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O papel do antibiótico profilaxia na infecção de sítio cirúrgico em mamoplastia redutoraVIEIRA, Luiz Felipe Duarte Fernandes 16 December 2016 (has links)
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Dissertação MESTRADO LUIZ FELIPE VIEIRA COM FICHA CATALOGRAF.pdf: 16184196 bytes, checksum: 4f53ec2cb93ec3da7d3a945d6297a15a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-11T16:47:26Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Dissertação MESTRADO LUIZ FELIPE VIEIRA COM FICHA CATALOGRAF.pdf: 16184196 bytes, checksum: 4f53ec2cb93ec3da7d3a945d6297a15a (MD5)
Previous issue date: 2016-12-16 / INTRODUÇÃO: Considerada uma cirurgia limpa, a mamoplastia apresenta-se na literatura com taxas de infecção de sítio cirúrgico (ISC) que variam de 4 a 18%, mais elevados do que os valores de referência (<3,4%). O objetivo deste estudo é medir a incidência da ISC em pacientes submetidos a mamoplastia redutora com e sem profilaxia antibiótica trans-operatória, comparando os resultados e definindo sua importância. MÉTODOS: O estudo foi prospectivo, randomizado, duplo-cego e intervencionista. Foram formados dois grupos aleatoriamente com 75 pacientes cada: grupo 1 com antibiótico profilático, cefazolina 2g 30 minutos antes da cirurgia e reaplicação de cefazolina 1g a cada 3 horas no peroperatório; e o segundo grupo controle sem profilaxia antibiótica. Os pacientes foram acompanhados até o 30o dia pós-operatório. RESULTADOS: Foram 13 os casos de infecção de sítio cirúrgico, 3 (4,1%) no grupo 1 e 10 (13,9%) no grupo 2 de controle, diferença estatisticamente significante com p = 0,039. As culturas de secreção foram positivas para Staphylococcus aureus. Em relação aos volumes ressecados, houve mais casos de ISC em estratos de mama mais pesadas (n = 9), com ressecções maiores que 1201g, porém não atingiu significância estatística (p = 0,051). DISCUSSÃO: O estudo encontrou uma incidência de infecção de sítio cirúrgico de 9%, bem acima do arbitrado para cirurgias limpas (<3,2%), mas consistentes com estudos revisados. O uso de uma cefalosporina (Cefazolina) foi determinada pelos germes preferencialmente encontrados na cirurgia da mama, sendo o mais comum o Staphylococcus aureus. As taxas de infecção observadas (grupo 1 (4,1%) e grupo 2 (13,9%)) demonstraram a importância da profilaxia antibiótica no trans-operatório (p = 0,039). A comparação com os valores relatados na literatura é dificultado pela falta de ensaios clínicos randomizados, descrição inadequada dos critérios de exclusão / retirada, bem como falhas no mecanismo de mascaramento (duplo-cego). CONCLUSÃO: A
antibioticoprofilaxia na mamoplastia redutora contribuiu de forma estatisticamente significativa na redução da infecção de sítio cirúrgico de 13,9% para 4,1%.
