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Sentidos de participação e autoridade: um olhar sobre uma experiência comunitária / Meanings of participation and authority: a view over a communitarian experienceTerahata, Adriana Miritello 20 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-20 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis looked into revealing how authority and participation are
understood by educators and youths of educational projects developed in a suburban
community in Sao Paulo. The purposes were to provide considerations about the
meaning of authority and participation in the educative situation studied and, by
means of providing constructed and systematized knowledge, contribute to dialogic
and participative educational practices.
When seeking such meanings, I tried to understand how such experiences
work, instead of the concepts or definitions. I performed this search by means of
interviews with educators and some youths participating in the projects and of
interlocution with the work of Hannah Arendt. For the author, the responsibility for the
world assumes the shape of authority, which results from the fact that the educator
knows the world and is able to teach others about it; the author also states that we
can destroy all that by molding the youths. From that situation, a challenge is born for
the educational practice: presenting an existing world exercising authority and
guaranteeing the new one that the youngster brings within; what can take place by
means of participation experiences.
Both the participation experience and the authority have close meanings for
educators and youths. In the speech, there is a clear difference between authority
(which dialogues) and authoritarian (which demands), but when describing the
practice, the difference turned out to be subtle. Regarding the meaning of
participation, a similar movement occurred, for the reason that when they described
their thoughts on that matters, it was outlined the possibility of change of an unfair
reality, but when the practice was described, the experiences brought were centered
in the performance of home tasks. In both cases, the revealed meaning was related
to personal life.
Taking into account such elements, this paper tried to challenge the reader to
think the participation of youths from this point of view: it can only be possible in a
relation in which the reference of the adult authority is made present. And this
presence is not linked to disciplinarian power, but to a work of listening and
welcoming of the youths, since the adult-youth relation is asymmetric, demanding
protection and respect / Essa tese procurou revelar como é compreendida a autoridade e a
participação por educadores e jovens de projetos educacionais desenvolvidos em
uma comunidade de periferia de São Paulo. Teve como objetivos propiciar uma
reflexão sobre o sentido de autoridade e participação na situação educativa
estudada e contribuir, disponibilizando o conhecimento construído e sistematizado,
para práticas educativas dialógicas e participativas.
Ao buscar tais sentidos procurei compreender como são essas experiências,
e não os conceitos ou definições. Realizei tal busca por meio de entrevistas com as
educadoras e alguns jovens participantes dos projetos e da interlocução com a obra
de Hannah Arendt. Para a autora, a responsabilidade pelo mundo assume a forma
de autoridade, que decorre do fato de o educador conhecer o mundo e ser capaz de
ensinar outros a seu respeito; afirma também que podemos destruir tudo se
moldarmos os jovens. Dessa situação nasce um desafio para a prática educativa:
apresentar um mundo existente exercendo autoridade e garantir o novo que o jovem
traz consigo; o que poderá ocorrer por meio de experiências de participação.
Tanto a experiência de participação quanto a de autoridade têm sentidos
próximos para educadoras e jovens. No discurso existe nítida diferença entre
autoridade (que dialoga) e autoritário (que manda), mas, ao descrever a prática, a
distinção se mostrou tênue. Com relação ao sentido de participação ocorreu
movimento semelhante, visto que quando descreveram seus pensamentos a
respeito, ficou destacada a possibilidade de mudança de uma realidade injusta mas,
quando a prática foi descrita, as experiências trazidas estavam centradas na
execução de tarefas domésticas. Em ambos os casos, o sentido revelado se
relacionou com a vida privada.
Tendo em vista esses elementos, essa tese buscou desafiar o leitor a pensar
a participação de jovens a partir desse ponto de vista: ela só será possível em uma
relação em que a referência do adulto autoridade se faça presente. E essa
presença não se vincula à força disciplinadora, mas a um trabalho de escuta e
acolhimento do jovem, pois a relação adulto-jovem é assimétrica, demandando
proteção e respeito
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