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Variação nos tricomas de Solanum sisymbriifolium (Solanaceae) e herbivoria por larvas de Gratiana spadicea (Coleoptera, Chrysomelidae)

Boligon, Danessa Schardong January 2007 (has links)
A grande diversidade de plantas e de insetos herbívoros reflete na diversidade de interações entre os mesmos. Dentre estas interações, destacamos o papel dos tricomas na defesa mecânica e química das plantas contra o ataque de insetos herbívoros. As folhas de Solanum sisymbriifolium (Solanaceae) apresentam uma variedade de tricomas que atuam como barreira, mesmo para insetos especialistas como Gratiana spadicea (Coleoptera, Chrysomelidae). Tais estruturas dificultam o acesso ao alimento das larvas, principalmente nos ínstares iniciais, ocasião em que as larvas sofrem alta mortalidade quando alimentadas de folhas de alta densidade de tricomas. Não se sabe se as causas destes índices estão relacionadas com as barreiras físicas ou químicas impostas pela presença de tricomas. Neste trabalho, verificamos se a dificuldade em acessar o alimento, causada pela presença de tricomas, reflete ou não alterações na utilização da planta e no comportamento das larvas de G. spadicea. Para tanto, cultivamos plantas de S. sisymbriifolium no sol e na sombra para induzir variações na densidade de tricomas foliares. As folhas correspondentes foram caracterizadas quanto ao tipo de tricomas existentes, densidade dos mesmos e histoquímica dos glandulares. Foi qualificado o comportamento alimentar das larvas, bem como a taxa de remoção e ingestão de tricomas frente a tal variação. As folhas de S. sisymbriifolium apresentaram quatro tipos de tricomas: tector unicelular, tector estrelado com quatro ou mais raios laterais, glandular longo-pedicelado pluricelular com cabeça clavada unicelular e glandular curto-pedicelado com cabeça globosa pluricelular, os quais variaram significativamente entre as folhas de sol e de sombra. Os tricomas tector estrelado e glandular longo-pedicelado foram mais numerosos nas plantas mantidas no sol, enquanto o tector unicelular, nas plantas de sombra. O número de tricomas glandular curto-pedicelado não diferiu significativamente entre os dois tipos de planta. Os testes histoquímicos foram positivos para fenóis, alcalóides e lipídios nos dois tipos de tricomas glandulares. As larvas removeram os tricomas das folhas para atingir o alimento (mesofilo foliar) e a alta densidade de tricomas, principalmente dos estrelados, interferiu no tempo dedicado à alimentação, já que o maior tempo dedicado à remoção destas estruturas diminuiu o tempo empregado na ingestão de alimento. O tempo dedicado as demais atividades (repouso, prova do alimento e deslocamento) não apresentou diferenças significativas entre as folhas de alta e baixa densidade de tricomas. Os ritmos de alimentação das larvas de G. spadicea foram de curta duração, sendo o tempo de assimilação do alimento ingerido menor que uma hora, principalmente em larvas de quinto ínstar. A ingestão de fragmentos de tricomas de S. sisymbriifolium ocorreu em todos os ínstares larvais, mas, a retenção destes fragmentos no intestino anterior das larvas deu-se, principalmente nos iniciais, quando as larvas são menores e o diâmetro do tubo digestivo também, o que dificulta a passagem de fragmentos. Para a liberação dos fragmentos retidos sugerimos duas possibilidades: podem ser regurgitados de uma estrutura anterior ao papo que teria a função de armazená-los até o momento de regurgitar, ou ainda, de liberá-los com a exúvia na ocasião da muda. A ingestão de tricomas e a passagem de alguns fragmentos através do canal alimentar podem estar relacionados com a alta mortalidade observada para estas larvas, principalmente nos ínstares iniciais.
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Variação nos tricomas de Solanum sisymbriifolium (Solanaceae) e herbivoria por larvas de Gratiana spadicea (Coleoptera, Chrysomelidae)

Boligon, Danessa Schardong January 2007 (has links)
A grande diversidade de plantas e de insetos herbívoros reflete na diversidade de interações entre os mesmos. Dentre estas interações, destacamos o papel dos tricomas na defesa mecânica e química das plantas contra o ataque de insetos herbívoros. As folhas de Solanum sisymbriifolium (Solanaceae) apresentam uma variedade de tricomas que atuam como barreira, mesmo para insetos especialistas como Gratiana spadicea (Coleoptera, Chrysomelidae). Tais estruturas dificultam o acesso ao alimento das larvas, principalmente nos ínstares iniciais, ocasião em que as larvas sofrem alta mortalidade quando alimentadas de folhas de alta densidade de tricomas. Não se sabe se as causas destes índices estão relacionadas com as barreiras físicas ou químicas impostas pela presença de tricomas. Neste trabalho, verificamos se a dificuldade em acessar o alimento, causada pela presença de tricomas, reflete ou não alterações na utilização da planta e no comportamento das larvas de G. spadicea. Para tanto, cultivamos plantas de S. sisymbriifolium no sol e na sombra para induzir variações na densidade de tricomas foliares. As folhas correspondentes foram caracterizadas quanto ao tipo de tricomas existentes, densidade dos mesmos e histoquímica dos glandulares. Foi qualificado o comportamento alimentar das larvas, bem como a taxa de remoção e ingestão de tricomas frente a tal variação. As folhas de S. sisymbriifolium apresentaram quatro tipos de tricomas: tector unicelular, tector estrelado com quatro ou mais raios laterais, glandular longo-pedicelado pluricelular com cabeça clavada unicelular e glandular curto-pedicelado com cabeça globosa pluricelular, os quais variaram significativamente entre as folhas de sol e de sombra. Os tricomas tector estrelado e glandular longo-pedicelado foram mais numerosos nas plantas mantidas no sol, enquanto o tector unicelular, nas plantas de sombra. O número de tricomas glandular curto-pedicelado não diferiu significativamente entre os dois tipos de planta. Os testes histoquímicos foram positivos para fenóis, alcalóides e lipídios nos dois tipos de tricomas glandulares. As larvas removeram os tricomas das folhas para atingir o alimento (mesofilo foliar) e a alta densidade de tricomas, principalmente dos estrelados, interferiu no tempo dedicado à alimentação, já que o maior tempo dedicado à remoção destas estruturas diminuiu o tempo empregado na ingestão de alimento. O tempo dedicado as demais atividades (repouso, prova do alimento e deslocamento) não apresentou diferenças significativas entre as folhas de alta e baixa densidade de tricomas. Os ritmos de alimentação das larvas de G. spadicea foram de curta duração, sendo o tempo de assimilação do alimento ingerido menor que uma hora, principalmente em larvas de quinto ínstar. A ingestão de fragmentos de tricomas de S. sisymbriifolium ocorreu em todos os ínstares larvais, mas, a retenção destes fragmentos no intestino anterior das larvas deu-se, principalmente nos iniciais, quando as larvas são menores e o diâmetro do tubo digestivo também, o que dificulta a passagem de fragmentos. Para a liberação dos fragmentos retidos sugerimos duas possibilidades: podem ser regurgitados de uma estrutura anterior ao papo que teria a função de armazená-los até o momento de regurgitar, ou ainda, de liberá-los com a exúvia na ocasião da muda. A ingestão de tricomas e a passagem de alguns fragmentos através do canal alimentar podem estar relacionados com a alta mortalidade observada para estas larvas, principalmente nos ínstares iniciais.
