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Escrita expatriadaGleize, Lênia Pisani January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:33:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Esta tese visa a estudar o silêncio narrativo na obra de Augusto Roa Bastos (1917-2005) durante o período que separa a publicação de Yo el Supremo (1974), último romance do exílio argentino (1947 a 1976) e Vigilia del Almirante (1992), primeiro romance publicado durante o exílio francês (1976 a 1995). Por meio de um levantamento de dados historiográficos, analisa-se a recepção da obra roabastiana editada em francês. A análise da recepção do primeiro romance de Augusto Roa Bastos, Hijo de hombre (1960), publicado na França em três ocasiões: Le Feu et la Lèpre (Gallimard,1968), Fils d´homme (Belfond,1982) e Fils d´homme (Seuil,1995), elucida a trajetória de recepção da obra roabastiana no país europeu, contextualizando a reescritura da segunda versão do romance em espanhol, editada em 1983, depois da versão francesa. Os elementos paratextuais, que acompanham as três edições francesas de Hijo de hombre, aclaram o percurso do escritor/docente universitário da Universidade de Toulouse, que canalizou sua produção intelectual para a escritura ensaística durante os anos iniciais do segundo exílio (1976-1984). Ocupa lugar de destaque a publicação da coletânea Les Récits de la nuit et de l´aube (1984), pela inclusão de dois contos editados durante os anos inciais do exílio francês: ?Lucha hasta el aba? (1979) e ?La Caspa? (1982). Ao levantamento historiográfico, agrega-se a análise das estratégias narrativas empregadas pelo autor na coletânea francesa. O relacionamento da coletânea Les Récits de la Nuit et de l´aube (1984) a outros itinerários de escritura problematiza o emprego da paratextualidade, caracterizando a escrita expatriada, um processo de escritura produzido no deslocamento do espaço, da identidade e da língua. A diluição de fronteiras entre gêneros literários distingue um processo de escritura marcado pela impossibilidade de explicar o sensível (Badiou). <br>
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Tradução comentada do texto dramático roabastiano La tierra sin malBaier, Karin January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-06-25T18:43:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
313099.pdf: 819021 bytes, checksum: 38fc483707f2729c48b8bc90425ab10f (MD5) / Este trabalho tem como objeto principal a tradução, do castelhano para o português brasileiro, do texto dramático La tierra sin mal (1998) do autor paraguaio Augusto Roa Bastos. A partir de leituras críticas e considerações sobre o processo tradutório, este estudo vem reafirmar a importância do acesso aos textos do autor em língua portuguesa. O drama La tierra sin mal, apresenta aos leitores brasileiros, com esta tradução, um texto inédito em português. A tradução desta obra do gênero dramático também abre horizontes para uma integração entre as áreas das letras e das artes cênicas, ao criar uma oportunidade de encenação deste texto a um público brasileiro. Este trabalho traz ainda uma análise diretamente relacionada à cultura e aos temas que fundamentam a história da obra, pois em La tierra sin mal é possível observar aspectos relativos à realidade e cultura paraguaia, através de uma mescla entre história e mitologia guarani. Somada a esta análise, está um estudo sobre o processo de tradução desta obra dramática ao português e dos aspectos da poética do autor Augusto Roa Bastos. Compõem o trabalho observações de alguns fundamentos teóricos sobre cultura e tradução, especificamente na área da tradução teatral, a peça La tierra sin mal traduzida para o português seguida de uma análise do processo tradutório e por fim uma análise da poética do autor.<br> / Abstract : This paper has as main object translation, from Spanish to Brazilian Portuguese, the dramatic text La tierra sin mal (1998) of Paraguayan author Augusto Roa Bastos. From readings and critical considerations about the translation process, this study reaffirms the importance of access to the texts of the author in Portuguese. The drama La tierra sin mal, introduces for the readers to Brazil with this translation, an unpublished text in Portuguese. The translation of this work of dramatic genre also opens horizons for integration between the area of literature and arts, to create an opportunity of staging this text to a Brazilian public. This paper also carries an analysis directly related to culture and themes that underlie the history of the text, because in La tierra sin mal is possible to observe aspects of reality and Paraguayan culture through a blend of history and mythology Guarani. Added to this analysis is a study on the process of translating this dramatic text into Portuguese and poetic aspects of the author Augusto Roa Bastos. Compose the work of some theoretical observations on culture and translation, specifically in the area of theatrical translation, the piece theater La tierra sin mal translated into Portuguese followed by an analysis of the translation process and finally an analysis of the poetics of the author.
