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Micobacteriose disseminada em pacientes infectados pelo HIV: características clínicas de apresentação e análise de mortalidade

Santos, Rodrigo Pires dos January 2008 (has links)
Base teórica: A prevalência da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em 2007 foi de 32 milhões de pacientes infectados. Das infecções oportunistas as micobactérias estão entre as principais causas de febre em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), apesar de que o uso da terapia anti-retroviral de alta potência (HAART) tenha diminuído a incidência de infecções oportunistas em pacientes com HIV. Em 2007, cerca de 700.000 pacientes apresentavam a co-infecção HIV e tuberculose (TB). Em países desenvolvidos as infecções pelo Mycobacterium avium complex (MAC) são a principal causa de infecção bacteriana em pacientes com SIDA. A apresentação clínica, laboratorial e radiológica das infecções por micobactéria é inespecífica. Alguns estudos têm identificado as características que podem sugerir a infecção por TB ou MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Ainda, o diagnóstico definitivo é demorado, pois depende do crescimento em cultura de um microorganismo de crescimento lento. O prognóstico destas infecções mesmo que tratadas adequadamente, é ruim. O tratamento é difícil e a mortalidade alta. Apesar da diminuição das infecções oportunistas em pacientes com SIDA, estas continuam a ocorrer, principalmente em países em que os pacientes não têm acesso ao HAART. Justificativa: estudos comparando a apresentação clínica de infecções por TB e MAC incluíram um número pequeno de pacientes e as conclusões foram diversas. A mortalidade das infecções por TB e MOTT em pacientes com SIDA é elevada. Para pacientes com TB disseminada fatores preditores de mortalidade não foram determinados. Objetivos: Determinar e comparar os aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos em pacientes com infecção disseminada por TB e pelo MOTT, e a mortalidade hospitalar relacionada a essas infecções, identificando preditores clínicos de mortalidade. Métodos: Através de um estudo retrospectivo de coorte revisaram-se os prontuários de todos pacientes com SIDA e micobacteriose disseminada (TB e MOTT) que internaram no HCPA entre 1996 e 2008. Resultados: na linha de base desta coorte foram incluídos 96 pacientes para a comparação entre a apresentação clínica dos pacientes com TB (N=65) e MOTT (N=31). Pacientes com MOTT apresentavam contagem de CD4 inferiores (mediana de 12 células/mm3 vs 42 células/mm3 para TB; P=0,002). Os pacientes com TB apresentavam mais baciloscopia positiva (48,0% vs 13,6%, P=0,01). Não houve diferença estatisticamente significativa na apresentação clínica entre as duas doenças. Os pacientes com TB apresentaram níveis medianos de lactato desidrogenase - LDH - (725,0 UI/l vs 569,0 UI/l, P=0,03) e aspartato aminotransferase - AST- (69,0 UI/l vs 45,0 UI/l, P=0,02) mais elevados que os pacientes com MOTT. Com relação à apresentação radiológica, infiltrado miliar ao Raio-X de tórax foi visto somente em pacientes com TB (28,1% vs 0,0%. P=0,01); derrame pleural foi mais comum em pacientes com TB (45,6% vs 13,0%; P=0,003). Adenopatia abdominal (73,1% vs 33,3%; P=0,003) e hipodensidades esplênicas (38,5% vs 0,0%; P=0,002) ocorreram com mais freqüência em pacientes com TB. A mortalidade foi estudada em 118 pacientes, 82 com TB e 35 com MOTT. A mortalidade hospitalar foi de 37,4%. Na análise multivariada os fatores associados à mortalidade hospitalar e TB foram: baixos níveis de albumina (P=0,01) e internação em unidade de terapia intensiva (P=0,04). Para os pacientes com MOTT, a não utilização de terapia específica foi associada com maior mortalidade hospitalar (P=0,03). Conclusão: Níveis mais elevados de AST e LDH, infiltrado miliar e derrame pleural ao Raio-X de tórax, adenomegalias abdominais e hipodensidades esplênicas associaram-se com o diagnóstico de TB. A infecção disseminada por micobactérias está associada com uma alta mortalidade hospitalar. A não utilização de terapia especifica para pacientes com MOTT e a hipoalbuminemia em pacientes com TB foram fatores preditores de maior mortalidade. / Background: The prevalence of infection with human immunodeficiency virus (HIV), in 2007, was 32 million of people infected. Mycobacterial infections are the main causes of fever of unknown origin in patients with AIDS. In the era of highly active antiretroviral therapy (HAART) the incidence of opportunistic infections had a dramatic decline. In 2007, 700,000 people were co-infected with HIV and tuberculosis (TB). In developed countries Mycobacterium avium complex (MAC) infection is the leading cause of bacterial infections in patients with AIDS. The clinical, laboratory and radiological presentation of mycobacteria infections are nonspecific, because of that, the diagnosis is sometimes neglected. Treatment of these infections requires the use of drugs for long periods of time and despite of that, mortality is high. Studies comparing the clinical presentation of TB and MAC infections included a small number of patients and conclusions were diverse. The mortality rate for TB infections and MAC in patients with AIDS is high. For patients with disseminated TB, predictors of in-hospital death were not determined. Objectives: Determine and compare clinical, laboratory and radiological features of patients with disseminated TB and MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Determine in-hospital mortality rate related to these infections, and identify predictors of death. Methods: A retrospective cohort study was conducted. From 1996 to 2008 all patients with the diagnosis of HIV infection and disseminated mycobacterial disease were included. Results: Ninety six patients were included for clinical comparison between TB (N = 65) and MOTT (N = 31). Patients with NTM had lower CD4 T cells counts (median 13.0 cells/mm3 vs 42.0 cells/mm3, P=0.002). Patients with TB had: significantly more positive acid-fast smears (48.0% vs 13.6%, P=0.01); greater median levels of aspartate aminotranspherase – AST - (69.0 vs 45.0, P=0.02) and lactate dehydrogenase – LDH - (725.0 vs 569.0, P=0.03). On chest X-ray, miliary infiltrate was only seen in patients with TB (28.1% vs 0.0%, P=0.01). Pleural effusion was more common in patients with TB (45.6% vs 13.0%, P=0.01). Abdominal adenopathy (73.1% vs 33.3%, P=0.003) and splenic hypoechoic nodules (38.5% vs 0.0%, P=0.002) were more common in patients with TB. Mortality was studied in 118 patients (82 with TB and 35 with MOTT). The overall mortality rate was 37.4%. In multivariate analysis the factors associated with mortality and TB were: low levels of albumin (P=0.01) and hospitalization in intensive care unit (P=0.04). For patients with MOTT, the lack of specific therapy was associated with in-hospital death (P = 0.03). Conclusion: Levels of AST and LDH, miliary infiltrate and pleural effusion in chest X-ray, abdominal adenopathy and splenic hypoechoic nodules were associated with the diagnosis of TB. Lack of specific therapy for patients with MOTT and hypoalbuminemia in patients with TB were identified as predictors of death.