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Ciclos previsíveis em populações de insetos herbívoros e suas causas / Predictable cycles in populations of herbivorous insects and their causes

Campos, Wellington Garcia 10 August 2001 (has links)
Submitted by Nathália Faria da Silva (nathaliafsilva.ufv@gmail.com) on 2017-07-05T19:43:11Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 554927 bytes, checksum: bab54979b9aadcf5a58ec71918b9a436 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-05T19:43:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 554927 bytes, checksum: bab54979b9aadcf5a58ec71918b9a436 (MD5) Previous issue date: 2001-08-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo geral da tese foi responder por que insetos herbívoros apresentam tendências populacionais cíclicas previsíveis. Os três primeiros capítulos tratam dos mecanismos responsáveis por ciclos de colonização/ extinção de pequena escala local, acontecendo em manchas temporárias de recursos, como cultivos agrícolas de plantas efêmeras. O quarto capítulo indica causas de variação populacional cíclica sazonal, ocorrendo na mesma época do ano e provavelmente em escala regional. Performance alimentar e preferência de oviposição são aspectos da história de vida do indivíduo fundamentais para explicar padrões populacionais em insetos herbívoros. Nós testamos, em laboratório, se o desenvolvimento ontogenético da planta efêmera afeta negativamente a performance do inseto folívoro oligófago P lutella xylostella (Lepidoptera). A despeito da planta hospedeira ( B rassica oleraceae var.capitata) produzir folhas novas ao longo de toda a vida, seu amadurecimento aumentou a mortalidade pré-imaginal do herbívoro. Houve ainda redução na velocidade de desenvolvimento das larvas, no peso das pupas e na fecundidade. Portanto, o desenvolvimento da planta foi acompanhado de uma queda na sua qualidade, de modo que o inseto teve sua performance alimentar diminuída (expressa como taxa reprodutiva líquida (R o) ou como potencial de crescimento populacional (r)). Se não houver outras pressões seletivas mais fortes modulando o comportamento das fêmeas adultas, o resultado da seleção natural poderá ser a preferência de oviposição covariando com a performance ali-mentar das larvas durante o desenvolvimento da planta. Nós sugerimos que insetos oligófagos, que utilizam plantas efêmeras, devem atacar com mais intensidade as fases jovens e tenras do vegetal, embora elas possam conter mais compostos que são tóxicos para outras espécies. Em insetos herbívoros, ciclos populacionais de colonização e extinção em manchas temporárias de plantas são dependentes da migração. A migração geralmente requer mais que uma decisão comportamental e envolve também mudanças morfológicas e fisiológicas no indivíduo. No segundo capítulo, nós testamos se insetos usam diretamente o processo de envelhecimento da planta hospedeira para modular sua atividade migratória entre as manchas de recursos. P . xylostella foi criada em laboratório com plantas de repolho de diferentes idades. Adultos que passaram a fase larval nas plantas tenras de menor idade foram inibidos em sua capacidade migratória. Por outro lado, plantas maduras, especialmente suas folhas novas, estimularam o desenvolvimento de características morfológicas e fisiológicas no adulto que geralmente ocorrem em formas migrantes de insetos. Mudanças químicas ontogenéticas e previsíveis na planta poderiam ser usadas como pistas para o herbívoro prever seu futuro ambiente reprodutivo e modular sua atividade migratória ainda durante a fase larval. No terceiro capítulo, nós investigamos se, em pequenas manchas temporárias de recursos: 1) padrões temporais na abundância local de insetos herbívoros são definidos de baixo para cima na cadeia alimentar, por efeito de mudanças ontogenéticas no tamanho e na qualidade nutricional das plantas; 2) folívoros oligófagos apresentam tendências temporais distintas dos polífagos. Durante o desenvolvimento das plantas hospedeiras (manchas cultiva- das de B. oleraceae var. capitata), larvas da oligófaga P . xylostella e da polífaga T richoplusia ni (Lepidoptera) tiveram tendências paralelas de variação na sua abundância local. Os ciclos paralelos de crescimento e declínio nas populações foram explicados, de modo altamente significativo, pelo crescimento das plantas hospedeiras, pela diminuição na sua qualidade nutricional e pela interação das duas variáveis. A preferência de oviposição das mariposas covariou temporalmente com a performance alimentar das larvas e determinou o paralelismo nas flutuações populacionais das duas espécies. Nós discutimos que, durante o desenvolvi- mento das plantas efêmeras, insetos folívoros monófagos, oligófagos e polífagos devem apre- sentar uma tendência de flutuação populacional comum, generalizada entre eles. Na mancha temporária de plantas, populações locais de predadores e parasitóides provavelmente acompanham a mesma tendência observada no nível trófico abaixo. No quarto capítulo, nós perguntamos se ciclos sazonais, e provavelmente regionais, em populações tropicais da cosmopolita P . xylostella têm relação com a variação sazonal na disponibilidade de recursos. Também foi investigado se fluxos imigratórios previsíveis são a causa proximal do início dos ciclos de crescimento populacional. Durante três anos, plantas preferidas do inseto foram cultivadas continuamente e irrigadas de modo a sempre haver recurso em abundância. Mesmo assim, houve uma tendência populacional sazonal e a hipótese da disponibilidade de recursos não explica o padrão observado. No começo dos ciclos sazonais, o aumento na densidade de adultos precedeu significativamente o aumento na densidade de imaturos. Parece que P . xylostella não sofre diapausa, de modo que fluxos imigratórios foram a causa da fase previsível de crescimento da população. A infestação artificial da área com pupas, durante o outono, quando a população encontrava-se extinta, provocou um ciclo populacional precoce. Portanto, nós assumimos que a época do início dos ciclos é explicada por fatores externos e não necessariamente devida a uma melhoria das condições locais durante o inverno. Hipóteses testáveis também foram sugeridas para explicar por que cada população sazonal foi incapaz de persistir até um novo fluxo imigratório do ano seguinte. / The aim of this thesis was to answer why do herbivorous insects show predictable cycles in their populations. In the first three chapters, we dealt with mechanisms behind small- scale cycles in oligophagous and poliphagous species occurring in ephemeral patches of resource, such as agricultural crops. These small-scale cycles of colonization and extinction must be inserted in larger-scale ones. Therefore, in the fourth chapter, we also tried to identify causes of seasonal cycles that occur at roughly the same time of the year and probably in regional scale. Performance and preference are fundamental life history traits to explain patterns in populations of herbivorous insects. Firstly, we asked whether the alimentary performance of the oligophagous P lutella xylostella (Lepidoptera) is negatively affected by the ontogenetic development of its ephemeral host plant ( Brassica oleraceae var. capitata ). Although plants produced new leaves along its life, the pre-imaginal survival of the insect was smaller, and its development was slower in mature than younger plants. The aging of the host plant also reduced the pupal weight and the realized fecundity. As the plant aged, individuals had their alimentary performance decreased (measured as net reproductive rate (R o) or intrinsic rate of increase ( r)). If stronger adaptive pressures do not exist, the result of natural selection should be oviposition preference co-varying with alimentary performance during the plant aging. We expect that monophagous and oligophagous insects would attack mainly younger and tender