nÃo hà / O presente estudo objetivou analisar como professoras do 2 ano do Ensino Fundamental de duas escolas pÃblicas de Fortaleza utilizam a literatura infantil em suas prÃticas de leitura literÃria e formaÃÃo do aluno leitor. A pesquisa apoiou-se nos estudos de Vygotsky (2008, 2010) sobre a teoria sociointeracionista e os processos de mediaÃÃo, destacando o papel mediador do professor na formaÃÃo de leitores. Respaldou-se nas concepÃÃes de Ferreiro e Teberosky (2009) acerca da PsicogÃnese da LÃngua Escrita, compreendendo que a aquisiÃÃo da leitura e da escrita corresponde a um processo permeado por descobertas e experimentaÃÃes realizadas pelos educandos na construÃÃo das hipÃteses que os levam ao domÃnio do sistema notacional. As contribuiÃÃes de Braggio (1992), Kleiman (2001, 2013) e Solà (1998) embasam as concepÃÃes de leitura utilizadas pelas professoras, estabelecendo de que modo essas concepÃÃes intervÃm nas prÃticas de leitura desses sujeitos. Baseou-se, tambÃm, nos estudos de Paiva (2009, 2010), Colomer (2007), Zilberman (2003, 2008), Coelho (2000, 2010) e Cadermatori (2010), que destacam as contribuiÃÃes da literatura infantil para a promoÃÃo do letramento literÃrio e a importÃncia do estÃmulo da leitura como fruiÃÃo, descoberta, troca de experiÃncias, aventura e prazer. Os estudos de LibÃneo (1994) e Passos (2006) ressaltam a importÃncia do planejamento pedagÃgico como uma ferramenta que guia e embasa o trabalho pedagÃgico. Os resultados obtidos sugeriram duas concepÃÃes diferentes de leitura: a concepÃÃo mecanicista e a concepÃÃo interacionista. Para uma das professoras (P1), as prÃticas de leitura fomentam uma postura mecanicista do ato de ler, ou seja, a leitura està associada Ãs prÃticas de decodificaÃÃo do sistema de escrita com foco nas avaliaÃÃes externas. Para a outra professora (P2), a leitura apresenta uma concepÃÃo dinÃmica, dialÃgica e interativa entre o sujeito leitor, os livros e o sistema de escrita, conduzindo a prÃticas de leitura que fomentam o uso da lÃngua como interaÃÃo social entre os sujeitos. Verificamos, tambÃm, que havia um tempo destinado ao planejamento das professoras, alÃm de materiais disponÃveis para sua elaboraÃÃo, porÃm esse planejamento era realizado de modo assistemÃtico e nÃo contavam com o acompanhamento da coordenaÃÃo pedagÃgica. As prÃticas de leitura literÃria e formaÃÃo do aluno leitor eram pouco frequentes nas aulas de P1, limitando-se apenas ao cantinho da leitura. Jà P2 promovia mais interaÃÃes com as prÃticas de leitura literÃria por meio de aÃÃes, como a ciranda literÃria, a mostra literÃria, a dinamizaÃÃo do cantinho da leitura e as visitas à Biblioteca escolar. ConcluÃmos, com este estudo, que as estratÃgias que utilizam a literatura infantil por meio da leitura literÃria traz contribuiÃÃes significativas, uma vez que estimula o imaginÃrio e fomenta potencialidades na construÃÃo da linguagem, da oralidade, na produÃÃo de ideias e sentimentos que ajudam no crescimento pessoal do aluno, porÃm necessita-se que haja um planejamento sistemÃtico, desburocratizado e significativo das aÃÃes leitoras com vistas a promover o letramento e o prazer pela leitura.

CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta pesquisa teve como objetivo testar as sequÃncias bÃsicas de letramento literÃrio, proposta metodolÃgica de Cosson (2014), utilizando o gÃnero crÃnica em uma turma do sexto ano do Ensino Fundamental. A motivaÃÃo para a realizaÃÃo deste estudo foi, como professora da turma objeto de estudo, contribuir de uma forma mais eficaz para o letramento dos estudantes. Dividiu-se a pesquisa em dois momentos: a avaliaÃÃo da utilizaÃÃo do texto literÃrio em sala de aula pelos docentes do sexto ano de uma escola de Ensino Fundamental do municÃpio de Fortaleza; e a realizaÃÃo de quatro oficinas para aplicaÃÃo de sequÃncias bÃsicas de letramento literÃrio. A pesquisa à colaborativa e qualitativa, contando com a participaÃÃo de docentes de LÃngua Portuguesa da unidade escolar onde o estudo foi realizado. Como fundamentaÃÃo teÃrica, utilizamos as teorias de Street (1984), Soares (2002), Cosson (2014), Kleiman (1995), MagalhÃes (2012) entre outros. Em relaÃÃo ao primeiro momento, observou-se que os docentes envolvidos no estudo nÃo adotavam prÃticas visando ao letramento literÃrio dos estudantes. No que tange ao segundo momento, percebeu-se que a professora colaboradora da pesquisa aprovou a prÃtica de sequÃncias bÃsicas de letramento literÃrio, demonstrando interesse em continuar adotando a prÃtica em suas aulas. Os discentes do grupo estudado demonstraram entusiasmo em participar das leituras e discussÃes realizadas durante as oficinas de sequÃncia bÃsica de letramento literÃrio.