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Atitude linguística e revitalização da Língua Mundurukú: observações preliminaresFRANCÊS JÚNIOR, Celso 07 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Os Mundurukú do Kwatá-Laranjal estão incluídos na lista de comunidades indígenas que apresentam a língua num processo de perigo iminente. A língua, que recebe o mesmo nome da etnia mundurukú, é pertencente à família mundurukú, do tronco tupi, a qual, antigamente, era falada por povos mundurukú que habitavam os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas, entretanto, a concentração maior de indivíduos é nos dois últimos estados. O foco deste estudo está na comunidade indígena mundurukú do Kwatá-Laranjal, no Estado do Amazonas, pois indivíduos desta comunidade já não falam mais a língua nativa e por esse motivo manifestam o interesse revitalizar e fortalecer sua identidade e cultura. Assim, o Projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), denominado Licenciatura Específica para Formação de Professores Indígenas/Turma Mundurukú (AM/PA), além do objetivo de formação em nível superior, pretende também ser instrumento da revitalização da língua mundurukú em aulas com disciplinas específicas da língua. É nesse contexto, da licenciatura específica para formação de professores indígenas, que nossa pesquisa está inserida; objetivando verificar as atitudes linguísticas em relação à língua original da comunidade indígena mundurukú do Amazonas dentro do processo de revitalização. Dessa forma, a metodologia adotada é de cunho quantitativo e o corpus da pesquisa foi coletado a partir da realização de entrevistas sistematizada por questionário. Tal instrumento de pesquisa visa comparar os comportamentos dos alunos diante das línguas, portuguesa e mundurukú, com relação a: i) atitude cognitiva (conhecimento da língua); ii) atitude afetiva (preferência por uma ou outra língua); iii) atitude comportamental (uso linguístico habitual e transmissão da língua). Atitude é, segundo Fernández (1998, p. 181), “a manifestação de preferências e convenções sociais acerca do status e prestígio de seus usuários”. Esta manifestação de preferência por uma língua ou variante linguística de comunidades minoritárias é condicionada pelos grupos sociais de maior prestígio (geralmente comunidades majoritárias). Aqueles que detêm maior poder socioeconômico ditam a pauta das atitudes linguísticas das comunidades de fala minoritárias (AGUILERA, 2008). O interesse desta pesquisa centra-se na atitude que o povo mundurukú do amazonas assume no uso da língua que aprenderam e na língua a que virão aprender como forma de resgate de sua identidade. Neste sentido, procurou-se entender como a atitude, positiva ou negativa; aceitação ou rejeição, e nos componentes cognitivos, afetivos e comportamentais pode determinar o futuro de um processo de revitalização. Contudo, observa-se a contradição destes elementos na análise das entrevistas, onde os informantes manifestam interesses diferentes de suas ações em relação à língua que querem resgatar. / The Munduruku of Kwatá-Laranjalare among the indigenous comunities of Brazil whose heritage language is severely endangered. The Munduruku language belongs to the Mundurukufamiliy of the Tupi stock, and formerly was spoken in the Brazilian states of MatoGrosso, Pará, and Amazonas; it is still spoken in Pará. The focus of this study is the indigenous community of Kwatá-Laranjal, in the state of Amazonas, since members of this group no longer speak the language and for this reason are interested in revitalizing and reinforcing their culture and identity. The project Special Lincensure for the Training of Indigenous Teachers/Munduruku Students (LicenciaturaEspecíficaparaFormação de ProfessoresIndígenas/Turma Mundurukú) of the Federal University of Amazonas (UFAM), besides pursuing the objective of teacher training at the post-secondary level, also has the goal of assisting in the revitalization of the Munduruku language through special classes. The research for the present study took place in this context, specifically investigating students' attitudes toward the community heritage language, through the use of questionnaire-based structured interviews. This quantitative approach included investigating relative knowledge of Munduruku and Portuguese; language preferences; and actual language use. It was observed that there is a contradiction between the elements analyzed in the research and the desire of the participants to revitalize their heritage language.