developmental phases of their ephemeral host plants, even though they can have more compounds that are toxic to others species. Regular cycles of colonization and extinction in ephemeral patches of resource cannot be explained independently of migratory processes. In the second chapter, we tested if insects use the host plant aging to modulate their migratory activity between temporary patches of resources. P xylostella was reared with cabbage of different ages, and adults fed in their larval phase with younger and tender plants seem to be inhibited in their migratory ability. On the other hand, mature plants, especially their new leaves, favored the development of phenotypic traits that are correlated with the migratory activity of insects in general. The low quality and the short persistence of ephemeral mature plant, insufficient for one additional insect generation, should act as a selective pressure favoring migratory ability. Insects would track ontogenetic chemical changes of the host plant to predict their future reproductive environment and to modulate their migratory ability during the pre-imaginal development. Individuals reared on mature plants will be prepared to migrate as soon as they have emerged from the pupa, without losing their short reproductive lifetime searching through the deteriorated resource patch. In the third chapter, we investigated whether in small patches of resources: 1) herbivorous insects have temporal population trends defined by bottom-up forces, related to aging of the host plants; 2) oligophagous and poliphagous herbivores have different population trends. Poliphagous larvae of T richoplusia ni (Lepidoptera) and oligophagous larvae of P . xylostella had parallel population cycles during the development of the plants in cabbage patches. Oviposition had the same decreasing temporal trend that larval performance. Moths were able to detect ontogenetic differences in plant traits, and the selective oviposition behavior shared by the species determined the parallelism in population trends. However, because young plants are smaller and support fewer individuals than mature ones, populations showed cyclic trends, not decreasing. Populations peaked at medium age plants. In fact, cycle trends in both species were fully explained by the plant growth (increase in size or biomass), by its decreasing quality (measured as insect performance or intrinsic rate of increase (r)), and by the interaction between explanatory variables. We discussed that abundance of monophagous, oligophagous and poliphagous insects show a generalized temporal trend during the deve-lopment of their ephemeral host plants. In the plant patch, insect parasitoids and predators probably follow the same temporal pattern than their hosts or preys. In the fourth chapter, we asked if seasonal, and probably also regional, cycles in tropical populations of the cosmopolite P . xylostella have causal relationship with seasonal resource availability. We also investigated if a predictable immigration flow is the proximal cause of each cycle of population growth. We cultivated and irrigated their preferred host plants, making resource abundant along the whole year and during three years. Even so, insects had a seasonal population trend. Population always increased rapidly in winter, but it was already extinct again in early summer. Therefore, seasonal resource availability hypothesis could not explain the population pattern. At the beginning of the seasonal cycles, the increase in adult density preceded significantly in time the increase in immature density. P . xylostella does not diapause, therefore immigration flow was the cause of the predictable population growth. Artificial infestation (immigration) of the area, during autumn, when the population was extinct, started a precocious population cycle. We assumed that the time when cycles begin is determined by external factors, not necessarily by improvement of local conditions during the tropical winter. We suggested mechanistic and testable hypotheses to explain why population was unable to persist until the new immigration flow, in the following year.
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Variação nos tricomas de Solanum sisymbriifolium (Solanaceae) e herbivoria por larvas de Gratiana spadicea (Coleoptera, Chrysomelidae)

Boligon, Danessa Schardong January 2007 (has links)
A grande diversidade de plantas e de insetos herbívoros reflete na diversidade de interações entre os mesmos. Dentre estas interações, destacamos o papel dos tricomas na defesa mecânica e química das plantas contra o ataque de insetos herbívoros. As folhas de Solanum sisymbriifolium (Solanaceae) apresentam uma variedade de tricomas que atuam como barreira, mesmo para insetos especialistas como Gratiana spadicea (Coleoptera, Chrysomelidae). Tais estruturas dificultam o acesso ao alimento das larvas, principalmente nos ínstares iniciais, ocasião em que as larvas sofrem alta mortalidade quando alimentadas de folhas de alta densidade de tricomas. Não se sabe se as causas destes índices estão relacionadas com as barreiras físicas ou químicas impostas pela presença de tricomas. Neste trabalho, verificamos se a dificuldade em acessar o alimento, causada pela presença de tricomas, reflete ou não alterações na utilização da planta e no comportamento das larvas de G. spadicea. Para tanto, cultivamos plantas de S. sisymbriifolium no sol e na sombra para induzir variações na densidade de tricomas foliares. As folhas correspondentes foram caracterizadas quanto ao tipo de tricomas existentes, densidade dos mesmos e histoquímica dos glandulares. Foi qualificado o comportamento alimentar das larvas, bem como a taxa de remoção e ingestão de tricomas frente a tal variação. As folhas de S. sisymbriifolium apresentaram quatro tipos de tricomas: tector unicelular, tector estrelado com quatro ou mais raios laterais, glandular longo-pedicelado pluricelular com cabeça clavada unicelular e glandular curto-pedicelado com cabeça globosa pluricelular, os quais variaram significativamente entre as folhas de sol e de sombra. Os tricomas tector estrelado e glandular longo-pedicelado foram mais numerosos nas plantas mantidas no sol, enquanto o tector unicelular, nas plantas de sombra. O número de tricomas glandular curto-pedicelado não diferiu significativamente entre os dois tipos de planta. Os testes histoquímicos foram positivos para fenóis, alcalóides e lipídios nos dois tipos de tricomas glandulares. As larvas removeram os tricomas das folhas para atingir o alimento (mesofilo foliar) e a alta densidade de tricomas, principalmente dos estrelados, interferiu no tempo dedicado à alimentação, já que o maior tempo dedicado à remoção destas estruturas diminuiu o tempo empregado na ingestão de alimento. O tempo dedicado as demais atividades (repouso, prova do alimento e deslocamento) não apresentou diferenças significativas entre as folhas de alta e baixa densidade de tricomas. Os ritmos de alimentação das larvas de G. spadicea foram de curta duração, sendo o tempo de assimilação do alimento ingerido menor que uma hora, principalmente em larvas de quinto ínstar. A ingestão de fragmentos de tricomas de S. sisymbriifolium ocorreu em todos os ínstares larvais, mas, a retenção destes fragmentos no intestino anterior das larvas deu-se, principalmente nos iniciais, quando as larvas são menores e o diâmetro do tubo digestivo também, o que dificulta a passagem de fragmentos. Para a liberação dos fragmentos retidos sugerimos duas possibilidades: podem ser regurgitados de uma estrutura anterior ao papo que teria a função de armazená-los até o momento de regurgitar, ou ainda, de liberá-los com a exúvia na ocasião da muda. A ingestão de tricomas e a passagem de alguns fragmentos através do canal alimentar podem estar relacionados com a alta mortalidade observada para estas larvas, principalmente nos ínstares iniciais.
