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SOBRE ESTRUTURAS LINGUÍSTICAS E PARADIGMAS: AS RELEITURAS RECENTES DE CARNAP E KUHN / ON LINGUISTIC STRUCTURES AND PARADIGMS: THE RECENT REINTERPRETATION OF CARNAP AND KUHN

Silva, Gilson Olegario da 26 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / e recent literature in philosophy of science has been reassessing the positivist legacy. One of the items on the agenda is the alleged opposition between the theses put forth by positivists such as Carnap and the so-called post-positivists , such as Kuhn. Although the laer came to be viewed as a critic of several important positivist theses, more recent authors such as Friedman, Reisch, Earman, Irzik and Grünberg, maintain that several of the most characteristic theses of the Kuhnian view of science were already present in Carnap s philosophy. Against this kind of reading, authors such as Oliveira and Psillos argue that within Carnap s philosophy there is no place for Kuhnian theses like incommensurability, holism or the theoryladenness of observations. e first article of this dissertation presents the reasons for each of those readings and assesses them having in view the perspectives from which they are offered. It argues that it is possible to show that some aspects of Kuhn s thesis have a counterpart in the works of Carnap, although those theses vary in importance for Carnap and Kuhn. e second article presents aspects that can be seen as antagonistic in the two views, namely, the conceptions that relate to that distinction made famous by Reichenbach between contexts of discovery and justification. / A literatura recente em filosofia da ciência vêm reavaliando o legado positivista. Um dos itens dessa reavaliação é a suposta oposição entre as teses defendidas por positivistas como Carnap e os chamados pós-positivistas , como Kuhn. Embora este último tenha sido percebido como um crítico de diversas teses positivistas importantes, autores mais recentes como Friedman, Reisch, Earman, Irzik e Grünberg, sustentam que várias das teses mais características da concepção kuhniana da ciência já estariam presentes na filosofia positivista. Contra esse tipo de leitura, autores como Oliveira e Psillos argumentam que não há na filosofia de Carnap e outros positivistas lugar para teses como a da incomensurabilidade, do holismo ou da impregnação teórica das observações, características das concepções kuhnianas. O primeiro artigo desta dissertação apresenta as razões para cada uma dessas leituras e avalia cada uma tendo em vista a perspectiva a partir da qual elas são oferecidas. Defende que é possível mostrar que algumas teses kuhnianas têm uma contraparte já nos trabalhos de Carnap, muito embora tais teses ocupem posições e importâncias diferenciadas em Carnap e Kuhn. O segundo artigo apresenta aspectos que podem ser vistos como antagônicos nas filosofias de ambos, a saber, as concepções que dizem respeito àquela distinção feita famosa por Reichenbach entre contextos de descoberta e justificação.

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