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Manipulação de recém-nascidos pré-termo: o cenário na UTI neonatal de um hospital do interior paulista / Handling preterm infants: the scenario at the neonatal ICU of a hospital in the interior of São Paulo State.

Pereira, Fabíola Lima 14 December 2009 (has links)
Introdução: O progresso tecnológico nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) possibilitou o aumento da sobrevida de recém-nascidos pré-termo (RNPT) muito imaturos. Este avanço tornou a UTIN estressante devido ao grande número de procedimentos invasivos, aos equipamentos, à presença de luz, ao ruído e à manipulação excessiva que contribuem para as alterações no desenvolvimento dos prematuros. Objetivo: Descrever a manipulação a que o RNPT é submetido na UTIN de um hospital do interior paulista. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório realizado com 20 RNPT, os quais foram filmados, durante 24 horas consecutivas. As manipulações foram categorizadas em: monitoramento, terapêutica e de cuidado. Os procedimentos realizados conjuntamente foram considerados como uma manipulação na contagem da frequência de manipulações do RN. A duração foi registrada do início até o término de cada procedimento e, quando agrupado, foi considerado o momento exato do primeiro procedimento até o término do último, totalizando o período de uma manipulação em agrupamento. Resultados: Houve um total de 768 manipulações e 1.341 procedimentos, com médias de 38,4 e 67,05 respectivamente. As manipulações com apenas um procedimento (504) representaram 65,6% dos casos, e os agrupamentos contiveram de 2 a 10 procedimentos. Os profissionais foram responsáveis por 680 situações (91,8%) das manipulações contra 61 (8,2%) dos familiares. Os auxiliares de enfermagem foram os que mais manipularam os RNPT, com 597 (80%) manipulações realizadas apenas por eles e 5 manipulações auxiliando outros profissionais. A duração média do período de manipulação foi de 2 horas (h) 26 minutos (min) e 33 segundos (s). A mediana foi de 2 h 15 min 29 s e o desvio-padrão de 1 h 41 min 30 s. A duração total de tempo em que os RNPT foram submetidos à manipulação foi de 48 h 51 min, 9,37% do total de filmagem. O prematuro mais manipulado, durante as 24 horas, foi o RNPT3, com 5 h 9 min e 9 s em manipulação, e o RNPT17 foi manipulado no menor período de tempo, 53 min e 15 s. Os RNPT tiveram, em média, 19 h 28 min e 46 s sem ter sido manipulados contra 4 h 16 min 42 s de tempo de manipulação. A mediana do tempo sem manipulação foi de 19 h 44 min e 16 s e o desvio-padrão de 1 h 36 min e 53 s. O prematuro que teve o maior período sem ser manipulado, de forma ininterrupta, foi o RNPT18 com 5 horas 16 minutos e 18 segundos , e o que teve menor período máximo de descanso foi o RNPT2, com 30 min e 12 s. Conclusão: as manipulações individuais representaram a maior parte das manipulações, e, quando ocorrem os agrupamentos de cuidados, não houve uma organização dos procedimentos. Houve poucos procedimentos que visaram ao cuidado desenvolvimental. Preserva-se a manipulação com duração menor que 1 minuto, ainda que em frequências menores do que nos estudos anteriores. Ficou evidente a escassa participação da mãe e dos familiares no cuidado ao RNPT, apesar de a visita materna ser facilitada pela equipe. É necessário um envolvimento da equipe para promover maior participação dos familiares no cuidado aos RNPT. / Introduction: Technological progress at Neonatal Intensive Care Units (NICU) has allowed for increased survival of very immature preterm infants (PI). This advance has turned the NICU a stressful unit, due to the large number of invasive procedures, equipments, the presence of light, noise and excessive handling, contributing to alterations in the infants\' development. Objective: To describe the handling PI\'s are submitted to at the NICU of a hospital in the interior of São Paulo state. Method: Descriptive and exploratory study, involving 20 PI\'s who were filmed for 24 consecutive hours. The handling was categorized as: monitoring, therapeutics and care. Procedures carried out together were considering as one single manipulation in counting PI handling frequency. The duration was registered from the start until the end of each procedure and, when grouped, the exact moment when the first procedure started until the end of the last procedure totaled the group manipulation period. Results: In total, 768 manipulations and 1,341 procedures were counted, with averages amounting to 38.4 and 67.05, respectively. Manipulations involving only one procedure (504) represented 65.6% of cases, and grouped manipulations contained between 2 and 10 procedures. Professionals were responsible for 680 handling situations (91.8%), against 61 (8.2%) for relatives. Nursing auxiliaries were the professionals that most handled the PI\'s, performing 597 (80%) manipulations alone and 5 to help other professionals. The mean duration of the handling period was 2 hours (h) 26 minutes (min) and 33 seconds (s), with 2 h 15 min 29 s as the median and 1 h 41 min 30 s as the standard deviation. The total time during which PI\'s were submitted to manipulation was 48 h 51 min, i.e. 9.37% of total recordings. The most handled infant during the 24 hours was PI3, subject to 5 h 9 min and 9 s, against PI17 with the shortest handling time, 53 min and 15 s. The PI\'s mean time without handling was 19 h 28 min and 46 s, against 4 h 16 min 42 s of manipulation. The median time without manipulation was 19 h 44 min and 16 s and the standard deviation 1 h 36 min and 53 s. The infant with the longest uninterrupted period without handling was PI18, with 5 h 16 min and 18 s, against PI2 with the shortest maximum rest time, i.e. 30 min and 12 s. Conclusion: Most manipulations were individual and, when care is grouped, procedures were not organized. Few procedures were aimed at developmental care. Manipulations taking less than 1 minute still continue, although less frequently than in earlier studies. The scarce participation of mothers and relatives in PI care was evidenced, although the team facilitates maternal visits. Greater involvement by the team is needed to promote greater family participation in PI care.