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Micobacteriose disseminada em pacientes infectados pelo HIV: características clínicas de apresentação e análise de mortalidade

Santos, Rodrigo Pires dos January 2008 (has links)
Base teórica: A prevalência da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em 2007 foi de 32 milhões de pacientes infectados. Das infecções oportunistas as micobactérias estão entre as principais causas de febre em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), apesar de que o uso da terapia anti-retroviral de alta potência (HAART) tenha diminuído a incidência de infecções oportunistas em pacientes com HIV. Em 2007, cerca de 700.000 pacientes apresentavam a co-infecção HIV e tuberculose (TB). Em países desenvolvidos as infecções pelo Mycobacterium avium complex (MAC) são a principal causa de infecção bacteriana em pacientes com SIDA. A apresentação clínica, laboratorial e radiológica das infecções por micobactéria é inespecífica. Alguns estudos têm identificado as características que podem sugerir a infecção por TB ou MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Ainda, o diagnóstico definitivo é demorado, pois depende do crescimento em cultura de um microorganismo de crescimento lento. O prognóstico destas infecções mesmo que tratadas adequadamente, é ruim. O tratamento é difícil e a mortalidade alta. Apesar da diminuição das infecções oportunistas em pacientes com SIDA, estas continuam a ocorrer, principalmente em países em que os pacientes não têm acesso ao HAART. Justificativa: estudos comparando a apresentação clínica de infecções por TB e MAC incluíram um número pequeno de pacientes e as conclusões foram diversas. A mortalidade das infecções por TB e MOTT em pacientes com SIDA é elevada. Para pacientes com TB disseminada fatores preditores de mortalidade não foram determinados. Objetivos: Determinar e comparar os aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos em pacientes com infecção disseminada por TB e pelo MOTT, e a mortalidade hospitalar relacionada a essas infecções, identificando preditores clínicos de mortalidade. Métodos: Através de um estudo retrospectivo de coorte revisaram-se os prontuários de todos pacientes com SIDA e micobacteriose disseminada (TB e MOTT) que internaram no HCPA entre 1996 e 2008. Resultados: na linha de base desta coorte foram incluídos 96 pacientes para a comparação entre a apresentação clínica dos pacientes com TB (N=65) e MOTT (N=31). Pacientes com MOTT apresentavam contagem de CD4 inferiores (mediana de 12 células/mm3 vs 42 células/mm3 para TB; P=0,002). Os pacientes com TB apresentavam mais baciloscopia positiva (48,0% vs 13,6%, P=0,01). Não houve diferença estatisticamente significativa na apresentação clínica entre as duas doenças. Os pacientes com TB apresentaram níveis medianos de lactato desidrogenase - LDH - (725,0 UI/l vs 569,0 UI/l, P=0,03) e aspartato aminotransferase - AST- (69,0 UI/l vs 45,0 UI/l, P=0,02) mais elevados que os pacientes com MOTT. Com relação à apresentação radiológica, infiltrado miliar ao Raio-X de tórax foi visto somente em pacientes com TB (28,1% vs 0,0%. P=0,01); derrame pleural foi mais comum em pacientes com TB (45,6% vs 13,0%; P=0,003). Adenopatia abdominal (73,1% vs 33,3%; P=0,003) e hipodensidades esplênicas (38,5% vs 0,0%; P=0,002) ocorreram com mais freqüência em pacientes com TB. A mortalidade foi estudada em 118 pacientes, 82 com TB e 35 com MOTT. A mortalidade hospitalar foi de 37,4%. Na análise multivariada os fatores associados à mortalidade hospitalar e TB foram: baixos níveis de albumina (P=0,01) e internação em unidade de terapia intensiva (P=0,04). Para os pacientes com MOTT, a não utilização de terapia específica foi associada com maior mortalidade hospitalar (P=0,03). Conclusão: Níveis mais elevados de AST e LDH, infiltrado miliar e derrame pleural ao Raio-X de tórax, adenomegalias abdominais e hipodensidades esplênicas associaram-se com o diagnóstico de TB. A infecção disseminada por micobactérias está associada com uma alta mortalidade hospitalar. A não utilização de terapia especifica para pacientes com MOTT e a hipoalbuminemia em pacientes com TB foram fatores preditores de maior mortalidade. / Background: The prevalence of infection with human immunodeficiency virus (HIV), in 2007, was 32 million of people infected. Mycobacterial infections are the main causes of fever of unknown origin in patients with AIDS. In the era of highly active antiretroviral therapy (HAART) the incidence of opportunistic infections had a dramatic decline. In 2007, 700,000 people were co-infected with HIV and tuberculosis (TB). In developed countries Mycobacterium avium complex (MAC) infection is the leading cause of bacterial infections in patients with AIDS. The clinical, laboratory and radiological presentation of mycobacteria infections are nonspecific, because of that, the diagnosis is sometimes neglected. Treatment of these infections requires the use of drugs for long periods of time and despite of that, mortality is high. Studies comparing the clinical presentation of TB and MAC infections included a small number of patients and conclusions were diverse. The mortality rate for TB infections and MAC in patients with AIDS is high. For patients with disseminated TB, predictors of in-hospital death were not determined. Objectives: Determine and compare clinical, laboratory and radiological features of patients with disseminated TB and MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Determine in-hospital mortality rate related to these infections, and identify predictors of death. Methods: A retrospective cohort study was conducted. From 1996 to 2008 all patients with the diagnosis of HIV infection and disseminated mycobacterial disease were included. Results: Ninety six patients were included for clinical comparison between TB (N = 65) and MOTT (N = 31). Patients with NTM had lower CD4 T cells counts (median 13.0 cells/mm3 vs 42.0 cells/mm3, P=0.002). Patients with TB had: significantly more positive acid-fast