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Avaliação dos possíveis efeitos tóxicos e imunotóxicos da Uncaria tomentosa em ratos / Evaluation of the possible toxic and immunotoxic effects of Uncaria tomentosa in ratsMendes, Patrícia Franciscone 02 July 2014 (has links)
A Uncaria tomentosa (U. tomentosa), popularmente conhecida como \"Unha-de-gato\", é uma planta medicinal nativa das Américas, mundialmente empregada devido às suas atividades anti-inflamatórias e imunomodulatórias. O consumo desta planta ocorre não apenas na forma in natura, mas principalmente como fitoterápico, sendo muitas vezes utilizada de forma indiscriminada pela população. Apesar de vários estudos revelarem as propriedades terapêuticas da U. tomentosa, poucos são os trabalhos que empregam protocolos estabelecidos por agências regulamentadoras internacionais, para a avaliação dos possíveis efeitos tóxicos e imunotóxicos deste fitoterápico. Assim, o propósito do presente estudo foi verificar se a administração de um extrato seco de U. tomentosa, comercialmente disponível no mercado, poderia ocasionar efeitos tóxicos e imunotóxicos em ratos após 90 dias de tratamento. Para isso, 40 ratos Wistars machos foram tratados oralmente com as doses de 15, 75 ou 150 mg/kg de extrato seco de U. tomentosa comercialmente disponível no mercado, contendo teores de alcaloides de acordo com aqueles valores preconizados em literatura. No final do período experimental, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações bioquímicas, hematológicas, histopatológicas, análise de órgãos linfoides e não-linfoides, avaliação das respostas imunes inata, inflamatória e humoral, bem como teste para determinação de reação de hipersensibilidade do tipo IV. Os resultados revelaram aumento nos níveis de ALT dos animais tratados com a dose de 75 mg/kg, e redução nos índices glicêmicos de ratos tratados com 75 e 150 mg/kg de U. tomentosa. Entretanto, somente os ratos tratados com a maior dose exibiram discreta vacuolização centro-lobular hepática; assim, somente os dados de ALT não são sugestivos de efeitos hepáticos adversos da U. tomentosa após um longo período de tratamento. A redução nos índices sanguíneos de glicose dos ratos, após tratamento com a U. tomentosa, podem representar importante risco para seres humanos diabéticos, susceptíveis ao desenvolvimento de hipoglicemia e que fazem uso da U. tomentosa para outros propósitos. Em conclusão, estes estudos demonstraram que, apesar de a U. tomentosa não promover efeitos tóxicos e imunotóxicos, o uso prolongado da mesma, a altas doses, pode promover redução dos índices glicêmicos. / Uncaria tomentosa (U. tomentosa), commonly known as \"Cat\'s claw\", is a native medicinal plant from America, it is employed worldwide for its anti-inflammatory and immunomodulatory activities. The consumption of this plant occurs not only in natura, but mainly as a phytotherapic, used indiscriminately by the population. Although many researchers revealed the therapeutic properties of U. tomentosa, few studies employing established protocols by international regulatory agencies for the evaluation of the possible toxic and immunotoxic effects of this herbal medicine. Thus, the purpose of the present study was to verify if the dry extract of U. tomentosa could promote toxic and/or immunotoxic effects in rats following 90 days of treatment. For this, forty male rats were orally treated with 15, 75 or 150mg/kg of dry extract of U. tomentosa, commercially available, containing levels of alkaloids according to those values recommended in the literature. At the end of experimental period, the rats were killed for the evaluation of the biochemistry, haematology, histopathology, status of the lymphoid and non-lymphoid organs, evaluation of innate, inflammatory and humoral immune responses, as well as a test to determine the delayed type hypersensitivity. The results revealed an increase in the levels of ALT in the animals treated with 75mg/kg and a reduction in the glycaemic levels of rats treated with 75 and 150mg/kg of U. tomentosa. However, only rats treated with the higher dose showed a slight centrilobular hepatic vacuolation; thus, ALT data alone are not suggestive of a hepatic adverse effect of U. tomentosa following long-term treatment. The reduction in blood glucose levels of the rats, could represent an important risk for diabetic humans, who are susceptible to the development of hypoglycaemia and who might use U. tomentosa for purposes other than anti-diabetes. In conclusion, these studies demonstrated that, while U. tomentosa has no immunotoxic effect, long-term U. tomentosa treatment at high doses can promote reduction in glycemic levels.
