Submitted by Valquíria Barbieri (kikibarbi@hotmail.com) on 2017-08-31T21:49:52Z No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Darléia Cristina Gross.pdf: 1093615 bytes, checksum: e4b5796e46f63fa470b932f8c8802db5 (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-09-01T14:46:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Darléia Cristina Gross.pdf: 1093615 bytes, checksum: e4b5796e46f63fa470b932f8c8802db5 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-01T14:46:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISS_2014_Darléia Cristina Gross.pdf: 1093615 bytes, checksum: e4b5796e46f63fa470b932f8c8802db5 (MD5) Previous issue date: 2014-06-06 / A dimensão social do processo de trabalho e sua relação com a saúde e os acidentes e doenças ocupacionais são dependentes da situação de precarização do trabalho e da ausência de medidas de proteção à saúde. O Sistema Nacional de Notificações por agravos em Saúde tem avançado em termos de estabelecer relações diretas entre o posto de trabalho e os agravos relacionados, para além dos tradicionalmente notificados pela Comunicação de Acidentes de Trabalho. Tomando o acidente grave como indicador de extrema fragilidade social e de saúde dos trabalhadores, o objetivo geral deste estudo foi analisar os acidentes de trabalho graves notificados por setores produtivos no estado de Mato Grosso no período de 2010 a 2012. Os objetivos específicos foram: caracterizar os setores produtivos e o mercado de trabalho, segundo indicadores socioeconômicos; descrever os acidentes de trabalho graves segundo regionais de saúde; caracterizar os acidentes de trabalho graves por características sociodemográficas, ocupacionais e tipo de setor produtivo. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com informações obtidas através do IBGE e RAIS e do banco de dados do SINAN. Resultados: O estado de Mato Grosso teve a maior taxa de crescimento de empregos formais do Brasil no período de 2011 e 2012 e registrou 35 vítimas fatais para cada 100 mil trabalhadores, sendo esta a pior média no país nos últimos 21 anos. Observou-se que no setor produtivo relacionado à agricultura houve maior oferta de postos de trabalho, refletindo na notificação dos acidentes graves de trabalho. O número de notificações de ATG foi à agricultura (348), seguido do comércio (245), outras indústrias de transformação (233), pecuária (209) e construção com 166 registros. No estudo transversal, os setores produtivos de maior risco para acidentes graves em relação ao gênero, foram a agricultura (RP = 1,14; IC 95% 1,10 - 1,16), seguido pela construção (RP = 1,11; IC 95% 1,08 - 1,14), para o sexo masculino. Quanto à faixa etária houve 3,43 vezes mais acidentes de trabalho graves entre os de menor faixa etária, quando 7 comparados aos demais, entretanto, no setor agrícola (RP = 0,28; IC 95% 0,11 – 0,69) e na pecuária (RP = 0,29; IC 95% 0,09 – 0,92) este risco foi inverso, onde em ambos os casos houve uma prevalência maior de acidentes de trabalho graves em pessoas > 18 anos. Em relação a escolaridade, a maior incidência de trabalhadores analfabetos foi no setor da agricultura (RP = 1,80; IC 95% 0,98 - 3,30) e p valor <0,05. Conclusão: A pecuária e agricultura fazem parte do setor produtivo primário e a indústria da madeira e outras indústrias de transformação localizam-se no setor produtivo secundário, onde houve uma alta prevalência de acidentes de trabalho graves típicos, refletindo a precarização do trabalho num dos estados da Federação que mais cresce economicamente. / The social dimension of the labor process and its relationship to health and accidents and occupational diseases are dependent on the situation of precarious work and the lack of measures to protect health. The National System Health Notifications for injuries has advanced in terms of establishing direct links between the workplace and the problems related, in addition to the traditionally reported by the Communication of Accidents. Taking serious accident as an indicator of extreme fragility and social health of workers, the general objective of this study was to analyze serious accidents reported by productive sectors in the state of Mato Grosso in the period 2010-2012. Specific objectives were: Characterize productive sectors and the labor market, according to socioeconomic indicators; describe the serious occupational accidents by regional health; characterize serious occupational accidents for sociodemographic, occupational and type of productive sector characteristics. This is a cross-sectional, descriptive study using information obtained from IBGE and RAIS and database SINAN. Results: The state of Mato Grosso had the highest growth rate of formal jobs in Brazil between 2011 and 2012 and recorded 35 fatalities for every 100 thousand workers, this being the worst average in the country for the past 21 years. It was observed that the productive sector related to agriculture was greater supply of jobs, reflecting the notification of serious accidents. The number of notifications of ATG was agriculture (348), followed by trade (245), other manufacturing industries (233), cattle (209) and construction with 166 records. In cross-sectional study, the productive sectors of higher risk for serious accidents in relation to gender, were agriculture (PR = 1.14, 95% CI 1.10 to 1.16), followed by construction (PR = 1.11; 95% CI 1.08 to 1.14) for males. As age group was 3.43 times more serious occupational accidents among younger children, when compared to the others, however, the agricultural sector (PR = 0.28, 95% CI 0.11 to 0.69) and livestock (PR = 0.29, 95% CI 0.09 to 0.92) 9 this risk was reversed, where in both cases there was a higher prevalence of severe accidents in persons> 18 years. Regarding education, the highest incidence was illiterate workers in agriculture (PR = 1.80, 95% CI 0.98 to 3.30) sector ep value <0.05. Conclusion: Ranching and farming are part of the primary production sector and the timber industry and other manufacturing industries are located in secondary production sector, where there was a high prevalence of severe accidents typical, reflecting the precariousness of work in the states Federation of the fastest growing economically.