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Avaliação do desenvolvimento motor de recém-nascidos pré-termo tardios até a idade gestacional corrigida de 40 semanas / Assessment of motor development of late preterm infants until the corrected gestational age of 40 weeks

Viviane Martins Santos 15 August 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Os relatos do desenvolvimento motor de recém-nascidos prétermo (RNPT) extremo são razoavelmente bem documentados, mas pouco se sabe sobre o desenvolvimento de RNPT Tardios (RNPT T). OBJETIVOS: Analisar o desenvolvimento motor de RNPT T desde o nascimento até a idade corrigida de termo e comparar ao de recém-nascidos de termo (RNT) ao nascer. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de coorte, prospectivo, com 29 RNPT Te 88 RNT de 4 hospitais credenciados à rede pública de saúde no município de Cuiabá/MT. OS RNPT T foram submetidos à avaliação motora através do Test of Infant Motor Performance (TIMP) ao nascer, realizaram US de crânio nas duas primeiras semanas de vida e repetiram o TIMP a cada duas semanas até a idade equivalente ao termo, bem como as medidas de peso, comprimento e perímetro cefálico. Ao termo, foi realizada uma avaliação neurológica pelo método de Dubowitz. Os RNT foram submetidos à avaliação motora pelo TIMP e neurológica de Dubowitz ao nascer. ANÁLISE ESTATÍSTICA: O tamanho da amostra definiu 29 crianças no grupo RNPT T, considerando um poder de teste de 80% e nível de significância de 5%. As análises basearam-se nos testes Exato de Fisher e Qui Quadrado e para comparação das variáveis quantitativas, os testes t de Student para duas amostras pareadas e teste t de Student para duas amostras independentes. Para análise dos fatores preditores do TIMP ao T foi realizada Regressão Múltipla Linear. RESULTADOS: Dos 29 RNPT T avaliados, 23 (79,3%) apresentaram US de crânio dentro da normalidade, 2 (6,9%) hemorragia intracraniana (HIC) grau I e 4 (13,8%) HIC grau I bilateral. O escore total do TIMP aumentou significativamente a partir de 38 - 39 semanas no grupo RNPT T (51,9 ± 5,8 às 34-35 sem, 53,6 ± 6,4 às 36-37 sem, 57,7 ± 7,3 às 38-39 sem e 62,6 ± 5,2 às 40 sem) (p < 0,05). As médias dos escores do TIMP de RNPT T em idades equivalentes às dos RNT ao nascer foram, às 38- 39 sem, de 57,7 ± 7,3 e 59,8 ± 6,4 e, às 40 sem, de 62,6 ± 5,2 e 61,7 ± 5,0,respectivamente, sem diferenças estatísticas entre estes. Por análise de regressão múltipla linear foram identificados a idade materna e o perímetro cefálico como preditores do TIMP em RNPT T em idade equivalente ao termo. Não foram encontradas diferenças ao comparar os escores das avaliações neurológicas pelo método Dubowitz de RNPT T aos de termo ao nascer. CONCLUSÃO: RNPT T de baixo risco podem apresentar evolução motora com aumento significante a partir de 38-39 semanas pós-termo, alcançando desempenho motor em idade equivalente ao termo, semelhante ao de RNT ao nascer. A idade materna e o PC foram identificados como preditores do escore do TIMP em RNPT T à idade corrigida de termo / INTRODUCTION: Reports on the motor development of extremely preterm infants are frequent in the literature, but little is known about the development of late preterm infants (LPI). OBJECTIVES: To analyze the motor development of LPI from birth until term-corrected age, and compare with that of term infants (TI) at birth. METHODS: A cohort study was performed, in which the Test of Infant Motor Performance (TIMP) was administered to 29 LPI at birth and repeated every two weeks until term-corrected age, as well as the anthropometric measures of weight, length and head circumference. A cranial ultrasound (US) in the first two weeks of age and a Dubowitz neurological assessment were administered to LPI at term corrected age. The TIMP and the Dubowitz neurological examination were administered to TI at birth. STATISTICAL ANALYSIS: The sample size was defined as 29 LPI, considering a test power of 80 % and a significance level of 5. Qualitative variables were compared using the Fisher exact test and Chi Square and Student\'s t test for two samples and paired Student\'s t test for two independent samples for quantitative variables. The multiple linear regression was performed for analysis of predictors of TIMP at term time. RESULTS: Among the 29 LPI evaluated, 23 (79.3%) had a cranial US within normal limits, 2 (6.9%) intracranial hemorrhage (ICH) grade I, and 4 (13.8%) bilateral ICH grade I. The mean TIMP score and standard deviation of LPI was 51.9 ± 5.8 at 34-35 weeks and 62.6 ± 5.2 at 40 weeks. There was a significant increase at 38-39 weeks in the LPI group (p < 0.05). There were no significant differences in the motor evaluations between LPI at the age equivalent to TI at birth (38-39 weeks and 40 weeks). The growth of LPI until term was adequate in relation to Alexander curve. After multiple linear regression we found that maternal age and head circumference were predictors of TIMP in LP at term age. No differences were found when comparing the scores of neurological assessments by Dubowitz between LPI and T infants. CONCLUSION: Low risk LPI presented a gradual progression of motor development until the term-corrected age, but differences with TI at birth were not detected. Maternal age and head circumference were identified as predictors of TIMP score at term in LPI
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Pappors upplevelser av neonatalvård

KARLSSON, LINNEA, PETTERSSON, EVELINA January 2012 (has links)
Var tionde till femtonde barn som föds hamnar på neonatalvårdavdelningar. Barnen är sjuka och behöver specialistvård. När detta sker förändras föräldrarnas livsvärldar. Sjuksköterskor behöver därför få en ökad kunskap om pappornas förändrade livsvärldar, för att kunna lindra deras lidande. De behöver även få en ökad förståelse av att vårda hela familjen, för att även kunna se till pappornas vårdbehov. Därför är syftet med denna forskning att beskriva pappornas upplevelser av neonatalvården. Metoden utgår från en analys av bloggar hämtade från Internet. Resultatet leder till tre kategorier: Neonatalvården upplevs kaosartad, Neonatalvården upplevs styrkande och Neonatalvården upplevs meningsfull. Det framkommer i resultatet att papporna upplever ett lidande när de känner förvirring, maktlöshet och får skuldkänslor. De känner närhet till sina barn när de får sitta i känguruposition. När papporna blir delaktiga i sina barns vård känner de en meningsfullhet och ett välmående. I diskussionen framkommer det att papporna behöver god och ärlig information från vårdpersonalen. När papporna sitter i känguruposition kan de knyta an till sina barn och deras föräldraroller stärks. När vårdpersonalen har en positiv attityd mot papporna, underlättas delaktigheten. / Program: Sjuksköterskeutbildning
