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Entre a cultura e o espírito: domínios da intelectualidade cearense na política cultural (1966-1980)Oliveira, Israel Carvalho de January 2014 (has links)
OLIVEIRA; Israel Carvalho de. Entre a cultura e o espírito: domínios da intelectualidade cearense na política cultural (1966-1980). 2014. 111f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em História, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-09-01T15:05:45Z
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Previous issue date: 2014 / Quando em 9 de dezembro de 1966 é inaugurada a Secretaria de Cultura do Ceará, muitos dos intelectuais cearenses que haviam tomado partido desta intenção estavam presentes. Havia a necessidade nesta inauguração de exaltar a proeminência do estado na criação de uma pasta do executivo voltada exclusivamente para os “assuntos culturais” antes mesmo de qualquer iniciativa federal. Tratava-se de uma destinação pioneira que precedia e resultava na preocupação com a cultura, era uma tradição dos homens de letras cearenses. Junto à Secretaria de Cultura, é fundado o Conselho de Cultura do Ceará. Formado por intelectuais dos mais estimados ambientes, o Conselho representava a importância da Secretaria de Cultura, e nela fazia valer suas concepções de cultura como alimento do espírito. Isto posto, o presente trabalho pretende por em destaque um contexto de significativa mobilização para a Política Cultural no Ceará nas décadas de 1960-70, a partir do estudo da interação dos diversos campos intelectuais cearenses em torno da constituição de um espaço de gerência intelectual dos assuntos da cultura. Procuramos, também, demonstrar o quanto os discursos de legitimação e construção identitária concorrem para a invenção de um Ceará letrado, ao passo que as noções de cultura advindas do Conselho de Cultura se impõem sobre a constituição das políticas do Estado. Por fim, tentamos colocar em questão a mudança que se processa na concepção de cultura, identidade e política cultural a partir dos anos 1970, quando a atenção política ao popular irá construir novas formas de promoção e preservação do patrimônio cultural cearense. / Quand le Secretariat de Culture du Ceará a été inauguré (le 9 décembre de 1966), beaucoup des intelectuels cearenses qui avait pris parti dans cette intention ont été presents. Il y avait la necessité dans cette inauguration de exalter la prééminance de l‟État dans la création d‟une paste du pouvoir executive décalée exclusivement pour les “affaires culturelles” avant même d‟autre iniciative dans le niveau federal. Devant le Secrétariat de Culture, il est foundé le Conseil de Culture du Ceará. Il ést formé pour intelectuels de les plusiers estimés lieus, le Conseil a representé l‟importance de le Secrétariat de Culture, et elle faisait valoir ses conceptions de culture avec aliment de l‟esprit. Ma analyse au long d‟ouvre sera centralisé dans les méandres politiques de la culture et dans les méandres de les relations entre l‟intelligentsia et les stratégies politiques. L‟objective est aussi penser le trajet de ce politique culturel, le form avec elle cherche se consolider, la form avec elle centralise le pouvoir de décision et la form avec elle reage en front de les changement dans la composition de ses structures de fonctionnement et conceptions de culture. Nous cherchons, aussi, etayé l‟importance de les discours de legitimation et constrution identité pour l‟invention d‟un Ceará lettré, allors que les notions de culture résultants du Conseil de Culture s‟impose sur la constitution des politiques d‟État. Pour fin, nous méttons en question le changement que s‟arrête-t-il dans la conception de culture et politique culturel a partir de l‟annés 1970, quand l‟atention politique sur les affaires populaires ira construir nouvelles forms de promotion et préservation du patrimoine culturel cearense.
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NEM TÃO PRÓSPEROS QUANTO CALIBANESCOS: PARADIGMAS DE IDENTIDADE PARA A AMÉRICA LATINA A PARTIR DE A TEMPESTADE DE SHAKESPEARE.Machado, Roger Cristiano Baigorra 10 June 2009 (has links)
L objectif de ce travail esta réfléchir sur la pièce La tempête, de Willian Shakespeare, en analisant son
rapport avec le concept de modernité et ses discours eurocentriques, ainsi que son rapport aves les paradigmes
d identité apparus à l Amérique latine pendant la seconde moitié du siècle XIX. La relatio qu on a choisi est
celle surgie parmi Caliban, Próspero et Ariel et, surtout, les lectures qu on a fait basées sur ces allégories.