antibioticoprofilaxia na mamoplastia redutora contribuiu de forma estatisticamente significativa na redução da infecção de sítio cirúrgico de 13,9% para 4,1%. / BACKGROUND: Considered a clean surgery, breast surgery presents in the literature with surgical site infection rates (SSI) ranging from 4 to 18%, higher than the reference values (<3.4%). The aim of this study is to measure the incidence of SSI in patients undergoing reduction mammoplasty with and without trans-operative antibiotic prophylaxis, comparing the results and defining the antibiotic prophylaxis value. METHODS: The study was prospective, randomized, double-blinded and interventional. Two groups were formed randomly with 75 patients each: group 1 with prophylactic antibiotics cefazolin 2g 30 minutes before the surgery and reapplication of cefazolin 1g
every 3 hours trans operatory; and the second control group without antibiotic
prophylaxis. Patients were followed up until the 30th POD for identification of SSI. RESULTS: There were 13 cases of surgical site infection, 3 (4.1%) in group 1 and 10 (13.9%) in group 2 control, statistically significant with p = 0.039 . The secretion cultures were positive for Staphylococcus aureus. Regarding the resected volumes, there was more cases of SSI in higher strata (n = 9), with resections bigger than 1201g, but not reaching statistical significance (p = 0.051). DISCUSSION: The study found an incidence of surgical site infection of 9%, well above the arbitrated to clean surgeries (<3.2%) but consistent with the studies reviewed. The use of a cephalosporin (Cefazolin) was determined by germs preferably found in breast surgery, the most common being Staphylococcus aureus. Infection rates observed (group 1 (4.1%) and group 2 (13.9%)) demonstrated the significance of antibiotic trans-operative prophylaxis
(p = 0.039). The comparison with the literature shows hampered by a lack of
randomized controlled trials, inadequate description of the exclusion criteria / withdrawal as well as failures in the masking mechanism (double-blind). CONCLUSION: The antibiotic prophylaxis became adequate and contributed statistically significant in reducing SSI from 13.9% to 4.1%.
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Aplicativo móvel para controle da profilaxia antimicrobiana de infecção de sítio cirúrgicoVelozo, Rodrigo Augusto Peres January 2019 (has links)
Orientador: Adriana Polachini do Valle / Resumo: A infecção de sítio cirúrgico é uma das complicações mais importantes e frequentes no cuidado do paciente, gerando grande ônus ao mesmo e à instituição. A profilaxia antimicrobiana é uma das principais ferramentas no combate à essas infecções, contudo, estudos apontam elevadas taxas de erros em seus processos, aumentando o risco de infecção de sítio cirúrgico e o prolongamento da internação e gastos hospitalares. Este estudo objetivou desenvolver e validar um aplicativo para auditoria e controle da profilaxia antimicrobiana em sítio cirúrgico para dispositivos móveis, baseando-se no protocolo adotado pela Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (CCIRAS) do Hospital das Clínicas de Botucatu e pesquisas recentes da instituição. O desenvolvimento do aplicativo foi realizado utilizando a ferramenta Xamarin, que permite o desenvolvimento de aplicativos de maneira multiplataforma. A validação foi realizada por meio de entrevistas com 10 especialistas de áreas que trabalham diretamente com profilaxia antimicrobiana, onde foram avaliados a usabilidade, apresentação e informações do modelo proposto. Nestas entrevistas, utilizou-se do Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e Coeficiente de Kappa para avaliação da concordância entre os juízes, sendo definido como valores mínimos ideais de 0.75 e 0.61, respectivamente. A validação do sistema demonstrou excelentes resultados, onde os itens avaliados apresentaram uma boa classificação, com IVC igual ou superior a ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Surgical site infection is one of the most important and frequent complications in patient care, generating a great burden on the patient and the institution. Antimicrobial prophylaxis is one of the main tools for the prevention of these infections; however, studies indicates that there are high error rates in this process, which can increase the risk of surgical site infection, prolong hospitalization time and increases hospital expenses. This study aimed to develop and validate a mobile application to audit and control antimicrobial prophylaxis in surgical site process, based on the protocol adopted by the Infection