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Degradação foliar de duas espécies arbóreas pioneiras e meso e macrofauna edáfica em áreas com solos construídos após mineração de carvão no Sul de Santa Catarina

Frasson, Joice Martins de Freitas January 2015 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais. / A meso e macrofauna edáfica são responsáveis por um dos processos de ciclagem de nutrientes de maior importância para o equilíbrio do ecossistema terrestre. Uma das principais relações que ocorrem neste ambiente é a interação entre organismos do solo e as plantas, esta última sendo responsável por disponibilizar através das folhas mortas um recurso alimentar, ou servindo de abrigo para a meso e macrofauna edáfica. Na região sul de Santa Catarina, muitas áreas foram exauridas ao máximo com o objetivo de extrair carvão mineral. A legislação brasileira obriga a recuperação dessas áreas mineradas e o monitoramento da fauna e da flora. Neste processo, uma das principais etapas após a recomposição do solo é a introdução de espécies arbóreoarbustivas pioneiras nessas áreas, contudo, estudos relacionados à interação entre as plantas introduzidas e os organismos que se alimentarão das folhas mortas são pouco explorados. Assim sendo, este trabalho teve por objetivo através do uso de litter bags identificar os organismos da meso e macrofauna edáfica que colonizaram duas espécies de plantas arbóreas que foram mais utilizadas na revegetação das áreas de estudo, a Senna multijuga e Schinus terebinthifolius, bem como avaliar a taxa de degradação do folhiço dessas duas espécies vegetais em três áreas com diferentes estádios sucessionais de regeneração nos munícipios de Treviso (A1 e A2) e Lauro Müller (A3), SC. Para os testes foram utilizados um total de 32 litter bags (16 por espécie vegetal) por área de estudo, onde foram divididos em quatro blocos ao longo de um transecto. As amostragens foram realizadas durante 15, 30, 60 e 120 dias, onde um litter bag de cada espécie/bloco foi removido aleatoriamente. A análise do Decaimento Exponencial Simples (DES) com o uso do MLG mostrou que as folhas de S. terebinthifolius apresentou maior tendência de degradação em relação a espécie S. multijuga. A espécie vegetal com maior riqueza da macrofauna edáfica foi S. multijuga, principalmente na A3 nos tempos amostrais mais tardios (60 e 120 dias). A correlação linear simples indicou que a taxa de degradação foliar de S. terebinthifolius foi fortemente associada ao aumento da riqueza de táxons nas três áreas amostradas. A área que obteve a maior riqueza de indivíduos foi a A3, sendo esta a área com o estádio mais avançado de regeneração. A espécie vegetal que teve maior abundância amostrada foi S. multijuga (N = 4.258), e 2.467 indivíduos na S. terebinthifolius. Os organismos que representaram 50% da macrofauna levantada e que estiveram presentes em todas áreas foram Acari, Collembola, Hymenoptera (Formicidae) e Araneae.
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Herbivoria e produção de serrapilheira em remanescentes florestais da floresta ombrófila densa sob diferentes estágios sucessionais, no sul de Santa Catarina

Flor, Ismael Cividini 22 October 2014 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais. / The term herbivory is used to denote consumption of plant tissues by animals, highlighting insects as main herbivores. The herbivory has an important role in the maintenance of plant diversity because exercises strong selective pressure, promoting the coexistence of a larger number of plant species in communities. The importancy of evaluate the production of litter lies in the understanding of reservoirs and nutrient flow in ecosystems, which constitute the main way to provide nutrients through mineralization of plants residues. The present study aimed to determine the rates of herbivory and litter production of three areas (A1, A2 e A3) of Submontane Tropical Rain Forest in different successional stages, in the municipality of Siderópolis, south of Santa Catarina. To check the rates of herbivory 60 plants per study area were analyzed, and the quantification of the litter was analyzed along three transects of 40m in each study area. In each transect were installed five collectors of 0,25m². The species with showed the highest rate of herbivory (RH) in A1 were Solanum pseudocapsicum, Solanum mauritianum and Myrsine coriacea. In A2 Hyptis sp. and Pluchea sagittalis were the species that had the highest RH’s, and in A3 Meliosma sellowii and Ouratea parviflora showed the highest RH’s. The A3 was the area that had the highest rate of herbivores compared with the other two arieas supporting the hypothesis of resource availability which is based on the concept of ecological niche, where a greater complexity and a greater diversity of plants present a greater diversity of potential niches that can be occupied by herbivores. The highest rates were found in summer and autumn with a small decrease in spring and winter. Litter production was estimated at 15123.74 kg/ha/year, with the highest production occurred in A3 (8130.89 kg/ha/year), followed by A2 (4252.67 kg/ha/year) and finally the A1 (2740.18 kg/ha/year). The litter production was significantly higher in A3 compared with other areas. The leaf fraction was dominant with 62.19% of the total dry weight of litter produced, followed by the fraction of branches (22.27%), miscellaneous fraction (10.42%) and the fraction of reproductive material (5.13%). The highest values of the amount of total litter produced were found in spring and summer. The results obtained in this study emphasize the importance of the plantherbivore relationship to the knowledge and preservation of biodiversity, as well as producing litter becomes paramount to understanding the nutritional dynamics of ecosystems. / O termo herbivoria é empregado como o consumo de tecidos vegetais por animais, destacando-se os insetos como os principais herbívoros. A herbivoria tem um papel importante na manutenção da diversidade de plantas pelo fato de exercer forte pressão seletiva, promovendo a coexistência de um maior número de espécies vegetais nas comunidades. A importância de se avaliar a produção de serapilheira está no entendimento dos reservatórios e fluxo de nutrientes nos ecossistemas, os quais se constituem na principal via de fornecimento de nutrientes, por meio da mineralização dos restos vegetais. O presente estudo objetivou verificar as taxas de herbivoria e a produção de serrapilheira de três áreas (A1, A2 e A3) da Floresta Ombrófila Densa Submontana, em diferentes estágios sucessionais, no município de Siderópolis, Sul de Santa Catarina. Para a verificação das taxas de herbivoria foram analisadas 60 plantas por área de estudo, e a quantificação da serrapilheira foi analisada através de três transectos de 40m de comprimento por área de estudo, em cada transecto foram instalados cinco coletores de 0,25m2. As espécies com maior índice de herbivoria (IH) na A1 foram Solanum pseudocapsicum, Solanum mauritianum e Myrsine coriacea. Na A2, Hyptis sp. e Pluchea sagittalis, foram as espécies que obtiveram os maiores IHs e na A3 Meliosma sellowii e Ouratea parviflora obtiveram os maiores IHs de herbivoria. A A3 apresentou os maiores índices de herbivoria em comparação com as outras áreas, corroborando a hipótese da disponibilidade de recursos que se baseia no conceito de nicho ecológico, onde uma maior complexidade e uma maior diversidade de plantas apresentam uma maior diversidade de nichos potenciais que podem ser ocupados por insetos herbívoros. Foram encontrados os maiores índices de herbivoria no verão e no outono com um pequeno decréscimo na primavera e inverno. A produção de serrapilheira total foi estimada em 15.123,74 kg/ha/ano, sendo que a maior produção ocorreu na A3 (8.130,89 kg/ha/ano), seguido pela A2 (4.252,67 kg/ha/ano) e, por fim pela A1 (2.740,18 kg/ha/ano). A produção de serrapilheira total foi significativamente maior na A3 comparado com as demais áreas (p<0,05). A fração foliar foi a dominante, com 62,19% do peso seco total da serrapilheira produzida, seguido pela fração ramos (22,27%), fração miscelânea (10,42%) e a fração material reprodutivo (5,13%). Os maiores valores da quantidade de serrapilheira total produzida foram alcançados na primavera e verão. Os resultados obtidos no presente estudo ressaltam a importância da relação planta-herbívoro para o 14 conhecimento e preservação da biodiversidade, assim como a produção serrapilheira torna-se primordial para o entendimento da dinâmica nutricional dos ecossistemas.