smears (48.0% vs 13.6%, P=0.01); greater median levels of aspartate aminotranspherase – AST - (69.0 vs 45.0, P=0.02) and lactate dehydrogenase – LDH - (725.0 vs 569.0, P=0.03). On chest X-ray, miliary infiltrate was only seen in patients with TB (28.1% vs 0.0%, P=0.01). Pleural effusion was more common in patients with TB (45.6% vs 13.0%, P=0.01). Abdominal adenopathy (73.1% vs 33.3%, P=0.003) and splenic hypoechoic nodules (38.5% vs 0.0%, P=0.002) were more common in patients with TB. Mortality was studied in 118 patients (82 with TB and 35 with MOTT). The overall mortality rate was 37.4%. In multivariate analysis the factors associated with mortality and TB were: low levels of albumin (P=0.01) and hospitalization in intensive care unit (P=0.04). For patients with MOTT, the lack of specific therapy was associated with in-hospital death (P = 0.03). Conclusion: Levels of AST and LDH, miliary infiltrate and pleural effusion in chest X-ray, abdominal adenopathy and splenic hypoechoic nodules were associated with the diagnosis of TB. Lack of specific therapy for patients with MOTT and hypoalbuminemia in patients with TB were identified as predictors of death.
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Micobactérias não tuberculosas : aspectos clínicos e epidemiológicos e análise de espécies identificadas pela metodologia PRA

Castro, Elcineide Soares de January 2012 (has links)
CASTRO, Elcineide Soares de. Microbactérias não tuberculosas : aspectos clínicos e epidemiológicos e análise de espécies identificadas pela metodologia PRA. 2012. 199 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-07-10T11:54:06Z No. of bitstreams: 1 2012_tese_escastro.pdf: 2955399 bytes, checksum: b18d621d9f650e57deb685f39430e41b (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2013-07-10T13:14:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_tese_escastro.pdf: 2955399 bytes, checksum: b18d621d9f650e57deb685f39430e41b (MD5) / Made available in DSpace on 2013-07-10T13:14:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_tese_escastro.pdf: 2955399 bytes, checksum: b18d621d9f650e57deb685f39430e41b (MD5) Previous issue date: 2012 / Infections caused by nontuberculous mycobacteria (NTM) are becoming more frequent around the world and also in Brazil. The ability of produce disease is clearly documented in the literature and its importance has been increasing steadily. Although mycobacteria can affect any human organ, the most common form of involvement is the lung disease. This study aimed to evaluate clinical and epidemiological characteristics of patients with NTM lung disease and the diversity of species isolated. We studied retrospectively 59 patients enrolled for treatment at the outpatient clinic reference Messejana Hospital, from 1998 to 2008. The species of NTM isolated from sputum were identified using PRA method in the Microbiology Laboratory, Faculty of Medicine, Federal University of Ceará. The variables studied were: year of diagnosis, age, origin, gender, profession and biological risk of illness, education level, family income, clinical symptoms, comorbidity, previous history of tuberculosis (TB), radiological findings, anti-HIV serology, tuberculin test, history of smoking and alcoholism and outcome. The quantitative and categorical variables were analysed by calculating frequencies and proportions of the measures of central location and dispersion for each variable separately. The analyzes of associations were performed using the nonparametric Pearson’s test and parametric test of the likelihood ratio (based on product binomial distributions / multinomial) using CI = 95% and p < 0,05. The PRA method identified all 59 species, with predominance of the following: M. abscessus, 28.5% (17/59); M. lentiflavum 18.6% (11/59); M. avium, 16.6% (10/59); M. fortuitum and M. smegmatis, 10.2% (06/59) each; M. kansasii, 6.8% (4/59). The mean age ± SD of the group was 50.4 ± 16.1 years; 62.7% (37/59) were male and 62, 7% had at most basic education, 72.9% (43/59) with income below the poverty level, 49.2% (29/59) reported using alcohol and 40.6% (24/59) smoking, 59.3% (35/59) were involved with biological risk, 86% (51%) lived in Fortaleza. Cough was observed in 91.5% (54/59) and expectoration in 72.9% (43/59). Fibrosis and cavity were in 71.2% (42/59) and 45.8% (27/59) of the patients, respectively. HIV serology was positive in 7% (4/59), tuberculin skin test was performed in only 22% (13/59), of which 92.3% (12/13) were positive, 54% (32/59) had cured and 15.3% (9/59) had died. The associations between the variable profession with biological risk and gender (60% female), and between profession with biological risk and comorbidity (75% had associated disease), and profession with biological risk and family income proved to be significant. The association analysis of the groups of species of NTM isolated, if potentially pathogenic or rarely pathogenic with the others different study variables were not significant, thus did not discriminate to differentiate the groups. This study demonstrated the importance for the recognition of NTM lung disease whose species can be identified in sputum samples and for the epidemiological importance and the need for differential diagnosis in cases of tuberculosis. / As infecções por micobactérias não tuberculosas (MNT) estão se tornando mais frequentes em todo o mundo, inclusive no Brasil. A capacidade das MNT em produzir doença está claramente documentada na literatura e sua importância clínica vem aumentando progressivamente. Embora a micobactéria possa comprometer qualquer órgão ou sítio, a forma mais frequente de comprometimento é a doença pulmonar. Esse estudo se propôs a avaliar aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes com doença pulmonar por MNT e a diversidade das espécies isoladas. Foram estudados retrospectivamente, 59 pacientes inscritos para tratamento no ambulatório de referência do Hospital de Messejana, período de 1998 a 2008. As espécies de MNT isoladas em meio de cultura a partir de amostras