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Esplenectomia e outros fatores de risco para hipertensão pulmonar em pacientes com esquistossomose hepatoesplênicaFerreira, Rita de Cassia dos Santos 24 May 2013 (has links)
Schistosomiasis is probably the main cause of pulmonary arterial hypertension (PAH)
in the world. Splenectomy is used as treatment of upper gastrointestinal bleeding due to
rupture of gastroesophageal varices secondary to schistosomal portal hypertension. However,
it is a risk factor to PAH in others clinical scenarios, being possible that it increases the risk of
PAH in mansonic schistosomiasis. The risk factors that determine the expression of PAH in
some individuals with schistosomiasis are unknown. A role of the interleukyn (IL)-13 and
transforming growth factor (TGF)-beta is suggested in the pulmonary vascular changes found
in animal models of schistosomiasis. This thesis had the main objectives: verify the
association of splenectomy and others risk factors with PAH in patients with hepatosplenic
schistosomiasis and assess the seric levels of TGF-β and interleukin IL-13 in patients with
schistosomal periportal fibrosis with and without PAH. The first article (Splenectomy and
others risk factors to pulmonary hypertension associated to mansonic schistosomiasis)
describes one case-control study that recruted patients evaluated in outpatient clinic of
schistosomiasis in Hospital das Clínicas – Universidade Federal de Pernambuco and
outpatient clinic of PAH reference center of Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco.
Sixty four patients with hepatosplenic schistosomiaisis splenectomized or not with PAH
defined by cardiac catheterization (mean pulmonary arterial pressure ≥25mmHg and
pulmonary capillary wedge pressure ≤ 15mmHg) and 173 patients with hepatosplenic
schistosomiaisis splenectomized or not, without PAH by transthoracic Doppler
echocardiogram (pulmonary arterial systolic pressure ≤ 36mmHg) were enrolled. In the
multivariate logistic regression model, splenectomy, thyroid disease increased levels of D
dimer were independently associated with an increased risk of PAH. Adrenergic blockers use,
previous schistosomal treatment and previous upper gastrointestinal bleeding were associated
with a decreased risk of PAH. The second article (TGF-β and interleukin-13 in pulmonary
arterial hypertension associated with mansonic schistosomiasis) describes a study
conducted with 34 patients without PAH by transthoracic Doppler echocardiogram and 34
patients with PAH by right cardiac catheterization and both groups with schistosomal
periportal fibrosis on abdominal ultrasound. They were submitted to assessment of seric
dosage of TGF-β and IL-13 by ELISA. A significantly increased median of TGF-β in patients
with PAH was found compared to patients without PAH (p=0.006). There was no significant
difference regarding the difference between the median of IL-13 in patients with and without
PAH (p>0.05). Conclusion: splenectomy and increased levels of D-dimer were independently
associated with an increased risk of PAH, suggesting that a pro-thrombotic state occurs in
these patients. Thyroid disease was other risk factor. However, previous schistosomal
treatment, history of upper gastrointestinal bleeding and use of adrenergic blockers were
associated with a decreased risk of PAH. TGF-β may contribute to PAH pathogenesis in
schistosomiasis and could be a target of treatment in PAH associated with schistosmisiasis / Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-10T17:56:58Z
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Previous issue date: 2013-05-24 / CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) / A esquistossomose é provavelmente a maior causa de hipertensão arterial pulmonar
(HAP) no mundo. A esplenectomia é utilizada no tratamento da hemorragia digestiva
secundária à ruptura de varizes gastroesofágicas decorrente da hipertensão portal
esquistossomótica, mas, é um fator de risco para HAP em outras situações, sendo possível que
aumente o risco de HAP na esquistossomose. Não se sabe quais são os fatores de risco que
determinam o aparecimento de HAP em alguns indivíduos com esquistossomose. Estudos em
camundongos sugerem um papel para a interleucina (IL)-13 e o transforming growth factor
(TGF)-β nas alterações vasculares pulmonares encontradas na HAP esquistossomótica. Esta
tese teve como objetivos principais: verificar a associação da esplenectomia e outros fatores
de risco com HAP em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e dosagem de TGF-β e
IL-13 em pacientes com fibrose periportal esquistossomótica com e sem HAP. O primeiro
artigo (Esplenectomia e outros fatores de risco para hipertensão arterial pulmonar
associada à esquistossomose mansônica) descreve um estudo caso controle onde foram
recrutados pacientes do ambulatório de esquistossomose do Hospital das Clínicas –
Universidade Federal de Pernambuco e do ambulatório de HAP do Pronto Socorro
Cardiológico de Pernambuco. Foram selecionados 64 pacientes com esquistossomose
hepatoesplênica esplenectomizados ou não com HAP diagnosticada pelo cateterismo cardíaco
(pressão média de artéria pulmonar ≥25mmHg e pressão diastólica final de ventrículo
esquerdo ≤ 15mmHg) e 173 pacientes com esquistossomose hepatoesplênica
esplenectomizados ou não, sem HAP no ecodopplercardiograma transtorácico (pressão
sistólica de artéria pulmonar ≤ 36mmHg). As variáveis independentemente associadas com
risco aumentado de HAP no modelo multivariado de regressão logística foram:
esplenectomia, tireoidopatia e níveis aumentados de D-dímeros. O uso de bloqueadores
adrenérgicos, história de tratamento prévio para esquistossomose e história de hemorragia
digestiva alta foram associados com um risco reduzido de HAP. O segundo artigo (TGF-β e
interleucina-13 na hipertensão arterial pulmonar associada à esquistossomose
mansônica) descreve um estudo onde foram recrutados 34 pacientes sem HAP no
ecodopplercardiograma transtorácico e 34 pacientes com HAP confirmada pelo cateterismo
cardíaco direito e todos com fibrose periportal na ultrassonografia de abdome que tiveram as
dosagens séricas de TGF-β e IL-13 realizadas através de ELISA. Uma mediana
significativamente maior de TGF-β foi encontrada em pacientes com HAP em relação aos
pacientes sem HAP (p=0,006). Não houve diferença significativa entre a mediana de IL-13
nos pacientes com ou sem HAP (p>0,05). Conclusões: Esplenectomia e elevação de Ddímeros
foram associados a um risco aumentado de HAP, sugerindo um estado prótrombótico
nestes pacientes. História de tireoidopatia também foi fator de risco. Pacientes
com história de tratamento para esquistossomose, história de hemorragia digestiva alta e uso
de bloqueadores adrenérgicos tiveram menor chance de desenvolver HAP. TGF-β tem um
possível papel na patogênese da HAP na esquistossomose e pode vir a ser alvo de terapia na
HAP associada à esquistossomose.
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