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Estudo das alterações imunológicas e comportamentais provocadas pelo crack em ratos adultos expostos à droga por via pulmonar / Study of immune and behavioral changes caused by crack cocaine in adult rats exposed to the drug by pulmonary routePonce, Fernando 25 September 2015 (has links)
O crack, uma droga de abuso constituída principalmente por cocaína, continua sendo um grande problema social e de saúde pública. Apesar de vários estudos em modelos animais com outras formas de cocaína, raros são os relatos sobre os efeitos da exposição pulmonar ao crack em roedores, devido à dificuldade de realizar a exposição dos mesmos à droga, o que seria de grande valia, uma vez que eliminaria variáveis encontradas em usuários, como o uso de outras drogas. Assim, o propósito do presente estudo foi avaliar os efeitos tóxicos, imunotóxicos e ainda, alterações comportamentais de ratos Wistar machos expostos ao crack pela via pulmonar. Inicialmente, foram realizadas determinações de cocaína nas pedras de crack utilizadas e também, a quantidade de crack e tempo de exposição dos animais para obtenção de níveis séricos de cocaína semelhantes àqueles encontrados na literatura, e os dados obtidos foram de: 67% de cocaína no crack e a queima de 250 mg de crack, com exposição dos animais por 10 minutos acarretou em níveis plasmáticos próximos de 170 ng/mL de cocaína. Assim, em cada experimento foram utilizados 30 ratos divididos em 3 grupos iguais, um controle, um experimental e um grupo pair-fed, já que a cocaína promove efeitos anorexígenos que poderiam interferir nas avaliações comportamentais e imunológicas aqui estudadas, e que foram expostos ou não à fumaça resultante de 250 mg de crack, por 10 minutos, duas vezes ao dia, durante 28 dias. Ao final do período experimental, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações bíoquimicas, hematológicas, histopatológicas, análise de órgãos-linfóides, avaliação das respostas imune inata (inflamatória), humoral e a avaliação da reação de hipersensibilidade do tipo IV. Ainda, ao longo do período experimental, estes mesmos animais foram avaliados quanto a possíveis alterações comportamentais e para tal foram utilizados 3 métodos distintos: avaliação cognitiva em labirinto em T, avaliação geral do comportamento em campo aberto e ainda, a avaliação de preferência ou aversão ao odor da droga. A exposição ao crack não resultou em alterações que caracterizem toxicidade em parâmetros clínicos, bioquímicos, hematológicos e histopatológicos; não foram observadas alterações com significado clínico nas avaliações do peso relativo, celularidade, morfometria de órgãos linfoides e fenotipagem de linfócitos esplênicos de ratos expostos à droga. Não houve efeitos imunomodulatórios nas avaliações do burst oxidativo e fagocitose de macrófagos peritoneais e de neutrófilos circulantes, assim como nas avaliações da produção de anticorpos T-dependentes e na reação de hipersensibilidade do tipo IV. Quanto às avaliações comportamentais, os animais expostos à droga apresentaram aumento da atividade locomotora, e uma maior preferência ao odor característico do crack, aparentemente sem prejuízo cognitivo. Em conclusão, a exposição de ratos 2 vezes ao dia, por 28 dias ao crack não promoveu alterações imunotóxicas; por outro lado, comportamentos clássicos da exposição à cocaína foram observados nos animais expostos, evidenciando que o modelo aqui utilizado será de grande utilidade para outros estudos que envolvam drogas de abuso, como possíveis estratégias terapêuticas e o melhor entendimento da toxicocinética de drogas utilizadas pela via pulmonar / Crack cocaine, a drug of abuse that consists mainly of cocaine, remains as a major social and public health problem. Although several studies in animal models with other forms of cocaine, there are few scientific reports on the effects of pulmonary exposure to crack in rodents, this is due to the difficulty of performing their exposure, which would be of great value, since would eliminate variables observed in users, such as the use of other drugs. Initially, the concentration of cocaine in crack samples, as the amount of crack and time of exposure of the animals to obtain serum levels of cocaine similar to those found in the literature were determined, and the data obtained were: 67% of cocaine in crack, and 250 mg of crack, exposing