de escarro foram identificadas através da metodologia PRA no Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Medicina, UFC e classificadas conforme a patogenicidade em potencialmente ou raramente patogênicas. As variáveis foram: ano diagnóstico, idade, procedência, sexo, profissão e risco biológico de adoecimento, grau de escolaridade, renda familiar, comorbidades, história prévia de tuberculose (TB), sorologia HIV, teste tuberculínico, história de tabagismo e etilismo, sintomas clínicos, achados radiológicos e desfecho. As variáveis categóricas e quantitativas foram analisadas através de proporções e frequências com cálculo das medidas de localização central e de dispersão para cada variável isoladamente. As análises de associações foram feitas utilizando o teste não-paramétrico de Pearson e o teste paramétrico da razão de verossimilhanças, com IC=95% e p = 0,05. Resultados: As espécies identificadas mais frequentes foram: M. abscessus, 28,5% (17/59); M. lentiflavum 18,6% (11/59); M. avium, 16,6% (10/59). A média de idade ± dp do grupo foi de 50,4 ± 16,1 anos; 62,7% (37/59) do sexo masculino e 62, 7% tinham no máximo o ensino fundamental; 72,9% (43/59) renda até um salário mínimo; 49,2% (29/59) uso de álcool e 40,6% (24/59) tabagismo; 62,7% (37/59) profissão com risco biológico; 86% (51/59) residiam em Fortaleza; A tosse foi observada em 91,5% (54/59) e expectoração em 72,9% (43/59); Fibrose e cavidade foram observadas em 71,2% (42/59) e 45,8 (27/59), respectivamente. Sorologia HIV foi positiva em 7% (4/59); teste tuberculínico realizado em 22% (13/59), desses, 92,3% (12/13) positivos; 54% (32/59) tiveram alta por cura e 15,3% (9/59) óbito. As associações entre profissão com risco biológico e sexo feminino, profissão com risco biológico e comorbidade, e profissão e renda familiar mostraram-se significantes. A análise de associação da patogenicidade da espécie de MNT isolada com as outras variáveis do estudo não mostrou significância, ou seja, nenhuma foi discriminativa. Este estudo demonstra a importância para o reconhecimento da doença pulmonar por MNT, cujas espécies podem ser identificadas em amostras de escarro.
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Fatores e espécies de micobactérias não tuberculosas associadas aos casos de micobacterioses pulmonar e extrapulmonar no estado de Pernambuco / Factors and species of nontuberculous mycobacteria associated with cases of pulmonary and extrapulmonary mycobacteriosis in the state of Pernambuco

Lima, Andrea Santos January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-06-08T13:58:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 36.pdf: 6773155 bytes, checksum: bd69a99ee0ef41b4ee959038b0d58be7 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / Esta Tese aborda as infecções pulmonares e extrapulmonares, os fatores associados para o adoecimento por micobactérias não tuberculosas (MNT), a diversidade e a frequência das espécies de MNT, além do diagnóstico das micobacterioses no estado de Pernambuco, região nordeste brasileira. Os resultados são apresentados em três artigos científicos que respondem a seus objetivos. O primeiro artigo destaca as lacunas no diagnóstico convencional das micobacterioses e avalia uma PCR Multiplex na diferenciação de espécies de MNT como método auxiliar no diagnóstico diferencial entre as micobacterioses e a tuberculose. O segundo trás o primeiro relato no Brasil de infecção extrapulmonar por Mycobacterium wolinskyi diagnosticada após procedimento cirúrgico invasivo em serviço privado do estado. O terceiro artigo descreve o perfil clínico, epidemiológico, laboratorial e fatores associados aos casos de micobacterioses pulmonar por MNT, como também a frequência, diversidade e perfil de resistência aos antimicrobianos das espécies de MNT no estado de Pernambuco que é sabidamente uma região endêmica para tuberculose. Conclui-se que as técnicas de biologia molecular (PCR multiplex, PRA-hsp65 e sequenciamento de genes específicos) podem ser ferramentas valiosas para identificação das espécies de micobactérias reduzindo o tempo necessário para diagnóstico correto e início do tratamento adequado. Os casos de micobacteriose extrapulmonar, no estado de Pernambuco, foram identificados em mulheres submetidas a procedimentos cirúrgicos invasivos (mamoplastia e abdominoplastia) e as espécies associadas a estes casos foram as micobactérias de crescimento rápido (MCR). Os casos de infecção pulmonar foram a maioria (84 por cento) entre as infecções por MNT no estado de Pernambuco. As principais características encontradas nestes casos foram: Sexo masculino, idade superior a 50 anos e estória de infecção prévia por tuberculose. Neste contexto, faz-se necessário o diagnóstico diferencial entre tuberculose e doença pulmonar por MNT, sobretudo em indivíduos com relato de tuberculose anterior ou que falharam o tratamento para TB
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Micobacteriose disseminada em pacientes infectados pelo HIV: características clínicas de apresentação e análise de mortalidade

Santos, Rodrigo Pires dos January 2008 (has links)
Base teórica: A prevalência da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em 2007 foi de 32 milhões de pacientes infectados. Das infecções oportunistas as micobactérias estão entre as principais causas de febre em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), apesar de que o uso da terapia anti-retroviral de alta potência (HAART) tenha diminuído a incidência de infecções oportunistas em pacientes com HIV. Em 2007, cerca de 700.000 pacientes apresentavam a co-infecção HIV e tuberculose (TB). Em países desenvolvidos as infecções pelo Mycobacterium avium complex (MAC) são a principal causa de infecção bacteriana em pacientes com SIDA. A apresentação clínica, laboratorial e radiológica das infecções por micobactéria é inespecífica. Alguns estudos têm identificado as características que podem sugerir a infecção por TB ou MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Ainda, o diagnóstico definitivo