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Perfil imunoproteômico da resposta humoral na revacinação com Mycobacterium bovis BCG Moreau, a cepa vacinal brasileira contra tuberculosePereira, Melissa Pontes January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A tuberculose (TB) ocupa o segundo lugar em causa de morte por doença infecciosa de notificação compulsória. Uma das estratégias para seu controle é a vacinação, e a única vacina disponível é o BCG (Bacilo de Calmette-Guèrin). Embora utilizada mundialmente, a vacina BCG apresenta diversas limitações. O Brasil utiliza a cepa Moreau para produção da vacina, sendo o único país do mundo autilizar, desde os anos 1930, esta cepa para vacinação. Como observado para outros patógenos intracelulares, a imunidade celular desempenha papel importante na proteção do hospedeiro contra a TB. O IFNy, secretado por células T, é descrito como uma citocina particularmente importante participando na resposta imune protetora, e é empregado como correlato de proteção, embora sua utilidade seja ainda questionável, sobretudo em populações adultas. Isto evidencia a necessidade de buscar biomarcadores adicionais que permitam uma correlação de proteção mais confiável. As proteínas extracelulares micobacterianas estão entre as primeiras moléculas a interagirem com o sistema imune do hospedeiro, e uma melhor compreensão de seu papel imunomodulatório poderá contribuir para o desenvolvimento de novos alvos para o controle e erradicação da TB. Uma estratégia para a identificação de proteínas imunologicamente relevantes é a análise do imunoproteoma, que combina a abordagem proteômica com uma apresentação imunológica dos dados. A caracterização de soros, provenientes de indivíduos vacinados, muitas vezes revela diferentes padrões de reconhecimento que podem ser indicativos dos diferentes graus de proteção conferidos pela vacina em uma população heterogênea
Empregamos assim esta tecnologia, combinando a separação por eletroforese bi-dimensional (2DE) de antígenos protéicos extracelulares da cepa vacinal brasileira seguida de western-blot, para avaliar o perfil imunoproteômico da resposta humoral de indivíduos saudáveis, PPD negativos, revacinados com BVG Moreau e classificados como alto e baixo produtores de IFNy. Nossos resultados revelam um padrão de reconhecimento claramente distinto entre os grupos avaliados, correlacionado com o perfil de produção de IFNy. Dentre as proteínas imunoreativas identificadas, um grupo (antígenos do complexo 85) foi reconhecido por todos os soros incluídos no estudo, inclusive controles. Alguns antígenos foram reconhecidos exclusivamente pelos indivíduos classificados como alto produtores de IFNy e outros somente pelos indivíduos enquadrados no grupo de baixo produtores. Algumas proteínas foram selecionadas e produzidas sob a forma recombinante em Escherichia coli possibilitando sua avaliação mais detalhada frente aos soros individualizados. Entre os antígenos diferencialmente reconhecidos, as proteínas Mpb70 e Mpb83 se destacaram como potenciais correlatos da proteção oferecida pela vacinação com BCG Moreau, tendo sido reconhecidos somente pelos indivíduos produtores de elevados níveis de IFNy. Estudos adicionais são necessários para determinar a aplicabilidade efetiva de tais antígenos como potenciais correlatos da proteção conferida pela vacinação com BCG Moreau. Este é o primeiro relato que detalha o perfil de reconhecimento sorológico por indivíduos revacinados com BCG Moreau frente a antígenos extracelulares da cepa homóloga, e contribui para uma melhor compreensão da cepa vacinal brasileira contra a TB / Tuberculosis (TB) holds the second place as cause o
f death by an infectious
disease of obligatory notification. One of the stra
tegies for its control is vaccination,
and the only vaccine available is BCG (Bacillus Cal
mette-Guerin). Although used
worldwide, BCG shows various limitations. Brazil us
es the Moreau strain for vaccine
production, being the only country in the world to
use, since the 1930s, this strain for
vaccination. As observed for other intracellular pa
thogens, cellular immunity plays an
important role in host protection against TB. IFN
γ
secreted by T cells is described as
a particularly important cytokine participating in
protective immune responses, being
used as a correlate of protection, although its uti
lity remains questionable, especially
in adult populations. This highlights the need to s
eek additional biomarkers yielding