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A vivência materna no contato pele a pele para alívio da dor em prematuros submetidos ao teste do pezinho em unidade neonatal / The experience of mothers in skin-to-skin contact to alleviate pain in preterm infants undergoing the heel prick test in a neonatal unit

Santos, Aline Carolina de Araujo 21 December 2015 (has links)
A dor no recém-nascido é um fenômeno complexo, constituído por diferentes estímulos e tipos de dor, que pode envolver várias combinações de receptores e mecanismos do sistema nervoso em desenvolvimento. No Brasil, é direito de cidadania da criança e do adolescente não sentir dor, quando existirem meios de evitá-la. Esse direito também está previsto na Declaração Universal dos Diretos do Prematuro, segundo a qual a dor do prematuro deverá ser sempre considerada, prevenida e tratada por meio dos processos disponibilizados pela ciência atual. Entre as medidas não farmacológicas para o manejo da dor aguda decorrente de procedimentos de apoio ao diagnóstico e terapêuticos, tem-se particular interesse no contato materno pele a pele, por sua comprovada efetividade no alívio da dor em prematuros. Pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente da EERP-USP, preocupados com a problemática da dor em recém-nascidos a termo e pré-termo e crianças, desenvolveram pesquisas que comprovaram a eficácia deste contato também para o alívio da dor durante a coleta do teste do pezinho. O intuito do grupo, assim como o de outros pesquisadores, é reduzir a lacuna entre o conhecimento produzido e a prática clínica para a avaliação e o manejo da dor em crianças, incentivando a participação materna e da família. A atual motivação reside em investigar a perspectiva materna no processo de alívio da dor aguda do recém-nascido pré-termo mediada pelo contato pele a pele. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar os significados atribuídos pela mãe em sua vivência de contato pele a pele com seu filho prematuro para o alívio da dor decorrente da coleta do teste do pezinho em unidade neonatal. Trata-se de estudo descritivo, na abordagem qualitativa, tendo como quadro teórico o cuidado humanizado, integral e centrado na família. Realizou-se a investigação na unidade de cuidado intermediário neonatal do hospital universitário de Ribeirão Preto - SP. Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada com 15 mães de prematuros. Da análise de conteúdo dos discursos emergiram seis eixos temáticos: Pele a pele mãe e filho gera prazer; Pele a pele tranquiliza e acalma o bebê; Contato materno pele a pele alivia a dor do prematuro; Contato pele a pele insere a mãe no cuidado do filho mesmo durante procedimento doloroso - resgata o papel materno; Desejo de realizar o contato pele a pele durante outros procedimentos com o filho prematuro; e Indicando e incentivando o pele a pele para outras mães. Constata-se que as mães possuem sentimentos positivos reconhecendo que o contato pele a pele com o filho promove alívio da dor, com consequente redução de manifestações comportamentais durante o teste do pezinho. Os significados atribuídos a esta vivência materna corroboram estudos que mostram a redução da reatividade biocomportamental do prematuro em posição canguru, cuja prática deve ser amplamente utilizada para o alívio da dor decorrente de procedimentos dolorosos / Pain among newborns is a complex phenomenon composed of different stimuli and types of pain, which may involve various combinations of receptors and mechanisms of the developing nervous system. In Brazil, children and adolescents are entitled not to suffer pain whenever it is avoidable. In addition, there is the Universal Declaration of the Rights of Preterm Infants, in which it is stated that the pain of a premature infant should also taken into account, prevented and treated using processes enabled by current science. Among the non-pharmacological measures used to handle acute pain accruing from procedures that support diagnosis and therapeutic action, there is special interest in skin-to-skin contact with the mother, the effectiveness of which has been proven to alleviate pain among preterm infants. Researchers from the Research Group in Nursing Care Provided to Children and Adolescents at EERP-USP, concerned with pain among at term and preterm infants and children conducted research that proved the efficacy of skin-to-skin contact in the alleviation of pain during the heel prick screening test, among others. They work to reduce the gap between knowledge and clinical practice in regard to assessment and handling pain among children, encouraging the participation of both mother and family. Currently, the motivation is to investigate the maternal perspective of the process of alleviating acute pain in preterm newborns, mediated by skin-to-skin contact. This study\'s objective was to analyze the meanings assigned by mothers to their experience of skin-to-skin contact with their preterm children to alleviate the pain accruing from the heel prick test in a neonatal ward. The theoretical framework of this descriptive study with qualitative approach is integral, humanized and family- centered care. The study was conducted in the neonatal intermediate care unit at the University hospital at Ribeirão Preto, SP, Brazil. Data were collected through semi- structured interviews conducted with 15 mothers of preterm infants after free and informed consent forms were signed. Content analysis was used to analyze data, from which six thematic axes emerged: Mother and child skin-to-skin contact generates pleasure; Skin-to-skin reassures and calms down the baby; Maternal skin- to-skin contact alleviates pain in preterm infants; Skin-to-skin contact included the mother in the care provided to the child even during a painful procedure - redeems the maternal role; Desire to have skin-to-skin contact during other procedures with the preterm child; and Encouraging other mothers to practice skin-to-skin contact. The mothers reported positive feelings, acknowledging that skin-to-skin contact with their children promotes pain relief and that behavioral manifestations decreased during the heel prick test. The meanings assigned to this maternal experience corroborate studies that show reporting reduced biobehavioral reactiveness among preterm infants in the kangaroo position, a practice that should be widely used to alleviate pain accruing from painful procedures
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Morbidade de crianças com baixo peso ao nascer durante o primeiro ano de vida na cidade de Sobral, Ceará / Morbidity of children with low birth weight during the first year of life in the city of Sobral, Ceará

