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Entre ausências, incertezas e labirintos : a inserção social de jovens que não trabalham nem estudam no BrasilDias, Tamille Sales 02 December 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, 2016. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-06-23T17:23:39Z
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Por favor, verifique a referência e adicione o campo co-orientador.
Atenciosamente, on 2017-06-23T19:50:31Z (GMT) / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-06-23T19:52:58Z
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Previous issue date: 2017-07-04 / Esta dissertação investiga a interação entre as incertezas do contexto socioeconômico, os labirintos decorrentes dos processos de transição para a vida adulta e as ausências de acesso à estrutura de oportunidades na inserção social de jovens que não trabalham nem estudam, frequentemente identificados como nem-nem. O objetivo deste trabalho é problematizar até que ponto a categoria nem-nem abarca, de fato, uma população em risco social. As desigualdades estruturais que levam os jovens a crescentes dificuldades para incorporaremse ao mercado de trabalho, a particular concentração de pobreza nesse segmento da população, os atrasos e desigualdades educacionais, a divisão sexual do trabalho e as desigualdades de gênero, assim como as barreiras históricas de mobilidade social, se contam entre alguns fatores que devem ser levados em consideração para definir e analisar a questão nem-nem. A revisão crítica de literatura problematiza os conceitos de juventude, curso de vida e transição para a vida adulta e discute como esses construtos são auxiliares para a interpretação da questão nem-nem. Os resultados discutem, por meio de estatística descritiva, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio – PNAD – 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, características da população jovem brasileira, de 15 a 29 anos, segundo categoria de atividade – só estuda, só trabalha, trabalha e estuda, não trabalha e nem estuda. Os resultados evidenciam, por intermédio de análise de correspondência múltipla, a heterogeneidade na composição da categoria nem-nem, o que permite identificar subgrupos com distintos níveis de vulnerabilidade. Confirmando as hipóteses levantadas ao longo da pesquisa, constatou-se que, pelo menos por uma proporção significativa de casos, o status nem-nem não é um problema em si, talvez nem mesmo a manifestação de outros problemas, e também não é necessariamente uma condição permanente. Ademais, existe uma parcela de jovens nem-nem que está sob esse status, devido a questões estruturais de classe e da desigualdade social e são os mais expostos à vulnerabilidade. Outra constatação é de que existe um grande contingente de jovens nemnem que são mulheres e que estão em suas casas responsáveis pelo trabalho reprodutivo, no cuidado de afazeres domésticos e de pessoas dependentes. Os resultados obtidos contrariam a presunção de ociosidade das pessoas que não estão na escola ou no mercado de trabalho, em particular, as jovens nem-nem, longe de “não fazer nada”, dedicam muitas horas às formas de trabalho “invisíveis”. Conclui-se que a composição da categoria nem-nem é marcada fortemente pela heterogeneidade, representada em um grupo populacional influenciado por questões estruturais de gênero, classe e raça. / This dissertation investigates the interaction between the uncertainties of the context, the mazes arising from the processes of transition to adulthood and the lack of access to the opportunities structure in the social insertion of young people who are not in education, employment or training, often identified as NEET. The objective of this study is to discuss whether the category includes indeed a population at social risk. Structural inequalities that lead young people to growing difficulties in entering the labor market, the particular concentration of poverty in this segment of the population, educational delays and inequalities, the sexual division of labor and gender inequalities, as well as the barriers for social mobility, are among some factors that must be taken into account when defining and analyzing the NEET issue. The critical literature review problematizes the concepts of youth, life course, and transition to adulthood, and discusses how these constructs are ancillary to the interpretation of the NEET issue. It also raises questions about social construction within the NEET category and presents a methodological reflection on the uses of the category. The data analysis discusses the characteristics of the Brazilian young population, from 15 to 29 years old, according to activity category - only studies, only works, works and study, neither in employment nor in education, through descriptive statistics and multiple correspondence analysis, and based on data from the National Household Sample Survey – PNAD – 2014. The results also show the heterogeneity in the composition of the NEET category, which allows the identification of subgroups with different levels of vulnerability. Confirming the hypotheses raised throughout the research, it was found that, at least for a significant proportion of cases, the NEET status is not a problem in itself, perhaps not even the manifestation of other problems, and also not necessarily a permanent condition. In addition, there is a share of the NEET that is under this status due to structural class issues and social inequality and are the most exposed to vulnerability. Another finding is that there is a significant contingent of young NEET who are women and are responsible for the reproductive work, household tasks and for the care of dependent persons. The results obtained go against the presumption of idleness of people who are neither in employment nor in education, particularly the female NEET. Far from doing nothing, they dedicate many hours to "invisible" forms of work. It is concluded that the composition of the NEET category is strongly marked by heterogeneity, represented within a population group influenced by structural gender, class and race issues.