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A representação da mulher paraguaia em contos de Josefina PláMendonça, Suely Aparecida de Souza [UNESP] 26 June 2011 (has links) (PDF)
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mendonca_sas_dr_assis.pdf: 680189 bytes, checksum: 4dd9247712b7e90d904a68f7c5a94bbc (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / O presente trabalho faz uma leitura de dez contos de Josefina Plá(1909-1999), escritora pouco conhecida no contexto latino-americano, especialmente no que diz respeito à prosa. As narrativas focalizam a mulher das classes pobres no universo feminino paraguaio e, nesse sentido, o estudo em questão abrange as relações entre a literatura e a vida social paraguaias, levando em consideração várias tendências teóricas literárias, culturais, especialmente no que concerne ao estudo das representações das relações entre o gênero feminino e os vários segmentos socioculturais do entorno local. Como referencial teórico nos valeremos dos estudos de Oscar Tacca(1983), Jonathan Culler(1999), das abordagens feministas de Michelle Perrot(2005), Elaine Showalter(1994), Ruth Silviano Brandão(1995, 2006) e Susana Moreira de Lima(2007), dos estudos culturais com Angel Rama(1982) e Cornejo Polar (2000) e da crítica sobre Josefina Plá e a literatura paraguaia com Ángeles Mateo del Pino(1994), Francisco Pérez-Maricevich(2009), Hugo Rodriguez-Alcalá (2000) e Miguel Ángel Fernández(2004). Com base nessas abordagens e diante de um contexto formado por confrontos culturais e por uma identidade configurada pelo hibridismo e por valores históricos, políticos, estéticos, religiosos e sociais em constante transformação, demonstramos que os contos de Plá apresentam como denominador comum as mulheres pobres vivendo papéis diversos e importantes na formação do processo identitário cultural paraguaio, principalmente as mulheres guaranis e mestiças. Observamos ainda a representação de uma mulher diferente daquela abordada com exclusividade pela historiografia local como heroína ou musa, uma vez que a mulher paraguaia, assim como as mulheres representadas pela escola romântica, sempre... / The present work is a reading of ten story by Josefina Plá(1909-1999), writer little-known in the Latin American context, especially regarding to the prose. The narratives focus on women from the poorer classes in the female Paraguayan universe and, accordingly, the study in question concerns to the relationship between literature and social life in Paraguay, taking into account various theoretical literary, cultural trends, especially in relation to the study of representations of the relations between female and various socio-cultural segments of the local environment. How we use of theoretical the studies by Oscar Tacca (1983), Jonathan Culler(1999), feminist approaches Michelle Perrot(2005), Elaine Showalter(19994), Ruth Brandão(1995, 2006) and Susana Moreira Lima(2007), cultural studies with Angel Rama(1984) and Cornejo Polar (2000) and criticism about Josefina Plá and Paraguayan literature with Mateo Ángeles del Pino(1994), Francisco Pérez-Maricevich(2009), Hugo Rodríguez-Alcalá(2000) and Miguel Ángel Fernández(2004). Based on these approaches, and in the presense of a context formed by cultural confrontations and identities shaped by hybridity and by historical, political, aesthetic, religious and social values in constant transformation, we have shown that Plá’s stories have as a common denominator poor women playing diverse and important roles in the shaping of cultural paraguayan identity process, mainly the guarani women and mixed-race. We also observed the representation of a different woman from that that was dealt with exclusively by the local historiography as heroin or muse, as the Paraguayan woman, and the women represented by the Romantic school, were always masked and idealized by the image... (Complete abstract click electronic access below)
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A representação da mulher paraguaia em contos de Josefina Plá /Mendonça, Suely Aparecida de Souza. January 2011 (has links)