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Code-switching em Akwẽ-Xerente/Português / Code-switching in Akwẽ-Xerente/PortuguêsMesquita, Rodrigo 12 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-12 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The Xerente inhabit the right margin of the Tocantins river, approximately 100 km north of
Palmas (TO), and the population comprises 3,600 individuals. After more than two hundred
years of contact with non-indigenous populations, the Xerente maintain their language and
unique cultural traits, a particular way to perceive and immerse themselves in real life. As a
consequence of this accelerated process of contact with non-indigenous populations, the
Xerente are now in a stage of high bilingualism (BRAGGIO, 2012), a situation that reveals
several phenomena, among them, one which is called code-switching (CS). Our work focuses
on this phenomenon. The goal is to attain a broad understanding of grammatical and
typological characteristics and the social and pragmatic motivations of CS in the Xerentespeaking
community. Data from the grammatical analysis, performed with the support of the
Matrix Language Frame Model (MLF) and 4-M (MYERS-SCOTTON, 1993a, 2002) models
show that, in the CS used by the Akwe, the matrix language (ML) is predominantly the
Xerente language, while the Portuguese language is relegated to the position of embedded
language (EL) within the bilingual projection of Complementizer (CP), the unit of analysis of
the MFL. Additionally, our data present samples of facts which previous studies applying the
MLF model have considered to be rare. It has to do with the isolated insertion of grammatical
morphemes presenting with the trace [-refers to grammatical information outside of Maximal
Projection of Head] and adverbs, which we see, along with the recurrent use of some names
and verbs from the Portuguese language (probably borrowings), as evidence of the advanced
degree of contact between the Xerente and the Portuguese languages. This reflects the
different weight of these languages in certain social domains. The configurations of this
contact are also revealed by the analysis of the sociolinguistic variables and the social and
pragmatic motivation of the CS, realized under the light of the Markedness Model (MYERSSCOTTON,
1993b), supported by Gumperz (1982) social and interactional approach and the
assumptions of the Ethnography of Communication (HYMES, 1972[1964], 1974, 1986). It is
then possible to determine that in the urban environment, among the younger population with
more schooling, there is a more intense and varied use of CS. In the topic variable analysis,
CS is mostly used in subjects regarding social domains related to the predominant
language/culture, exactly where there are instances of diglossic conflicts in which languages
find themselves in a situation of competitiveness, as pointed out by Braggio (2010). Among
the events analyzed, the ritual speech of the elders is, by far, that which presents the greatest
resistance to contact with Portuguese. However, in events that take place in the city, as well as
other events in which topics are related to that environment, we see CS being used more
frequently and presenting greater diversity/complexity. The phenomenon presents itself as a
unmarked or exploratory choice, precisely in these events, which gives Portuguese a series of
attributes that include the traces [+education], [+formality], [+authority], [+official] and
[+sociocultural status]. In view of that, we believe that a broad understanding of CS and of the
sociolinguistic configurations in which it takes place, can contribute to the academic
education of indigenous populations, in the sense that it will help in the preparation of
pedagogical materials. It will also help to establish goals for linguistic policies geared towards
providing vitality, and strength to the linguistic and cultural autonomy of the Xerente people.
Moreover, the paper also offers a contribution to sociolinguistics, to the study of languages in
contact and to the study of indigenous languages, most notably, the Akwe-Xerente language. / O povo indígena xerente (Jê) habita a margem direita do rio Tocantins, aproximadamente cem
quilômetros ao norte de Palmas (TO) e tem uma população estimada em 3.600 indivíduos.
Após um histórico de mais de duzentos anos de contato com os não índios, os xerente mantêm
a sua língua e traços culturais singulares, que constituem uma maneira particular de perceber e
se inserir na realidade. Em consequência desse processo de contato cada vez mais acelerado,
os xerente se encontram em estágio de bilinguismo alto (BRAGGIO, 2012), situação
reveladora de fenômenos diversos, entre eles, o code-switching (CS). Nosso trabalho tem foco
especial sobre esse fenômeno, com objetivo de seu entendimento amplo no que diz respeito às
características gramaticais, tipológicas e as motivações sócio-pragmáticas do code-switching
na comunidade de fala xerente. Os dados da análise gramatical, realizada com suporte dos
modelos Matrix Language Frame Model (MLF) e 4-M (MYERS-SCOTTON, 1993a, 2002)
mostram que, no CS utilizado pelos akwe, a matrix language (ML), majoritariamente, é a
língua xerente, restando ao português a posição de embedded language (EL) dentro da
projeção do complementador (ou CP bilíngue), unidade de análise do modelo MLF. Além
disso, nossos dados apresentam amostras que constituem fatos considerados mais raros em
estudos prévios que aplicaram o modelo MLF. Trata-se de inserções isoladas de morfemas
gramaticais que apresentam o traço [- referência à informação gramatical externa ao núcleo do
sintagma] e advérbios, o que enxergamos, juntamente com a recorrência do uso de alguns
nomes e verbos do português (prováveis empréstimos), como um indício do grau avançado de
contato entre as línguas xerente e portuguesa, reflexo da diferença de peso entre elas em
alguns domínios sociais. Essas configurações do contato também são reveladas pelas análises
das variáveis sociolinguísticas e das motivações sócio-pragmáticas do CS, realizadas sob o
prisma do Modelo de Marcação (MYERS-SCOTTON, 1993b), com apoio da abordagem
sociointeracional de Gumperz (1982) e dos pressupostos da Etnografia da Comunicação
(HYMES, 1972[1964], 1974 e 1986). Verifica-se, então, que é no ambiente urbano, entre os
mais jovens e mais escolarizados que se dá uma maior intensidade e variedade no uso de CS.
Na análise da variável tópico, destaca-se o uso de CS em assuntos que abrangem domínios
sociais relacionados à língua/cultura dominante, exatamente onde há pontos de conflitos
diglóssicos em que as línguas são levadas, como aponta Braggio (2010), a uma situação de
concorrência. Entre os eventos analisados, as falas rituais dos anciãos são, de longe, os
eventos mais resistentes ao contato com o português. Já os eventos realizados na cidade,
assim como os demais eventos em que os tópicos são relacionados a tal ambiente, são os que
apresentam maior frequência e diversidade/complexidade de CS. O fenômeno se apresenta
como escolha não marcada ou exploratória justamente nesses eventos, o que configura o
português como um índice de um conjunto de atributos que inclui os traços [+educação],
[+formalidade], [+autoridade], [+oficial] e [+status sociocultural]. Diante disso, acreditamos
que o amplo entendimento do code-switching e das configurações sociolinguísticas em que
ele ocorre, pode contribuir para educação escolar indígena, no sentido de auxiliar na
elaboração de materiais didáticos e a traçar metas de políticas linguísticas voltadas para a
vitalização, fortalecimento da autonomia linguística e cultural do povo akwe. Ademais, o
trabalho também oferece uma contribuição à linguística, à sociolinguística, ao estudo de
línguas em contato e ao estudo das línguas indígenas, em especial da língua akwe xerente.
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