better surrogates of protection. Mycobacterial extr
acellular proteins are among the
first molecules to interact with the host immune sy
stem and a better understanding of
their immunomodulatory role may contribute to the d
evelopment of new targets for
the control and eradication of TB. A strategy for t
he identification of immunologically
relevant proteins is the analysis of the immunoprot
eome, combining a proteomic
approach with an immunological presentation of the
data. The characterization of
sera from vaccinated individuals often reveals diff
erent patterns of recognition that
may be indicative of the different degrees of prote
ction conferred by the vaccine in a
heterogeneous population. We have thus employed thi
s technology, combining the
separation by two-dimensional electrophoresis (2DE)
of extracellular proteins from
the Brazilian vaccine strain, followed by Western b
lot to assess the
immunoproteomic profile of the humoral response in
healthy, PPD negative subjects,
re-vaccinated with BCG Moreau and classified as hig
h or low producers of IFN
γ
. Our
results reveal a clearly distinct recognition patte
rn between the evaluated groups,
correlating with the profile of IFN
γ
production. Among the immunoreactive proteins
identified, one group (85 complex antigens) was rec
ognized by all sera included in
the study, including controls. Some antigens were r
ecognized only by individuals
classified as high producers of IFN
γ
and others only by the individuals included in the
group of low producers. Some proteins were selected
and produced in recombinant
form in
Escherichia coli
allowing for their further evaluation against the
individual
sera. Among the antigens differentially recognized,
Mpb70 and Mpb83 proteins stood
out as potential correlates of protection offered b
y vaccination with BCG Moreau, and vi
were only recognized by individuals producing high
levels of IFN
γ
. Additional studies
are needed to determine the effective applicability
of these antigens as potential
correlates of protection provided by vaccination wi
th BCG Moreau. This is the first
report detailing the serologic recognition profile
of individuals re-vaccinated with BCG
Moreau against extracellular antigens of the homolo
gous strain, and contributes to a
better understanding of the Brazilian vaccine strai
n against TB.
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Estudo de títulos protetores para o vírus de hepatite B após esquema vacinal de três doses e \"booster\" em crianças com HIV / Study of protective titles for hepatitis B virus after a three-dose and booster vaccination schedule in HIV-infected childrenFilgueira, Fabiana Ariston 10 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A hepatite B é uma enfermidade para a qual não existe tratamento curativo efetivo e que pode determinar graves conseqüências, como o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepático. Segundo dados da OMS, mais de dois bilhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da hepatite B e esta doença é responsável por 500.000 a um milhão de óbitos por ano, em todo o mundo. Em pacientes com infecção pelo HIV, é freqüente a co-infecção pelo vírus da hepatite B, pelo fato de serem vírus que compartilham modos semelhantes de transmissão. Em vista dessa problemática, a adequada imunização dos pacientes infectados pelo vírus HIV é fundamental para a prevenção da hepatite B. A recomendação atual do Ministério da Saúde para vacinação de crianças HIV-positivas é a realização do esquema de quatro doses (zero, um, seis e doze meses), com dose dupla. OBJETIVOS: Estudar a resposta sorológica ao booster com vacina da hepatite B em crianças HIV-positivas, previamente vacinadas com três doses duplas que não apresentaram títulos protetores. Estudar a associação dos níveis de CD4 e carga viral no momento do booster. Estudar a associação do intervalo de tempo entre a primovacinação e a primeira avaliação sorológica com a presença de títulos protetores, bem como a associação do intervalo de tempo entre a terceira dose vacinal e o booster com a presença de títulos protetores. METODOLOGIA: O presente trabalho é um estudo prospectivo descritivo de uma coorte de 70 crianças com HIV do total de 187 matriculadas em seguimento no ambulatório de Infectologia do Instituto da Criança (HCFMUSP), no período de agosto de 2005 a novembro de 2006. Em um primeiro momento, realizou-se a dosagem sorológica do anti-HBs dos pacientes que