Control Committee related to Health Care (ICCHC) of the Hospital das Clínicas de Botucatu, and recent researches at the institution. The development of the system was carried out using the Xamarin development platform, which allow the development of multiplatform applications. The validation process was conducted with interviews from 10 experts that works directly in areas related to antimicrobial prophylaxis, evaluating the usability, presentation and information of the proposed model. In those interviews, the Content Validity Index (CVI) and Kappa Coefficient were used to evaluate the concordance between the judges, having defined as ideal minimum values of 0.75 and 0.61, respectively. The system’s validation showed excellent results, where all the evaluated items received a good classification, with a CVI equal to or higher than 0.90 and Kappa Coefficient equ... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Infecção do sítio cirúrgico e o uso de toalhas impregnadas com gluconato de clorexidina 2% no preparo pré-operatório da pele: ensaio clínico randomizado estudo piloto / Surgical site infection and the use of 2% chlorhexidine gluconate impregnated cloth bathing in preoperative skin preparation: a pilot randomized clinical trialAndrade, Fernanda de Oliveira 20 June 2018 (has links)
Introdução: As infecções do sítio cirúrgico (ISC) são um dos principais eventos adversos evitáveis no perioperatório, ocasionando danos econômicos, físicos e emocionais aos pacientes acometidos. Nesse contexto, o uso de antissépticos no pré-operatório reduz a contagem microbiana da pele, podendo contribuir para a prevenção da ISC. Evidências internacionais apontam que as toalhas impregnadas com gluconato de clorexidina (CHG) 2% destacam-se por sua praticidade e efeito residual superior. No Brasil, no entanto, não existem estudos relacionados à utilização do produto para a redução da contagem microbiana de pele no pré-operatório. Objetivo: Comparar o uso das toalhas impregnadas com CHG 2% ao banho pré-operatório tradicional com CHG 2% convencional/líquida na prevenção da ocorrência da ISC entre pacientes submetidos a cirurgias eletivas potencialmente contaminadas. Método: Trata-se de um estudo piloto de ensaio clínico randomizado controlado, composto por pacientes submetidos a cirurgias eletivas potencialmente contaminadas, distribuídos aleatoriamente em grupo intervenção (n=23), constituído pelos que utilizaram as toalhas impregnadas com CHG 2% no pré-operatório, e grupo controle (n=22), composto pelos submetidos ao banho pré-operatório com CHG 2% convencional/líquida. Ambos utilizaram os produtos na noite anterior e na manhã da cirurgia e receberam orientações verbais e por escrito. Resultados: Os pacientes não apresentaram diferenças em relação às características clínicas e cirúrgicas. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os grupos intervenção e controle quanto à redução na ocorrência de ISC (p=1,000). Conclusão: Não houve diferença entre os grupos intervenção e controle quanto à ocorrência de ISC. / Introduction: Surgical site infections (SSI) are described as evitable perioperative adverse effect, affected patients suffer economic, physical, and emotional harm. Preoperative antiseptics use reduces skin microbial counts and prevention SSI. International evidences suggest that 2% chlorhexidine gluconate (CHG) impregnated cloth bathing are practical and presents a superior residual effect. However, in Brazil no studies related to the use of this product for the reduction of skin microbial count in perioperative were conducted. Objective: To compare the use of 2% chlorhexidine gluconate impregnated cloth bathing to the traditional preoperative 2% CHG standard/liquid bathing to prevent SSI incidence in patients submitted to clean-contaminated electives surgeries. Method: Pilot randomized clinical trial conducted with patients submitted to potentially contaminated electives surgeries. They were randomly distributed in intervention group (n=23) that used the 2% CHG impregnated cloth bathing in the preoperative, and control group (n=22) that was submitted to the standard/ liquid preoperative 2% CHG. Both groups used the products in the previous night and morning of the surgery, and received verbal and written orientation. Results: The patients did not present differences related to clinical and surgical features. No statistical differences between intervention and control groups were observed concerning the reduction of SSI (p=1,000). Conclusion: There were no differences between intervention and control groups concerning ISC reduction.