the animals for 10 minutes resulted in plasma levels close to 170 ng/mL of cocaine. Thus, the purpose of this study was to evaluate the toxic effects, immunotoxic and behavioral changes of male Wistar rats exposed to crack cocaine. Thus, in each experiment were used 30 rats divided into three groups, one control, one experimental and one pair-fed, since it is known that cocaine promotes anorexic effects that may interfere with behavioral and immunological assessments that will be studied here, and who were exposed or not to the burning of 250 mg of crack, for 10 minutes, twice daily for 28 days. At the end of the experiment, the animals were euthanized to perform biochemical evaluation, hematological, histopathological, analysis of lymphoid organs, evaluation of innate immune responses (inflammatory), humoral and the assessment of the type IV hypersensitivity reaction. Still, throughout the experimental period, these same animals were evaluated for possible behavioral changes and were used three different methods: cognitive assessment in T-maze, overall assessment on open field behavior and the evaluation of preference or aversion to the odor of the drug. Exposure to crack cocaine, did not result in changes that characterize toxicity in clinical, biochemical, hematological and histopathological parameters; were not observed clinically meaningful changes in the relative weight ratings, cellularity, morphology of lymphoid organs and phenotyping of splenic lymphocytes from rats exposed to the drug. There was no immunomodulatory effect in the evaluations of oxidative burst and phagocytosis of peritoneal macrophages and in circulating neutrophils, and the assessments of the production of T-dependent antibodies and the type IV hypersensitivity reaction. With regard to behavioral assessments, the animals exposed to the drug showed increased locomotor activity, and greater preference to the characteristic odor of crack cocaine, apparently without cognitive impairment. In conclusion, in the exposure model to crack cocaine used here, immunotoxic changes were not evident; by contrast, classic behavior of cocaine exposure were observed in the animals exposed, indicating that the model used herein will be useful for the study of other parameters involving drugs of abuse, in evaluation of therapeutic strategies and a better understanding of drugs toxicokinetics used by the pulmonary route
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A cetamina associada ou não ao álcool, quais as consequências toxicológicas e sua influência no estresse oxidativo? Estudo em ratos / Ketamine associated or not with alcohol, what are the toxicological consequences and influence on oxidative stress? Study in ratsMendes, Patrícia Franciscone 21 September 2018 (has links)
O uso recreacional e os efeitos deletérios de drogas lícitas e/ou ilícitas é considerado um problema de saúde pública. Dentre estas drogas destaca-se a cetamina, um anestésico empregado na veterinária e o etanol, a droga lícita mais utilizada. Além dos efeitos centrais, estudos revelam que a cetamina e o etanol possuem propriedades imunomodulatórias. No entanto, poucos estudos são realizados com a associação destas drogas; assim, o objetivo deste estudo foi o de avaliar os efeitos tóxicos, imunotóxicos, o potencial oxidativo e os possíveis efeitos neurotóxicos resultantes do consumo associado ou não das mesmas. Para isso, ratos Wistar foram tratados uma vez ao dia, por até 28 dias, com injeções intraperitoneais (15 ou 30mg/kg/PV) de cetamina (K) ou com etanol a 10% (E) via oral (gavagem ou adicionado a água de bebida), ou ainda em associação (KE). O grupo controle recebeu apenas os veículos dos tratamentos. Ao final do experimento, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações toxicológicas, imunológicas, oxidativas e antioxidativas, e de neurotransmissores centrais. Os resultados revelaram redução no ganho de peso dos animais tratados com KE e aumento de ácido ascórbico urinário. A redução de pH e glicose urinária foi observada nos grupos E e KE. Na bioquímica, todos os grupos apresentaram aumento de HDL, porém a associação das drogas levou a um aumento do colesterol, enquanto no grupo K, observou-se diminuição dos triglicérides e da fosfatase alcalina. Ainda, somente o grupo KE apresentou alterações na função renal. Todos os grupos experimentais exibiram alterações histopatológicas