preencheram os critérios de inclusão. Em um segundo momento, nos pacientes que não apresentaram títulos de anti-HBs maiores que 10 mUI/mL, aplicou-se a dose booster da vacina (20 g). Realizou-se dosagem sorológica nos pacientes que receberam a dose booster, no período de um a três meses depois. RESULTADOS: Observou-se que a maioria dos pacientes (50 = 71,4%) não apresentava títulos de anti-HBs >10 mUI/mL no momento da primeira avaliação laboratorial. A média do intervalo de tempo entre a terceira dose da vacina e a dosagem sorológica nos pacientes que apresentaram títulos protetores foi de 53,8 meses, enquanto que a média de tempo no grupo que não apresentou títulos protetores foi de 74,0 meses (p = 0,007). A freqüência de títulos não protetores após dose booster foi de 68%, enquanto apenas 32% apresentaram sorologia protetora após booster. Os dados deste estudo não mostraram associação estatisticamente significante entre níveis de CD4 e carga viral com resposta à dose booster. CONCLUSÕES: O estudo do intervalo de tempo entre a última dose da primovacinação e a feitura da sorologia sugere haver uma tendência à queda de títulos protetores (anti-HBs) ao longo do tempo. Após a dose dupla do booster, ainda se manteve uma predominância de não-resposta sorológica ou resposta com títulos não protetores à vacina da hepatite B nas crianças com HIV, neste estudo. / INTRODUCTION: Hepatitis B is a disease for which there is no effective healing treatment and which can bring about such severe consequences as cirrhosis and hepatocellular carcinoma . According to the World Health Organization (WHO), more than two billion people are currently infected with the hepatitis B virus and the disease is responsible for half a million to one million deaths a year worldwide. Coinfection with hepatitis B virus is common in HIV-infected patients, since both viruses share similar transmission means. Within this context, adequate immunization of HIV-infected people is crucial for hepatitis B prevention. The current recommendation from the Ministry of Health in Brazil for HIV-positive children vaccination is the four-dose schedule (0, 1,6 and 12months) with a double dose. OBJECTIVES: Study the serologic response to a booster dose with the hepatitis B vaccine in HIV-infected children who had been previously vaccinated with three double doses but did not present protective titles. Study the relationship of CD4 levels and the viral load with protective titles at the time of the booster. Study the relationship between the time gap from the first vaccination to the first serologic evaluation and the presence of protective titles, as well as the relationship between the time gap from the third vaccine dose to the booster and the presence of protective titles. METHODOLOGY: The present research consists of a prospective descriptive study of a sample of 70 HIV-infected children out of a total of 187 children enrolled in a follow-up program at the Infectology sector of the Instituto da Criança (Childrens Institute HCFMUSP) from August 2005 through November 2006. First of all, the patients who met the admission criteria had their anti-HBs serologic titles tested. Then the ones whose anti-HBs serologic titles were lower than 10 mUI/mL received a vaccine booster (20 g). Those patients who received the booster had their serologic titles tested again between one and three months after that. RESULTS: It was found that most patients (50=71.4%) did not present anti-HBs serologic titles > 10 mUI/mL at the moment of the first laboratory evaluation. The average time gap between the third dose of the vaccine and the serologic testing of the patients who presented protective titles was of 53.8 months, while the average time in the group who lacked protective titles was of 74 months (p=0.007). The rate of no protective titles after the booster dose in those patients was 68%; on the other hand, only 32% presented protective serology after the booster. The studys data did not show a statistically significant relationship between CD4 levels and viral load with the response to the booster dose. CONCLUSIONS: The study of the time gap between the last dose of the first vaccination and the serology testing suggests that the protective titles (anti-HBs) tend to decrease with time. The serologic lack of response or the nonprotective titles response to hepatitis B vaccine prevailed in the study sample of HIV-infected children even after they received the booster double dose.