Orientador: Antonio Roberto Esteves / Banca: Cleide Antonia Rapucci / Banca: Ana Maria Domingues de Oliveira / Banca: Paulo sérgio Nolasco dos Santos / Banca: Alai Garcia Diniz. / Resumo: O presente trabalho faz uma leitura de dez contos de Josefina Plá(1909-1999), escritora pouco conhecida no contexto latino-americano, especialmente no que diz respeito à prosa. As narrativas focalizam a mulher das classes pobres no universo feminino paraguaio e, nesse sentido, o estudo em questão abrange as relações entre a literatura e a vida social paraguaias, levando em consideração várias tendências teóricas literárias, culturais, especialmente no que concerne ao estudo das representações das relações entre o gênero feminino e os vários segmentos socioculturais do entorno local. Como referencial teórico nos valeremos dos estudos de Oscar Tacca(1983), Jonathan Culler(1999), das abordagens feministas de Michelle Perrot(2005), Elaine Showalter(1994), Ruth Silviano Brandão(1995, 2006) e Susana Moreira de Lima(2007), dos estudos culturais com Angel Rama(1982) e Cornejo Polar (2000) e da crítica sobre Josefina Plá e a literatura paraguaia com Ángeles Mateo del Pino(1994), Francisco Pérez-Maricevich(2009), Hugo Rodriguez-Alcalá (2000) e Miguel Ángel Fernández(2004). Com base nessas abordagens e diante de um contexto formado por confrontos culturais e por uma identidade configurada pelo hibridismo e por valores históricos, políticos, estéticos, religiosos e sociais em constante transformação, demonstramos que os contos de Plá apresentam como denominador comum as mulheres pobres vivendo papéis diversos e importantes na formação do processo identitário cultural paraguaio, principalmente as mulheres guaranis e mestiças. Observamos ainda a representação de uma mulher diferente daquela abordada com exclusividade pela historiografia local como heroína ou musa, uma vez que a mulher paraguaia, assim como as mulheres representadas pela escola romântica, sempre... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The present work is a reading of ten story by Josefina Plá(1909-1999), writer little-known in the Latin American context, especially regarding to the prose. The narratives focus on women from the poorer classes in the female Paraguayan universe and, accordingly, the study in question concerns to the relationship between literature and social life in Paraguay, taking into account various theoretical literary, cultural trends, especially in relation to the study of representations of the relations between female and various socio-cultural segments of the local environment. How we use of theoretical the studies by Oscar Tacca (1983), Jonathan Culler(1999), feminist approaches Michelle Perrot(2005), Elaine Showalter(19994), Ruth Brandão(1995, 2006) and Susana Moreira Lima(2007), cultural studies with Angel Rama(1984) and Cornejo Polar (2000) and criticism about Josefina Plá and Paraguayan literature with Mateo Ángeles del Pino(1994), Francisco Pérez-Maricevich(2009), Hugo Rodríguez-Alcalá(2000) and Miguel Ángel Fernández(2004). Based on these approaches, and in the presense of a context formed by cultural confrontations and identities shaped by hybridity and by historical, political, aesthetic, religious and social values in constant transformation, we have shown that Plá's stories have as a common denominator poor women playing diverse and important roles in the shaping of cultural paraguayan identity process, mainly the guarani women and mixed-race. We also observed the representation of a different woman from that that was dealt with exclusively by the local historiography as heroin or muse, as the Paraguayan woman, and the women represented by the Romantic school, were always masked and idealized by the image... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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O tempo na sombra da linguagem: Vigilia del Almirante, de Augusto Roa Bastos / Time in the shadow of language: Vigilia del Almirante, by Augusto Roa BastosEspindola, Ricardo da Silva 16 September 2013 (has links)