hepáticas e/ou vesicais. Os grupos E e KE apresentaram alterações no número de células mieloides e linfoides concomitantes ao aumento na celularidade de medula óssea. Apenas animais do grupo KE apresentaram alteração na resposta do tipo Th2. Foi observado o aumento da peroxidação lipídica nos animais tratados com K, bem como aumento na atividade de GPx e CAT e do conteúdo de GSSG dos animais tratados com E e/ou KE nos órgãos analisados. Ao nível central, observou-se elevação dos níveis de DA e NOR no hipocampo dos animais do grupo E, e 5HT nos animais do grupo K; além de aumento de DA e 5HT no córtex pré-frontal dos animais dos grupos E e K, respectivamente. Assim, concluímos que a associação KE promove redução do ganho de peso não relacionado ao consumo de ração. O etanol, em associação ou não, promove alterações nos parâmetros urinários; a cetamina promove diminuição nos níveis de FA e as drogas quando em associação alteram o perfil lipídico e renal na dependência da dose e do tempo de administração. Efeitos pró-oxidantes entraram em equilíbrio devido à ação de antioxidantes. O etanol, em associação ou não, promove alterações em células do sistema imune, no entanto, sem promover imunomodulação sobre suas respostas. O etanol e/ou a cetamina também promovem alterações histopatológicas hepáticas, enquanto que a associação ainda promove lesões vesicais. Além disso, ambas as drogas promovem alterações no perfil neuroquímico central; porém, quando associadas não promoveram efeitos sinérgicos sobre os parâmetros avaliados. / The recreational use and the deleterious effects of licit and/or illicit drugs are considered a public health issue. Among these drugs are ketamine, used in veterinary anaesthesia, and ethanol the most commonly licit drug. Besides their central effects, studies have shown that ketamine and ethanol have immunomodulatory properties. However, few studies are conducted with the association of both drugs; thus, we aimed to evaluate the toxic and immunotoxic effects, as well the oxidative potential and the possible neurotoxic effects resulted from the consumption of these drugs associated or not. For this, Wistar rats were treated once daily for up to 28 days with intraperitoneal injections (15 or 30mg/kg/BW) of ketamine (K) or orally with 10% ethanol (E) (gavage or drinking water) or the association of both treatments (KE). Control group received only vehicles. At the end of the experimental period, the animals were euthanized for toxicological, immunotoxicological, oxidative stress and antioxidant status evaluation, and central levels of neurotransmitters. KE animals showed reduced body weight gain and increased levels of urinary ascorbic acid. Reduction of urinary pH and glucose was observed in E and KE groups. Biochemistry analysis showed an increase in HDL levels in all experimental groups; although, KE showed an increase in cholesterol levels, while K group exhibited reduction in triglycerides and alkaline phosphatase (ALP) levels. Only KE group showed renal function alterations. All experimental groups showed hepatic and/or bladder histopathology alterations. E and KE groups exhibited alterations in myeloid and lymphoid cells number with concomitant increased in bone marrow cellularity. Only animals of KE group presented changes in Th2 response. Increased in lipid peroxidation was observed in K-treated animals, as well as GPx and CAT activities and GSSG content of animals treated with E and/or KE. We observed elevation in DA and NOR in hippocampus of E group and 5HT in K group, in addition to an increase in DA and 5HT of the prefrontal cortex of E and K groups, respectively. Thus, we conclude that KE association promotes reduction in body weight gain not related to food consumption. Ethanol, in combination or not, promotes urinary alterations; ketamine reduces ALP levels and the drugs, when in combination, alter lipid and renal profile depending on dose and time of administration. Pro-oxidant effects were balanced due to the action of antioxidants. Ethanol, associated or not, promotes alterations on immune cells without immunomodulatoty responses. Ethanol and/or ketamine also promotes liver histopathological alterations, while this association promotes bladder lesions. In addition, both drugs promote changes in central neurochemical levels; however, when associated do not promoted synergistic effects in evaluated parameters.
