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Produção textual: O que dizem e escrevem educandos do 3ª ano sobre o gênero fábulaCunha, Alessandra Marques da 24 February 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-02-24 / The present research aimed at verifying and analyzing what 9-year-old pupils from the third year of primary school used to write and say about writing production and fables, as well as the knowledge they claimed and demonstrated to have learned on writing and orality through mediations and dialogues between the educator, the pupils and the researcher. Concepts such as language, orality, reading, writing, genre, project and didactic sequence served as guidance to the research and were evidenced within a socio-historical approach based on the studies and works by Bakhtin, Vygotsky and their developments glimpsed in the current researches in the education and language fields, especially represented in the works by the Genebra Group researchers (Dolz, Schneuwly, Pasquier and Bronckart). The methodology used was the dialogic-collaborative one, since we understand that such a proposal was the best way of carrying out a study in which the participants are able to work in exchange conditions, in addition to allowing the introduction of a culture moved by common goals of transforming the school daily routine through dialogue. The data, which served as reference to our considerations, were collected during the attendance to a 60-hour course offered by the Federal University of São Carlos and aimed at first-to-fourth-year primary educators of a Municipal School. Such a course intended to provoke reflections based on readings, discussions, analyses of textual productions and work situations in the classroom with the textual production theme along with the pupils. The data obtained through this study indicated that, in the first stage of data collection, the pupils concerns focused primarily on aspects related to the writing acquisition system, which was evidenced by, for instance, their effort to getting to know the letters, the order of the letters, the correct spelling, among others, rather than on aspects related to textual production. Even though rewriting presented elements which contemplated characteristics of the fables (genre adopted in our research as the axle to the considerations), such characteristics did not appear in the pupils speeches, which therefore did not allow comparison criteria. It was observed that, in the first stage of data collection, they used to do their classroom tasks without asking the whys, consequently generating an activity more directed to filling in time rather than constructing knowledge. However, after the mediations provided by the research between educator - pupils, pupils - pupils and pupils researcher, the data indicated that the teaching and learning situations based on dialogue strengthened the arguments and counter-arguments of the pupils, thus helping them to better elaborate and construct their thoughts and linguistically structure sentences. Turning the pupils into protagonists of their learning processes also made them co-responsible and aware of their knowledge acquisition process, because this way they had very clearly defined what they should know by the end of the didactic sequence. The collected data also signalized that the instruments and support material selected by the educator are also mediators of the pupils knowledge; therefore, the choices each educator makes also imply the pupils learning. By the end of the process, the pupils demonstrated acquisition of the characteristics of the genre fables, both orally and in writing, which proves that the work developed with textual production, focused on genre and organized based on didactic sequences, supported the pupils learning. We also noted that reading, retelling, rewriting and collective reviews should be stimulated and worked on since kindergarten in order to provide pupils with tools they can use to become competent readers and writers in the long run. / O objetivo dessa pesquisa foi o de verificar e analisar o que escreviam e diziam educandos do 3º ano do Ensino Fundamental de Nove anos sobre produção escrita e o gênero fábulas, os conhecimentos que verbalizaram e demonstraram ter aprendido na escrita e na oralidade a partir de mediações e diálogos entre educadora, educandos e pesquisadora. Serviram de orientação à pesquisa conceitos tais como linguagem, oralidade, leitura, escrita, gênero, projeto e sequência didática, os quais foram evidenciados dentro de uma abordagem sóciohistórica pautada nos estudos e trabalhos de Bakhtin, Vygotsky e seus desdobramentos entrevistos nas atuais pesquisas na área da educação e linguagem, representada, sobretudo pelos trabalhos dos pesquisadores do Grupo de Genebra (Dolz, Schneuwly, Pasquier e Bronckart). A metodologia utilizada foi a colaborativa-dialógica, por entendermos que esta proposta era a melhor forma de realizar um estudo em que os participantes pudessem trabalhar em condições de troca, além de permitir a introdução de uma cultura movida por objetivos comuns de transformar o cotidiano escolar por meio do diálogo. Os dados que serviram de referência para as considerações foram coletados durante a realização de um curso de extensão de 60 horas, oferecido pela Universidade Federal de São Carlos, que foi destinado aos educadores de 1º ano à 4ª série, de uma Escola Municipal. Tal curso tinha o intuito de realizar reflexões baseadas em leituras, discussões, análises de produções textuais e situações de trabalho em sala de aula com a temática da produção textual junto aos educandos. Os dados obtidos através desse estudo indicaram que na primeira etapa de coleta de dados as preocupações dos educandos se centravam mais em aspectos relacionados ao sistema de apropriação da escrita, atestadas, por exemplo, pelo seu empenho em saber as letras, a ordem das letras, a ortografia correta, entre outros, do que em aspectos relacionados à produção textual. Embora a reescrita apresentasse elementos que contemplavam características das fábulas (gênero adotado nessa pesquisa como eixo das considerações), estas não foram sinalizadas na fala dos educandos, o que não permitiu, portanto, critérios de comparação. Observou-se que, no primeiro momento de coleta de dados, existia um fazer desvinculado dos porquês , que gerava, em consequência, uma atividade mais voltada para ocupar tempo do que para construção de conhecimento. Contudo, após as mediações propiciadas pela pesquisa entre educadora educandos, educandos educandos e educandos pesquisadora, os dados sinalizaram que as situações de ensino e aprendizagens, pautadas no diálogo, fortaleceram os argumentos e contra-argumentos dos educandos, ajudando-os a elaborar e construir melhor seus pensamentos e estruturar linguisticamente sentenças. Tornar os educandos protagonistas dos seus processos de aprendizagem também os tornou coresponsáveis e atentos para o seu processo de apropriação de saberes, pois, assim, tinham claramente definido o que deveriam saber ao final da sequência didática. Os dados levantados sinalizaram que os instrumentos e matérias de apoios selecionados pelo educador são mediadores dos conhecimentos dos educandos; portanto, as escolhas que cada educador faz implica, consequentemente, nas aprendizagens dos educandos. Ao fim do processo, os educandos demonstraram apropriação das características do gênero fábulas, na oralidade, bem como na escrita, o que comprova que o trabalho desenvolvido com a produção textual, focado em gêneros e organizado com base em sequências didáticas, respaldou a aprendizagem dos educandos. Constou-se também, que a leitura, o reconto, a reescrita e a revisão coletiva devem ser estimuladas e trabalhadas desde os primeiros anos escolares, a fim de se instrumentalizar os educandos para que no futuro se tornem leitores e escritores competentes.
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