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Incomensurabilidade sem paradigmas: a revolução epistemológica de Thomas Kuhn / Incommesurability without paradigms:Thomas Kuhn’s epistemological revolution

Wolff Neto, Carlos Gustavo 24 August 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-04T21:01:07Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O cenário geral da filosofia da ciência no século XX foi principalmente desenhado pelos traços epistemológicos do Positivismo Lógico e seu verificacionismo, pelo falsificacionismo popperiano, pelos programas de pesquisa lakatianos, pelo anarquismo epistemológico de Paul Feyerabend e pela filosofia da ciência de Thomas Kuhn. A partir desse cenário geral, esta dissertação analisa os aspectos principais da filosofia da ciência de Thomas Kuhn, o espectro das críticas que recebeu, as respostas que ofereceu e as mudanças que se seguiram na epistemologia kuhniana. Kuhn envolveu-se em um frutífero debate com alguns dos mais proeminentes filósofos da ciência do século XX, sobre suas idéias de revolução científica, ciência normal e incomensurabilidade. Esse debate, discutido nesta dissertação, contribuiu para as mudanças que Kuhn fez em sua proposta original tal como exposta em seu mais famoso trabalho, The Structure of Scientific Revolutions. Essas modificações e sua abrangência são o tema principal do presente estudo / The general scenario of the philosophy of science in the 20th century was mainly determined by the epistemological traits of Logical Positivism and its verificationism, Popperian falsificationism, the Lakatian research programs, Paul Feyrebend’s epistemological anarchism, and Thomas Kuhn’s philosophy of science. Starting from this general scenario, this dissertation analyzes the main aspects of Thomas Kuhn’s philosophy of science, the spectrum of its critique by other thinkers, Kuhn’s response to that critique and the subsequent changes in Kuhn’s epistemology. Kuhn was involved in a fruitful debate on his ideas about scientific revolutions, normal science, paradigms, and incommensurability with some of the most important philosophers of the 20th century. This debate, which is discussed in the dissertation, prompted Kuhn to make changes in his original proposal as expounded in his most famous work, The Structure of Scientific Revolutions. These modifications and their scope are the main topic of the present
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SOBRE ESTRUTURAS LINGUÍSTICAS E PARADIGMAS: AS RELEITURAS RECENTES DE CARNAP E KUHN / ON LINGUISTIC STRUCTURES AND PARADIGMS: THE RECENT REINTERPRETATION OF CARNAP AND KUHN

Silva, Gilson Olegario da 26 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / e recent literature in philosophy of science has been reassessing the positivist legacy. One of the items on the agenda is the alleged opposition between the theses put forth by positivists such as Carnap and the so-called post-positivists , such as Kuhn. Although the laer came to be viewed as a critic of several important positivist theses, more recent authors such as Friedman, Reisch, Earman, Irzik and Grünberg, maintain that several of the most characteristic theses of the Kuhnian view of science were already present in Carnap s philosophy. Against this kind of reading, authors such as Oliveira and Psillos argue that within Carnap s philosophy there is no place for Kuhnian theses like incommensurability, holism or the theoryladenness of observations. e first article of this dissertation presents the reasons for each of those readings and assesses them having in view the perspectives from which they are offered. It argues that it is possible to show that some aspects of Kuhn s thesis have a counterpart in the works of Carnap, although those theses vary in importance for Carnap and Kuhn. e second article presents aspects that can be seen as antagonistic in the two views, namely, the conceptions that relate to that distinction made famous by Reichenbach between contexts of discovery and justification. / A literatura recente em filosofia da ciência vêm reavaliando o legado positivista. Um dos itens dessa reavaliação é a suposta oposição entre as teses defendidas por positivistas como Carnap e os chamados pós-positivistas , como Kuhn. Embora este último tenha sido percebido como um crítico de diversas teses positivistas importantes, autores mais recentes como Friedman, Reisch, Earman, Irzik e Grünberg, sustentam que várias das teses mais características da concepção kuhniana da ciência já estariam presentes na filosofia positivista. Contra esse tipo de leitura, autores como Oliveira e Psillos argumentam que não há na filosofia de Carnap e outros positivistas lugar para teses como a da incomensurabilidade, do holismo ou da impregnação teórica das observações, características das concepções kuhnianas. O primeiro artigo desta dissertação apresenta as razões para cada uma dessas leituras e avalia cada uma tendo em vista a perspectiva a partir da qual elas são oferecidas. Defende que é possível mostrar que algumas teses kuhnianas têm uma contraparte já nos trabalhos de Carnap, muito embora tais teses ocupem posições e importâncias diferenciadas em Carnap e Kuhn. O segundo artigo apresenta aspectos que podem ser vistos como antagônicos nas filosofias de ambos, a saber, as concepções que dizem respeito àquela distinção feita famosa por Reichenbach entre contextos de descoberta e justificação.
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CRITÉRIOS DE DECISÃO ENTRE HIPÓTESES RIVAIS NAS TEORIAS HISTORICISTAS DA RACIONALIDADE CIENTÍFICA / DECISION CRITERIA FOR RIVAL HYPOTHESES IN THE HISTORICIST THEORIES OF SCIENTIFIC RATIONALITY