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Incidência e fatores associados à ocorrência de infecção de sítio cirúrgico nas fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia tratadas com haste intramedular: estudo prospectivo / Incidence and factors associated with the occurrence of surgical site infection in femoral and tibial diaphyseal fractures treated with intramedullary nailing: prospective studyOliveira, Priscila Rosalba Domingos de 27 June 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: As fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia encontram-se em destaque devido a sua elevada incidência e alto impacto econômico e social. A osteossíntese com uso da haste intramedular (HIM) é o procedimento cirúrgico de escolha. A infecção de sítio cirúrgico (ISC) relacionada a HIM é considerada uma complicação grave e de difícil tratamento. OBJETIVOS: 1. Determinar a incidência de ISC após a implantação de HIM para fixação de fraturas diafisárias de fêmur e tíbia. 2. Avaliar os possíveis fatores associados. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional do tipo coorte. Para definição de ISC, foram utilizados os critérios do CDC-NHSN. A incidência de ISC foi calculada como a relação entre o número de pacientes com ISC em relação ao número total de pacientes. Para avaliação dos potenciais fatores associados, foram analisados aqueles relacionados aos pacientes (idade, gênero, índice de massa corpórea, presença de focos ativos de infecção à distância, presença condições imunossupressoras, avaliação de estado físico segundo escore ASA, etilismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, politrauma, etiologia do trauma, tipo de fratura quanto à exposição óssea, classificação da fratura segundo Müller AO, classificação segundo Tcherne para as fraturas fechadas, classificação segundo Gustilo-Anderson para as fraturas expostas, permanência em outro serviço de saúde, uso prévio de fixador externo, antecedente de manipulação cirúrgica na topografia da fratura, uso de hemoderivados); dos fatores relacionados ao ambiente cirúrgico e ao ato operatório (classificação da ferida quanto ao potencial de contaminação, duração da cirurgia, tricotomia, possível contaminação intraoperatória, uso de antimicrobianos relacionados ao procedimento cirúrgico, uso de drenos, ocorrência de hipotermia ou hipóxia no período perioperatório, tipo de HIM utilizada, fresagem, necessidade de necessidade de reparo do revestimento cutâneo associado à topografia da fratura, uso de terapia por pressão negativa) e dos fatores relacionados à microbiota (colonização por S. aureus ou A. baumannii). RESULTADOS: 221 pacientes foram incluídos e completaram o período de 12 meses de seguimento. A incidência de ISC associada à osteossíntese com HIM foi de 11,8%. Na análise inicial por regressão logística não ajustada, os seguintes fatores apresentaram associação com ISC: etiologia do trauma relacionada a acidentes de carro e bicicleta, classificação Müller AO do traço da fratura 2 ou 3, uso prévio de fixador externo, cirurgias com maiores tempos de duração, uso de drenos, uso de terapia por pressão negativa e necessidade de reparo do revestimento cutâneo na topografia da fratura. Na análise ajustada por regressão logística múltipla, contudo, apenas o uso prévio de fixador externo e a necessidade de reparo do revestimento cutâneo mantiveram-se associados à ocorrência de ISC. CONCLUSÕES: A incidência de ISC associada à fixação de fraturas diafisárias de fêmur e tíbia com HIM foi de 11,8%. O uso prévio de fixadores externos e a necessidade de reparo do revestimento cutâneo na topografia da fratura foram fatores associados à ocorrência de infecção / BACKGROUND: Diaphyseal fractures of femur and tibia are prominent due to its high incidence and high economic and social impact. Intramedullary nailing (IN) is the surgical procedure of choice. Surgical site infection (SSI) related to this procedure is considered a difficult to treat complication. OBJECTIVES: Determine the incidence of SSI after IM in femoral and tibial diaphyseal fractures and evaluate possible risk factors. METHODS: Prospective observational cohort study. SSI was defined according to CDC-NHSN criteria. Incidence of SSI was calculated as the ratio between the number of patients with SSI and total number of patients. Analysis of potential risk factors included patients-related factors (age, gender, body mass index, active foci of infection, immunosuppressive conditions, ASA score, alcohol or illicit drug