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Sistemática das espécies de Ceroplastinae Atkinson, 1886 (Hemíptera: Coccoidea: Coccidae) que ocorrem no estado de São Paulo, Brasil e inventariação de seus parasitóides.

Peronti, Ana Lúcia Benfatti Gonzalez 25 March 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:30:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TeseALBGP.pdf: 22799937 bytes, checksum: d50cfa161f715db8236eb6a0b09e4c0a (MD5) Previous issue date: 2004-03-25 / Universidade Federal de Minas Gerais / The species of Ceroplastinae (Hemiptera: Coccoidea: Coccidae) from São Paulo state were revised and associated parasitoids were inventoried. Forty-three species of the Ceroplastinae were studied, 27 known species were redescribed and 6 new species described. Ceroplastes campinensis Hempel, 1901, C. bicolor Hempel, 1901, C. excaericae Hempel, 1912 and C. farmairii (Signoret, 1866) were not studied because the type material or other specimens were not found. Eight new synonym are established: Ceroplastes psidii (Chavannes, 1848) and C. simplex Hempel, 1900 with C. janeirensis; C. cultus Hempel, 1900, C. cuneatus Hempel, 1900, C. rarus Hempel, 1900 and C. rotundus Hempel, 1900 with C. cirripediformis; C. novaesi Hempel, 1900 with C. lucidus Hempel, 1900 and C. rhizophorae Hempel, 1918 with C. grandis Hempel, 1900. One new combination is proposed. Ceroplastes stellifer (Westwood, 1871). Ceroplastes flosculoides is recorded for the first time in Brazil and Ceroplastes cassiae (Chavannes, 1848), C. deodorensis Hempel, C. formosus Hempel and C. quadratus Green are recorded for the first time in São Paulo state. Ceroplastinae is now formed by 31 species, all included in Ceroplastes genus. In addition, synonym list, geographic distribution, lists of hosts and illustrations have been presented, together with a dichotomous key to the groups of the Ceroplastinae and a dichotomous key to species of the Ceroplastes group and another to species of the Ceroplastidia group from São Paulo state. Thirty-one Hymenoptera parasitoids distributed in 7 families of the Chalcidoidea in association with Ceroplastes species: Coccophagus Westwood sp1., C. sp2, C. sp3 (Aphelinidae); Anicetus sp., Coccidencyrtus sp., Encyrtus baezi (Brèthes, 1921), Metaphycus sp1, M. sp2, M. sp3, M. sp4, M. sp5, M. sp6, M. sp7, M. sp8. and Microterys sp. (Encyrtidae), Aprostocetus sp1., A. sp2 and A. sp3, Horismenus and Tetrastichinae sp. (Eulophidae), Brasema sp., Lecaniobius grandis (De Santis, 1950), L. utilis Compere, 1939 and L. cockerellii Ashmead, 1896 (Eupelmidae), Erotolepsia sp. and Cephaleta brasiliensis (De Santis, 1963) (Pteromalidae) and Signiphora sp1. S. sp2 and S. sp3 (Signiphoridae) were found. Every genus mentioned above, except Coccophagus, is associated with Ceroplastinae for the first time in Brazil. The first occurrence of both the genus Microterys and Encyrtus baezi for Brazil and genus Brasema and Brachymeria pedalis (Cresson, 1872) for the state of São Paulo is here recorded. A CD-ROM, including species of economic importance Ceroplastinae and associated parasitoids, is presented. / As espécies de Ceroplastinae (Hemiptera: Coccoidea: Coccidae) que ocorrem no Estado de São Paulo foram revisadas e os himenópteros parasitóides associados inventariados. Foram estudadas 43 espécies de Ceroplastinae, 27 foram redescritas e 6 espécies novas foram descritas. Ceroplastes campinensis Hempel, 1901, C. bicolor Hempel, 1901, C. excaericae Hempel, 1912 e C. farmairii (Signoret, 1866), mencionadas para o estado de São Paulo, não foram examinadas, devido a não localização do material tipo ou de outros exemplares. Oito novos sinônimos foram estabelecidos: Ceroplastes psidii (Chavannes, 1848) e C. simplex Hempel, 1900 foram sinonimizadas com C. janeirensis; C. cultus Hempel, 1900, C. cuneatus Hempel, 1900, C. rarus Hempel, 1900 e C. rotundus Hempel, 1900 com C. cirripediformis; C. novaesi Hempel, 1900 com C. lucidus Hempel, 1900 e C. rhizophorae Hempel, 1918 com C. grandis Hempel, 1900. Uma nova combinação é proposta: Ceroplastes stellifer (Westwood, 1871). Ceroplastes flosculoides é registrada pela primeira vez para o país e Ceroplastes cassiae (Chavannes, 1848), C. deodorensis Hempel, 1937, C. formosus Hempel, 1900 e C. quadratus Green, 1935 são registradas pela primeira vez no estado de São Paulo. São agora conhecidos para o estado de São Paulo 31 espécies de Ceroplastinae, todas incluídas no gênero Ceroplastes. Para cada espécie estudada são apresentadas lista de sinônimos, distribuição geográfica, lista de hospedeiros e referências bibliográficas. São fornecidas chaves para a identificação dos grupos de Ceroplastinae que ocorrem no estado de São Paulo e para as espécies dos grupos Ceroplastes e Ceroplastidia. Para as 13 espécies que ocorrem sobre plantas ornamentais e frutíferas é também apresentada uma chave de identificação, diagnose e importância econômica. Foram encontradas 31 espécies de himenópteros parasitóides, distribuídos em 7 famílias de Chalcidoidea, associados as espécies de Ceroplastes: Cocophagus sp1., C. sp2 e C. sp3 (Aphelinidae); Anicetus sp., Coccidencyrtus sp., Encyrtus baezi (Brèthes, 1921), Metaphycus sp1, M. sp2, M. sp3, M. sp4, M. sp5, M. sp6, M. sp7, M. sp8. e Microterys sp. (Encyrtidae), Aprostocetus sp1., Asp2 e A.sp3, Horismenus sp. e Tetrastichinae sp. (Eulophidae), Brasema sp. e Lecaniobius grandis (De Santis, 1950), L. utilis Compere, 1939 e L. cockerellii Ashmead, 1896 (Eupelmidae),Erotolepsia sp. e Cephaleta brasiliensis (De Santis, 1963) (Pteromalidae) e Signiphora sp1. S. sp2 e S. sp3 (Signiphoridae). Todos os gêneros acima mencionados, com exceção de Coccophagus, são associados aos Ceroplastinae pela primeira vez no Brasil. Registra-se aqui a primeira ocorrência do gênero Microterys e Encyrtus baezi para o Brasil e do gênero Brasema e de Brachymeria pedalis (Cresson, 1872) para o Estado de São Paulo. Um (CD-ROM), incluindo as espécies de Ceroplastinae que ocorrem nas plantas ornamentais e frutíferas do Estado de São Paulo e respectivos himenópteros associados, é também apresentado.