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Juventude e violência no Brasil, 2000-2014 : perfil epidemiológico e fatores associados à mortalidade e morbidade por agressões e envolvimento em brigas com armasMelo, Alice Cristina Medeiros 24 October 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2016. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-06-28T19:20:18Z
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Previous issue date: 2017-07-09 / A juventude é uma fase da vida que tem características particulares, na qual as violências são as principais causas de mortes, lesões e incapacidades. O objetivo desta tese é investigar o perfil epidemiológico e fatores associados à morbidade e mortalidade por agressões e envolvimento em brigas com armas, entre jovens no Brasil, no período de 2000 a 2014. Visando compor um panorama a partir de distintas fontes de dados da área da Saúde, foram elaborados quatro artigos. O artigo 1 refere-se a estudo ecológico que investigou fatores associados à mortalidade de jovens (15-29 anos) do sexo masculino por agressões nos municípios brasileiros com mais de 20.000 habitantes, com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). No período de 2010 a 2014, foram registrados 127.137 óbitos por agressão de jovens do sexo masculino, com taxa corrigida de mortalidade de 133,3/100.000 hab. O modelo de regressão binomial negativa ajustado apontou maior risco de morte nos municípios mais urbanizados, com maior proporção de pobreza e desigualdade de renda, menor proporção de jovens frequentando o ensino médio e desocupados, e maior população feminina. No artigo 2, analisou-se a prevalência e fatores associados ao envolvimento de escolares do 9o ano do ensino fundamental em brigas com armas de fogo e/ou brancas. Foi realizado estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2012), que entrevistou 109.104 escolares. As prevalências de envolvimento em brigas nos últimos 30 dias foram 13,8% (IC95% 13,4; 14,3) no sexo masculino e 7,2% (IC95% 6,9; 7,5) no feminino. Na análise ajustada por regressão de Poisson, foram fatores associados: maior idade, trabalho remunerado, uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, insônia, não ter amigos, falta de supervisão familiar e contextos de violência. O artigo 3 descreveu diferenças entre sexos no perfil dos jovens vítimas de violências atendidos em serviços de urgência e emergência, com dados do Inquérito de Violências e Acidentes (VIVA Inquérito, 2011). Jovens do sexo masculino predominaram entre agressores e vítimas, entre as quais observou-se maior frequência de lesões mais graves e agressor desconhecido (49,7%). No sexo feminino, predominaram ocorrências no domicílio (43,6%) e perpetradas por parceiro (3,9%) ou ex-parceiro (31,5%). O artigo 4 abordou o perfil e tendências da mortalidade de jovens no Brasil, no período 2000- 2012. Foi realizado estudo de séries temporais, utilizando-se regressão de Prais-Winsten. Foram registrados 958.224 óbitos no SIM, com predomínio do sexo masculino (79,6%) e das causas externas (68,4%). As taxas de mortalidade geral corrigidas foram 1,6 e 1,5/1.000 hab. em 2000 e 2012, respectivamente, com tendência estacionária (-0,34%; IC95% -1,05; 0,37). O panorama evidencia a elevada magnitude das violências entre jovens no Brasil, com diferenças marcantes entre os sexos, e associada a fatores comportamentais, fatores familiares e sociais existentes no território, com destaque para a relevância da inclusão e frequência dos jovens na escola. Evidencia-se a necessidade de considerar os diversos fatores observados, para subsidiar a implementação de políticas públicas voltadas à promoção da vida segura e da cultura da paz, conforme previsto no Estatuto da Juventude, promulgado em 2013. / Youth is a phase of life that has particular characteristics, in which violence is the main cause of death, injury and disability. The objective of this thesis is to investigate the epidemiological profile and factors associated with morbidity and