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O místico e o erótico na poesia de Florbela EspancaSoares, Marly Catarina January 2008 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-graduação em Literatura / Made available in DSpace on 2012-10-23T17:13:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
252693.pdf: 3508433 bytes, checksum: aa5890648ef105b53e2c2007623888fc (MD5) / Esta tese apresenta um estudo sobre a temática do erotismo e suas relações com o místico, o sagrado e o religioso na poesia de Florbela Espanca, poetisa portuguesa que viveu durante as primeiras décadas do século XX. O tema do erotismo apresenta-se com insistente recorrência na obra dessa poetisa e como tal, tem sido objetivo de críticos estudiosos. Embora reconheça que a presença constante do erotismo nos poemas de Florbela tem sido detectada pela crítica, uma questão ainda permanece sem resposta: como a poetisa relaciona o erótico e a sacralidade em sua poesia. O ponto de partida para esta investigação foi determinar os posicionamentos teóricos que ora refletem uma dicotomia numa irremediável divisão do mundo entre sagrado e profano, ora assumem posturas que buscam formas de equalizar os dois termos para garantir uma aproximação entre esses dois mundos. O profano é resultado da dessacralização humana, dirá Mircea Eliade. Se aprendermos a usar Eros, sexo e sensualidade como um caminho para o sagrado, descobriremos que eles trazem muitas dádivas para a vida, preconiza David Elkins. Com o apoio desses teóricos e de outros, cujos posicionamentos teóricos ora aproximam, ora abismam o erotismo e a sacralidade, esta pesquisa verificou que a poesia de Florbela Espanca por vezes apresenta uma tendência dicotômica e em outras busca formas de equalização entre esses dois mundos.
This research presents a study on eroticism and its relations with the mystic, the sacred and the religious in the poetry of Florbela Espanca, a Portuguese poet who lived during the first decades of the 20th century. The theme eroticism is insistently recurrent in the poet's work, which makes it a frequent target of learned critics. Although I recognize that the constant presence of eroticism in Florbela's poems has been detected by critics, one question remains without an answer: In what ways does the poet relate the erotic and the sacral in her poetry? The starting point for this research was the investigation of the theoretical framework that sometimes reflects a dicotomy in an irreconcilable division of the world between the sacred and the profane, and sometimes takes over a position that tries to equalise the two terms so as to warrant an approximation between these two worlds. The profane is the result of human desacralization, says Mircea Eliade. If we learned how to use Eros, sex and sexuality as a causeway toward the sacred we would find out that they bring several gifts to life, says David Elkins. With the support of these theoreticians and of other scholars whose theoretical positions now approximate the erotic and the sacred, now repel one from the other, this study evinced that Florbela Espanca's poetry sometimes presents a dichotomous tendency, and sometimes tries to find ways to equalise these two worlds.
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De Orpheu ao HadesZandoná, Jair January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-graduação em Literatura / Made available in DSpace on 2012-10-23T21:21:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
251990.pdf: 994821 bytes, checksum: 3fb82e62c3af50a7810a301e820e5e0a (MD5) / Pensar a literatura de Mário de Sá-Carneiro é enveredar por um contexto densamente elaborado. Há os arroubos dos modernistas portugueses - tão bem conectados - que ele e Fernando Pessoa exploraram com maestria, seja em seus projetos pessoais, seja na Revista Orpheu, projeto que desenvolveram em comum. Além disso, há o desenvolvimento de um eu-lírico melancólico, à beira de um abismo de sentimentos. Enquanto Pessoa estava em Lisboa e Sá-Carneiro, em Paris, os dois poetas mantiveram intensa correspondência. Dessas cartas, são conhecidas as enviadas por Sá-Carneiro, as quais extrapolam os limites do pessoal e apresentam fruição poética, uma espécie de arcabouço literário, a que se articula Dispersão - conjunto de poemas publicado em 1915. A melancolia é encontrada também nas linhas consideradas como palavras do próprio Sá-Carneiro em diálogo com o amigo. É aí que a sobreposição literário/extraliterário se evidencia; é aí que ambas as instâncias dialogam. Se as cartas têm notadamente cunho pessoal e os poemas estão no campo do ficcional, as armadilhas da escrita ali tomam corpo, levando o leitor a aproximar ficcional e biográfico, tomando-os por uma escrita confessional, corroborada pelo suicídio do poeta, dado que acaba sendo considerado o elo necessário para dar respaldo a tal leitura.
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