Magro, Tamires Dal 31 January 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The publication of Thomas Kuhn s The structure of scientific revolutions is considered a watershed in the philosophy of science for having presented scientific knowledge as produced by a dynamic and historically situated process. Many of the concepts introduced by the author sparked controversy in the initial reception of this work. We highlight in this dissertation Kuhn s theses on scientific revolutions, incommensurability, and scientific choice between rival hypothesis, which were interpreted by authors such as Popper, Lakatos, Laudan and Putnam as introducing elements of irrationality and relativism into Kuhn s analysis of scientific practice. In the first paper of this dissertation, we investigate passages from Structure that led to those interpretations, and track down Kuhn s later reformulations of the three controversial theses, which attempted to avoid or respond the criticisms of irrationality and relativism. We highlight the linguistic emphasis given by Kuhn in his later works to the concepts of incommensurability and scientific revolution, and show that his thesis about scientific choices remained nearly unchanged. We claim that in Kuhn s later works his theses became more precisely formulated and narrower in scope, and that they manifest a realist inclination by the author. The second paper of this dissertation develops in more detail the issue of the rationality of scientific choice. It presents briefly three theories of scientific rationality due to Kuhn, Lakatos and Laudan, and then shows some of the problems that Lakatos and Laudan s theories face due to focusing their notion of rationality on univocal rules of choice. We then indicate that there are advantages in understanding as Kuhn did the notion of rationality in terms of values that influence objectively the choices to be made without determining them univocally. / A publicação de A estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, é considerada um divisor de águas na filosofia da ciência por apresentar o conhecimento científico como sendo gerado por um processo dinâmico e historicamente situado. Muitos dos conceitos introduzidos pelo autor foram motivos de controvérsia na recepção inicial da obra. Destacamos na presente dissertação as teses de Kuhn sobre revoluções científicas, incomensurabilidade e escolhas científicas entre hipóteses rivais, que foram interpretadas por autores como Popper, Lakatos, Laudan e Putnam, como introduzindo elementos de irracionalidade e relativismo na análise kuhniana da atividade científica. No primeiro artigo desta dissertação, investigamos as passagens na Estrutura que levaram a essas interpretações, e rastreamos as reformulações kuhnianas posteriores para as três teses controversas com vistas a evitar ou responder as críticas de irracionalidade e relativismo. Destacamos a ênfase linguística dada por Kuhn aos conceitos de incomensurabilidade e revolução científica, e mostramos que a tese acerca das escolhas científicas permanece quase inalterada nos textos tardios. Defendemos que na obra tardia de Kuhn suas teses tornaram-se mais precisas e menos abrangentes e evidenciam uma inclinação realista do autor. O segundo artigo desta dissertação desenvolve de maneira mais detalhada a questão da racionalidade das escolhas científicas, apresentando as propostas de três teorias historicistas da racionalidade científica, devidas a Kuhn, Lakatos e Laudan. Apresentamos alguns dos problemas que as teorias de Lakatos e Laudan enfrentam ao concentrar a noção de racionalidade em regras unívocas de escolha e indicamos que há vantagens em se compreender a noção de racionalidade em termos de valores que influenciam objetivamente as escolhas sem determiná-las univocamente, como propôs Kuhn.

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