mortality due to aggression and involvement in fights with weapons, among young people in Brazil, from 2000 to 2014. Aiming to compose a panorama from different sources of Health data, four articles were prepared. Article 1 refers to ecological study that investigated the factors associated with the mortality of young men (15-29 years old) by aggressions in Brazilian municipalities with more than 20,000 inhabitants, estimated from the Mortality Information System (SIM). In the period 2010-2014, there were 127,137 deaths caused by aggression from young males, with corrected mortality rate of 133.3 / 100,000 inhabitants. The negative binomial regression adjusted model showed increased risk of death in more urbanized municipalities, with a higher proportion of poverty and income inequality ratio, a lower proportion of young people in high school and unemployed youth, and higher female population. Article 2 analyzed the prevalence and factors associated with the involvement of students from 9th grade elementary school in fights with firearms and/or cold weapons. A cross-sectional study with data from the National School of Health (2012), in which interviewed109,104 schoolchildren. The prevalence of involvement in fights with weapons in the last 30 days were 13.8% (95% CI 13.4; 1 4 3) in male and 7.2% (95% CI 6.9, 7.5) in female. In the Poisson regression analysis, there were associated factors: older age, paid work, alcohol, cigarette and illicit drugs use, insomnia, lack of friends, lack of family supervision and contexts of violence. Article 3 described gender differences in the profile of young victims of violence treated in urgent and emergency services, with data from the Violence and Injury Survey (VIVA Survey - 2011). Young males predominated among the perpetrators and victims, among whom we observed a higher frequency of more serious injuries and an unknown aggressor (49.7%). In the female sex, occurrences at home (43.6%) and committed by partner (3.9%) or ex-partner (31.5%) predominated. Article 4 raised the profile and trends in youth mortality in Brazil, in the 2000-2012 period. An time-series study was conducted, using Prais-Winsten regression. There were 958,224 young deaths in SIM, with a predominance of males (79.6%) and external causes (68.4%). The overall mortality rates were adjusted 1.6 and 1.5 per 1,000 youth, in 2000 and 2012 respectively, with a stationary trend (-0.34%; 95% CI -1.05, 0.37). The panorama shows the high magnitude of violence among young people in Brazil, with marked differences between the sexes, and associated with behavioral factors, family and social factors in the territory, highlighting the importance of inclusion and attendance of young people in school. There is evidence of the need to consider the various factors observed, in order to subsidize the implementation of public policies aimed at the promotion of safe life and the culture of peace, as foreseen in the Youth Statute, enacted in 2013.
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Entre sentidos e significados : um estudo sobre visões de mundo e discussões de gênero de jovens internautasBassalo, Lucélia de Moraes Braga 30 April 2012 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-04-22T12:57:06Z
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2012_LuceliaMoraesBragaBassalo.pdf: 4382297 bytes, checksum: 06b3d801ad0b8f73d20f12be8136531a (MD5) / Esta tese parte da constatação de que é preciso identificar vestígios e
rupturas, desconstruir modelos e compreender os jovens em suas singularidades e
especificidades, desnaturalizando definições que pré-concebam seus interesses e objetivos de modo a contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas de maior alcance no que tange o campo da educação em sua interface com a juventude. O percurso desenvolvido nesta investigação foi traçado a partir do pressuposto da pesquisa qualitativa reconstrutiva, especificamente da interpretação como princípio do Método Documentário aplicado a análise de imagens.