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A cetamina associada ou não ao álcool, quais as consequências toxicológicas e sua influência no estresse oxidativo? Estudo em ratos / Ketamine associated or not with alcohol, what are the toxicological consequences and influence on oxidative stress? Study in ratsPatrícia Franciscone Mendes 21 September 2018 (has links)
O uso recreacional e os efeitos deletérios de drogas lícitas e/ou ilícitas é considerado um problema de saúde pública. Dentre estas drogas destaca-se a cetamina, um anestésico empregado na veterinária e o etanol, a droga lícita mais utilizada. Além dos efeitos centrais, estudos revelam que a cetamina e o etanol possuem propriedades imunomodulatórias. No entanto, poucos estudos são realizados com a associação destas drogas; assim, o objetivo deste estudo foi o de avaliar os efeitos tóxicos, imunotóxicos, o potencial oxidativo e os possíveis efeitos neurotóxicos resultantes do consumo associado ou não das mesmas. Para isso, ratos Wistar foram tratados uma vez ao dia, por até 28 dias, com injeções intraperitoneais (15 ou 30mg/kg/PV) de cetamina (K) ou com etanol a 10% (E) via oral (gavagem ou adicionado a água de bebida), ou ainda em associação (KE). O grupo controle recebeu apenas os veículos dos tratamentos. Ao final do experimento, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações toxicológicas, imunológicas, oxidativas e antioxidativas, e de neurotransmissores centrais. Os resultados revelaram redução no ganho de peso dos animais tratados com KE e aumento de ácido ascórbico urinário. A redução de pH e glicose urinária foi observada nos grupos E e KE. Na bioquímica, todos os grupos apresentaram aumento de HDL, porém a associação das drogas levou a um aumento do colesterol, enquanto no grupo K, observou-se diminuição dos triglicérides e da fosfatase alcalina. Ainda, somente o grupo KE apresentou alterações na função renal. Todos os grupos experimentais exibiram alterações histopatológicas hepáticas e/ou vesicais. Os grupos E e KE apresentaram alterações no número de células mieloides e linfoides concomitantes ao aumento na celularidade de medula óssea. Apenas animais do grupo KE apresentaram alteração na resposta do tipo Th2. Foi observado o aumento da peroxidação lipídica nos animais tratados com K, bem como aumento na atividade de GPx e CAT e do conteúdo de GSSG dos animais tratados com E e/ou KE nos órgãos analisados. Ao nível central, observou-se elevação dos níveis de DA e NOR no hipocampo dos animais do grupo E, e 5HT nos animais do grupo K; além de aumento de DA e 5HT no córtex pré-frontal dos animais dos grupos E e K, respectivamente. Assim, concluímos que a associação KE promove redução do ganho de peso não relacionado ao consumo de ração. O etanol, em associação ou não, promove alterações nos parâmetros urinários; a cetamina promove diminuição nos níveis de FA e as drogas quando em associação alteram o perfil lipídico e renal na dependência da dose e do tempo de administração. Efeitos pró-oxidantes entraram em equilíbrio devido à ação de antioxidantes. O etanol, em associação ou não, promove alterações em células do sistema imune, no entanto, sem promover imunomodulação sobre suas respostas. O etanol e/ou a cetamina também promovem alterações histopatológicas hepáticas, enquanto que a associação ainda promove lesões vesicais. Além disso, ambas as drogas promovem alterações no perfil neuroquímico central; porém, quando associadas não promoveram efeitos sinérgicos sobre os parâmetros avaliados. / The recreational use and the deleterious effects of licit and/or illicit drugs are considered a public health issue. Among these drugs are ketamine, used in veterinary anaesthesia, and ethanol the most commonly licit drug. Besides their central effects, studies have shown that ketamine and ethanol have immunomodulatory properties. However, few studies are conducted with the association of both drugs; thus, we aimed to evaluate the toxic and immunotoxic effects, as well the oxidative potential and the possible neurotoxic effects resulted from the consumption of these drugs associated or not. For this, Wistar rats were treated once daily for up to 28 days with intraperitoneal injections (15 or 30mg/kg/BW) of ketamine (K) or orally with 10% ethanol (E) (gavage or drinking water) or the association of both treatments (KE). Control group received only vehicles. At the end of the experimental period, the animals were euthanized for