Este estudo tem como objeto de análise o romance Vigilia del Almirante (1992), de Augusto Roa Bastos. O eixo temático e o instrumental teórico da dissertação foram definidos visando à investigação das relações entre realidade e linguagem no âmbito da ficção histórica, mais especificamente, no romance histórico metaficcional, gênero que problematiza sua própria natureza discursiva, assumindo-se como construção linguística e opondo-se diametralmente ao modelo clássico, que prima pela plasmação realista de feitos e processos históricos em uma fábula elaborada de modo verossimilhante e linear. Tal projeto romanesco pode ser sintetizado em uma frase do próprio Roa Bastos extraída de Yo el Supremo (1974): Escribir no significa convertir lo real en palabras sino hacer que la palabra sea real. Enfatiza-se nesta pesquisa o emprego do discurso mítico e da condição de desterro transcendental (cisão entre vida e linguagem) como elementos fundamentais da estrutura de Vigilia del Almirante. Roa Bastos explora a incongruência entre realidade e palavra experimentada pelo Colombo histórico, correlacionando-a com dois outros desterros transcendentais: o de D. Quixote e o da civilização guarani. Além disso, o autor retoma nesta obra algumas construções de Yo el Supremo, romance também estruturado em torno do mito e cujo protagonista, um desterrado transcendental, também é associado ao cavaleiro andante cervantino. Tais escolhas são organizadas de modo a gerar um romance inverossímil, não linear e sem o predomínio da invocação dramática, marcado pela presença de diferentes vozes que se contradizem. Isto faz de Vigilia del Almirante uma obra complexa, ambígua, polifônica e autocrítica, que não se apresenta como única visão possível sobre o tema. Essa estratégia ficcional tem como objetivo questionar as representações e historiografias tradicionais, conservadoras e mitificadoras de Cristóvão Colombo, revelando-as em sua natureza puramente linguística e destituindo-as de seu caráter de verdade absoluta. / This study discusses Augusto Roa Bastoss novel Vigilia del Almirante (1992). The thematic axis and theoretical grounds of this dissertation were established with the purpose of investigating the relations between reality and language in the scope of historical fiction more specifically, in metafictional historical novel, a genre that problematizes its own discursive nature, establishing itself as a linguistic construction and directly opposing the classical model that values a realistic account of historical deeds and processes in a fable that is verisimilarly and linearly developed. This Romanesque project is summarized by Roa Bastos himself, in a sentence extracted from Yo el Supremo (1974): Writing does not mean to turn what is real into words, but to make words real. This research emphasizes the use of mythical discourse and transcendental exile (a rupture between life and language) as fundamental elements of structure in Vigilia del Almirante. Roa Bastos explores the inconsistency between reality and words experienced by the historical Columbus, correlating it to two other transcendental exiles: D. Quixotes and that of the guarani civilization. In addition, in this work the author reuses some constructions from Yo el Supremo, a novel that is also structured around myth and whose protagonist, who is in transcendental exile, is also associated to Cervantes roving rider. These choices are combined to originate an unlikely, non-linear novel, without the predominance of dramatic evocation, marked by the presence of different conflicting voices. This characterizes Vigilia del Almirante as a complete, ambiguous, polyphonic and self-critical work that does not present itself as the only possible standpoint on the theme. This fictional strategy aims to question traditional, conservative and mythicizing portrayals and historiographies on Christopher Columbus, unveiling their purely linguistic nature and not accepting them as a universal truth.
