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Novas Rotas para o Ensino Superior no Brasil: os bacharelados interdisciplinares da UFRBBrito, Larisse Miranda de 13 August 2015 (has links)
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Novas Rotas para o Ensino Superior no Brasil- os bacharelados interdisciplinares da UFRB DISSERTAÇÃO.pdf: 1851348 bytes, checksum: fdf47be72ca43c7acd8f5521aaa75f40 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia / As políticas educacionais adotadas no Brasil desde 2003 têm contribuído decisivamente para avanços nas questões referentes ao acesso e permanência de setores historicamente excluídos do ensino superior. De forma inovadora, as universidades públicas se transformam em ambientes de elaboração e implementação de políticas de ingresso e incentivo à continuidade dos estudos destinadas a jovens negros, índios e estudantes provenientes de escolas públicas. As primeiras ações foram desenhadas para expandir e ampliar vagas através da criação de novas instituições, ampliação daquelas já existentes e outras medidas para reparação das históricas desigualdades sócio-educacionais brasileiras. Apenas a partir de 2005 e, de forma mais consolidada, em 2007, nota-se um esforço em repensar, juntamente com as políticas de expansão e ampliação de acesso, os princípios filosóficos e conceituais do ensino superior. Desse modo, setores ligados à educação, têm se empenhado em promover um debate sobre as concepções de ensino e a estrutura curricular dos cursos de graduação das instituições federais de ensino superior, na tentativa de consolidar uma estrutura que se harmonize às rápidas transformações das sociedades contemporâneas em virtude de mudanças no mundo do trabalho e da introdução das tecnologias de informação e comunicação nas mais diversas dimensões da vida social. Assim, a adoção dos bacharelados interdisciplinares tem ganhado destaque no cenário nacional. Organizado através do regime de ciclos, eles compõem a primeira etapa da formação interdisciplinar, de tipo propedêutico ou generalista que subsidia, mas não obriga, a continuidade dos estudos em cursos de graduação profissionalizantes ou o ingresso em programas de pós-graduação. A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, criada em 2006, num momento em que a discussão acerca de inovações curriculares toma força, ensaiou os primeiros passos para a adoção desse modelo em 2008. O objetivo dessa investigação foi compreender o que orientou as escolhas dos gestores desta instituição quanto aos modelos de formação adotados e como estas incidem na organização curricular dos seus centros de ensino. A pesquisa apoiada na abordagem etnometodológica utilizou entrevistas, o diário de campo e a análise documental como técnicas privilegiadas para recolhimento dos dados. Foram realizadas oito entrevistas com os idealizadores do projeto de criação da nova instituição e com gestores e professores que propuseram cursos nesse novo formato. A intenção foi remontar os caminhos das decisões relativas à acomodação curricular da UFRB. Os resultados do trabalho indicam o ânimo de alguns setores em construir um paradigma nacional de universidade que responda às demandas da nossa sociedade e apontam para o esforço e as dificuldades encontradas pela instituição em consolidar suas propostas de inovação curricular. Os principais obstáculos enfrentados dizem respeito à falta de conexão entre pesquisa e ensino e à dificuldade da comunidade acadêmica em participar de debates que reflitam sobre seu papel na formação dos estudantes. A distância entre a universidade e os temas cotidianos dos sujeitos que nela ingressam é também apontada como forte traço da resistência aos bacharelados interdisciplinares. A pesquisa aponta para a importância de convergir formação interdisciplinar e perspectiva intercultural que permitiria a cooperação entre saberes e culturas diversas promovendo uma aprendizagem que desestabilize as formas hegemônicas de produzir conhecimentos e favoreça a formação de sujeitos autônomos e socialmente implicados.
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