toxicological, immunotoxicological, oxidative stress and antioxidant status evaluation, and central levels of neurotransmitters. KE animals showed reduced body weight gain and increased levels of urinary ascorbic acid. Reduction of urinary pH and glucose was observed in E and KE groups. Biochemistry analysis showed an increase in HDL levels in all experimental groups; although, KE showed an increase in cholesterol levels, while K group exhibited reduction in triglycerides and alkaline phosphatase (ALP) levels. Only KE group showed renal function alterations. All experimental groups showed hepatic and/or bladder histopathology alterations. E and KE groups exhibited alterations in myeloid and lymphoid cells number with concomitant increased in bone marrow cellularity. Only animals of KE group presented changes in Th2 response. Increased in lipid peroxidation was observed in K-treated animals, as well as GPx and CAT activities and GSSG content of animals treated with E and/or KE. We observed elevation in DA and NOR in hippocampus of E group and 5HT in K group, in addition to an increase in DA and 5HT of the prefrontal cortex of E and K groups, respectively. Thus, we conclude that KE association promotes reduction in body weight gain not related to food consumption. Ethanol, in combination or not, promotes urinary alterations; ketamine reduces ALP levels and the drugs, when in combination, alter lipid and renal profile depending on dose and time of administration. Pro-oxidant effects were balanced due to the action of antioxidants. Ethanol, associated or not, promotes alterations on immune cells without immunomodulatoty responses. Ethanol and/or ketamine also promotes liver histopathological alterations, while this association promotes bladder lesions. In addition, both drugs promote changes in central neurochemical levels; however, when associated do not promoted synergistic effects in evaluated parameters.
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Avaliação dos possíveis efeitos tóxicos e imunotóxicos da Uncaria tomentosa em ratos / Evaluation of the possible toxic and immunotoxic effects of Uncaria tomentosa in ratsPatrícia Franciscone Mendes 02 July 2014 (has links)
A Uncaria tomentosa (U. tomentosa), popularmente conhecida como \"Unha-de-gato\", é uma planta medicinal nativa das Américas, mundialmente empregada devido às suas atividades anti-inflamatórias e imunomodulatórias. O consumo desta planta ocorre não apenas na forma in natura, mas principalmente como fitoterápico, sendo muitas vezes utilizada de forma indiscriminada pela população. Apesar de vários estudos revelarem as propriedades terapêuticas da U. tomentosa, poucos são os trabalhos que empregam protocolos estabelecidos por agências regulamentadoras internacionais, para a avaliação dos possíveis efeitos tóxicos e imunotóxicos deste fitoterápico. Assim, o propósito do presente estudo foi verificar se a administração de um extrato seco de U. tomentosa, comercialmente disponível no mercado, poderia ocasionar efeitos tóxicos e imunotóxicos em ratos após 90 dias de tratamento. Para isso, 40 ratos Wistars machos foram tratados oralmente com as doses de 15, 75 ou 150 mg/kg de extrato seco de U. tomentosa comercialmente disponível no mercado, contendo teores de alcaloides de acordo com aqueles valores preconizados em literatura. No final do período experimental, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações bioquímicas, hematológicas, histopatológicas, análise de órgãos linfoides e não-linfoides, avaliação das respostas imunes inata, inflamatória e humoral, bem como teste para determinação de reação de hipersensibilidade do tipo IV. Os resultados revelaram aumento nos níveis de ALT dos animais tratados com a dose de 75 mg/kg, e redução nos índices glicêmicos de ratos tratados com 75 e 150 mg/kg de U. tomentosa. Entretanto, somente os ratos tratados com a maior dose exibiram discreta vacuolização centro-lobular hepática; assim, somente os dados de ALT não são sugestivos de efeitos hepáticos adversos da U. tomentosa após um longo período de tratamento. A redução nos índices sanguíneos de glicose dos ratos, após tratamento com a U. tomentosa, podem representar importante risco para seres humanos diabéticos, susceptíveis ao desenvolvimento de hipoglicemia e que fazem uso da U. tomentosa para outros propósitos. Em conclusão, estes estudos demonstraram que, apesar de a U. tomentosa não promover efeitos tóxicos e imunotóxicos, o uso prolongado da mesma, a altas doses, pode