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Augusto Roa Bastos : o fazer literário como interpelação da história paraguaiaPacheco, Gloria Elizabeth Saldivar de January 2006 (has links)
Diante do contínuo desafio de interpretar o nosso tempo e suas contingências, emerge a certeza de que indagar o passado em todas as suas dimensões políticas, sociais e econômicas é uma estratégia necessária. Neste sentido, a literatura e a historiografia têm se dedicado à representação dos acontecimentos históricos ao longo dos séculos. Embora tenham princípios e objetivos diferentes, ambos os domínios contribuem para elucidar a complexidade que encerra o processo histórico e viabilizar o conhecimento sobre o passado. No entanto, com o predomínio do positivismo nas ciências, o discurso literário tem sido desprezado como um espaço legítimo de problematização do passado, em razão de articular fatos verídicos e fictícios. Desde então, a historiografia positivista se consolidou como a única verdade sobre a história. Durante o século XX, contudo, a literatura cumpriu um papel importante na América Latina, que esteve dominada por cruentas ditaduras. Enquanto os historiadores eram relapsos nas suas atribuições, ao omitirem e/ou manipularem fatos e personagens; os escritores recriavam muitos episódios de resistência e luta das classes populares, impedindo que estes fossem esquecidos, o que prejudicaria a formação da consciência histórica. Neste contexto se inscreve a obra de Augusto Roa Bastos, que transforma a história paraguaia em seu principal recurso criativo, questionando a presença insignificante do povo e suas lutas no discurso histórico, assim como a legitimidade do poder ditatorial. Com este mesmo espírito crítico analisamos os contos El trueno entre las hojas e La excavación, que retratam as rebeliões de trabalhadores, os presos políticos e a motivação econômica por trás da Guerra do Chaco, em comparação com os respectivos registros de quatro livros de história paraguaia alinhados com o discurso oficial. Constatamos que apesar das informações pertinentes, as narrativas históricas são insuficientes por si só para a reconstrução da história e que, para este processo, os textos de Roa Bastos são valiosos porque ensejam a reflexão sobre os eventos mediante outros enfoques. Portanto, somente a articulação de várias interpretações em torno de seu passado permitirá à humanidade chegar mais próximo da verdadeira história. / Ante el contínuo desafío de interpretar nuestro tiempo y sus contingencias, emerge la certeza de que indagar el pasado en todas sus dimensiones políticas, sociales y económicas es una estrategia necesaria. En este sentido, la literatura y la historiografía se han dedicado a la representación de los acontecimientos históricos a lo largo de los siglos. Aunque tengan principios y objetivos diferentes, ambos dominios contribuyen para elucidar la complejidad que encierra el proceso histórico y viabilizar el conocimiento sobre el pasado. Pero, con el predominio del positivismo en las ciencias, el discurso literario ha sido despreciado como un espacio legítimo de problematización del pasado por articular hechos verídicos y ficticios. Desde entonces, la historiografía positivista se consolidó como la única verdad sobre la historia. Durante el siglo XX, sin embargo, la literatura cumplió un papel importante en América Latina, que estuvo dominada por cruentas dictaduras. Mientras los historiadores eran relapsos en sus atribuciones, omitiendo y/o manipulando hechos y personajes; los escritores recreaban muchos episodios de resistencia y lucha de las clases populares, impidiendo que fueran olvidados, lo que perjudicaría la formación de la conciencia histórica. En este contexto se inscribe la obra de Augusto Roa Bastos, que transforma la historia paraguaya en su principal recurso creativo, cuestionando la presencia insignificante del pueblo y sus luchas en el discurso histórico, así como la legitimidad del poder dictatorial. Con este mismo espíritu crítico analizamos los cuentos El trueno entre las hojas y La excavación, que retratan las rebeliones de trabajadores, los presos políticos y la motivación económica en la Guerra del Chaco, comparándo-los con los respectivos registros de cuatro libros de historia paraguaya alineados con el discurso oficial. Constatamos que a pesar de las informaciones pertinentes, las narrativas históricas son insuficientes por sí solas para la reconstrucción de la historia y que, para este proceso, los textos de Roa Bastos son valiosos porque propician la reflexión sobre los eventos mediante otros enfoques. Por tanto, solamente la articulación de varias interpretaciones en torno a su pasado permitirá a la humanidad llegar más próximo de la verdadera historia.