abuse, smoking, polytrauma, etiology of fracture, type of fracture if closed or open, classification of fracture according to Müller AO, Tcherne classification for closed fractures, to Gustilo-Anderson classification for open fractures, previous surgical manipulation, use of blood products); environmental and surgical-related factors (surgical wound classification, duration of surgery, hair removal, intraoperative contamination, antimicrobial use, presence of drains, hypothermia or hypoxia in the perioperative period, type of IN used, reaming, need for muscle or skin flap repair, use of negative pressure therapy) and microbiotarelated factors (S. aureus and A. baumannii colonization). RESULTS: 221 patients were included and completed the 12-month follow-up period. Incidence of SSI was 11.8%. In the initial analysis by unadjusted logistic regression, following factors were associated SSI: trauma etiology related to car and bicycle accidents, Müller AO classification of the fracture morphology groups 2 or 3, previous use of external fixator, surgeries with larger length of time, presence of drains, use of negative pressure therapy and need for muscle or skin flap repair. In the multiple logistic regression-adjusted analysis, previous use of external fixator and need for muscle or skin flap repair remained associated with SSI. CONCLUSIONS: Incidence of SSI associated with IN for femoral and tibial diaphyseal fractures was 11.8%. Previous use of external fixators and need for muscle or skin flap repair were factors associated with occurrence of infection
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Estudo clínico-epidemiológico de 125 casos de micobacteriose pós-cirúrgica atendidos no Hospital Universitário Antônio Pedro no período de 2007 a 2009Pinheiro, Patrícia Yvonne Maciel January 2017 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-09-20T15:17:12Z
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Previous issue date: 2017 / Universidade Federal Fluminense. Hospital Universitário Antonio Pedro / A micobacteriose pós-cirúrgica (MPC) vem emergindo nos últimos anos no Brasil e no
mundo como uma infecção relacionada à assistência a saúde, representando um grave
problema de saúde pública. Em 2006, vários casos foram informados à Secretaria de Estado
de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ). A partir de março daquele ano, teve início um trabalho
conjunto dessa Secretaria e do Ministério da Saúde, que definiu diretrizes para a confirmação
do surto/epidemia, para o levantamento das causas, para a identificação das espécies do
patógeno envolvido e para estabelecer medidas de prevenção e controle. Este estudo teve
como objetivo descrever os aspectos clínicos e sociodemográficos dos pacientes atendidos no
Serviço de Infectologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Universidade
Federal Fluminense, com diagnóstico de MPC no período 2006-2009. Casuística e métodos:
De abril de 2006 a junho de 2009 foram atendidos no Serviço de Infectologia do HUAP 125
pacientes encaminhados pela SES/RJ por serem casos suspeitos ou confirmados de
micobacteriose não tuberculosa adquirida após procedimentos cirúrgicos. Os pacientes
chegaram ao HUAP com a ficha própria de notificação de caso de MPC preenchida com os
dados da identificação, do procedimento relacionado à infecção, da abordagem diagnóstica e
da terapêutica prévia. O tratamento medicamentoso obedeceu às diretrizes estabelecidas pela
SES/RJ e pela Agência Nacional de Saúde. Os dados contidos nestas fichas, bem como outras
informações concernentes à evolução clínica, tratamento dispensado no HUAP e resposta
terapêutica, foram inseridos em um banco de dados especialmente desenvolvido para a
pesquisa. Resultados: A maior parte dos casos de MPC ocorreu em pacientes do sexo
feminino (77,6%) e a colecistectomia laparoscópica foi o procedimento cirúrgico mais
frequente (48,8%). A média do período de incubação foi de 41 dias e a mediana de 31 dias, O
sinal clínico mais comum foi a presença de secreção (86,5%), seguida da de nodulações
(65,6%). A maior parte dos casos apresentou lesões superficiais e múltiplas (44,8%). Em
45,6% dos casos foram colhidos suabes e tecido para cultura antes do início do tratamento e a
positividade deste material foi de 43,5%, valor significantemente maior que o observado
quando a coleta de material foi feita após o início do tratamento (16,7%). O tratamento com
três fármacos (claritromicina, etambutol e terizidona) foi feito em 90,4% (113/125) dos