é demorado, pois depende do crescimento em cultura de um microorganismo de crescimento lento. O prognóstico destas infecções mesmo que tratadas adequadamente, é ruim. O tratamento é difícil e a mortalidade alta. Apesar da diminuição das infecções oportunistas em pacientes com SIDA, estas continuam a ocorrer, principalmente em países em que os pacientes não têm acesso ao HAART. Justificativa: estudos comparando a apresentação clínica de infecções por TB e MAC incluíram um número pequeno de pacientes e as conclusões foram diversas. A mortalidade das infecções por TB e MOTT em pacientes com SIDA é elevada. Para pacientes com TB disseminada fatores preditores de mortalidade não foram determinados. Objetivos: Determinar e comparar os aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos em pacientes com infecção disseminada por TB e pelo MOTT, e a mortalidade hospitalar relacionada a essas infecções, identificando preditores clínicos de mortalidade. Métodos: Através de um estudo retrospectivo de coorte revisaram-se os prontuários de todos pacientes com SIDA e micobacteriose disseminada (TB e MOTT) que internaram no HCPA entre 1996 e 2008. Resultados: na linha de base desta coorte foram incluídos 96 pacientes para a comparação entre a apresentação clínica dos pacientes com TB (N=65) e MOTT (N=31). Pacientes com MOTT apresentavam contagem de CD4 inferiores (mediana de 12 células/mm3 vs 42 células/mm3 para TB; P=0,002). Os pacientes com TB apresentavam mais baciloscopia positiva (48,0% vs 13,6%, P=0,01). Não houve diferença estatisticamente significativa na apresentação clínica entre as duas doenças. Os pacientes com TB apresentaram níveis medianos de lactato desidrogenase - LDH - (725,0 UI/l vs 569,0 UI/l, P=0,03) e aspartato aminotransferase - AST- (69,0 UI/l vs 45,0 UI/l, P=0,02) mais elevados que os pacientes com MOTT. Com relação à apresentação radiológica, infiltrado miliar ao Raio-X de tórax foi visto somente em pacientes com TB (28,1% vs 0,0%. P=0,01); derrame pleural foi mais comum em pacientes com TB (45,6% vs 13,0%; P=0,003). Adenopatia abdominal (73,1% vs 33,3%; P=0,003) e hipodensidades esplênicas (38,5% vs 0,0%; P=0,002) ocorreram com mais freqüência em pacientes com TB. A mortalidade foi estudada em 118 pacientes, 82 com TB e 35 com MOTT. A mortalidade hospitalar foi de 37,4%. Na análise multivariada os fatores associados à mortalidade hospitalar e TB foram: baixos níveis de albumina (P=0,01) e internação em unidade de terapia intensiva (P=0,04). Para os pacientes com MOTT, a não utilização de terapia específica foi associada com maior mortalidade hospitalar (P=0,03). Conclusão: Níveis mais elevados de AST e LDH, infiltrado miliar e derrame pleural ao Raio-X de tórax, adenomegalias abdominais e hipodensidades esplênicas associaram-se com o diagnóstico de TB. A infecção disseminada por micobactérias está associada com uma alta mortalidade hospitalar. A não utilização de terapia especifica para pacientes com MOTT e a hipoalbuminemia em pacientes com TB foram fatores preditores de maior mortalidade. / Background: The prevalence of infection with human immunodeficiency virus (HIV), in 2007, was 32 million of people infected. Mycobacterial infections are the main causes of fever of unknown origin in patients with AIDS. In the era of highly active antiretroviral therapy (HAART) the incidence of opportunistic infections had a dramatic decline. In 2007, 700,000 people were co-infected with HIV and tuberculosis (TB). In developed countries Mycobacterium avium complex (MAC) infection is the leading cause of bacterial infections in patients with AIDS. The clinical, laboratory and radiological presentation of mycobacteria infections are nonspecific, because of that, the diagnosis is sometimes neglected. Treatment of these infections requires the use of drugs for long periods of time and despite of that, mortality is high. Studies comparing the clinical presentation of TB and MAC infections included a small number of patients and conclusions were diverse. The mortality rate for TB infections and MAC in patients with AIDS is high. For patients with disseminated TB, predictors of in-hospital death were not determined. Objectives: Determine and compare clinical, laboratory and radiological features of patients with disseminated TB and MOTT (Mycobacteria Other Than Tuberculosis). Determine in-hospital mortality rate related to these infections, and identify predictors of death. Methods: A retrospective cohort study was conducted. From 1996 to 2008 all patients with the diagnosis of HIV infection and disseminated mycobacterial disease were included. Results: Ninety six patients were included for clinical comparison between TB (N = 65) and MOTT (N = 31). Patients with NTM had lower CD4 T cells counts (median 13.0 cells/mm3 vs 42.0 cells/mm3, P=0.002). Patients with TB had: significantly more positive acid-fast smears (48.0% vs 13.6%, P=0.01); greater median levels of aspartate aminotranspherase – AST - (69.0 vs 45.0, P=0.02) and lactate dehydrogenase – LDH - (725.0 vs 569.0, P=0.03). On chest X-ray, miliary infiltrate was only seen in patients with TB (28.1% vs 0.0%, P=0.01). Pleural effusion was more common in patients with TB (45.6% vs 13.0%, P=0.01). Abdominal adenopathy (73.1% vs 33.3%, P=0.003) and splenic hypoechoic nodules (38.5% vs 0.0%, P=0.002) were more common in patients with TB. Mortality was studied in 118 patients (82 with TB and 35 with MOTT). The overall mortality rate was 37.4%. In multivariate analysis the factors associated with mortality and TB were: low levels of albumin (P=0.01) and hospitalization in intensive care unit (P=0.04). For patients with MOTT, the lack of specific therapy was associated with in-hospital death (P = 0.03). Conclusion: Levels of AST and LDH, miliary infiltrate and pleural effusion in chest X-ray, abdominal adenopathy and splenic hypoechoic nodules were associated with the diagnosis of TB. Lack of specific therapy for patients with MOTT and hypoalbuminemia in patients with TB were identified as predictors of death.