Pinto, Juliana Rodrigues 13 September 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O baixo peso ao nascer representa fator de risco importante para a morbidade e mortalidade neonatal e infantil, sendo acompanhado por prematuridade, retardo de crescimento intra-uterino, ou ambos os fatores. OBJETIVO: Estudar as características maternas, perinatais, ambientais, econômicas, evolução ponderoestatural e alimentação das crianças nascidas com baixo peso e sua interação no aumento da morbidade durante o primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo realizado na cidade de Sobral, Ceará, no período de três anos (2005 a 2007) onde foram incluídas 261 crianças nascidas com baixo peso (BP) e acompanhadas pelo Programa de Saúde da Família. Foi utilizado a Base de Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e revisão de prontuários hospitalares e ambulatoriais destas crianças para coleta de dados, quantificação e causa das consultas e internações. Para análise das variáveis foram realizadas distribuições de freqüência, Odds Ratio (OR), respectivos intervalos de confiança (95%) e significância estatística das associações. A análise final de associação utilizou modelo de regressão multivariado para avaliar os fatores de risco relacionados com o aumento da morbidade. RESULTADOS: Entre as 261 crianças estudadas, a média da idade materna foi de 24 anos, sendo que 29,12% das mães eram adolescentes. Cerca de 41,76 % das mães eram solteiras e 31,42% casadas ou com união estável, e 24,14% eram sem escolaridade. Quanto às características perinatais, 52,11% das crianças nasceram de parto vaginal, 52,49% pré-termos; 55,56% eram do sexo feminino, 98,08% das crianças obtiveram Apgar de 5 minutos maior que 6. O peso médio de nascimento foi de 2140 g, sendo que 72,03% das crianças nasceram com peso entre 2000 e 2500 g. Houve incremento do escore-z de peso até os quatro meses de idade cronológica para crianças nascidas a termo e idade gestacional corrigida para os pré-termo em cerca de 87% das crianças e 45% do escore-z do comprimento. O índice de aleitamento materno exclusivo foi de 26,05% e 8,43% até os 4 e 6 meses de idade respectivamente. Observou-se que 13,97% das crianças residiam em casa de taipa, 36,49% dos domicílios utilizavam fogão a lenha e 36,11% viviam com renda familiar inferior a um salário mínimo. Quanto a morbidade, as 261 crianças nascidas com baixo peso realizaram 1103 consultas por motivo de doença no Programa de Saúde de Família, tendo como causa principal infecções respiratórias agudas. Ocorreram 469 consultas ocorreram em emergência pediátrica e 156 internações hospitalares, principalmente no período neonatal. Foram identificados como fatores de risco para maior morbidade: a) Interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses o qual esteve associado a presença de consulta em emergência (OR 3,07; p<0,001); b) Idade gestacional e peso de nascimento baixos, com maior probabilidade de internação no período neonatal (OR 6,26; p<0,001); c) Prematuridade e a ausência de recuperação de peso até os 4 meses estiveram associados a internação por pneumonia, diarréia aguda e outros motivos (OR 5,15 e 0,65; p = 0,036 e 0,013, respectivamente). As demais variáveis não tiveram relação com a morbidade estudada. CONCLUSÃO: A prematuridade, a interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses e a ausência do incremento de peso estiveram associadas a maior morbidade nas crianças de baixo peso ao nascer. Nesta população atendida pelo PSF, as características maternas, ambientais e econômicas não estiveram associadas à maior morbidade / BACKGROUND: Low birth weight represents an important risk factor for neonatal and infant morbidity and mortality, accompanied by prematurity, intrauterine growth restriction, or both. OBJECTIVE: To study maternal, perinatal, environmental, economic characteristics, growth and feeding of children with low birth weight and their interaction in the increased morbidity during the first year of life. METHODS: A retrospective cohort study conducted in the city of Sobral, Ceará, in the period of three years (2005-2007) which included 261 children with low birth weight (LBW) and followed by the Family Health Program. We used the database of the Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) and review data collection of hospital and ambulatory records of these children, quantification and causes of emergency room visits and hospitalizations. For analysis of the variables, were used frequency distributions, odds ratio (OR), confidence intervals (95%) and statistical significance of associations. The final analysis of association used logistic regression analysis to assess the risk factors associated with increased morbidity. RESULTS: Among 261 children studied, the average maternal age was 24 years, and 29.12% of mothers were teenagers. Approximately 41.76% were single mothers and 31.42% were married or with a stable union, and 24.14% were uneducated. Regarding perinatal characteristics, 52.11% were born vaginally, 52.49% were preterm, 55.56% were female and 98.08% of the children had Apgar 5 minutes greater than 6. The average birth weight was 2140 g, and 72.03% of children born weighing between 2000 and 2500 g. There was catch up in weight to four months of chronological age for children born at term and corrected gestational age for preterm at around 87% and 45% in height. The rate of exclusive breastfeeding was 26.05% and 8.43% to 4 and 6 months of age respectively. It was observed that 13.97% of children lived in wattle and daub house, 36.49% of households used wood stoves, and 36.11% lived with less than one minimum wage. As for morbidity, the 261 children born with low birth weight were 1103 visits due to illness in the Family Health Program, with the main cause was acute respiratory infections. There were 469 emergency visits and 156 pediatric emergency hospital admissions, especially in the neonatal period. Were identified as risk factors for increased morbidity: a) interruption of exclusive breastfeeding before 4 months which was associated with the presence of emergency consultation (OR 3.07, p <0.001), b) low gestational age and birth weight, with a greater likelihood of hospitalization in the neonatal period (OR 6.26, p <0.001), c) Prematurity and the no catch up in weight at to 4 months of age were associated with hospitalization for pneumonia, diarrhea and other reasons (OR 5, 15 and 0.65, p = 0.036 and 0.013, respectively). The other variables were not associated with morbidity study. CONCLUSION: Prematurity, interruption of exclusive breastfeeding before four months and no catch up growth were associated with greater morbidity in children with low birthweight. In the population served by the PSF, maternal characteristics, environmental and economic were not associated with increased morbidity
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Evaluation of an educational video for mothers caring for their preterm infants following hospital discharge.