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Augusto Roa Bastos : o fazer literário como interpelação da história paraguaiaPacheco, Gloria Elizabeth Saldivar de January 2006 (has links)
Diante do contínuo desafio de interpretar o nosso tempo e suas contingências, emerge a certeza de que indagar o passado em todas as suas dimensões políticas, sociais e econômicas é uma estratégia necessária. Neste sentido, a literatura e a historiografia têm se dedicado à representação dos acontecimentos históricos ao longo dos séculos. Embora tenham princípios e objetivos diferentes, ambos os domínios contribuem para elucidar a complexidade que encerra o processo histórico e viabilizar o conhecimento sobre o passado. No entanto, com o predomínio do positivismo nas ciências, o discurso literário tem sido desprezado como um espaço legítimo de problematização do passado, em razão de articular fatos verídicos e fictícios. Desde então, a historiografia positivista se consolidou como a única verdade sobre a história. Durante o século XX, contudo, a literatura cumpriu um papel importante na América Latina, que esteve dominada por cruentas ditaduras. Enquanto os historiadores eram relapsos nas suas atribuições, ao omitirem e/ou manipularem fatos e personagens; os escritores recriavam muitos episódios de resistência e luta das classes populares, impedindo que estes fossem esquecidos, o que prejudicaria a formação da consciência histórica. Neste contexto se inscreve a obra de Augusto Roa Bastos, que transforma a história paraguaia em seu principal recurso criativo, questionando a presença insignificante do povo e suas lutas no discurso histórico, assim como a legitimidade do poder ditatorial. Com este mesmo espírito crítico analisamos os contos El trueno entre las hojas e La excavación, que retratam as rebeliões de trabalhadores, os presos políticos e a motivação econômica por trás da Guerra do Chaco, em comparação com os respectivos registros de quatro livros de história paraguaia alinhados com o discurso oficial. Constatamos que apesar das informações pertinentes, as narrativas históricas são insuficientes por si só para a reconstrução da história e que, para este processo, os textos de Roa Bastos são valiosos porque ensejam a reflexão sobre os eventos mediante outros enfoques. Portanto, somente a articulação de várias interpretações em torno de seu passado permitirá à humanidade chegar mais próximo da verdadeira história. / Ante el contínuo desafío de interpretar nuestro tiempo y sus contingencias, emerge la certeza de que indagar el pasado en todas sus dimensiones políticas, sociales y económicas es una estrategia necesaria. En este sentido, la literatura y la historiografía se han dedicado a la representación de los acontecimientos históricos a lo largo de los siglos. Aunque tengan principios y objetivos diferentes, ambos dominios contribuyen para elucidar la complejidad que encierra el proceso histórico y viabilizar el conocimiento sobre el pasado. Pero, con el predominio del positivismo en las ciencias, el discurso literario ha sido despreciado como un espacio legítimo de problematización del pasado por articular hechos verídicos y ficticios. Desde entonces, la historiografía positivista se consolidó como la única verdad sobre la historia. Durante el siglo XX, sin embargo, la literatura cumplió un papel importante en América Latina, que estuvo dominada por cruentas dictaduras. Mientras los historiadores eran relapsos en sus atribuciones, omitiendo y/o manipulando hechos y personajes; los escritores recreaban muchos episodios de resistencia y lucha de las clases populares, impidiendo que fueran olvidados, lo que perjudicaría la formación de la conciencia histórica. En este contexto se inscribe la obra de Augusto Roa Bastos, que transforma la historia paraguaya en su principal recurso creativo, cuestionando la presencia insignificante del pueblo y sus luchas en el discurso histórico, así como la legitimidad del poder dictatorial. Con este mismo espíritu crítico analizamos los cuentos El trueno entre las hojas y La excavación, que retratan las rebeliones de trabajadores, los presos políticos y la motivación económica en la Guerra del Chaco, comparándo-los con los respectivos registros de cuatro libros de historia paraguaya alineados con el discurso oficial. Constatamos que a pesar de las informaciones pertinentes, las narrativas históricas son insuficientes por sí solas para la reconstrucción de la historia y que, para este proceso, los textos de Roa Bastos son valiosos porque propician la reflexión sobre los eventos mediante otros enfoques. Por tanto, solamente la articulación de varias interpretaciones en torno a su pasado permitirá a la humanidad llegar más próximo de la verdadera historia.