pacientes, com duração média de 226 dias e mediana de 229 dias. Foram submetidos a pelo
menos uma abordagem cirúrgica 77,6% (97/125) dos casos, principalmente aqueles que
apresentavam lesões profundas (44/56). Efeitos adversos foram observados em 62,4%
(78/125) dos casos, sendo boca amarga o mais frequente. Conclusão: Apesar do longo tempo
de tratamento com múltiplos fármacos, a grande maioria dos pacientes aderiu ao tratamento e
evoluiu para a cura sem recidivas. / Post-surgical mycobacteriosis (PSM) is emerging as a serious public health problem in Brazil
and in the world. In 2006 a number of infections were reported to the Secretary of Health in
the Rio de Janeiro State. Starting in March of this year, a joint effort was initiated by this
Secretary and the Ministry of Health, in order to set up guidelines to confirm the
outbreak/epidemic, to identify its causes, to identify the species of the pathogen involved, and
to establish measures of prevention and control. The aim of this work was to describe the
clinical and sociodemographic findings of the patients treated at the Infectious Diseases
Service of Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Universidade Federal Fluminense,
who had PSM from 2006 to 2009. Patients and Methods: From April 2006 to June 2009, 125
patients were referred by the Secretary of Health of the Rio de Janeiro State to HUAP with
suspected or confirmed PSM. Each patient arrived at HUAP had a PSM case report form with
data on identification, infection-related procedures, diagnostic approaches, and previous
therapy. The treatment was defined by the Secretary of Health of the Rio de Janeiro State and
the Health National Agency. The data from these case report forms, as well as other
information associated with clinical evolution, treatment at HUAP, and therapeutic response
were inserted into a database specially developed for this research. Results: Most PSM cases
occurred in female patients (77.6%) and laparoscopic cholecystectomy was the most frequent
surgery (48.8%). The mean incubation period was 41 days (median: 31 days). The most
common presentation was drainage (86.5%) and nodules (65.6%). Most cases had multiple
and superficial lesions (44.8%). Swab and tissue cultures were performed before treatment in
45.6% of the patients and their positivity was 43.5%, value significantly higher than that
found when the specimens were obtained after the onset of treatment (16,7%). Most patients
(90.4% - 113/125) were treated with a combined therapy using 3 drugs (clarithromycin,
ethambutol and terizidone), with a mean duration of 226 days (median: 229 days). Surgical
debridement was performed in 77.6% (97/125) of the cases, mainly in those with deep tissues
lesions (44/56). Drug adverse effects occurred in 62.4% (78/125) of the cases, and bitter taste
was the most common. Conclusion: In spite of multiple-drug and long-term treatment, most
patients adhered to therapy and evolved to cure without relapses.
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Incidência e fatores associados à ocorrência de infecção de sítio cirúrgico nas fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia tratadas com haste intramedular: estudo prospectivo / Incidence and factors associated with the occurrence of surgical site infection in femoral and tibial diaphyseal fractures treated with intramedullary nailing: prospective studyPriscila Rosalba Domingos de Oliveira 27 June 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: As fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia encontram-se em destaque devido a sua elevada incidência e alto impacto econômico e social. A osteossíntese com uso da haste intramedular (HIM) é o procedimento cirúrgico de escolha. A infecção de sítio cirúrgico (ISC) relacionada a HIM é considerada uma complicação grave e de difícil tratamento. OBJETIVOS: 1. Determinar a incidência de ISC após a implantação de HIM para fixação de fraturas diafisárias de fêmur e tíbia. 2. Avaliar os possíveis fatores associados. