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Novos agentes tiazacridínicos com propriedades anticâncerPITTA, Marina Galdino da Rocha 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / O câncer é uma das principais causas de morte no mundo e recebe crescentes
investimentos em pesquisa oriundos dos setores público e privado. Mais da metade de
todos os casos de câncer ocorrem na América do Sul e na Ásia. A busca de novos
medicamentos para o tratamento do câncer tem sido intensa. O Laboratório de
Planejamento e Síntese de Fármacos (LPSF) da Universidade Federal de Pernambuco tem
envidado esforços em pesquisas, desenvolvimento e inovação para a concepção de novos
fármacos anticâncer. Entre as classes químicas bioativas exploradas pelo LPSF estão as
tiazacridinas intercaladoras de DNA, compostos resultantes da hibridização molecular dos
heterocíclicos tiazolidina e acridina. Neste sentido, com a finalidade de minimizar o
impacto dessa doença global, foram sintetizadas dezesseis moléculas inéditas
potencialmente ativas para o tratamento do câncer. Os compostos codificados LPSF AA-
10, LPSF AA-13, LPSF AA-16, LPSF AA-17, LPSF AA-19 e LPSF AA-23 tiveram suas
bioatividades avaliadas in vitro na linhagem celular maligna de Linfoma de Burkitt (RAJI)
e os compostos LPSF AA-14, LPSF AA-15, LPSF AA-18 e LPSF AA-19 foram avaliados
na linhagem celular maligna de Leucemia Aguda de Células T (JUKART). Para a
realização das sínteses, foram aplicadas reações de N-alquilação, condensação, ciclização e
adição de Michael. As moléculas obtidas foram comprovadas através de métodos
espectroscópicos no infravermelho e ressonância magnética nuclear de hidrogênio. Os
resultados revelam que na linhagem de células RAJI o composto LPSF AA-17 (3,4,5-
OCH3) foi o mais ativo, enquanto na linhagem de céulas JUKART o LPSF AA-19 (2,4-Cl)
foi o mais ativo. Em trabalhos realizados anteriormente no LPSF, tiazacridinas diferentes
das apresentadas nesta tese foram testadas nas linhagens neoplásicas de células SF-295
(Sistema Nervoso Central), MDA-MB435 (melanoma) e HCT-8 (carcinoma de cólon). Os
resultados revelam que os compostos LPSF AA-2 (bis-acridina), LPSF AA-3 (4-OCH3) e
LPSF AA-6 (4-Br) destacaram-se entre os mais ativos da série, pois apresentaram,
respectivamente, 92,4%, 86,7% e 96,6% de inibição da proliferação celular contra a
linhagem HCT-8; enquanto que a doxorrubicina, fármaco de referência, apresentou 95,2%
de inibição contra a mesma linhagem de células. Estes resultados confirmam a importância
de derivados tiazacridínicos no combate do câncer.
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