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Augusto Roa Bastos : o fazer literário como interpelação da história paraguaiaPacheco, Gloria Elizabeth Saldivar de January 2006 (has links)
Diante do contínuo desafio de interpretar o nosso tempo e suas contingências, emerge a certeza de que indagar o passado em todas as suas dimensões políticas, sociais e econômicas é uma estratégia necessária. Neste sentido, a literatura e a historiografia têm se dedicado à representação dos acontecimentos históricos ao longo dos séculos. Embora tenham princípios e objetivos diferentes, ambos os domínios contribuem para elucidar a complexidade que encerra o processo histórico e viabilizar o conhecimento sobre o passado. No entanto, com o predomínio do positivismo nas ciências, o discurso literário tem sido desprezado como um espaço legítimo de problematização do passado, em razão de articular fatos verídicos e fictícios. Desde então, a historiografia positivista se consolidou como a única verdade sobre a história. Durante o século XX, contudo, a literatura cumpriu um papel importante na América Latina, que esteve dominada por cruentas ditaduras. Enquanto os historiadores eram relapsos nas suas atribuições, ao omitirem e/ou manipularem fatos e personagens; os escritores recriavam muitos episódios de resistência e luta das classes populares, impedindo que estes fossem esquecidos, o que prejudicaria a formação da consciência histórica. Neste contexto se inscreve a obra de Augusto Roa Bastos, que transforma a história paraguaia em seu principal recurso criativo, questionando a presença insignificante do povo e suas lutas no discurso histórico, assim como a legitimidade do poder ditatorial. Com este mesmo espírito crítico analisamos os contos El trueno entre las hojas e La excavación, que retratam as rebeliões de trabalhadores, os presos políticos e a motivação econômica por trás da Guerra do Chaco, em comparação com os respectivos registros de quatro livros de história paraguaia alinhados com o discurso oficial. Constatamos que apesar das informações pertinentes, as narrativas históricas são insuficientes por si só para a reconstrução da história e que, para este processo, os textos de Roa Bastos são valiosos porque ensejam a reflexão sobre os eventos mediante outros enfoques. Portanto, somente a articulação de várias interpretações em torno de seu passado permitirá à humanidade chegar mais próximo da verdadeira história. / Ante el contínuo desafío de interpretar nuestro tiempo y sus contingencias, emerge la certeza de que indagar el pasado en todas sus dimensiones políticas, sociales y económicas es una estrategia necesaria. En este sentido, la literatura y la historiografía se han dedicado a la representación de los acontecimientos históricos a lo largo de los siglos. Aunque tengan principios y objetivos diferentes, ambos dominios contribuyen para elucidar la complejidad que encierra el proceso histórico y viabilizar el conocimiento sobre el pasado. Pero, con el predominio del positivismo en las ciencias, el discurso literario ha sido despreciado como un espacio legítimo de problematización del pasado por articular hechos verídicos y ficticios. Desde entonces, la historiografía positivista se consolidó como la única verdad sobre la historia. Durante el siglo XX, sin embargo, la literatura cumplió un papel importante en América Latina, que estuvo dominada por cruentas dictaduras. Mientras los historiadores eran relapsos en sus atribuciones, omitiendo y/o manipulando hechos y personajes; los escritores recreaban muchos episodios de resistencia y lucha de las clases populares, impidiendo que fueran olvidados, lo que perjudicaría la formación de la conciencia histórica. En este contexto se inscribe la obra de Augusto Roa Bastos, que transforma la historia paraguaya en su principal recurso creativo, cuestionando la presencia insignificante del pueblo y sus luchas en el discurso histórico, así como la legitimidad del poder dictatorial. Con este mismo espíritu crítico analizamos los cuentos El trueno entre las hojas y La excavación, que retratan las rebeliones de trabajadores, los presos políticos y la motivación económica en la Guerra del Chaco, comparándo-los con los respectivos registros de cuatro libros de historia paraguaya alineados con el discurso oficial. Constatamos que a pesar de las informaciones pertinentes, las narrativas históricas son insuficientes por sí solas para la reconstrucción de la historia y que, para este proceso, los textos de Roa Bastos son valiosos porque propician la reflexión sobre los eventos mediante otros enfoques. Por tanto, solamente la articulación de varias interpretaciones en torno a su pasado permitirá a la humanidad llegar más próximo de la verdadera historia.