promover redução dos índices glicêmicos. / Uncaria tomentosa (U. tomentosa), commonly known as \"Cat\'s claw\", is a native medicinal plant from America, it is employed worldwide for its anti-inflammatory and immunomodulatory activities. The consumption of this plant occurs not only in natura, but mainly as a phytotherapic, used indiscriminately by the population. Although many researchers revealed the therapeutic properties of U. tomentosa, few studies employing established protocols by international regulatory agencies for the evaluation of the possible toxic and immunotoxic effects of this herbal medicine. Thus, the purpose of the present study was to verify if the dry extract of U. tomentosa could promote toxic and/or immunotoxic effects in rats following 90 days of treatment. For this, forty male rats were orally treated with 15, 75 or 150mg/kg of dry extract of U. tomentosa, commercially available, containing levels of alkaloids according to those values recommended in the literature. At the end of experimental period, the rats were killed for the evaluation of the biochemistry, haematology, histopathology, status of the lymphoid and non-lymphoid organs, evaluation of innate, inflammatory and humoral immune responses, as well as a test to determine the delayed type hypersensitivity. The results revealed an increase in the levels of ALT in the animals treated with 75mg/kg and a reduction in the glycaemic levels of rats treated with 75 and 150mg/kg of U. tomentosa. However, only rats treated with the higher dose showed a slight centrilobular hepatic vacuolation; thus, ALT data alone are not suggestive of a hepatic adverse effect of U. tomentosa following long-term treatment. The reduction in blood glucose levels of the rats, could represent an important risk for diabetic humans, who are susceptible to the development of hypoglycaemia and who might use U. tomentosa for purposes other than anti-diabetes. In conclusion, these studies demonstrated that, while U. tomentosa has no immunotoxic effect, long-term U. tomentosa treatment at high doses can promote reduction in glycemic levels.
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Estudo das alterações imunológicas e comportamentais provocadas pelo crack em ratos adultos expostos à droga por via pulmonar / Study of immune and behavioral changes caused by crack cocaine in adult rats exposed to the drug by pulmonary routeFernando Ponce 25 September 2015 (has links)
O crack, uma droga de abuso constituída principalmente por cocaína, continua sendo um grande problema social e de saúde pública. Apesar de vários estudos em modelos animais com outras formas de cocaína, raros são os relatos sobre os efeitos da exposição pulmonar ao crack em roedores, devido à dificuldade de realizar a exposição dos mesmos à droga, o que seria de grande valia, uma vez que eliminaria variáveis encontradas em usuários, como o uso de outras drogas. Assim, o propósito do presente estudo foi avaliar os efeitos tóxicos, imunotóxicos e ainda, alterações comportamentais de ratos Wistar machos expostos ao crack pela via pulmonar. Inicialmente, foram realizadas determinações de cocaína nas pedras de crack utilizadas e também, a quantidade de crack e tempo de exposição dos animais para obtenção de níveis séricos de cocaína semelhantes àqueles encontrados na literatura, e os dados obtidos foram de: 67% de cocaína no crack e a queima de 250 mg de crack, com exposição dos animais por 10 minutos acarretou em níveis plasmáticos próximos de 170 ng/mL de cocaína. Assim, em cada experimento foram utilizados 30 ratos divididos em 3 grupos iguais, um controle, um experimental e um grupo pair-fed, já que a cocaína promove efeitos anorexígenos que poderiam interferir nas avaliações comportamentais e imunológicas aqui estudadas, e que foram expostos ou não à fumaça resultante de 250 mg de crack, por 10 minutos, duas vezes ao dia, durante 28 dias. Ao final do período experimental, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações bíoquimicas, hematológicas, histopatológicas, análise de órgãos-linfóides, avaliação das respostas imune inata (inflamatória), humoral e a avaliação da reação de hipersensibilidade do tipo IV. Ainda, ao longo do período experimental, estes mesmos animais foram avaliados quanto a possíveis alterações comportamentais e para tal foram utilizados 3 métodos distintos: avaliação cognitiva em labirinto em T, avaliação geral do comportamento em campo aberto e ainda, a avaliação de preferência