January 2005 (has links)
Lee Chor To. / Thesis (M.Phil.)--Chinese University of Hong Kong, 2005. / Includes bibliographical references (leaves 102-112). / Abstracts in English and Chinese. / List of appendices --- p.xi / List of tables --- p.xii / List of figures --- p.xii / Chapter CHAPTER 1. --- INTRODUCTION --- p.1 / Chapter CHAPTER 2. --- LITERATURE REVIEW / Introduction --- p.3 / Prematurity --- p.3 / Parental feelings of a preterm birth --- p.5 / Transition from hospital to home care --- p.11 / Maternal information need --- p.13 / Discharge education --- p.15 / Use of video education --- p.18 / Summary --- p.21 / Chapter CHAPTER 3. --- OBJECTIVES AND METHODOLOGY / Aims and Objectives --- p.22 / Operational definitions --- p.23 / Research design --- p.23 / Sample --- p.24 / Inclusion criteria --- p.24 / Sample size --- p.25 / Sampling procedure --- p.26 / Educational program of infant care --- p.27 / Usual care --- p.27 / Educational video --- p.27 / Data collection methods --- p.30 / Phase I: / Instruments --- p.31 / Chinese version State Scale of the State-Trait Anxiety Inventory for Adults --- p.31 / The Chinese version of the Maternal Confidence Questionnaire --- p.31 / Knowledge Test Infant Care --- p.33 / Social Support Questionnaire --- p.35 / Demographic information --- p.35 / Satisfaction Questionnaire of the Video Education --- p.36 / Date Collection procedure in Phase I --- p.37 / Phase II: / Instrument --- p.39 / Interview guide --- p.39 / Data collection procedure in Phase II --- p.39 / Data analysis --- p.40 / Phase I of the quantitative data --- p.40 / Phase II of the qualitative data --- p.41 / Pilot study --- p.42 / Ethical considerations --- p.42 / Chapter CHAPTER 4. --- FINDINGS / Introduction --- p.44 / Phase I / Sample --- p.45 / Sociodemographic and other characteristics of participating women --- p.45 / Demographic characteristics of infants --- p.46 / Comparison of sociodemographic data between groups --- p.47 / "Maternal outcomes of knowledge, confidence and anxiety about infant care" --- p.52 / Knowledge of infant care --- p.52 / Confidence in infant care --- p.53 / Anxiety concerning infant care --- p.55 / Correlation between outcome measures and sociodemographic data --- p.56 / Video group women perceived satisfaction of the study video --- p.58 / Summary of major findings in Phase I --- p.61 / Phase II / Characteristics of informants --- p.62 / Six categories emerged from the content analysis --- p.63 / Feelings about infant care at home --- p.64 / Concerns about the infant --- p.65 / Perceptions of the discharge process --- p.67 / Sources of support --- p.69 / Help-seeking activities --- p.70 / Perceptions of the usefulness of video education --- p.74 / Differences and similarities in the perceptions of the video group and non-video group women about the experience of caring for their infants at home --- p.77 / Summary of major findings in Phase II --- p.78 / Chapter CHAPTER 5. --- DISCUSSION / Introduction --- p.80 / Sociodemographic characteristics of participants --- p.80 / Effects of video education on knowledge of infant care --- p.83 / Effects of video education on confidence about infant care --- p.85 / Effects of video education on anxiety about infant care --- p.88 / Women's feelings about caring for infants at home and their information need --- p.90 / Preferred methods of learning about infant care --- p.92 / Contributions of the study video --- p.93 / Chapter CHAPTER 6. --- CONCLUSION / Limitations --- p.96 / Implications for nursing practice --- p.98 / Recommendations for farther research --- p.100 / Conclusion --- p.101 / REFERENCES --- p.102 / APPENDICES / Appendix 1a State Scale of State-Trait Anxiety Inventory for Adults (English) --- p.113 / Appendix 1b State Scale of State-Trait Anxiety Inventory for Adults (Chinese) --- p.114 / Appendix 2a Maternal Confidence Questionnaire (English) --- p.115 / Appendix 2b Maternal Confidence Questionnaire (Chinese) --- p.116 / Appendix 3a Knowledge Test of Infant Care (English) --- p.117 / Appendix 3b Knowledge Test of Infant Care (Chinese) --- p.120 / Appendix 4a Social Support Questionnaire (English) --- p.123 / Appendix 4b Social Support Questionnaire (Chinese) --- p.125 / Appendix 5 Demographic information --- p.127 / Appendix 6a Satisfaction Questionnaire of the Video Questionnaire (English) --- p.128 / Appendix 6b Satisfaction Questionnaire of the Video Questionnaire (Chinese) --- p.129 / Appendix 7a Interview guide (English) --- p.130 / Appendix 7b Interview guide (Chinese) --- p.131 / Appendix 8a Ethics approval 2001 --- p.132 / Appendix 8b Ethics approval 2004 --- p.133 / Appendix 9 Permission from Prince of Wales Hospital --- p.134 / Appendix 10 Consent form --- p.135 / Appendix 11 Comments about the video provided by video group women --- p.136 / Appendix 12 Other topics of interest provided by video group women --- p.137
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Morbidade de crianças com baixo peso ao nascer durante o primeiro ano de vida na cidade de Sobral, Ceará / Morbidity of children with low birth weight during the first year of life in the city of Sobral, Ceará

Juliana Rodrigues Pinto 13 September 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O baixo peso ao nascer representa fator de risco importante para a morbidade e mortalidade neonatal e infantil, sendo acompanhado por prematuridade, retardo de crescimento intra-uterino, ou ambos os fatores. OBJETIVO: Estudar as características maternas, perinatais, ambientais, econômicas, evolução ponderoestatural e alimentação das crianças nascidas com baixo peso e sua interação no aumento da morbidade durante o primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo realizado na cidade de Sobral, Ceará, no período de três anos (2005 a 2007) onde foram incluídas 261 crianças nascidas com baixo peso (BP) e acompanhadas pelo Programa de Saúde da Família. Foi utilizado a Base de Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e revisão de prontuários hospitalares e ambulatoriais destas crianças para coleta de dados, quantificação e causa das consultas e internações. Para análise das variáveis foram realizadas distribuições de freqüência, Odds Ratio (OR), respectivos intervalos de confiança (95%) e significância estatística das associações. A análise final de associação utilizou modelo de regressão multivariado para avaliar os fatores de risco relacionados com o aumento da morbidade. RESULTADOS: Entre as 261 crianças estudadas, a média da idade materna foi de 24 anos, sendo que 29,12% das mães eram adolescentes. Cerca de 41,76 % das mães eram solteiras e 31,42% casadas ou com união estável, e 24,14% eram sem escolaridade. Quanto às características perinatais, 52,11% das crianças nasceram de parto vaginal, 52,49% pré-termos; 55,56% eram do sexo feminino, 98,08% das crianças obtiveram Apgar de 5 minutos maior que 6. O peso médio de nascimento foi de 2140 g, sendo que 72,03% das crianças nasceram com peso entre 2000 e 2500 g. Houve incremento do escore-z de peso até os quatro meses de idade cronológica para crianças nascidas a termo e idade gestacional corrigida para os pré-termo em cerca de 87% das crianças e 45% do escore-z do comprimento. O índice de aleitamento materno exclusivo foi de 26,05% e 8,43% até os 4 e 6 meses de idade respectivamente. Observou-se que 13,97% das crianças residiam em casa de taipa, 36,49% dos domicílios utilizavam fogão a lenha e 36,11% viviam com renda familiar inferior a um salário mínimo. Quanto a morbidade, as 261 crianças nascidas com baixo peso realizaram 1103 consultas por motivo de doença no Programa de Saúde de Família, tendo como causa principal infecções respiratórias agudas. Ocorreram 469 consultas ocorreram em emergência pediátrica e 156 internações hospitalares, principalmente no período neonatal. Foram identificados como fatores de risco para maior morbidade: a) Interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses o qual esteve associado a presença de consulta em emergência (OR 