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Estudo de títulos protetores para o vírus de hepatite B após esquema vacinal de três doses e \"booster\" em crianças com HIV / Study of protective titles for hepatitis B virus after a three-dose and booster vaccination schedule in HIV-infected childrenFabiana Ariston Filgueira 10 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A hepatite B é uma enfermidade para a qual não existe tratamento curativo efetivo e que pode determinar graves conseqüências, como o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepático. Segundo dados da OMS, mais de dois bilhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da hepatite B e esta doença é responsável por 500.000 a um milhão de óbitos por ano, em todo o mundo. Em pacientes com infecção pelo HIV, é freqüente a co-infecção pelo vírus da hepatite B, pelo fato de serem vírus que compartilham modos semelhantes de transmissão. Em vista dessa problemática, a adequada imunização dos pacientes infectados pelo vírus HIV é fundamental para a prevenção da hepatite B. A recomendação atual do Ministério da Saúde para vacinação de crianças HIV-positivas é a realização do esquema de quatro doses (zero, um, seis e doze meses), com dose dupla. OBJETIVOS: Estudar a resposta sorológica ao booster com vacina da hepatite B em crianças HIV-positivas, previamente vacinadas com três doses duplas que não apresentaram títulos protetores. Estudar a associação dos níveis de CD4 e carga viral no momento do booster. Estudar a associação do intervalo de tempo entre a primovacinação e a primeira avaliação sorológica com a presença de títulos protetores, bem como a associação do intervalo de tempo entre a terceira dose vacinal e o booster com a presença de títulos protetores. METODOLOGIA: O presente trabalho é um estudo prospectivo descritivo de uma coorte de 70 crianças com HIV do total de 187 matriculadas em seguimento no ambulatório de Infectologia do Instituto da Criança (HCFMUSP), no período de agosto de 2005 a novembro de 2006. Em um primeiro momento, realizou-se a dosagem sorológica do anti-HBs dos pacientes que preencheram os critérios de inclusão. Em um segundo momento, nos pacientes que não apresentaram títulos de anti-HBs maiores que 10 mUI/mL, aplicou-se a dose booster da vacina (20 g). Realizou-se dosagem sorológica nos pacientes que receberam a dose booster, no período de um a três meses depois. RESULTADOS: Observou-se que a maioria dos pacientes (50 = 71,4%) não apresentava títulos de anti-HBs >10 mUI/mL no momento da primeira avaliação laboratorial. A média do intervalo de tempo entre a terceira dose da vacina e a dosagem sorológica nos pacientes que apresentaram títulos protetores foi de 53,8 meses, enquanto que a média de tempo no grupo que não apresentou títulos protetores foi de 74,0 meses (p = 0,007). A freqüência de títulos não protetores após dose booster foi de 68%, enquanto apenas 32% apresentaram sorologia protetora após booster. Os dados deste estudo não mostraram associação estatisticamente significante entre níveis de CD4 e carga viral com resposta à dose booster. CONCLUSÕES: O estudo do intervalo de tempo entre a última dose da primovacinação e a feitura da sorologia sugere haver uma tendência à queda de títulos protetores (anti-HBs) ao longo do tempo. Após a dose dupla do booster, ainda se manteve uma predominância de não-resposta sorológica ou resposta com títulos não protetores à vacina da hepatite B nas crianças com HIV, neste estudo. / INTRODUCTION: Hepatitis B is a disease for which there is no effective healing treatment and which can bring about such severe consequences as cirrhosis and hepatocellular carcinoma . According to the World Health Organization (WHO), more than two billion people are currently infected with the hepatitis B virus and the disease is responsible for half a million to one million deaths a year worldwide. Coinfection with hepatitis B virus is common in HIV-infected patients, since both viruses share similar transmission means. Within this context, adequate immunization of HIV-infected people is crucial for hepatitis B prevention. The current recommendation from the Ministry of Health in Brazil for HIV-positive children vaccination is the four-dose schedule (0, 1,6 and 12months) with a double dose. OBJECTIVES: Study the serologic response to a booster dose with the hepatitis B vaccine in HIV-infected children who had been previously vaccinated with three double doses but did not present protective titles. Study the relationship of CD4 levels and the viral load with protective titles at the time of the booster. Study the relationship between the time gap from the first vaccination to the first serologic evaluation and the presence of protective titles, as well as the relationship between the time gap from the third vaccine dose to the booster and the presence of protective titles. METHODOLOGY: The present research consists of a prospective descriptive study of a sample of 70 HIV-infected children out of a total of 187 children enrolled in a follow-up program at the Infectology sector of the Instituto da Criança (Childrens Institute HCFMUSP) from August 2005 through November 2006. First of all, the patients who met the admission criteria had their anti-HBs serologic titles tested. Then the ones whose anti-HBs serologic titles were lower than 10 mUI/mL received a vaccine booster (20 g). Those patients who received the booster had their serologic titles tested again between one and three months after that. RESULTS: It was found that most patients (50=71.4%) did not present anti-HBs serologic titles > 10 mUI/mL at the moment of the first laboratory evaluation. The average time gap between the third dose of the vaccine and the serologic testing of the patients who presented protective titles was of 53.8 months, while the average time in the group who lacked protective titles was of 74 months (p=0.007). The rate of no protective titles after the booster dose in those patients was 68%; on the other hand, only 32% presented protective serology after the booster. The studys data did not show a statistically significant relationship between CD4 levels and viral load with the response to the booster dose. CONCLUSIONS: The study of the time gap between the last dose of the first vaccination and the serology testing suggests that the protective titles (anti-HBs) tend to decrease with time. The serologic lack of response or the nonprotective titles response to hepatitis B vaccine prevailed in the study sample of HIV-infected children even after they received the booster double dose.
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