ou aversão ao odor da droga. A exposição ao crack não resultou em alterações que caracterizem toxicidade em parâmetros clínicos, bioquímicos, hematológicos e histopatológicos; não foram observadas alterações com significado clínico nas avaliações do peso relativo, celularidade, morfometria de órgãos linfoides e fenotipagem de linfócitos esplênicos de ratos expostos à droga. Não houve efeitos imunomodulatórios nas avaliações do burst oxidativo e fagocitose de macrófagos peritoneais e de neutrófilos circulantes, assim como nas avaliações da produção de anticorpos T-dependentes e na reação de hipersensibilidade do tipo IV. Quanto às avaliações comportamentais, os animais expostos à droga apresentaram aumento da atividade locomotora, e uma maior preferência ao odor característico do crack, aparentemente sem prejuízo cognitivo. Em conclusão, a exposição de ratos 2 vezes ao dia, por 28 dias ao crack não promoveu alterações imunotóxicas; por outro lado, comportamentos clássicos da exposição à cocaína foram observados nos animais expostos, evidenciando que o modelo aqui utilizado será de grande utilidade para outros estudos que envolvam drogas de abuso, como possíveis estratégias terapêuticas e o melhor entendimento da toxicocinética de drogas utilizadas pela via pulmonar / Crack cocaine, a drug of abuse that consists mainly of cocaine, remains as a major social and public health problem. Although several studies in animal models with other forms of cocaine, there are few scientific reports on the effects of pulmonary exposure to crack in rodents, this is due to the difficulty of performing their exposure, which would be of great value, since would eliminate variables observed in users, such as the use of other drugs. Initially, the concentration of cocaine in crack samples, as the amount of crack and time of exposure of the animals to obtain serum levels of cocaine similar to those found in the literature were determined, and the data obtained were: 67% of cocaine in crack, and 250 mg of crack, exposing the animals for 10 minutes resulted in plasma levels close to 170 ng/mL of cocaine. Thus, the purpose of this study was to evaluate the toxic effects, immunotoxic and behavioral changes of male Wistar rats exposed to crack cocaine. Thus, in each experiment were used 30 rats divided into three groups, one control, one experimental and one pair-fed, since it is known that cocaine promotes anorexic effects that may interfere with behavioral and immunological assessments that will be studied here, and who were exposed or not to the burning of 250 mg of crack, for 10 minutes, twice daily for 28 days. At the end of the experiment, the animals were euthanized to perform biochemical evaluation, hematological, histopathological, analysis of lymphoid organs, evaluation of innate immune responses (inflammatory), humoral and the assessment of the type IV hypersensitivity reaction. Still, throughout the experimental period, these same animals were evaluated for possible behavioral changes and were used three different methods: cognitive assessment in T-maze, overall assessment on open field behavior and the evaluation of preference or aversion to the odor of the drug. Exposure to crack cocaine, did not result in changes that characterize toxicity in clinical, biochemical, hematological and histopathological parameters; were not observed clinically meaningful changes in the relative weight ratings, cellularity, morphology of lymphoid organs and phenotyping of splenic lymphocytes from rats exposed to the drug. There was no immunomodulatory effect in the evaluations of oxidative burst and phagocytosis of peritoneal macrophages and in circulating neutrophils, and the assessments of the production of T-dependent antibodies and the type IV hypersensitivity reaction. With regard to behavioral assessments, the animals exposed to the drug showed increased locomotor activity, and greater preference to the characteristic odor of crack cocaine, apparently without cognitive impairment. In conclusion, in the exposure model to crack cocaine used here, immunotoxic changes were not evident; by contrast, classic behavior of cocaine exposure were observed in the animals exposed, indicating that the model used herein will be useful for the study of other parameters involving drugs of abuse, in evaluation of therapeutic strategies and a better understanding of drugs toxicokinetics used by the pulmonary route
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