3,07; p<0,001); b) Idade gestacional e peso de nascimento baixos, com maior probabilidade de internação no período neonatal (OR 6,26; p<0,001); c) Prematuridade e a ausência de recuperação de peso até os 4 meses estiveram associados a internação por pneumonia, diarréia aguda e outros motivos (OR 5,15 e 0,65; p = 0,036 e 0,013, respectivamente). As demais variáveis não tiveram relação com a morbidade estudada. CONCLUSÃO: A prematuridade, a interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses e a ausência do incremento de peso estiveram associadas a maior morbidade nas crianças de baixo peso ao nascer. Nesta população atendida pelo PSF, as características maternas, ambientais e econômicas não estiveram associadas à maior morbidade / BACKGROUND: Low birth weight represents an important risk factor for neonatal and infant morbidity and mortality, accompanied by prematurity, intrauterine growth restriction, or both. OBJECTIVE: To study maternal, perinatal, environmental, economic characteristics, growth and feeding of children with low birth weight and their interaction in the increased morbidity during the first year of life. METHODS: A retrospective cohort study conducted in the city of Sobral, Ceará, in the period of three years (2005-2007) which included 261 children with low birth weight (LBW) and followed by the Family Health Program. We used the database of the Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) and review data collection of hospital and ambulatory records of these children, quantification and causes of emergency room visits and hospitalizations. For analysis of the variables, were used frequency distributions, odds ratio (OR), confidence intervals (95%) and statistical significance of associations. The final analysis of association used logistic regression analysis to assess the risk factors associated with increased morbidity. RESULTS: Among 261 children studied, the average maternal age was 24 years, and 29.12% of mothers were teenagers. Approximately 41.76% were single mothers and 31.42% were married or with a stable union, and 24.14% were uneducated. Regarding perinatal characteristics, 52.11% were born vaginally, 52.49% were preterm, 55.56% were female and 98.08% of the children had Apgar 5 minutes greater than 6. The average birth weight was 2140 g, and 72.03% of children born weighing between 2000 and 2500 g. There was catch up in weight to four months of chronological age for children born at term and corrected gestational age for preterm at around 87% and 45% in height. The rate of exclusive breastfeeding was 26.05% and 8.43% to 4 and 6 months of age respectively. It was observed that 13.97% of children lived in wattle and daub house, 36.49% of households used wood stoves, and 36.11% lived with less than one minimum wage. As for morbidity, the 261 children born with low birth weight were 1103 visits due to illness in the Family Health Program, with the main cause was acute respiratory infections. There were 469 emergency visits and 156 pediatric emergency hospital admissions, especially in the neonatal period. Were identified as risk factors for increased morbidity: a) interruption of exclusive breastfeeding before 4 months which was associated with the presence of emergency consultation (OR 3.07, p <0.001), b) low gestational age and birth weight, with a greater likelihood of hospitalization in the neonatal period (OR 6.26, p <0.001), c) Prematurity and the no catch up in weight at to 4 months of age were associated with hospitalization for pneumonia, diarrhea and other reasons (OR 5, 15 and 0.65, p = 0.036 and 0.013, respectively). The other variables were not associated with morbidity study. CONCLUSION: Prematurity, interruption of exclusive breastfeeding before four months and no catch up growth were associated with greater morbidity in children with low birthweight. In the population served by the PSF, maternal characteristics, environmental and economic were not associated with increased morbidity
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Cateterismo central por inserção periférica em UTI neonatal de nível terciário: incidência de complicações e fatores de risco associados / Percutaneously inserted central catheter in neonatal intensive care unit tertiary level: incidence of complications and associated risk factors

Neusa Keico Sakita 29 September 2009 (has links)
O cateter central de inserção periférica (PICC) é um dispositivo com utilização crescente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivos Caracterizar a incidência de complicações e os fatores de risco associados à passagem do PICC em recém-nascidos pré-termo (RNPT) internados em uma UTIN de nível terciário. Casuística e Métodos: Foram estudados 128 recémnascidos pré-termo internados na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de janeiro de 2004 a julho de 2007. O estudo foi prospectivo tipo coorte não comparado realizado através da coleta de dados dos RNPT obtidos dos prontuários e pela coleta de informações de um formulário preenchido pelo profissional responsável pela inserção do cateter. A média da idade gestacional foi de 32,2 semanas e o peso médio dos RNPT foi de 1336 gramas (g). Resultados: Dos 128 pacientes estudados, 68 (53,1%) eram do sexo feminino. Com relação ao diagnóstico admissional dos RNPT, a doença das membranas hialinas esteve presente em 44 (34,4 %), desconforto respiratório não classificado em 28 (21,9%), risco infeccioso em 23 (18%), malformação digestiva em 18 (14%) foram os mais comuns. O número total de PICC inseridos foi de 148, sendo que 114 (89%) dos neonatos receberam um cateter, nove (7%) dois, quatro (3%) receberam três cateteres e um recebeu quatro cateteres. A proporção de sucesso da punção venosa em uma tentativa foi de 49,3%, duas tentativas 27,7% e três tentativas 12,8 %. A veia safena magna foi a mais utilizada (70,9%) para as inserções. O tempo médio de permanência do cateter foi de 19,8 dias com um mínimo de um dia e o máximo de 65 dias. As principais complicações observadas foram colonização do cateter(17,3%), quebra do conector e deslocamento(17,7%) (obstrução (6,8%), edema/infiltração (10,1%) ; Os principais preditores de complicações foram: idade gestacional e indicação do cateter pela necessidade de politerapia; O principal motivo da retirada do PICC foi término do tratamento em 47(31,8%), complicações em 75(50,6%) ou devido a morte do paciente em 26(17,6%). Conclusões: O número de cateteres insertados funcionou como indicador de experiência. Quando se excluiu das complicações a quebra mecânica do cateter, não relacionado aos cuidados, a probabilidade de complicação mostrou-se 1,64 vez mais provável antes da habilitação do que após a mesma. A idade à inserção, ou idade cronológica, mudou significantemente do primeiro (2004-5) para o segundo período de estudo (2006-7): 13,2 para 4,8 dias, respectivamente. A diferença de 8,4 dias na indicação do cateter pelos médicos neonatologistas provavelmente se deveu a maior segurança com o procedimento e a competência dos enfermeiros envolvidos com a passagem do cateter / The percutaneously inserted central catheter (PICC) is a device with increased use in Neonatal Intensive Care Units (NICU). Objectives Describe the incidence of complications and associated risk factors with the insertion of the PICC in preterm infants (PTI) admitted to NICU. Material and Methods: This was a non comparative prospective cohort study by collecting data from PTI hospitalized in a referral Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of Child\'s Institute of the Hospital das Clinicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo. Data were obtained from information registered in patients medical records and from a filled form by the professional in charge the insertion of the catheter. From January 2004 to July 2007, 128 preterm newborns hospitalized in NICU were included in this study. The average gestational age was 32.2 weeks and the average weight was 1336 grams. Results: Of the 128 patients studied, 