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Aprendi falar português na escola! O processo de nacionalização das escolas étnicas polonesas e ucranianas no ParanáRenk, Valquiria Elita January 2009 (has links)
Orientadora: Vera Beltrão Marques / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba, 11/12/2009 / Bibliografia: f. 226-242 / Linha de pesquisa: História e Historiografia / Resumo: Analisar o processo de nacionalização das escolas étnicas ucranianas e polonesas no Paraná, durante as décadas de 1920 e 1930, até culminar com a nacionalização compulsória, é o tema desta tese. Buscou-se compreender como este processo foi implementado, através de legislação, fiscalização e homogeneização dos saberes através dos livros didáticos e conteúdos escolares. As escolas étnicas existiam independentes do aparelho escolar oficial e mantinham a identidade étnica através da língua e cultura do grupo de origem. Existiam diferentes formas de organização das escolas étnicas: as sociedades-escola, as escolas étnicas religiosas e as escolas subvencionadas. Estas tinham o apoio das comunidades, da Igreja e também de intelectuais, que produziam material didático, ministravam cursos aos professore e também curso de proficiência em língua nacional. Foram acusadas de desnacionalizar a infância, pois não ensinavam em língua nacional e objeto das ações governamentais para a formação do sentimento de pertencimento nacional. As fontes de pesquisa foram os documentos oficiais, como os Relatórios e as Mensagens de Governo, a legislação escolar, os arquivos da DOPS com os dossiês de instituições e pessoas, as publicações como A Imprensa Escolar, a Revista Educação, os arquivos das Congregações da Sagrada Família e das Vicentinas de São José, os jornais regionais como o Gazeta do Povo e Diário da Tarde, os depoimentos e entrevistas de ex-alunos que estudaram nestas escolas. O cotejamento das fontes possibilitou a compreensão do processo de nacionalização. A cada medida oficial implantada, as escolas étnicas foram encontrando caminhos para manter a identidade étnica e também atender as exigências legais. A língua nacional assume o caráter de elemento principal de formação do sentimento de brasilidade. Ao mesmo tempo em que acatam as prescrições legais, criavam formas de resistência, como o bilingüismo e os horários escolares diferenciados que as tornavam diferentes das escolas públicas. A nacionalização compulsória em 1938 fechou as escolas e outras instituições de caráter étnico. A partir desta data, os professores respeitaram o espaço escolar e só ministravam aulas em língua nacional, mas, muitos deles usavam outros espaços para continuar ensinando a cultura e a língua eslava. Ante o desconhecimento ou pouca familiaridade com a língua nacional, muitos professores precisavam traduziam as lições da língua nacional para a língua étnica. Em muitas comunidades foram construídas as escolas públicas, não na mesma quantidade, mas a partir desta data, todas as escolas passaram a ensinar em língua nacional.
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