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Análise da função supressora das células T reguladoras em episódios reacionais hansênicos / Analysis of the suppressive function of regulatory T cells in leprosy reaction episodes

Lobo, Carolina Cardona Siqueira 16 May 2019 (has links)
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa granulomatosa crônica, causada por Mycobacterium leprae e representa ainda um problema de saúde pública no Brasil. Em média 30-40% dos doentes tem risco de desenvolver reações hansênicas, que são considerados estados de exacerbação da resposta imunológica do hospedeiro a antígenos M. leprae. Está bem descrita a importância de células T reguladoras (Tregs) em infecções bacterianas crônicas. Estudos anteriores do nosso grupo demonstraram aumento da proporção de Tregs in situ e em sangue periférico de pacientes multibacilares (mas não em paucibacilares), assim como diminuição da proporção de Tregs na reação tipo 2 (porém não na reação tipo 1), sugerindo a participação deste subtipo celular na imunopatogênese da hanseníase. Entretanto, a baixa frequência de Tregs tem dificultado o estudo da sua capacidade funcional. OBJETIVO: Estabelecer protocolo de expansão de Tregs funcionais em pacientes com hanseníase e, posteriormente, avaliar a capacidade funcional das Tregs expandidas. METODOLOGIA: Células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) foram separadas e cultivadas, com anti-CD3 e anti-CD28, acrescidos de IL-2 e rapamicina, por 21 dias. Para avaliar a capacidade funcional das Tregs expandidas, realizou-se um ensaio de co-cultivo das Tregs expandidas e PBMCs autólogas (marcadas com CFSE). Utilizou-se diferentes proporções de Tregs:PBMCs (1:1, 1:2 e 1:5). A casuística foi composta por 29 indivíduos diagnosticados com hanseníase, divididos em quatro grupos, de acordo com a classificação de Ridley e Jopling. Além disso, coletou-se material de 6 indivíduos saudáveis, com a finalidade de caracterizar o pool celular do protocolo de expansão. Para isso, culturas de expansão de indivíduos saudáveis foram submetidas a dois protocolos distintos de purificação celular (beads magnéticas e cell sorting), além de imunofenotipagem das moléculas CD39, PD-1 e LAG3. RESULTADOS: Tregs dos pacientes multibacilar sem reação, nas proporções 1:2 e 1:5, e no grupo reacional tipo 2, na proporção 1:5, mostraram maior capacidade supressora, quando comparados aos grupos pacubacilar sem reação e reacional tipo 2, respectivamente. No grupo de indivíduos saudáveis não houve diferenças na capacidade supressora das Tregs obtidas por separação por beads magnéticas e Tregs obtidas por cell sorting, e não houve expressão significativa de células PD-1+ e LAG-3+ nas culturas de expansão. CONCLUSÃO: Em todos os indivíduos testados, independente da classificação clínica da hanseníase, o protocolo proposto resultou em uma expansão exponencial de uma linhagem de Tregs com atividade supressora, porém com sugestão preliminar de maior eficiência supressora das Tregs na forma MB (com ou sem reação), corroborando a correlação entre atividade supressora de Tregs e maior carga bacilar. Além disso, o protocolo com beads magnéticas se mostrou tão eficaz quanto o protocolo de purificação por cell sorting. A imunofenotipagem das Tregs expandidas de indivíduos saudáveis indicou que não havia número significativo de células exaustas ao fim de nosso protocolo, assim como não houve crescimento concomitante de células T reguladoras do tipo 1 na cultura de expansão / INTRODUCTION: Leprosy is a chronic granulomatous infectious disease caused by Mycobacterium leprae and a public health problem in Brazil. On average, 30-40% of patients are at risk of developing leprosy reactions, which are considered as states of exacerbation of the host\'s immune response to M. leprae antigens. The importance of regulatory T cells (Tregs) in chronic bacterial infections has been well described, but their role in leprosy remains unclear. Previous studies from our group have shown increased proportions of Tregs in situ and in peripheral blood of multibacillary patients (but not in paucibacillary patients), and decrease in the proportion of Tregs in type 2 reaction (but not type 1 reaction), reinforcing the role played by these cells in the immunopathogenesis of leprosy. However, the low numbers of Tregs preclude further studies on their functional capabilities. OBJECTIVE: To establish a protocol for expansion of functional Tregs in patients with leprosy and evaluate the functional capacity of the expanded Tregs. METHOD: Peripheral blood mononuclear cells (PBMCs) were separated and cultured under anti-CD3 and anti-CD28 stimulation, plus IL-2 and rapamycin for 21 days. To evaluate the functional capacity of the expanded Tregs, a co-culture assay of the expanded Tregs and autologous PBMCs (labeled with CFSE) was performed. Different ratios of Tregs: PBMCs (1: 1, 1: 2 and 1: 5) were used. The sample consisted of 29 individuals diagnosed with leprosy, divided into four groups, according to the Ridley and Jopling classification. In addition, samples from 6 healthy individuals were collected to characterize better the cellular characteristics of the expansion protocol. For this, cultures of healthy individuals PBMC were submitted to two distinct cell purification protocols (magnetic beads and cell sorting), as well as immunophenotyping of the molecules CD39, PD-1 and LAG3. RESULTS: Expanded Tregs from the multibacillary patients without reaction, at 1:2 and 1:5 ratios, and with type 2 reaction, at 1: 5 ratio, showed greater suppressive capacity that the respective paucibacillary groups. Tregs from healthy individuals obtained through magnetic beads separation and through cell sorting did not show differences in suppressor capacity, and there was no significant expression of PD-1 + and LAG-3 + on cells of the expansion cultures. CONCLUSION: In all individuals tested, irrespective of the leprosy classification, the proposed protocol resulted in an exponential expansion of Tregs with suppressive capacity; however, preliminary evidence indicated stronger suppressor activity of the Tregs from multibacillary patients (with or without reaction), suggesting a direct correlation between Tregs activity and bacillary load in leprosy. In addition, our protocol with magnetic beads proved to be as effective as the cell sorting protocol. Immunophenotyping of expanded Tregs from healthy subjects revealed that there was no significant number of exhausted cells at the end of our protocol, nor there was the concomitant outgrowth of type 1 regulatory T cells in the expansion protocol