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Influência dos voláteis do algodoeiro induzidos por herbivoria na quimiotaxia de Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae)

Magalhães, Diego Martins 02 March 2012 (has links)
Dissertação (Mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de ciências biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2012. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2012-06-26T15:13:15Z No. of bitstreams: 1 2012_DiegoMartinsMagalhaes.pdf: 2344391 bytes, checksum: 68933edb5741bb4bcd8c7ec8d6ec9f94 (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Ferreira de Souza(jaquefs.braz@gmail.com) on 2012-06-26T15:16:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_DiegoMartinsMagalhaes.pdf: 2344391 bytes, checksum: 68933edb5741bb4bcd8c7ec8d6ec9f94 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-26T15:16:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_DiegoMartinsMagalhaes.pdf: 2344391 bytes, checksum: 68933edb5741bb4bcd8c7ec8d6ec9f94 (MD5) / O bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae), é considerado uma das pragas-chave da cotonicultura brasileira devido ao prejuízo econômico causado por sua infestação, ausência de inimigos naturais eficientes e difícil controle por inseticidas. Uma das formas de monitoramento dessa praga tem sido feita através de armadilhas contendo feromônio de agregação e tem mostrado relativo sucesso. No entanto, estudos de campo revelaram que durante o período de floração do algodoeiro o número de insetos capturados nestas armadilhas diminui consideravelmente, sugerindo que voláteis produzidos pela planta neste estágio fenológico podem estar envolvidos na atração do bicudo. Os objetivos do trabalho foram avaliar o perfil químico dos compostos orgânicos voláteis do algodoeiro nos diferentes estágios fenológicos e sob diferentes condições de herbivoria, bem como a atratividade destes para os adultos de A. grandis. Além disso, verificou-se a existência de sinergismo entre os voláteis liberados pelo algodoeiro e o feromônio de agregação emitido por machos de A. grandis. Assim, foram conduzidas coletas de voláteis de plantas de algodão, nos estágios vegetativo e reprodutivo, quando danificadas por insetos de diferentes guildas alimentares: o percevejo Euschistus heros Fabricius (Hemiptera: Pentatomidae), a lagarta Spodoptera frugiperda J. E. Smith (Lepidoptera: Noctuidae) e o besouro A. grandis. Os extratos contendo os voláteis do algodoeiro obtidos das aerações foram usados em bioensaios em olfatômetro em “Y” para avaliar a resposta de adultos de A. grandis e para análises químicas, por cromatografia gasosa e cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas. Os dados de olfatometria mostraram que os adultos de A. grandis foram atraídos pelos voláteis emitidos por plantas de algodão no estágio reprodutivo danificadas por co-específicos. Os voláteis induzidos por herbivoria do bicudo-do-algodoeiro em plantas no estágio reprodutivo apresentaram efeito sinérgico com o feromônio de agregação, aumentando o potencial de atração deste. Os voláteis induzidos por herbivoria de heteroespecíficos não foram atrativos para os adultos de A. grandis. As análises químicas mostraram que o algodoeiro produz diferentes perfis de liberação de voláteis de acordo com seu estágio fenológico e inseto que o ataca. Esse perfil foi qualitativamente semelhante, contudo apresentou diferenças quantitativas entre os tratamentos. O algodão no estágio vegetativo liberou voláteis em maior concentração quando comparado com o estágio reprodutivo. Em ambos os estágios, as maiores taxas de liberação de voláteis foram observadas nos tratamentos de herbivoria por A. grandis. Dessa forma, os resultados mostram que A. grandis usa os voláteis emitidos pelo algodoeiro danificado por co-específicos para a localização de hospedeiros e que compostos de origem terpênica estariam envolvidos em sua atratividade. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The boll weevil, Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae), is considered the major pest in cotton fields in Brazil, due to the economic losses caused by its infestation, absence of effective natural enemies and difficult to control through the insecticides usage. This pest has been successfully monitored throughout traps baited with aggregation pheromone with relative success. However, field studies showed that the number of insects caught in these traps was significantly reduced during the cotton blooming, suggesting that volatiles produced by plants in this phenological stage may be involved in the boll weevil’s attraction. The objectives of this study were evaluate the chemical profile of volatile organic compounds emitted by cotton plants at different phenological stages and under different infestation conditions, as well as the attractiveness of these volatiles to adults of A. grandis. In addiction, we verified if there is synergism between the volatiles released by cotton plants and the aggregation pheromone emitted by male boll weevils. Thus, headspace volatile were collected from cotton plants, in the vegetative and reproductive stages, and damaged by insects of different feeding guilds: the brown-stink bug Euschistus heros Fabricius (Hemiptera: Pentatomidae), the fall-armyworm Spodoptera frugiperda J. E. Smith (Lepidoptera: Noctuidae) and the boll weevil A. grandis. The cotton plant extracts obtained from headspace collections were used in “Y” tube olfactometer bioassays to evaluate the boll weevil’s response and for chemical analysis using gas chromatography and gas chromatography-mass spectometry. Olfactometry data showed that adults of A. grandis were attracted by volatiles emitted from cotton reproductive plants damaged by conspecific. Boll weevil’s herbivore-induced volatiles in cotton reproductive plants presented a synergistic effect with the aggregation pheromone, increasing its attracting potential. Volatiles induced by heterospecific herbivores were not attractive to adults of A. grandis. Chemical analysis showed that cotton plants produced different volatile profiles, based on their phenological stage and attacking insects. These profiles were qualitatively similar, but showed significant quantitative differences between treatments. Vegetative cotton plants released higher volatile concentrations compared to reproductive cotton plants. In both stages, the highest released volatile rates were observed in A. grandis herbivore treatments. Thus, the results showed that A. grandis uses conspecific herbivore induced volatiles to localize hosts plants and terpenic compounds may be involved in its attractiveness.