68 (53.1%) were female. The most prevalent admission diagnoses were the hialine membrane disease in 44 (34.4%), unclassified respiratory distress in 28 (21.9%), infectious risk in 23 (18%), gastrointestinal malformation in 18 (14%). The total number of PICC inserted was 148, 114 neonates (89%) received just one catheter, nine (7%) two, four (3%) three catheters and one received four catheters. The average frequency of successful first venipuncture attempt was 49.3%, two attempts in 27.7% and three attempts in 12.8%. The saphenous vein was the most frequently used (70.9%) for the insertions. The mean duration time of catheters was 19.8 days and the minimum time was one day and maximum time was 65 days. The most frequent complications observed were colonization of the catheter (17,3%), break the connector and dislocation (17.7%) obstruction (6.8%), edema / infiltration (10.1%). The most probable predictors of complications were gestational age and indication of catheter by the need for polytherapy. The main reason for catheter removal were end complication in 68 (46,1%), end of treatment, 54 (36,4%) or death in 26 (17.5%). Conclusion: The number of catheters inserted was an indicator of work experience. When were excluded the complications of mechanical breakage of the catheter, not related to care, but the possible poor quality of the product, the likelihood of complications proved to be 1.64 times more frequent than after it. The age at insertion, or chronological age, changed significantly in the first (2004-5) for the second study period (2006-7): 13.2 to 4.8 days, respectively. The difference of 8.4 days in the indication of the catheter by doctors is probably due to their confidence with the procedure and competence of nurses involved with the insertion of the catheter
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Manipulação de recém-nascidos pré-termo: o cenário na UTI neonatal de um hospital do interior paulista / Handling preterm infants: the scenario at the neonatal ICU of a hospital in the interior of São Paulo State.

Fabíola Lima Pereira 14 December 2009 (has links)
Introdução: O progresso tecnológico nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) possibilitou o aumento da sobrevida de recém-nascidos pré-termo (RNPT) muito imaturos. Este avanço tornou a UTIN estressante devido ao grande número de procedimentos invasivos, aos equipamentos, à presença de luz, ao ruído e à manipulação excessiva que contribuem para as alterações no desenvolvimento dos prematuros. Objetivo: Descrever a manipulação a que o RNPT é submetido na UTIN de um hospital do interior paulista. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório realizado com 20 RNPT, os quais foram filmados, durante 24 horas consecutivas. As manipulações foram categorizadas em: monitoramento, terapêutica e de cuidado. Os procedimentos realizados conjuntamente foram considerados como uma manipulação na contagem da frequência de manipulações do RN. A duração foi registrada do início até o término de cada procedimento e, quando agrupado, foi considerado o momento exato do primeiro procedimento até o término do último, totalizando o período de uma manipulação em agrupamento. Resultados: Houve um total de 768 manipulações e 1.341 procedimentos, com médias de 38,4 e 67,05 respectivamente. As manipulações com apenas um procedimento (504) representaram 65,6% dos casos, e os agrupamentos contiveram de 2 a 10 procedimentos. Os profissionais foram responsáveis por 680 situações (91,8%) das manipulações contra 61 (8,2%) dos familiares. Os auxiliares de enfermagem foram os que mais manipularam os RNPT, com 597 (80%) manipulações realizadas apenas por eles e 5 manipulações auxiliando outros profissionais. A duração média do período de manipulação foi de 2 horas (h) 26 minutos (min) e 33 segundos (s). A mediana foi de 2 h 15 min 29 s e o desvio-padrão de 1 h 41 min 30 s. A duração total de tempo em que os RNPT foram submetidos à manipulação foi de 48 h 51 min, 9,37% do total de filmagem. O prematuro mais manipulado, durante as 24 horas, foi o RNPT3, com 5 h 9 min e 9 s em manipulação, e o RNPT17 foi manipulado no menor período de tempo, 53 min e 15 s. Os RNPT tiveram, em média, 19 h 28 min e 46 s sem ter sido manipulados contra 4 h 16 min 42 s de tempo de manipulação. A mediana do tempo sem manipulação foi de 19 h 44 min e 16 s e o desvio-padrão de 1 h 36 min e 53 s. O prematuro que teve o maior período sem ser manipulado, de forma ininterrupta, foi o RNPT18 com 5 horas 16 minutos e 18 segundos , e o que teve menor período máximo de descanso foi o RNPT2, com 30 min e 12 s. Conclusão: as manipulações individuais representaram a maior parte das manipulações, e, quando ocorrem os agrupamentos de cuidados, não houve uma organização dos procedimentos. Houve poucos procedimentos que visaram ao cuidado desenvolvimental. Preserva-se a manipulação com duração menor que 1 minuto, ainda que em frequências menores do que nos estudos anteriores. Ficou evidente a escassa participação da mãe e dos familiares no cuidado ao RNPT, apesar de a visita materna ser facilitada pela equipe. É necessário um envolvimento da equipe para promover maior participação dos familiares no cuidado aos RNPT. / Introduction: Technological progress at Neonatal Intensive Care Units (NICU) has allowed for increased survival of very immature preterm infants (PI). This advance has turned the NICU a stressful unit, due to the large number of invasive procedures, equipments, the presence of light, noise and excessive handling, contributing to alterations in the infants\' development. Objective: To describe the handling PI\'s are submitted to at the NICU of a hospital in the interior of São Paulo state. Method: Descriptive and exploratory study, involving 20 PI\'s who were filmed for 24 consecutive hours. The handling was categorized as: monitoring, therapeutics and care. Procedures carried out together were considering as one single manipulation in counting PI handling frequency. The duration was registered from the start until the end of each procedure and, when grouped, the exact moment when the first procedure started until the end of the last procedure totaled the group manipulation period. Results: In total, 768 manipulations and 1,341 procedures were counted, with averages amounting to 38.4 and 67.05, respectively. Manipulations involving only one procedure (504) represented 65.6% of cases, and grouped manipulations contained between 2 and 10 procedures. Professionals were responsible for 680 handling situations (91.8%), against 61 (8.2%) for relatives. Nursing auxiliaries were the professionals that most handled the PI\'s, performing 597 (80%) manipulations alone and 5 to help other professionals. The mean duration of the handling period was 2 hours (h) 26 minutes (min) and 33 seconds (s), with 2 h 15 min 29 s as the median and 1 h 41 min 30 s as the standard deviation. The total time during which PI\'s were submitted to manipulation was 48 h 51 min, i.e. 9.37% of total recordings. The most handled infant during the 24 hours was PI3, subject to 5 h 9 min and 9 s, against PI17 with the shortest handling time, 53 min and 15 s. The PI\'s mean time without handling was 19 h 28 min and 46 s, against 4 h 16 min 42 s of manipulation. The median time without manipulation was 19 h 44 min and 16 s and the standard deviation 1 h 36 min and 53 s. The infant with the longest uninterrupted period without handling was PI18, with 5 h 16 min and 18 s, against PI2 with the shortest maximum rest time, i.e. 30 min and 12 s. Conclusion: Most manipulations were individual and, when care is grouped, procedures were not organized. Few procedures were aimed at developmental care. Manipulations taking less than 1 minute still continue, although less frequently than in earlier studies. The scarce participation of mothers and relatives in PI care was evidenced, although the team facilitates maternal visits. Greater involvement by the team is needed to promote greater family participation in PI care.