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O tempo na sombra da linguagem: Vigilia del Almirante, de Augusto Roa Bastos / Time in the shadow of language: Vigilia del Almirante, by Augusto Roa BastosRicardo da Silva Espindola 16 September 2013 (has links)
Este estudo tem como objeto de análise o romance Vigilia del Almirante (1992), de Augusto Roa Bastos. O eixo temático e o instrumental teórico da dissertação foram definidos visando à investigação das relações entre realidade e linguagem no âmbito da ficção histórica, mais especificamente, no romance histórico metaficcional, gênero que problematiza sua própria natureza discursiva, assumindo-se como construção linguística e opondo-se diametralmente ao modelo clássico, que prima pela plasmação realista de feitos e processos históricos em uma fábula elaborada de modo verossimilhante e linear. Tal projeto romanesco pode ser sintetizado em uma frase do próprio Roa Bastos extraída de Yo el Supremo (1974): Escribir no significa convertir lo real en palabras sino hacer que la palabra sea real. Enfatiza-se nesta pesquisa o emprego do discurso mítico e da condição de desterro transcendental (cisão entre vida e linguagem) como elementos fundamentais da estrutura de Vigilia del Almirante. Roa Bastos explora a incongruência entre realidade e palavra experimentada pelo Colombo histórico, correlacionando-a com dois outros desterros transcendentais: o de D. Quixote e o da civilização guarani. Além disso, o autor retoma nesta obra algumas construções de Yo el Supremo, romance também estruturado em torno do mito e cujo protagonista, um desterrado transcendental, também é associado ao cavaleiro andante cervantino. Tais escolhas são organizadas de modo a gerar um romance inverossímil, não linear e sem o predomínio da invocação dramática, marcado pela presença de diferentes vozes que se contradizem. Isto faz de Vigilia del Almirante uma obra complexa, ambígua, polifônica e autocrítica, que não se apresenta como única visão possível sobre o tema. Essa estratégia ficcional tem como objetivo questionar as representações e historiografias tradicionais, conservadoras e mitificadoras de Cristóvão Colombo, revelando-as em sua natureza puramente linguística e destituindo-as de seu caráter de verdade absoluta. / This study discusses Augusto Roa Bastoss novel Vigilia del Almirante (1992). The thematic axis and theoretical grounds of this dissertation were established with the purpose of investigating the relations between reality and language in the scope of historical fiction more specifically, in metafictional historical novel, a genre that problematizes its own discursive nature, establishing itself as a linguistic construction and directly opposing the classical model that values a realistic account of historical deeds and processes in a fable that is verisimilarly and linearly developed. This Romanesque project is summarized by Roa Bastos himself, in a sentence extracted from Yo el Supremo (1974): Writing does not mean to turn what is real into words, but to make words real. This research emphasizes the use of mythical discourse and transcendental exile (a rupture between life and language) as fundamental elements of structure in Vigilia del Almirante. Roa Bastos explores the inconsistency between reality and words experienced by the historical Columbus, correlating it to two other transcendental exiles: D. Quixotes and that of the guarani civilization. In addition, in this work the author reuses some constructions from Yo el Supremo, a novel that is also structured around myth and whose protagonist, who is in transcendental exile, is also associated to Cervantes roving rider. These choices are combined to originate an unlikely, non-linear novel, without the predominance of dramatic evocation, marked by the presence of different conflicting voices. This characterizes Vigilia del Almirante as a complete, ambiguous, polyphonic and self-critical work that does not present itself as the only possible standpoint on the theme. This fictional strategy aims to question traditional, conservative and mythicizing portrayals and historiographies on Christopher Columbus, unveiling their purely linguistic nature and not accepting them as a universal truth.
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