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A Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os Reys de Portugal desçendem: Retórica e ensinamento moral na crônica de João de Barros / The Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os reys de Portugal descendem: rhetoric and moral teaching in João de Barros\' chronicle

Reis, Flávio Antônio Fernandes 11 April 2013 (has links)
A Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os reys de Portugal desçendem, obra do fidalgo da corte de D. Manuel I e D. João III, João de Barros, publicada por Germão de Galharde em 1522, compõe-se de três livros não acabados e ditos primeira parte, em consonância com lugares-comuns das narrativas de cavaleiros. A genealogia encomiástica que o Clarimundo propõe destaca-o nas letras portuguesas, especificando-o como crônica fingida que narra donde os Reys de Portugal descendem, com matéria até então incomum nas letras ibéricas, mas imitada das fontes antigas, mais precisamente, da Eneida de Virgílio, emulada no Orlando Furioso de Ariosto, um encômio da Casa dEste. Nesse sentido, a pintura de João de Barros alegoriza, na figura de Clarimundo, o príncipe de cuja cepa vêm os reis portugueses, ocasião de se ver no espelho e ao mesmo tempo revelar-se como modelos de excelência régia. Este estudo tem como fim analisar os procedimentos retórico-poéticos que operam no discurso epidítico da crônica de João de Barros com o fim de deleitar, ensinar e mover. Para tanto, detive-me ao texto, aproximando-o de categorias verificáveis nos textos do tempo da composição de Barros, desentranhando-o das soluções dedutivas óbvias e dos esquematismos fáceis. / The Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os reys de Portugal desçendem, written by a noble from the court of D. Manuel I and D. João III, called João de Barros, and published by Germão de Galharde in 1522, is composed of three unfinished books, named first part, in accordance with the topoi of knightly narratives. The panegyric genealogy proposed by the Clarimundo highlights this text in the context of Portuguese letters, and specifies it as a chronicle containing the narrative of where the Kings of Portugal descend from. It\'s material was up till then uncommon in the Iberian letters, but imitated from antique sources, particularly the Eneid, by Virgil, and Orlando Furioso, by Ariosto, a eulogy of the Casa d\'Este. In this sense, João de Barros\' painting allegorizes, in the figure of Clarimundo, the prince from whose lineage descend the Portuguese kings, and this is the occasion for being both a mirrored images, and an exemplary models of regal excellency. This work aims to analyze the rhetorical and poetical procedures at work in the epideictic discourse of João de Barros\' chronicle, to the end of delectation, teaching and moving. In order to do this, I have kept to the text, nearing it to the categories with which it is verisimilar, and distancing it from obvious solutions and easy schemes.
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A Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os Reys de Portugal desçendem: Retórica e ensinamento moral na crônica de João de Barros / The Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os reys de Portugal descendem: rhetoric and moral teaching in João de Barros\' chronicle

Flávio Antônio Fernandes Reis 11 April 2013 (has links)
A Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os reys de Portugal desçendem, obra do fidalgo da corte de D. Manuel I e D. João III, João de Barros, publicada por Germão de Galharde em 1522, compõe-se de três livros não acabados e ditos primeira parte, em consonância com lugares-comuns das narrativas de cavaleiros. A genealogia encomiástica que o Clarimundo propõe destaca-o nas letras portuguesas, especificando-o como crônica fingida que narra donde os Reys de Portugal descendem, com matéria até então incomum nas letras ibéricas, mas imitada das fontes antigas, mais precisamente, da Eneida de Virgílio, emulada no Orlando Furioso de Ariosto, um encômio da Casa dEste. Nesse sentido, a pintura de João de Barros alegoriza, na figura de Clarimundo, o príncipe de cuja cepa vêm os reis portugueses, ocasião de se ver no espelho e ao mesmo tempo revelar-se como modelos de excelência régia. Este estudo tem como fim analisar os procedimentos retórico-poéticos que operam no discurso epidítico da crônica de João de Barros com o fim de deleitar, ensinar e mover. Para tanto, detive-me ao texto, aproximando-o de categorias verificáveis nos textos do tempo da composição de Barros, desentranhando-o das soluções dedutivas óbvias e dos esquematismos fáceis. / The Prymera parte da cronica do emperador Clarimundo donde os reys de Portugal desçendem, written by a noble from the court of D. Manuel I and D. João III, called João de Barros, and published by Germão de Galharde in 1522, is composed of three unfinished books, named first part, in accordance with the topoi of knightly narratives. The panegyric genealogy proposed by the Clarimundo highlights this text in the context of Portuguese letters, and specifies it as a chronicle containing the narrative of where the Kings of Portugal descend from. It\'s material was up till then uncommon in the Iberian letters, but imitated from antique sources, particularly the Eneid, by Virgil, and Orlando Furioso, by Ariosto, a eulogy of the Casa d\'Este. In this sense, João de Barros\' painting allegorizes, in the figure of Clarimundo, the prince from whose lineage descend the Portuguese kings, and this is the occasion for being both a mirrored images, and an exemplary models of regal excellency. This work aims to analyze the rhetorical and poetical procedures at work in the epideictic discourse of João de Barros\' chronicle, to the end of delectation, teaching and moving. In order to do this, I have kept to the text, nearing it to the categories with which it is verisimilar, and distancing it from obvious solutions and easy schemes.
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VOCABULÁRIO GRAMATICAL QUINHENTISTA: PARA UMA ANÁLISE CONTRASTIVA DA METALINGUAGEM EM FERNÃO DE OLIVEIRA E JOÃO DE BARROS