Demonstrou-se que a juventude é um conceito que apresenta várias perspectivas entrelaçadas aos sentidos e representações sociais sobre ‘ser jovem’, que se refletem, em termos teóricos, num mosaico de concepções que invisibilizam e desistorizam estes sujeitos ou minimalizam as funções sociais que estes sujeitos ocupam em nossas sociedades. O conceito de geração foi utilizado como auxiliar na interpretação da juventude na contemporaneidade, no caso desta investigação, das jovens feministas. Partindo da concepção mannheimiana de geração apresentou-se as diferentes gerações identificadas ao longo do século XX, para delinear a concepção de geração internauta, composta pelos jovens como primeiro grupo geracional que inverte os sentidos de controle e ordenação do tempo e altera as formas de interação e de convivência social. Demonstrou-se o ciberativismo como uma nova forma de construção da associação de pessoas e grupos, possibilitada pela internet e, eminentemente juvenil, bem como as características do ciberfeminismo. Fotos produzidas por jovens mulheres internautas e disponibilizadas em álbuns virtuais no blog dialogoj constituíram o corpus da investigação e possibilitaram reconstruir visões de mundo de jovens mulheres feministas, seus posicionamentos e interpretações, sentidos e significados, no período de 2007 a 2011. A pesquisa se orientou pelos seguintes objetivos:
identificar metáforas de foco nas narrativas visuais; delinear subtemas, argumentos,
defesas, e críticas presentes nas postagens imagéticas; compreender os espaços de experiências conjuntivas das jovens feministas a partir das imagens; reconstruir orientações coletivas das jovens internautas. Pôde-se perceber que as jovens feministas, como produtoras das imagens, além de registrar as experiências e tornar pública a forma de participação do grupo, revelam posicionamentos e interpretações. As fotos têm uma narrativa própria, uma discursividade intrínseca, um movimento constante de tecer significados, divulgar sentidos ou quiçá
desenvolver interpretações. Ao permitir acesso livre aos álbuns virtuais possibilitam
a circulação imagética de significados que podem vir a potencializar a participação
ou ainda instrumentalizar a leitura das práticas de outras jovens. Pode-se afirmar que as jovens feministas assumem a defesa radical da justiça de gênero e o ciberfeminismo como estratégia de integração entre de jovens mulheres brasileiras que se interessem pelo feminismo. Por fim, duas orientações coletivas foram reconstruídas a partir da especificidade das experiências das jovens: a participação como princípio das relações intergeracionais no movimento feminista e a recusa das injustiças de gênero, da invizibilização ou hierarquização das mulheres na militância feminista. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This thesis starts from the realization that we need to identify traces and
ruptures, deconstruct models and understand youth in their peculiarities and specificities, denaturalizing definitions that pre-conceive their interests and goals, so as to contribute to developing longer-range public policy regarding the field of education in its interface with youth. The route developed in this research was drawn based on the presupposition of reconstructive qualitative research, specifically of interpretation as a principle of the Documentary Method applied to image analysis. It was shown that youth is a concept that has several meanings and perspectives intertwined with social representations of 'being young', reflected ,in theoretical terms, in a mosaic of concepts that make invisible and dehistoricize these subjects, or minimize the social functions these subjects have in our societies. The concept of generation was used as an auxiliary in the interpretation in youth in contemporaneity – in the case of this research, young feminists. Starting from the Mannheimian conception of generation, the different generations identified throughout the twentieth century were presented, to outline the conception of the surfer generation,
composed by youth as the first generational group that reverses the direction of control and ordering of time and changes the forms of interaction and social interaction. Cyberactivism is demonstrated as a new way of constructing the association of individuals and groups, made possible by the Internet and mostly involving youth. Also demonstrated are the characteristics of cyberfeminism.
Photographs produced by young women surfers and available in virtual albums, at the dialogoj blog, constituted the corpus of research and made it possible to reconstruct worldviews of young feminist women, their positions and interpretations,
meanings and purports, in the period from 2007 to 2011. The research was guided
by the following objectives: to identify focal metaphors in visual narratives; to
delineate sub-themes, arguments, defenses, and criticism present in the images
posted; to understand the spaces of connective experiences of young feminists
based on the images; to reconstruct the collective orientations of the young surfers.