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Estudo clínico-epidemiológico de 125 casos de micobacteriose pós-cirúrgica atendidos no Hospital Universitário Antônio Pedro no período de 2007 a 2009

Pinheiro, Patrícia Yvonne Maciel January 2017 (has links)
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Hospital Universitário Antonio Pedro / A micobacteriose pós-cirúrgica (MPC) vem emergindo nos últimos anos no Brasil e no mundo como uma infecção relacionada à assistência a saúde, representando um grave problema de saúde pública. Em 2006, vários casos foram informados à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ). A partir de março daquele ano, teve início um trabalho conjunto dessa Secretaria e do Ministério da Saúde, que definiu diretrizes para a confirmação do surto/epidemia, para o levantamento das causas, para a identificação das espécies do patógeno envolvido e para estabelecer medidas de prevenção e controle. Este estudo teve como objetivo descrever os aspectos clínicos e sociodemográficos dos pacientes atendidos no Serviço de Infectologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Universidade Federal Fluminense, com diagnóstico de MPC no período 2006-2009. Casuística e métodos: De abril de 2006 a junho de 2009 foram atendidos no Serviço de Infectologia do HUAP 125 pacientes encaminhados pela SES/RJ por serem casos suspeitos ou confirmados de micobacteriose não tuberculosa adquirida após procedimentos cirúrgicos. Os pacientes chegaram ao HUAP com a ficha própria de notificação de caso de MPC preenchida com os dados da identificação, do procedimento relacionado à infecção, da abordagem diagnóstica e da terapêutica prévia. O tratamento medicamentoso obedeceu às diretrizes estabelecidas pela SES/RJ e pela Agência Nacional de Saúde. Os dados contidos nestas fichas, bem como outras informações concernentes à evolução clínica, tratamento dispensado no HUAP e resposta terapêutica, foram inseridos em um banco de dados especialmente desenvolvido para a pesquisa. Resultados: A maior parte dos casos de MPC ocorreu em pacientes do sexo feminino (77,6%) e a colecistectomia laparoscópica foi o procedimento cirúrgico mais frequente (48,8%). A média do período de incubação foi de 41 dias e a mediana de 31 dias, O sinal clínico mais comum foi a presença de secreção (86,5%), seguida da de nodulações (65,6%). A maior parte dos casos apresentou lesões superficiais e múltiplas (44,8%). Em 45,6% dos casos foram colhidos suabes e tecido para cultura antes do início do tratamento e a positividade deste material foi de 43,5%, valor significantemente maior que o observado quando a coleta de material foi feita após o início do tratamento (16,7%). O tratamento com três fármacos (claritromicina, etambutol e terizidona) foi feito em 90,4% (113/125) dos pacientes, com duração média de 226 dias e mediana de 229 dias. Foram submetidos a pelo menos uma abordagem cirúrgica 77,6% (97/125) dos casos, principalmente aqueles que apresentavam lesões profundas (44/56). Efeitos adversos foram observados em 62,4% (78/125) dos casos, sendo boca amarga o mais frequente. Conclusão: Apesar do longo tempo de tratamento com múltiplos fármacos, a grande maioria dos pacientes aderiu ao tratamento e evoluiu para a cura sem recidivas. / Post-surgical mycobacteriosis (PSM) is emerging as a serious public health problem in Brazil and in the world. In 2006 a number of infections were reported to the Secretary of Health in the Rio de Janeiro State. Starting in March of this year, a joint effort was initiated by this Secretary and the Ministry of Health, in order to set up guidelines to confirm the outbreak/epidemic, to identify its causes, to identify the species of the pathogen involved, and to establish measures of prevention and control. The aim of this work was to describe the clinical and sociodemographic findings of the patients treated at the Infectious Diseases Service of Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Universidade Federal Fluminense, who had PSM from 2006 to 2009. Patients and Methods: From April 2006 to June 2009, 125 patients were referred by the Secretary of Health of the Rio de Janeiro State to HUAP with suspected or confirmed PSM. Each patient arrived at HUAP had a PSM case report form with data on identification, infection-related procedures, diagnostic approaches, and previous therapy. The treatment was defined by the Secretary of Health of the Rio de Janeiro State and the Health National Agency. The data from these case report forms, as well as other information associated with clinical evolution, treatment at HUAP, and therapeutic response were inserted into a database specially developed for this research. Results: Most PSM cases occurred in female patients (77.6%) and laparoscopic cholecystectomy was the most frequent surgery (48.8%). The mean incubation period was 41 days (median: 31 days). The most common presentation was drainage (86.5%) and nodules (65.6%). Most cases had multiple and superficial lesions (44.8%). Swab and tissue cultures were performed before treatment in 45.6% of the patients and their positivity was 43.5%, value significantly higher than that found when the specimens were obtained after the onset of treatment (16,7%). Most patients (90.4% - 113/125) were treated with a combined therapy using 3 drugs (clarithromycin, ethambutol and terizidone), with a mean duration of 226 days (median: 229 days). Surgical debridement was performed in 77.6% (97/125) of the cases, mainly in those with deep tissues lesions (44/56). Drug adverse effects occurred in 62.4% (78/125) of the cases, and bitter taste was the most common. Conclusion: In spite of multiple-drug and long-term treatment, most patients adhered to therapy and evolved to cure without relapses.