SILVA, JANE KELI ALMEIDA DA 17 February 2017 (has links)
Submitted by Jane Keli Almeida da Silva (janekelialmeida@gmail.com) on 2018-07-15T02:36:28Z No. of bitstreams: 1 VERSÃO FINAL DISSERTAÇÃO.pdf: 2632690 bytes, checksum: d5812faee01d041c3220ffcdd793f072 (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-07-18T20:07:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 VERSÃO FINAL DISSERTAÇÃO.pdf: 2632690 bytes, checksum: d5812faee01d041c3220ffcdd793f072 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-18T20:07:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VERSÃO FINAL DISSERTAÇÃO.pdf: 2632690 bytes, checksum: d5812faee01d041c3220ffcdd793f072 (MD5) / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DA BAHIA - FAPESB / Publica-se, em 1536, a primeira obra de orientação descritiva do português, a Grammatica da lingoagem portuguesa, de Fernão de Oliveira. Posteriormente, em 1540, na oficina tipográfica de Lodovicum Rotorigium, veio a lume a primeira gramática de orientação preceitiva do português, de autoria de João de Barros. Embora contemporâneos, esses dois gramáticos, inseridos na cultura renascentista da época, observaram a língua a partir de diferentes perspectivas. Enquanto o primeiro registrou, com uma tendência marcadamente descritiva, a língua feita pelos homens, o segundo prescreveu, com o conhecido tom normativo dos tradicionais gramáticos, o uso e o ensino da língua dos barões doutos. Assim, com o intuito de registrar essas diferentes concepções de língua, cotejando-se a metalinguagem dos dois autores, elaborou-se um vocabulário contrastivo, que se constitui na base desta dissertação. Utilizaram-se, para isso, os métodos e as técnicas da Lexicografia Histórica e Variacional, da Linguística Histórica e da Filologia Textual. Os verbetes contrastivos revelam a natureza distinta da metalinguagem dos autores, evidenciando o importante contributo de cada gramático para as reflexões sobre a língua portuguesa no século XVI. A investigação conclui, ainda, que a metalinguagem de Fernão de Oliveira e de João de Barros se aproxima muito mais da metalinguagem contemporânea, do que se distancia, confirmando o que se previu no início da pesquisa. Os resultados alcançados podem contribuir para as reflexões sobre a língua portuguesa nos dias hodiernos, assim como colaborar para os trabalhos sobre a constituição histórica do português. / On publie, en 1536, le premier travail d'orientation descriptive de la langue portugaise, la Grammatica da lingoagem portuguesa, de Fernão de Oliveira. Plus tard, en 1540, dans l'atelier d'impression de Lodovicum Rotorigium, il est apparu la première grammaire de préceptes du portugais, créée par João de Barros. Bien qu'ils étaient contemporains, ses deux grammairiens insérés dans la culture de la Renaissance de leur époque, ont observé la langue à partir de différentes perspectives. Alors que le premier a enregistré, avec une tendance fortement descriptive, la langue faite par les hommes, le deuxième a prescrit, avec le ton normatif connu des grammairiens traditionnels, l'usage et l'enseignement de la langue des barões doutos. Ainsi, dans le but d'enregistrer ces différentes conceptions de la langue, tout en faisant une comparaison entre les métalangages utilisés par les deux auteurs, on a élaboré un vocabulaire contrasté qui s'établit dans la base de cette thèse. Pour cela, on a utilisé les méthodes et les techniques de la Lexicographie Historique et Variationnelles, ainsi que celles de la Linguistique Historique et de la Philosophie Textuelle. Les entrées révèlent la nature distincte du métalangage des auteurs et mettent en relief l'importante contribution de chaque grammairien pour les réflexions sur la langue portugaise du XVIe siècle. L'investigation révèle encore que le métalangage de Fernão de Oliveira et celui de João de Barros se rapproche beaucoup plus du métalangage contemporain, ce qui confirme la prévision qui a été faite tout au début de la présente recherche. Les résultats obtenus peuvent contribuer pour les réflexions sur le portugais de nos jours, ainsi que pour les travaux à propos de la constitution historique du portugais.
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VOCABULÁRIO GRAMATICAL QUINHENTISTA: PARA UMA ANÁLISE CONTRASTIVA DA METALINGUAGEM EM FERNÃO DE OLIVEIRA E JOÃO DE BARROS