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Ecologia comportamental e de interações com plantas hospedeiras em Phyllophaga cuyabana (Moser) (Coleoptera:Melolonthidae, Melolonthinae) e implicações para o seu manejo em cultura de soja

Oliveira, Lenita Jacob 25 February 1997 (has links)
Orientador: Maria Alice Garcia / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-22T01:05:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_LenitaJacob_D.pdf: 8565663 bytes, checksum: 95c3e7561586996453afc7332d96d48e (MD5) Previous issue date: 1997 / Resumo: A soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma espécie cultivada introduzida que vem se expandindo, no Brasil, há cerca de quatro décadas e que ainda apresenta alguns nichos alimentares desocupados ou ineficientemente explorados por artrópodos e outros colonizadores fitófagos. Na última década, no Brasil, alguns insetos de hábito subterrâneo foram considerados pragas dessa cultura, provavelmente devido a mudanças no sistema de cultivo e à expansão da cultura para novas áreas. esta é a situação de Phyllophaga cuyabana (Moser), espécie nativa do Brasil, tem se caracterizado como praga da soja na região Centro Oeste do Estado do Paraná, onde suas larvas consomem as raízes dessa leguminosa. O objetivo deste trabalho é aumentar os conhecimentos sobre a biologia e a ecologia desse inseto, considerando aspectos como comportamento, distribuição estacional das fases de desenvolvimento do inseto e aspectos de sua interação com a planta hospedeira, visando fornecer subsídios para a elaboração de uma estratégia para seu controle em lavouras de soja. Foram comparadas respostas populacionais das fases imaturas e comportamentais do adulto, em diferentes sistemas de manejo do solo e da cultura da soja. O ciclo de vida de P. cuyabana está em sincronia com a cultura da soja e com a época de sua semeadura na região e o padrão de flutuação populacional, ao longo do ano, pode ser explicado, em parte, por fatores físicos, principalmente a temperatura. O adulto, única fase que ocorre fora do solo, parece ser a fase mais suscetível e adequada como alvo de controle, pois apresentou aspectos comportamentais que podem ser explorados numa estratégia de manejo. Na época de acasalamento (novembro/ dezembro) estes insetos tendem a se agregar, fora do solo, em locais onde a vegetação é mais alta e a maioria sai do solo, em dias alternados, retomando após a cópula. A procura de sítios de oviposição provavelmente ocorre antes da cópula, uma vez que, após o acasalamento, os adultos não voam e se enterram em locais próximos. Só as remeas se alimentam e, algumas espécies vegetais, como girassol (Helianthus annus) e Crotalaria juncea, são mais consumidas do que a soja. As fêmeas selecionam o sítio de acasalamento e oviposição em função da conspicuidade da planta hospedeira. A escolha de plantas mais altas, como local de acasalamento, parece estar relacionada à facilidade de encontro de parceiros e proximidade de sítios propícios à oviposição. Sítios conspícuos na área de cultivo, onde houve agregação de adultos, estão associados à ocorrência de maior densidade de larvas na geração seguinte, que coincide com o ciclo seguinte da soja. Como os adultos são atraídos por sítios conspícuos, a cultura de milho (Zea mays) pode ser usada para concentrar os adultos em determinadas áreas e facilitar seu controle, uma vez que esta cultura, na região, é semeada bem antes da soja. A sobrevivência das larvas foi fortemente influenciada pela espécie vegetal ingerida, principalmente nos primeiros estádios. A biomassa final das larvas sobreviventes até a diapausa foi menor para as larvas que se alimentaram de algodão (Gossipium hirsutum), Crotalaria spectabilis e C. juncea. No entanto, as espécies de Crotalaria, que podem atrair os adultos de P. cuyabana têm grande potencial para integrar um programa de manejo, como cultura armadilha. Apesar de P. cuyabana ter mostrado flexibilidade de preferência e nem sempre ter evitado totalmente plantas inadequadas ao desenvolvimento dos estágios imaturos, de maneira geral, seguiu a hipótese evolutiva de que as fêmeas de insetos tendem a ovipor mais onde a sobrevivência da prole é maior. O manejo convencional do solo, da maneira como é realizado na região, geralmente uma aração superficial seguida de uma ou duas gradagens, não afetou a população. Apesar do nível populacional ter sido semelhante no manejo convencional e na semeadura direta, a distribuição das larvas observada no perfil do solo sugere que a utilização de implementos que atinjam maior profundidade trazendo as larvas para a superfície, pode contribuir para o decréscimo da população nas áreas onde a ocorrência de altas populações for confirmada. A alteração da época de preparo do solo, mudando-a para após a colheita da soja em áreas muito infestadas, também poderia integrar uma estratégia de controle, pois nessa época, as larvas ainda não teriam se aprofundado no solo. o comportamento e os aspectos biológicos do inseto indicam que medidas isoladas dificilmente seriam suficientes para controlá-lo, mas os maiores esforços de pesquisa devem continuar dirigidos para o controle do adulto, uma vez que este estágio é o mais exposto aos efeitos de variação no habitat e pode ser o estágio mais suscetível a agentes potenciais de controle biológico, produtos químicos seletivos e feromônios / Abstract: Soybean (Glycine max (L.) Merrill) is an introduced crop which has been expanding in Brazil during the last four decades. There are still some nutricional niches unoccupied or inefficiently explored by arthropods and other colonizing herbivores. Some insects with subterranean habitat have been considered soybean pests in Brazil in the last ten years, probably due to changes in the cultivation system and crop expansion to new areas. Phyllophaga cuyabana (Moser), a native Brazilian species, has been characterized as a soybean pest in the Central Westem region of Paraná State, where the larvae attacks soybean roots. This study was carried out to increase knowledge on the biology and ecology of P. cuyabana, considering aspects such as behavior, seasonal distribution of development stages and host-plant interactions, aiming to supply information to set up a control strategy for this insect in soybean fields. The effects of various soil management and soybean cropping systems on the populations of immature and adult insects were compared. The life cycle of the P. cuyabana is synchronized with the soybean crop and its sowing in the region. The population variation pattern during the year is partly explained by physical factors, mainly temperature. The only stage which occurs above the ground is the adult. It seems to be the most susceptible and adequate for control purposes because its behavior can be used in a management strategy. During the mating season (November/December) these insects tend to gather above the soil in places where the vegetation is higher and the majority leave the soil, on alternate days, returning after copulation. The search for egg laying sites probably takes place before mate, since the adults do not fly but bury themselves in nearby places after finishing copulation. Only the females feed, and some vegetable species, such as sunflower (Helianthus annus) and Crotalaria juncea, are more consumed than soybean. The females select the copulation and egg laying sites depending on the conspicuousness of the host plant. The choice of taller plants as the copulation site seems to be related to the ease of meeting partners and the proximity of good egg laying sites. Conspicuous sites in the cultivation area, where there were large adult gatherings, are associated with a greater larvae density occurrence in the following generation in the next season. As the adults are attracted by conspicuous sites, the maize crop (Zea mays) could be used to concentrate the adults in certain areas and facilitate their control. Maize is sown well before soybean in the region and will provide an adequa te mating place. Survival of the larvae was greatly influenced by the vegetable species ingested, mainly in the early stages. The final biomass of the surviving larvae, until diapause, was smaller for larvae fed on cotton (Gossipium hirsutum), Crotalaria spectabilis and C. juncea. However, Crotalaria species, which could attract P. cuyabana adults have a high potential for integrating a management program as a trap crop. Although P. cuyabana has shown preference flexibility and has not always completely avoided unsuitable plants for the immature stages development it followed, generally, the hypothesis that the female phytophagous insects tend to lay eggs where the survival of the offspring is greatest. Conventional soil management, used in this region, generally a superficial plowing followed by disking twice, did not affect the the population. Although the populational density was similar under conventional and no tillage management, the larvae distribution observed in soil profiles suggests that the use of implements which reach a greater depth, bringing the larvae to the surface, may contribute to control the insect in areas where the occurence of high population was confirmed. Changing the soil preparation period, to after the soybean harvest in highly infested areas, could also be part of a control strategy, because in this period, the larvae are not yet very deep in the soil. The behavior and the biological aspects of the insect indicate that isolated measures would not be enough to control it. Research efforts to control the adult should continue, as this stage is more exposed to the effects of habitat variation and may be the most adequate for the use of potential biological control agents / Doutorado / Ecologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Ecologia da interação entre formigas, frutos e sementes em solo de mata de restinga

