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Diagnóstico do dano físico e social após a alta medicamentosa das pessoas que tiveram hanseníase.

Nardi, Susilene Maria Tonelli 09 November 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 susilenemariatnardi_tese.pdf: 1061867 bytes, checksum: 8dce282b5fe788e66ffab06d00c915cd (MD5) Previous issue date: 2012-11-09 / Introduction: Leprosy is a chronic infectious, contagious, insidious, but treatable disease that causes dermatoneurologic disorders. The complications resulting from neurological involvement cause sequelae that often affect the eyes, nose, hands and feet and if not treated early, evolve to physical disabilities that are sometimes irreversible and disastrous for the functionally of the individual. In Brazil, the coefficient of severe and visible physical disabilities (Grade 2) at diagnosis is considered high (≥ 10) by the Ministry of health. The drug treatment that eliminates the bacillus does not guarantee the end of the progression of the disability. Thus, ex-patients with severe or mild physical disabilities should remain under the care of a rehabilitation team. Aim: To assess physical disabilities, social participation and activity limitations of individuals affected by leprosy after completing multidrug therapy, describing their relationship with the socio-demographic characteristics of these individuals and estimate the distances between their homes and rehabilitation services. Patients and methods: A cross-sectional descriptive study was carried out of all leprosy patients from 1998 to 2006 who were residents and treated in São José do Rio Preto, SP, Brazil. A specific questionnaire was applied to obtain general and clinical data. The physical disabilities were assessed using the Degree of Disability score of the WHO and the Eyes-Hand-Feet score. The Screening of Activity Limitation and Safety Awareness scale (SALSA) and the scale of participation (version 4.6) were applied to measure social participation. Results: Of the 335 people treated in the period, 223 (66.6%) were contacted and evaluated. Of these, 51.6% were women, the mean age was 54 years (SD 15.7), 66.4% had up to 6 years of schooling, 43.5% worked and 26.9% were retired, and the dimorphous form of the disease predominated (39.9%). The mental and physical healths were considered good in the previous month by 50.2% and 59.2% of the participants, respectively. Pain was reported by 54.7% of respondents; 54.3% suffered from some disease. Disabilities occurred in 32% and limitations of activities as evaluated by the SALSA scale affected 57.8% the participants. Restrictions in social participation occurred in 35.4% of the ex-patients. The presence of disabilities was higher with increasing age, in cases of multibacilar disaease and when individuals considered their physical health was bad. Those who needed preventive measures/rehabilitation travelled a mean distance of 5.5 km to the rehabilitation service. There were significant associations of social restriction with family income of less than 3 minimum wages, associated diseases, hospitalization within the previous year and physical disabilities. There were also associations of activity limitations with being female, household income ≤ 3 minimum wages, reports of significant injury, pain, associated diseases and physical disability. Conclusions: Disabilities are common and were associateed with increasing age, the multibacilar form of the disease and the feeling that the physical health was bad. Social restriction was also common and influenced by the presence of deficiencies, associated diseases, recent hospitalization and low income. The limitation of activities was more common than physical disabilities, and was associated to low incomes, being female, presence of injury, disability, disease and pain. Rehabilitation services are far from patients residences. / Introdução: A hanseníase é uma doença crônica, infecto-contagiosa, insidiosa, tratável e crônica que provoca afecções dermatoneurológicas. As complicações decorrentes do comprometimento neurológico provocam seqüelas que freqüentemente atingem olhos, nariz, mãos e pés e se não tratados precocemente, evolui para deficiências físicas, por vezes irreversíveis e funcionalmente desastrosas para o indivíduo. No Brasil, o coeficiente de deficiências físicas graves e visíveis (Grau 2) no diagnóstico é considerado alto (≥ 10%) pelo Ministério da Saúde. O tratamento medicamentoso que elimina o bacilo, não garante o fim da progressão das deficiências. Assim, ex-pacientes com deficiências físicas graves ou leves devem permanecer sob os cuidados da equipe de reabilitação. Objetivo: Avaliar deficiências físicas, participação social e limitação de atividades em indivíduos afetados pela hanseníase após o término do tratamento medicamentoso com a poliquimioterapia, descrever sua relação com as características sociodemográficas desses indivíduos e estimar as distâncias entre suas residências e serviços de reabilitação do município. Casuística e Métodos: Estudo descritivo transversal que incluiu todas as pessoas acometidas pela hanseníase, residentes e tratadas em São José do Rio Preto-SP no período de 1998 a 2006. Aplicou-se protocolo próprio para obtenção de dados gerais e clínicos. As deficiências físicas foram medidas pelo Grau de Incapacidades da OMS (GI) e pelo Eyes-Hand-Feet (EHF). Aplicou-se a escala Screening of Activity Limitation and Safety Awareness (SALSA) e a escala de Participação (EP) versão 4.6, para medir a participação social. Resultados: Das 335 pessoas tratadas no período, foram localizadas e avaliadas 223 (66,6%). Destes, 51,6% eram do gênero feminino, com idade média de 54 anos (dp15,7), 66,4% tinham até 6 anos de estudo, 43,5% trabalhavam e 26,9% estavam aposentados, a forma dimorfa (39,9%) predominou. A saúde física e mental foi considerada boa no último mês por 50,2% e 59,2%, respectivamente. Dores foram relatadas por 54,7% dos entrevistados; 54,3% sofrem de alguma doença. As deficiências físicas ocorreram em 32% e a limitação de atividades avaliada pela escala SALSA em 57,8% dos participantes. A restrição social ocorreu em 35,4% dos ex-pacientes. A presença de deficiências físicas foi maior com aumento da idade, em casos multibacilares e com julgamento ruim sobre sua saúde física. Os que necessitam de prevenção/reabilitação percorreram distancia média de 5,5 km até o serviço de reabilitação. Houve associação significante da restrição social com renda familiar menor que 3 salários mínimos; doenças associadas; hospitalização no último ano e presença de deficiência física. Houve associação entre limitação de atividades e gênero feminino, renda familiar ≤ que 3 salários mínimos, relato de lesão significante, dores, doenças associadas e presença de deficiência física. Conclusões: As deficiências foram frequentes e associaram-se a aumento da idade, formas multibacilares e julgamento ruim sobre sua própria saúde física. A restrição social foi frequente e influencida pela presença de deficiências, outras doenças associadas, hospitalização recente e baixa renda. A limitação de atividades foi mais frequente que as deficiências físicas, associou-se aos fatores de baixa renda, gênero feminino, presença de lesão, deficiência física, doenças e dores. Os serviços de reabilitação no município estão distantes das residências dos pacientes.

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