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Estudo clínico, morfológico e imuno-histoquímico de série de casos de tuberculose pleural e ganglionar

LIMA, Edna Porfírio de January 2011 (has links)
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No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_EstudoClinicoMorfologico.pdf: 2306884 bytes, checksum: 3364fe4e2c0a741056dfa4ce9d06de23 (MD5) Previous issue date: 2011 / A dificuldade no diagnóstico definitivo da tuberculose extrapulmonar persiste principalmente devido a baixa resolutividade dos métodos convencionais disponíveis para a detecção do Mycobacterium tuberculosis. Esse estudo teve como objetivos avaliar a contribuição da técnica imuno-histoquímica (IHQ) para a detecção de Mycobacterium spp. em casos de tuberculose pleural e ganglionar com histoquímica negativa, assim como, investigar alguns aspectos clínicos, laboratoriais e morfológicos da doença. Para obtenção desta amostra fez-se a busca dos casos no Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) e Divisão de Arquivo Médico e Estatística (DAME) do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e no Departamento de Anatomia Patológica da Universidade Federal do Pará (UFPA), selecionando-se aqueles que haviam realizado exame histopatológico para esclarecimento diagnóstico do caso. Foram incluídos 50 pacientes, sendo 25 com diagnóstico presuntivo de tuberculose pleural e 25 de tuberculose ganglionar. Para obtenção dos dados clínicos e laboratoriais os respectivos prontuários foram revisados, e para confirmação dos aspectos morfológicos foi realizada a revisão de todas as lâminas selecionadas. Posteriormente, cada amostra foi submetida à técnica IHQ com anticorpo polyclonal Mycobacterium bovis BCG. Encontrou-se no grupo investigado, maior frequência do sexo masculino, cuja média de idade foi de 33,8 anos (desvio padrão: 14,1) sendo a maioria procedente da cidade de Belém-Pará e com nível de escolaridade de sete ou menos anos de estudo. Os sintomas constitucionais mais frequentes em todo o grupo foram a febre e perda ponderal. Nos pacientes com tuberculose pleural, os sintomas específicos mais encontrados foram tosse, dor torácica e dispneia, e naqueles com a forma ganglionar da doença, o envolvimento da cadeia cervical isolada foi mais frequente. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida) e etilismo foram as condições de risco mais frequentemente associadas. Na tuberculose pleural, 20% dos casos cursaram com derrame pleural associado à lesão parenquimatosa, e em 60% o líquido pleural foi do tipo exsudativo. Enquanto, na forma ganglionar, em 50% dos casos evidenciou-se lesão parenquimatosa à radiografia do tórax. Neste estudo, foi inexpressiva a quantidade de participantes nos quais foi realizada a pesquisa direta e cultura para bacilo álcool - ácido resistente (BAAR) nos diversos espécimes clínicos analisados (líquido pleural, tecido pleural e ganglionar, escarro e lavado broncoalveolar) O padrão morfológico predominante em ambas as formas da doença foi o granuloma tipo tuberculoide com necrose caseosa, independente do status sorológico para o HIV. A técnica IHQ contribuiu para o diagnóstico de tuberculose pleural em 21% (4/19) das amostras de tecido pleural e em 37,5% (9/24) de tecido ganglionar. Um resultado imuno-histoquímico positivo define o diagnóstico de micobacteriose, e quando associado aos achados clínicos, laboratoriais e morfológicos torna-se uma ferramenta de grande utilidade para melhorar o diagnóstico da tuberculose extrapulmonar. / The difficulty in definitive diagnosis of extra-pulmonary tuberculosis persists, mainly due to poor solutions available from conventional methods for detection of Mycobacterium tuberculosis. This study aimed to evaluate the contribution of immunohistochemical (IHC) for detection of Mycobacterium spp, in cases of pleural and lymph node tuberculosis with negative staining, as well as investigate some clinical, laboratory and morphological aspects of the disease. To obtain this sample was made in the pursuit of cases through surveillance (NVE) and Division of Medical Archives and Statistics (DAME), University Hospital João de Barros Barreto (HUJBB) and the Department of Pathology, University of Pará (UFPA), selecting those who had performed the histopathological examination for diagnosis of the case. Fifty patients were included, twenty-five with presumptive diagnosis of pleural tuberculosis and twenty-five of lymph node tuberculosis. To obtain the clinical and laboratory data were reviewed their medical records, and to confirm the morphological aspects review was performed of all selected slides. Thereafter, each sample was subjected to IHC with polyclonal Mycobacterium bovis BCG. It was found in the investigated group, more often male, whose average age was 33.8 years (SD: 14.1) with the majority coming from the city of Belem, Pará and education level of seven or fewer years of schooling. Constitutional symptoms more frequent in the whole group were fever and weight loss. In patients with pleural tuberculosis, the most frequent specific symptoms were cough, chest pain and dyspnea, and in those with lymph node involvement of the cervical alone was more frequent. Infection with human immunodeficiency virus (HIV) or Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) and alcohol consumption were the risk conditions most frequently associated. In pleural tuberculosis, 20% of cases presenting with pleural effusion associated with parenchymal injury, and 60% of the pleural fluid was exudate type. While in the lymph nodes in 50% of the cases revealed a parenchymal lesion on chest. This study was marginal participants in the amount of which has been held to direct research and culture for bacillus acid – resistant (AFB) in various clinical specimens analyzed (pleural fluid, pleural tissue and lymph node, sputum, and broncho-alveolar lavage). The predominant morphological pattern in both forms of the disease was tuberculous granulomas with caseous necrosis, regardless of serologic status for HIV. The IHC technique contributed to the diagnosis of pleural tuberculosis in 21% (4/19) samples of pleural tissue and 37.5% (9/24) of lymph node tissue. A positive immunohistochemical result defines the diagnosis of mycobacterial disease, and when associated with clinical, laboratory and morphological finds become a valuable tool to improve the diagnosis of extra-pulmonary tuberculosis.

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