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Ilustrar, modificar, manipular: Arte como questão de segurança da vida

Galindo, Dolores Cristina Gomes 27 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PSO - Dolores Galindo.pdf: 2664975 bytes, checksum: 4bb325a42db7867259b5242171e84279 (MD5) Previous issue date: 2006-10-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The relation between art and life s sciences is old, but it began to be seen as life security problem recently. We defend that this transformation happened because of two different types of question: (1) The growing evidence of the security in the government of bodies and life and (2) the change in art from the function of mimesis (emphasising the illustrating function) to the direct intervention in bodies (body art and body modifications) and in life (biotechnological art). Moreover, we propose that the control of artistic practices is overall caused by migration to the artistic context of biosecurity and bioethics procedures that have been developed considerating scientific and wealth problematics. To understand how art became a question from the point of view of life security, we study three related movements, even if they are different, that together permit us to understand this transformation: (1) the inquisition of art from moral and from the big schools of medicine during dissections, focusing on spectacle of dead bodies; (2) the questioning of body art and body modifications from the hygienic-wealth logics, putting in evidence blood and other potentially infecting materials and (3) biotechnological art, specially in its transgenic modality questioned from biosecurity and bioethics. Biotechnological art, showing new dilemmas in technoscience in experimentation and laboratories perspective, signalises a problematic that goes over the aesthetics question, becoming a fight for the definition of what is conceived as being a space in genetic change / A relação entre arte e ciências da vida é antiga, mas apenas recentemente passou a ser pautada pela segurança da vida. Postulamos que essa transformação se deu por questões de duas ordens: (1) A evidência crescente dos dispositivos de segurança no governo dos corpos e da vida e (2) O deslocamento da arte da função de mimese (com destaque para a função de ilustração) em direção à intervenção direta sobre os corpos (arte corporal e modificações corporais) e sobre a vida (arte biotecnológica). Propomos ainda que o controle das práticas artísticas dá-se, sobretudo, pela migração para o contexto artístico de procedimentos de bioética e de biossegurança desenvolvidos tendo em vista problemáticas científicas e da ordem da saúde pública. Para compreender como a arte se tornou uma questão do ponto de vista da segurança da vida, estudamos três movimentos relacionados, porém distintos, que triangulados permitem compreender tal transformação: (1) a indagação da arte a partir da moral e das grandes escolas de medicina durante as dissecações, tendo como foco o espetáculo do corpo morto; (2) o questionamento da arte corporal e modificações corporais a partir do dispositivo higiênico-sanitário, estando em evidência o sangue e outros materiais potencialmente infectantes e (3) a arte biotecnológica, em especial na sua vertente transgênica indagada a partir da biossegurança e bioética. A arte biotecnológica, ao apontar para novos dilemas da tecnociência na perspectiva da experimentação e dos laboratórios, sinaliza para uma problemática que extrapola a questão da estética, interpondo-se como a luta pela definição do que é concebido como sendo o espaço do intercâmbio genético

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