Passos, Luciana Coutinho 21 June 2001 (has links)
Orientador : Paulo Sergio M. C. de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-28T02:05:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Passos_LucianaCoutinho_D.pdf: 7000028 bytes, checksum: f6dcbbff50b42414dc36ebd3a9db3b6d (MD5) Previous issue date: 2001 / Resumo: A maior parte das infonnações sobre as interações entre formigas e sementes é decorrente de estudos realizados com plantas mirmecocóricas típicas, que apresentam adaptações para a dispersão por formigas. Apesar de mirmecocoria ocorrer em certos grupos de plantas nas florestas neotropicais (Horvitz 1981, Passos e Ferreira 1996), plantas mirmecocóricas típicas são especialmente comuns em regiões de solos pobres da Austrália e África do Sul, ou regiões áridas da América do Norte (Berg 1975, Milewski e Bond 1982, Hõlldobler e WIlson 1990). Plantas mirmecocóricas possuem sementes com estruturas especiais ricas em lipídeos que são denominadas elaiossomos (Berg 1975, van der Pijl 1982). Estas estruturas atraem formigas que coletam o diásporo (i. e. unidade de dispersão, fruto ou semente, veja van der Pij11982) e o transportam para o ninho, onde o elaiossomo serve de alimento, sendo a semente descartada no exterior do ninho, onde poderá se estabelecer (Horvitz e Beattie 1980, O'Dowd e Hay 1980). Nas florestas tropicais, ca. 90% das árvores e arbustos têm frutos carnosos e dependem de vertebrados frugívoros para sua dispersão (Frankie et aI. 1974). Em geral a maior parte dos estudos de dispersão de sementes realizados em florestas tropicais aborda a primeira parte do processo, ou seja, os padrões de consumo dos frutos e deposição de sementes gerados por vertebrados (e.g. Fleming 1986, Wheelwright 1988, Jordano 1993). Apesar da reconhecida abundância de flutos carnosos que atingem os solos de florestas tropicais (Jordano 1993), bem como da grande diversidade e abundância de formigas nessas áreas, a ecologia evolutiva e história natural das interações entre formigas e diásporos nesse tipo de ambiente é pouco conhecida (Horvitz 1981, Rico-Gray 1993, Pizo e Oliveira 1998). A dispersão de sementes é a última etapa do ciclo reprodutivo das plantas, mas é também o início do processo de renovação e recrutamento de populações (Herrera et ai. 1994). Estudos recentes indicam que nos sistemas de dispersão de espécies tropicais há uma complexa rede de interações, sendo importante considerar os fatores que afetam o destino das sementes após sua dispersão por vertebrados (Chambers e MacMahon 1994, Andresen 1999). Após serem dispersas por vertebrados, as sementes fteqüentemente estão sujeitas à ação de predadores e dispersores secundários de sementes, bem como à imprevisibilidade espacial e temporal de micro-sítios favoráveis à germinação. Estes fatores figuram entre os principais determinantes do tamanho, composição e distribuição espacial de populações vegetais (Schupp 1990, Whelan et ai. 1991, Nathan e Muller-Landau 2000). Recentemente, diversos autores têm demonstrado que as formigas podem afetar o destino de sementes de plantas primariamente dispersas por vetebrados em regiões neotropicais (Lu e Mesler 1981, Byme e Levey 1993, Kaspari 1993, Leveye Byme 1993, Pizo e Oliveira 1998, 1999,2001 a, b). As formigas interagem com diásporos que chegam 1991, Pizo e Oliveira 1998, 1999), podendo alterar a dinâmica do banco de sementes ao solo caindo espontaneamente da planta-mãe, derrubados pelos dispersores primários, ou em suas fezes (Howe 1980, Laman 1996, Pizo e Oliveira 1999). Deste modo, as formigas alteram o espectro de deposição de sementes (Roberts e Heithaus 1986, Kaufinann et ai. (Levey e Byrne 1993), facilitar a germinação de sementes (Oliveira et ai. 1995, Leal e OIíveira 1998, Pizo e Oliveira 1998, 2001b), promover seu estabelecimento (Farji Brener e O primeiro estudo sistemático das interações entre formigas e diásporos em floresta Silva 1996, Farji Brener e Medina 2000) e afetar a distribuição de plântulas de espécies primariamente dispersas por vertebrados (Bõhning-Gaese et ai. 1999) neotropical (Pizo e Oliveira 2001 a) demonstrou que o uso de ftutos e sementes por formigas é bastante comum nessas áreas, e envolve grande número de espécies de plantas (56) e formigas (36). Apesar da relevância das interações entre formigas e diásporos em áreas florestais nos neotrópicos, atuahnente pouco se sabe a respeito dos efeitos dessas interações para o recrutamento de espécies vegetais (porém veja Horvitz e Schemske 1986). Com essa perspectiva, o trabalho aqui descrito teve como objetivos gerais: (1) identificar as espécies de formigas que fi'eqüentemente exploram diásporos em uma área de mata de restinga no sudeste do Brasil, bem como os diásporos por elas explorados; (2) identificar os padrões de utilização dos diásporos nesta área; (3) avaliar o impacto da atividade das formigas na demografia das espécies vegetais (i. e. distribuição ou sobrevivência de plântulas de espécies vegetais selecionadas), com ênfase especial para Clusia criuva e Guapira opposita (queira ver a justificativa da escolha das espécies vegetais abaixo, na descrição dos capítulos). o trabalho foi dividido em três partes representadas pelos capítulos que se seguem. o Capítulo 1 relata o conjunto de formigas que exploram diásporos no chão da área de estudo, bem como os diásporos por elas explorados. As características dos diásporos (morfológicas e químicas) e a composição local de formigas como fatores determinantes da interação são investigadas nesse capítulo. O estudo do Capítulo 2 foi delineado para determinar o papel das formigas no destino de sementes e plântulas de uma espécie arbórea primariamente dispersa por aves, Clusia criuva (Clusiaceae). Neste estudo foi utilizada uma abordagem observacionaI/experimental a:fim de estimar a probabilidade de transições entre os estágios consecutivos do processo de recrutamento desta espécie (produção de frutos e remoção por aves, interações entre formigas e sementes no solo da floresta, germinação de sementes, e estabelecimento e sobrevivência de plântulas no primeiro ano). Finalmente, o Capítulo 3 investiga as interações entre formigas e os frutos de Guapira opposita (Nyctaginaceae), espécie arbórea que também é primariamente dispersa por aves. A relevância deste estudo reside no fato de que os efeitos das interações entre formigas e sementes no recrutamento de espécies vegetais eram esperados para frutos ricos em lipídeos (como Clusia), especialmente atrativos para formigas (queira ver Pizo e Oliveira 2001 b). Guapira opposita é espécie pobre em lipídeos e rica em proteínas, mas seus frutos são especialmente atrativos para formigas no local de estudo. A idéia de verificar se as fonnigas poderiam afetar a distn'buição de plântulas e jovens de uma espécie pobre em lipídeos motivou a investigação. Ao longo de toda a tese, utilizei o termo diásporo para me referir à unidade de dispersão, ou seja, a semente, fruto, ou in&utescência dispersa pelo vetor animal. No caso de Clusia criuva, os frutos do tipo cápsula contêm cinco diásporos, sendo cada diásporo um conjunto de sementes envolvidas por arilo vermelho, rico em óleos. Guapira opposita apresenta seus frutos (drupas) reunidos em in&utescências. No caso desta espécie, o diásporo é o fruto (queira ver figuras dos diásporos de C. criuva e G. opposita nos capítulos 2 e 3, respectivamente). Os três capítulos que compõe a tese foram redigidos em inglês a fim de agilizar sua publicação / Doutorado / Doutor em Biologia Vegetal

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