism in terms of production. The excludent liberalism of the First Republic, that had
excluded most of the population of the political partcipation in strict sense, it was a
consequence of an extremely closed system, that practically prevented any alteration in the
balance of power within the established rules, formally or tacitly. The ideology of a
essentially agriculturist country was one of founded way to confer legitimacy to a politicaleconomic
model which condemned the country to the delay and to the subordination front of
the great imperialist powers / No final do século XIX e começo do século XX, importantes transformações
ocorreram na economia, na sociedade e na política brasileiras. A economia agromercantil,
voltada para a exportação de produtos primários, tinha no café a sua principal fonte de divisas.
O desenvolvimento da economia cafeeira, que se constituiu como eixo da acumulação
capitalista do período, exigia também o aparelhamento dos sistemas de transporte e da infraestrutura
de serviços e comunicações, colocando o problema da concentração e da
centralização dos capitais. Pressupondo uma certa divisão internacional do trabalho, o
imperialismo penetrava no Brasil e açambarcava os setores mais dinâmicos, exportando
capitais e mercadorias e contribuindo, até certo ponto, para o desenvolvimento da indústria
local.
Internamente, verificava-se a hegemonia política da burguesia cafeeira, sendo que os
fazendeiros eram os sócios-menores da oligarquia financeira e da alta burguesia comercial. O
sistema jurídico-político ajustava-se ao modus operandi da economia agroexportadora, em
que o desenvolvimento das forças produtivas era bastante acanhado. Apesar da moldura
institucional burguesa (governo representativo, separação de poderes, liberdade econômica,
garantia da propriedade privada, trabalho livre etc.), havia um fraco desenvolvimento do
capitalismo ao nível da produção. O liberalismo excludente da Primeira República, que
alijava a maior parte da população do jogo político em sentido estrito, era uma consequência
de um sistema extremamente fechado, que praticamente impedia qualquer alteração do
equilíbrio de poder dentro das regras estabelecidas, formal ou tacitamente. A ideologia do
país essencialmente agrícola era uma das fórmulas encontradas para conferir legitimidade a
um modelo político-econômico que condenava o país ao atraso e à subordinação diante das
grandes potências imperialistas
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O imperialismo e a dominação burguesa na primeira república brasileira (1889-1930)Arruda, Pedro Gustavo Fernandes Fassoni 17 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-17 / At the end of XIX century and beginning of XX century, important transformations
had occurred in the economy, in society and in Brazilian politics. The agromercantile
economy, focused on the export of primary products, had in coffee its main source of foreign
exchange. The development of coffee economy, that was constituted as axle of the capitalist
accumulation of the period, also demanded the improvement of the transport systems and the
infrastructure of services and communications, placing the problem of the concentration and
the centralization of capitals. Estimating a certain international division of the work, the
imperialism penetrated in Brazil and abroached the most dynamic sectors, exporting capitals
and goods and contributing, to a certain extent, for the development of the local industry.
Internally, it was verified the political hegemony of coffee bourgeoisie, when farmers
constituted the partner-minors of the financial oligarchy and of the high commercial
bourgeoisie. The legal political system was adjusted to the modus operandi of the agroexport
economy, in which the development of the productive forces was quite unsatisfactory. Despite
the bourgeois institucional frame (representative government, separation of powers, economic
freedom, guarantee of the private property, free work etc.), there was a weak development of
the capitalism in terms of production. The excludent liberalism of the First Republic, that had
excluded most of the population of the political partcipation in strict sense, it was a
consequence of an extremely closed system, that practically prevented any alteration in the
balance of power within the established rules, formally or tacitly. The ideology of a
essentially agriculturist country was one of founded way to confer legitimacy to a politicaleconomic
model which condemned the country to the delay and to the subordination front of
the great imperialist powers / No final do século XIX e começo do século XX, importantes transformações
ocorreram na economia, na sociedade e na política brasileiras. A economia agromercantil,
voltada para a exportação de produtos primários, tinha no café a sua principal fonte de divisas.
O desenvolvimento da economia cafeeira, que se constituiu como eixo da acumulação
capitalista do período, exigia também o aparelhamento dos sistemas de transporte e da infraestrutura
de serviços e comunicações, colocando o problema da concentração e da
centralização dos capitais. Pressupondo uma certa divisão internacional do trabalho, o
imperialismo penetrava no Brasil e açambarcava os setores mais dinâmicos, exportando
capitais e mercadorias e contribuindo, até certo ponto, para o desenvolvimento da indústria
local.
Internamente, verificava-se a hegemonia política da burguesia cafeeira, sendo que os
fazendeiros eram os sócios-menores da oligarquia financeira e da alta burguesia comercial. O
sistema jurídico-político ajustava-se ao modus operandi da economia agroexportadora, em
que o desenvolvimento das forças produtivas era bastante acanhado. Apesar da moldura
institucional burguesa (governo representativo, separação de poderes, liberdade econômica,
garantia da propriedade privada, trabalho livre etc.), havia um fraco desenvolvimento do
capitalismo ao nível da produção. O liberalismo excludente da Primeira República, que
alijava a maior parte da população do jogo político em sentido estrito, era uma consequência
de um sistema extremamente fechado, que praticamente impedia qualquer alteração do
equilíbrio de poder dentro das regras estabelecidas, formal ou tacitamente. A ideologia do
país essencialmente agrícola era uma das fórmulas encontradas para conferir legitimidade a
um modelo político-econômico que condenava o país ao atraso e à subordinação diante das
grandes potências imperialistas
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