Silva, Jane Keli Almeida da January 2017 (has links)
Submitted by Roberth Novaes (roberth.novaes@live.com) on 2018-07-18T15:02:07Z No. of bitstreams: 1 VERSÃO FINAL DISSERTAÇÃO janny.pdf: 2632690 bytes, checksum: d5812faee01d041c3220ffcdd793f072 (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-07-18T17:53:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 VERSÃO FINAL DISSERTAÇÃO janny.pdf: 2632690 bytes, checksum: d5812faee01d041c3220ffcdd793f072 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-18T17:53:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VERSÃO FINAL DISSERTAÇÃO janny.pdf: 2632690 bytes, checksum: d5812faee01d041c3220ffcdd793f072 (MD5) / FAPESB / Publica-se, em 1536, a primeira obra de orientação descritiva do português, a Grammatica da lingoagem portuguesa, de Fernão de Oliveira. Posteriormente, em 1540, na oficina tipográfica de Lodovicum Rotorigium, veio a lume a primeira gramática de orientação preceitiva do português, de autoria de João de Barros. Embora contemporâneos, esses dois gramáticos, inseridos na cultura renascentista da época, observaram a língua a partir de diferentes perspectivas. Enquanto o primeiro registrou, com uma tendência marcadamente descritiva, a língua feita pelos homens, o segundo prescreveu, com o conhecido tom normativo dos tradicionais gramáticos, o uso e o ensino da língua dos barões doutos. Assim, com o intuito de registrar essas diferentes concepções de língua, cotejando-se a metalinguagem dos dois autores, elaborou-se um vocabulário contrastivo, que se constitui na base desta dissertação. Utilizaram-se, para isso, os métodos e as técnicas da Lexicografia Histórica e Variacional, da Linguística Histórica e da Filologia Textual. Os verbetes contrastivos revelam a natureza distinta da metalinguagem dos autores, evidenciando o importante contributo de cada gramático para as reflexões sobre a língua portuguesa no século XVI. A investigação conclui, ainda, que a metalinguagem de Fernão de Oliveira e de João de Barros se aproxima muito mais da metalinguagem contemporânea, do que se distancia, confirmando o que se previu no início da pesquisa. Os resultados alcançados podem contribuir para as reflexões sobre a língua portuguesa nos dias hodiernos, assim como colaborar para os trabalhos sobre a constituição histórica do português. / On publie, en 1536, le premier travail d'orientation descriptive de la langue portugaise, la Grammatica da lingoagem portuguesa, de Fernão de Oliveira. Plus tard, en 1540, dans l'atelier d'impression de Lodovicum Rotorigium, il est apparu la première grammaire de préceptes du portugais, créée par João de Barros. Bien qu'ils étaient contemporains, ses deux grammairiens insérés dans la culture de la Renaissance de leur époque, ont observé la langue à partir de différentes perspectives. Alors que le premier a enregistré, avec une tendance fortement descriptive, la langue faite par les hommes, le deuxième a prescrit, avec le ton normatif connu des grammairiens traditionnels, l'usage et l'enseignement de la langue des barões doutos. Ainsi, dans le but d'enregistrer ces différentes conceptions de la langue, tout en faisant une comparaison entre les métalangages utilisés par les deux auteurs, on a élaboré un vocabulaire contrasté qui s'établit dans la base de cette thèse. Pour cela, on a utilisé les méthodes et les techniques de la Lexicographie Historique et Variationnelles, ainsi que celles de la Linguistique Historique et de la Philosophie Textuelle. Les entrées révèlent la nature distincte du métalangage des auteurs et mettent en relief l'importante contribution de chaque grammairien pour les réflexions sur la langue portugaise du XVIe siècle. L'investigation révèle encore que le métalangage de Fernão de Oliveira et celui de João de Barros se rapproche beaucoup plus du métalangage contemporain, ce qui confirme la prévision qui a été faite tout au début de la présente recherche. Les résultats obtenus peuvent contribuer pour les réflexions sur le portugais de nos jours, ainsi que pour les travaux à propos de la constitution historique du portugais.

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