It was perceived that the young feminists, as producers of the images, in addition to
recording the experiences and making public the group’s form of participation, reveal
positions and interpretations. The pictures have a narrative or their own, an intrinsic
discourse, a constant movement of weaving meanings, disclosing purports, or
perhaps developing interpretations. In allowing free access to the virtual albums, they make possible the circulation of meanings in imagery, meanings that may potentiate the participation, or yet equip the reading of the practices of other young women. It can be said that the young feminists take on the radical defense of gender justice, and cyberfeminism as a strategy for integration among young Brazilian
women interested in feminism. Lastly, two collective orientations were reconstructed
from the specificity of the experiences of the young women: participation as a
principle of intergenerational relationships in the feminist movement and the refusal
of the injustices of gender, and of making women invisible or ranking them in feminist activism. ______________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / Cette thèse part du besoin d’identifier les vestiges et les ruptures, de déconstruire des modèles et de comprendre les jeunes dans leurs singularités et spécificités, dénaturaliser des définitions qui préconçoivent leurs intérêts et objectifs de façon à contribuer au développement de politiques publiques plus larges dans le domaine de l’éducation dans son interface avec la jeunesse. Le parcours réalisé dans cette recherche a été tracé à partir du présupposé de la recherche qualitative
reconstructive, plus spécifiquement, de l’interprétation comme principe de la
Méthode Documentaire appliquée à l’analyse d’images. On a démontré que la jeunesse est un concept qui présente plusieurs perspectives imbriquées aux sens et
représentations sociaux à propos ‘d’être jeune’, qui reflètent, en théorie, une
mosaïque de concepts qui rendent invisibles et sans histoire ces sujets ou minimalisent les fonctions sociales que ces sujets occupent dans nos sociétés. Le concept de génération a aidé à comprendre la jeunesse dans la contemporanéité, dans le cas spécifique de cette recherche, les jeunes féministes. Si on part de la
conception de Mannheim de génération on constate plusieurs générations
identifiées le long du XX siècle, pour tracer la conception de génération internaute, composée de jeunes comme un premier groupe générationnel qui fait basculer le sens de contrôle et d’ordre du temps et change les façons d’interaction et de coexistence sociales. On a montré que le cyberactivisme et une nouvelle façon de construction de l’association de personnes et de groupes, issus de l’Internet et,
surtout juvénile, sont des caractéristiques du cyberféminisme. Des photos produites
par de jeunes femmes internautes et mises en albums virtuels dans le Blog Dialogoj
ont constitué le corpus de cette recherche et ont permis la reconstruction de visions
du monde de jeunes femmes féministes, leurs prises de positions et interprétations,
sens et significations, dans la période de 2007 et 2011. La recherche s’est orientée
selon les objectifs suivants : identifier les métaphores de la mise au point dans les récits visuels, tracer les sous-thèmes, les arguments, les défenses et les critiques présentes dans les publications d’images ; comprendre les espaces d’expériences conjonctives des jeunes féministes à partir de ces images ; reconstruire les orientations collectives des jeunes internautes. On a pu percevoir que les jeunes féministes, comme des productrices d’images, non seulement enregistraient leurs
expériences et les rendaient publiques comme une façon de faire partie du groupe, elles révélaient des positionnements et des interprétations. Les photos ont un récit, une discursivité intrinsèque, un mouvement constant comme une trame de sens,
pour divulguer les sens ou même faire développer d’autres interprétations. À partir du moment où on a libre accès aux albums virtuels il y a une circulation imagétique de significations qui peuvent potentialiser la participation ou encore devenir un nouvel outil de lecture des pratiques d’autres jeunes. On peut affirmer que les jeunes féministes défendent de façon radicale la justice de genre et le cyberféminisme comme stratégie d’intégration entre jeunes femmes brésiliennes qui s’intéressent au
féminisme. Finalement deux orientations collectives ont été reconstruites à partir des spécificités des expériences de ces jeunes : la participation comme principe de rapport entre générations dans le mouvement féministe et le refus des injustices de genre, le fait d’être invisible ou la hiérarchisation des femmes dans la militance féministe.
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