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Cultura digital e juventudes do campo: vivências no assentamento terra vistaFormiga, Caio Marcelo 29 March 2016 (has links)
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Caio Formiga - Dissertacao - 2016 - 212f.pdf: 3468840 bytes, checksum: c9253857b87f252eba1d9e630ea20eca (MD5) / A pesquisa visa compreender os movimentos de jovens camponeses em suas
vivências na Cultura Digital. Este trabalho de natureza qualitativa e inspiração
etnográfica, foi possível a partir da observação participante numa comunidade de
reforma agrária, parte do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Sem Terra
(MST). Dentre os espaços observados destaca-se a Cabaça, espaço que
possibilitou múltiplas vivências na Cultura Digital. A fim de compreender quais os
movimentos reflexivos que jovens de diferentes faixas etárias fazem sobre as
tecnologias digitais e a Cultura Digital, foram realizados dois grupos focais, um com
jovens na faixa etária de 13 a 17 anos, e outro com jovens de 18 a 22 anos. A
pesquisa revelou as péssimas condições de acesso às tecnologias digitais no país,
em especial a falta de acesso à internet. Esses altos índices de desconexão são
fruto do modelo de negócios em curso nas empresas que prestam serviços de
telecomunicações no Brasil, bem como da falta de interesse e responsabilidade do
Estado, que atua de forma tímida quanto as políticas públicas no segmento. Em
meio as possibilidades e limites encontrados na comunidade, foi verificado que
dentre os principais usos estão o acesso a sites de redes sociais, atividades ligadas
a transmissão radiofônica e a produção de conteúdo imagético. Estes usos
apontaram desdobramentos, tais como: os riscos dos perfis fakes nos sites de redes
sociais, o uso multitasking de diversas telas e janelas, os celulares como principais
dispositivos para ouvir música, a fotografia como possibilidade de contribuição
durante eventos, dentro e fora da comunidade. Assim, em condições adversas, os
jovens do assentamento Terra Vista têm buscado soluções para realizarem suas
vivências na Cultura Digital, principalmente para atividades de lazer, onde podem
experimentar as tecnologias digitais de forma livre, e construírem coletivamente sua
identidade. / This research, qualitative type of ethnographic inspiration, aims to understand the
movements of young farmers on their experiences at Digital Culture. Therefore,
participant observation was carried out an agrarian reform community, part of the
Movement of Landless Workers (MST). Among the observed spaces highlight the
Cabaça (Gourd), a space that enables multiple experiences at Digital Culture. In
order to understand what the reflexive movements that young people from different
age groups are about digital technologies and digital culture, there were two focus
groups with young people aged 13 to 17 years and one with young people from 18 to
22 years. The survey revealed the appalling conditions of access to digital
technologies in the country, in particular the lack of internet access, witch affects
almost half of the households. These high disconnection rates are the result of the
current business model in companies providing telecommunications services in
Brazil. The problem is also part of a political dimension, and state responsibility and
can be solved with a series of actions and coordinated public policies. Among the
possibilities and limitations found in the community, it was found that among the main
uses are access to social networking sites, activities related to radio broadcasting
and the production of images. These uses pointed developments, such as the risk of
fakes profiles on social networking sites, multitasking using various screens and
windows, mobile phones as substitutes for radio and mp3 players, learning about
photography from the stop-motion technique, besides acting as photographers,
collaborating with the records for events, inside and outside the community. Despite
the conditions found in the community are not the best, as in many communities in
the field, the youth from Terra Vista settlement has sought solutions to accomplish
their experiences at Digital Culture, especially for leisure activities, where they can
experience the digital free form technologies and thus, appropriate of objects and
associated languages, and collectively build their identity.
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Percursos e projetos de vida das juventudes egressas da escola do campo / Trajectories and life plans of young students who left contryside schoolsKamila Costa de Sousa 04 February 2016 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Este trabalho tem por objetivo compreender como a EducaÃÃo do Campo repercute nos percursos iniciados pelos/as jovens egressos/as e nos seus projetos de vida, apÃs a conclusÃo do ensino mÃdio na escola do campo. SÃo sujeitos e lÃcus, respectivamente, sete educandos/as que concluÃram o segundo grau, entre os anos de 2013 e 2014 na Escola Estadual de Ensino MÃdio JoÃo dos Santos de Oliveira (Escola JoÃo Sem Terra), localizada no Assentamento 25 de Maio, em Madalena, CearÃ. Baseada na concepÃÃo da EducaÃÃo do Campo, foi a primeira escola a funcionar no estado com essa proposta. Para a discussÃo de juventude do campo, a pesquisa dialogou com autores/as que estudam a temÃtica, como CARNEIRO (2008) e SALES (2006). Nas reflexÃes sobre EducaÃÃo do Campo, propÃe interlocuÃÃes com ARROYO (2006), CALDART (2002, 2004, 2012), CARVALHO (2006). Para responder os objetivos da pesquisa, foi necessÃria uma aproximaÃÃo com os/as jovens, atravÃs da inserÃÃo no seu cotidiano para entender como elaboram seus percursos e projetos de vida. A escolha metodolÃgica à fundamentada na pesquisa qualitativa, em conformidade com BOGDAN e BIKLEN (1994), MINAYO (2015), sendo de cunho etnogrÃfico DAMATTA (2010), PEIRANO (2014). Essas juventudes revelaram formas diferentes de vivenciar o campo, com inserÃÃes plurais. Os percursos iniciados pelos/as egressos/as se constroem a partir do assentamento, na mobilidade para as cidades em busca de estudo e trabalho; ou na participaÃÃo das lutas da comunidade e inserÃÃo no MST; mas tambÃm no trabalho na agricultura, com a produÃÃo de canteiros; ou por meio da cultura camponesa, atravÃs das danÃas populares. Assim, no assentamento ou na mobilidade entre o campo e a cidade, eles/as constroem seus caminhos em um constante dialogo entre sonhos e possibilidades. A EducaÃÃo do Campo, nesse sentido, proporcionou Ãs juventudes experiÃncias prÃticas para o convÃvio com o campo, tambÃm formaÃÃo polÃtica, engajamento e articulaÃÃo nas lutas pela Reforma AgrÃria. Sua repercussÃo à imaterial, invisÃvel, se entranha na formaÃÃo de um novo ser que à inconcluso e que experimenta o mundo de mÃltiplas formas. Os percursos e os projetos de vida desses/as egressos/as da escola do campo registram criatividade, potencialidade, desejo de mudanÃa, jogo com as oportunidades, tÃticas (CERTEAU, 2013) de resistÃncia, de permanÃncia e aspiraÃÃo. Essas juventudes redesenham a relaÃÃo campo-cidade e produzem outros sentidos para o âficar ou sairâ do campo.
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