Caliban était un hybride de l homme et du monstre, le moule hideux qui représentait la barbarie contenue dans
tout l imaginaire européen medieval. Próspero était le vieux savant européen, doué de capacités que Caliban
n avait jamais imaginé, et cette culture supérieure lui a donné naturellement le contrôle de l île. Ariel, átait, à
l exemple de Caliban, esclave de Próspero, maisl il a été soumis à un autre type de esclavage puis que sa
fonction était plus intelectuelle que celle de Caliban, la main-d oeuvredu mage et sa fille. Pour autant, on a analysé trois des plus importants paradigmes d identité et des projets de modernisation latino-américains, ceux qui ont été, de quelque manière, influencés par le texte shakespearien. On utilise les textes de Domingo Faustino Sarmiento et son oeuvre Facundo , de 1845, José Martí et son essai Nuestra América, de 1891, et José Enrique Rodó en Ariel, de 1900. Dans Facundo,, Sarmiento présente une analyse des maux de l Argentine et du pouvoir des caudilhos, ses vastes champs et sa réduite population métisse. Son projet d identité est lié, en ce travail, au personnage Próspero et est basé sur la migration de l excedent de la population européenne que, à travers le métissagem, résulterait au blanchiment du peuple de la pampa argentine. Dans Ariel, Rodó propose une critique au positivisme en viguer, à la pensée identitaire d Alberdi et à la « Nord-manie » que se dissémine par le continent, et il a comme paradigme d identité l éducation en faveur de
l évolution de l esprit et de la latinité, comme un moyen d arrêter l utiritarisme étasunien. Dans Nuestra América, Martí donne l alerte sur l expansionnisme étasunien. En contrariant les prémisses identitaires de la « Generación de 37 » - surtout Sarmiento il propose un paradigme por le continent à travers la valorisation de l autochtone, de la culture et du passé existent chez les societés métisses.
En ce contexte, l Amérique (latine et anglo-saxonne) apparaît comme de la fondaction de l idée de modernité et n apparaît plus comme un outil de leur développement, aussi comme la première identité moderne par rapport au monde moderne européen colonial. Dans cette relation identitaire, les conceptes de civilisation/modernisation et barbarie/retard sont des arguments fondamentaux aux discours intellectuels qui ont chez les signes de couleur et race sa principale identité modernisatrice. / O objetivo deste trabalho é refletir sobre a peça A Tempestade, de Shakespeare analisando sua relação
com o conceito de modernidade e seus discursos eurocêntricos, assim como sua relação com os paradigmas de
identidade surgidos na América Latina durante a segunda metade do século XIX. A relação metafórica que
escolhemos foi à surgida entre Caliban, Próspero e Ariel, e principalmente, as leituras que se fez sobre estas
alegorias. Caliban era um híbrido de homem e monstro, o molde disforme que representava a barbárie contida
em todo o imaginário europeu medieval. Próspero era o sábio e velho europeu, dotado de capacidades nunca
antes imaginadas por Caliban, sua cultura superior lhe delegava naturalmente o controle da ilha. Ariel era, a
exemplo de Caliban, escravizado por Próspero, mas gozava de outro tipo de escravidão, sua função era mais intelectual do que a de Caliban, notadamente a mão de obra servil do mago e sua filha. Em função disto, analisamos três dos principais paradigmas de identidade e projetos de modernização latino-americanos que foram de algum modo influenciados pelo texto Shakespeariano. Utilizamos os textos de Domingo Faustino
Sarmiento e sua obra Facundo de 1845, José Martí e seu ensaio Nuestra América, de 1891, e José Enrique Rodó
com Ariel, de 1900. Em Facundo, Sarmiento apresenta uma análise dos males da Argentina e do poder dos caudilhos, seus
vastos campos e sua incipiente população mestiça. Seu projeto de identidade é vinculado neste trabalho na
personagem Próspero de A Tempestade e é baseado na migração do excedente populacional europeu, que por
mestiçagem proporcionaria o branqueamento da população do pampa argentino. Em Ariel, Rodó propõe uma crítica ao positivismo vigente, ao pensamento identitário de Alberdi e à
nordomania que se espalha pelo Continente, tendo como paradigma de identidade à educação em favor da evolução do espírito e da latinidade como meio de barrar o utilitarismo estadunidense. Em Nuestra América, Martí faz um alerta em relação ao expansionismo imperialista estadunidense.
Contrariando as premissas identitárias da Generación del 37 especialmente Sarmiento propõe como paradigma identitário para o continente através da valorização do autóctone, da cultura e do passado existente nas sociedades mestiças. Neste contexto a América (tanto a latina quanto a anglo-saxônica) surge como o marco fundador da idéia de modernidade e não como artefato de seu desenvolvimento, também como a primeira identidade moderna em relação ao mundo moderno europeu colonial. Nesta relação identitária, os conceitos de civilização/modernização e barbárie/atraso são argumentos fundamentais para os discursos intelectuais que tem nos signos de cor e raça sua principal característica de identidade modernizadora.
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