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional do tipo coorte. Para definição de ISC, foram utilizados os critérios do CDC-NHSN. A incidência de ISC foi calculada como a relação entre o número de pacientes com ISC em relação ao número total de pacientes. Para avaliação dos potenciais fatores associados, foram analisados aqueles relacionados aos pacientes (idade, gênero, índice de massa corpórea, presença de focos ativos de infecção à distância, presença condições imunossupressoras, avaliação de estado físico segundo escore ASA, etilismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, politrauma, etiologia do trauma, tipo de fratura quanto à exposição óssea, classificação da fratura segundo Müller AO, classificação segundo Tcherne para as fraturas fechadas, classificação segundo Gustilo-Anderson para as fraturas expostas, permanência em outro serviço de saúde, uso prévio de fixador externo, antecedente de manipulação cirúrgica na topografia da fratura, uso de hemoderivados); dos fatores relacionados ao ambiente cirúrgico e ao ato operatório (classificação da ferida quanto ao potencial de contaminação, duração da cirurgia, tricotomia, possível contaminação intraoperatória, uso de antimicrobianos relacionados ao procedimento cirúrgico, uso de drenos, ocorrência de hipotermia ou hipóxia no período perioperatório, tipo de HIM utilizada, fresagem, necessidade de necessidade de reparo do revestimento cutâneo associado à topografia da fratura, uso de terapia por pressão negativa) e dos fatores relacionados à microbiota (colonização por S. aureus ou A. baumannii). RESULTADOS: 221 pacientes foram incluídos e completaram o período de 12 meses de seguimento. A incidência de ISC associada à osteossíntese com HIM foi de 11,8%. Na análise inicial por regressão logística não ajustada, os seguintes fatores apresentaram associação com ISC: etiologia do trauma relacionada a acidentes de carro e bicicleta, classificação Müller AO do traço da fratura 2 ou 3, uso prévio de fixador externo, cirurgias com maiores tempos de duração, uso de drenos, uso de terapia por pressão negativa e necessidade de reparo do revestimento cutâneo na topografia da fratura. Na análise ajustada por regressão logística múltipla, contudo, apenas o uso prévio de fixador externo e a necessidade de reparo do revestimento cutâneo mantiveram-se associados à ocorrência de ISC. CONCLUSÕES: A incidência de ISC associada à fixação de fraturas diafisárias de fêmur e tíbia com HIM foi de 11,8%. O uso prévio de fixadores externos e a necessidade de reparo do revestimento cutâneo na topografia da fratura foram fatores associados à ocorrência de infecção / BACKGROUND: Diaphyseal fractures of femur and tibia are prominent due to its high incidence and high economic and social impact. Intramedullary nailing (IN) is the surgical procedure of choice. Surgical site infection (SSI) related to this procedure is considered a difficult to treat complication. OBJECTIVES: Determine the incidence of SSI after IM in femoral and tibial diaphyseal fractures and evaluate possible risk factors. METHODS: Prospective observational cohort study. SSI was defined according to CDC-NHSN criteria. Incidence of SSI was calculated as the ratio between the number of patients with SSI and total number of patients. Analysis of potential risk factors included patients-related factors (age, gender, body mass index, active foci of infection, immunosuppressive conditions, ASA score, alcohol or illicit drug abuse, smoking, polytrauma, etiology of fracture, type of fracture if closed or open, classification of fracture according to Müller AO, Tcherne classification for closed fractures, to Gustilo-Anderson classification for open fractures, previous surgical manipulation, use of blood products); environmental and surgical-related factors (surgical wound classification, duration of surgery, hair removal, intraoperative contamination, antimicrobial use, presence of drains, hypothermia or hypoxia in the perioperative period, type of IN used, reaming, need for muscle or skin flap repair, use of negative pressure therapy) and microbiotarelated factors (S. aureus and A. baumannii colonization). RESULTS: 221 patients were included and completed the 12-month follow-up period. Incidence of SSI was 11.8%. In the initial analysis by unadjusted logistic regression, following factors were associated SSI: trauma etiology related to car and bicycle accidents, Müller AO classification of the fracture morphology groups 2 or 3, previous use of external fixator, surgeries with larger length of time, presence of drains, use of negative pressure therapy and need for muscle or skin flap repair. In the multiple logistic regression-adjusted analysis, previous use of external fixator and need for muscle or skin flap repair remained associated with SSI. CONCLUSIONS: Incidence of SSI associated with IN for femoral and tibial diaphyseal fractures was 11.8%. Previous use of external fixators and need for muscle or skin flap repair were factors associated with occurrence of infection
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