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Cateterismo central por inserção periférica em UTI neonatal de nível terciário: incidência de complicações e fatores de risco associados / Percutaneously inserted central catheter in neonatal intensive care unit tertiary level: incidence of complications and associated risk factors

Sakita, Neusa Keico 29 September 2009 (has links)
O cateter central de inserção periférica (PICC) é um dispositivo com utilização crescente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivos Caracterizar a incidência de complicações e os fatores de risco associados à passagem do PICC em recém-nascidos pré-termo (RNPT) internados em uma UTIN de nível terciário. Casuística e Métodos: Foram estudados 128 recémnascidos pré-termo internados na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de janeiro de 2004 a julho de 2007. O estudo foi prospectivo tipo coorte não comparado realizado através da coleta de dados dos RNPT obtidos dos prontuários e pela coleta de informações de um formulário preenchido pelo profissional responsável pela inserção do cateter. A média da idade gestacional foi de 32,2 semanas e o peso médio dos RNPT foi de 1336 gramas (g). Resultados: Dos 128 pacientes estudados, 68 (53,1%) eram do sexo feminino. Com relação ao diagnóstico admissional dos RNPT, a doença das membranas hialinas esteve presente em 44 (34,4 %), desconforto respiratório não classificado em 28 (21,9%), risco infeccioso em 23 (18%), malformação digestiva em 18 (14%) foram os mais comuns. O número total de PICC inseridos foi de 148, sendo que 114 (89%) dos neonatos receberam um cateter, nove (7%) dois, quatro (3%) receberam três cateteres e um recebeu quatro cateteres. A proporção de sucesso da punção venosa em uma tentativa foi de 49,3%, duas tentativas 27,7% e três tentativas 12,8 %. A veia safena magna foi a mais utilizada (70,9%) para as inserções. O tempo médio de permanência do cateter foi de 19,8 dias com um mínimo de um dia e o máximo de 65 dias. As principais complicações observadas foram colonização do cateter(17,3%), quebra do conector e deslocamento(17,7%) (obstrução (6,8%), edema/infiltração (10,1%) ; Os principais preditores de complicações foram: idade gestacional e indicação do cateter pela necessidade de politerapia; O principal motivo da retirada do PICC foi término do tratamento em 47(31,8%), complicações em 75(50,6%) ou devido a morte do paciente em 26(17,6%). Conclusões: O número de cateteres insertados funcionou como indicador de experiência. Quando se excluiu das complicações a quebra mecânica do cateter, não relacionado aos cuidados, a probabilidade de complicação mostrou-se 1,64 vez mais provável antes da habilitação do que após a mesma. A idade à inserção, ou idade cronológica, mudou significantemente do primeiro (2004-5) para o segundo período de estudo (2006-7): 13,2 para 4,8 dias, respectivamente. A diferença de 8,4 dias na indicação do cateter pelos médicos neonatologistas provavelmente se deveu a maior segurança com o procedimento e a competência dos enfermeiros envolvidos com a passagem do cateter / The percutaneously inserted central catheter (PICC) is a device with increased use in Neonatal Intensive Care Units (NICU). Objectives Describe the incidence of complications and associated risk factors with the insertion of the PICC in preterm infants (PTI) admitted to NICU. Material and Methods: This was a non comparative prospective cohort study by collecting data from PTI hospitalized in a referral Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of Child\'s Institute of the Hospital das Clinicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo. Data were obtained from information registered in patients medical records and from a filled form by the professional in charge the insertion of the catheter. From January 2004 to July 2007, 128 preterm newborns hospitalized in NICU were included in this study. The average gestational age was 32.2 weeks and the average weight was 1336 grams. Results: Of the 128 patients studied, 68 (53.1%) were female. The most prevalent admission diagnoses were the hialine membrane disease in 44 (34.4%), unclassified respiratory distress in 28 (21.9%), infectious risk in 23 (18%), gastrointestinal malformation in 18 (14%). The total number of PICC inserted was 148, 114 neonates (89%) received just one catheter, nine (7%) two, four (3%) three catheters and one received four catheters. The average frequency of successful first venipuncture attempt was 49.3%, two attempts in 27.7% and three attempts in 12.8%. The saphenous vein was the most frequently used (70.9%) for the insertions. The mean duration time of catheters was 19.8 days and the minimum time was one day and maximum time was 65 days. The most frequent complications observed were colonization of the catheter (17,3%), break the connector and dislocation (17.7%) obstruction (6.8%), edema / infiltration (10.1%). The most probable predictors of complications were gestational age and indication of catheter by the need for polytherapy. The main reason for catheter removal were end complication in 68 (46,1%), end of treatment, 54 (36,4%) or death in 26 (17.5%). Conclusion: The number of catheters inserted was an indicator of work experience. When were excluded the complications of mechanical breakage of the catheter, not related to care, but the possible poor quality of the product, the likelihood of complications proved to be 1.64 times more frequent than after it. The age at insertion, or chronological age, changed significantly in the first (2004-5) for the second study period (2006-7): 13.2 to 4.8 days, respectively. The difference of 8.4 days in the indication of the catheter by doctors is probably due to their confidence with the procedure and competence of nurses involved with the insertion of the catheter

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