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Pintura na Travessia: A Paisagem LitorÃnea na Obra de Raymundo Cela(1930-1950) / Peinture de la traversÃe: Le bord de mer paysage NA obra de RAYMUNDO CELA (1930-1950)Delano Pessoa Carneiro Barbosa 27 August 2010 (has links)
nÃo hà / Por meio da trajetÃria do artista plÃstico cearense Raymundo BrandÃo Cela (1890-1954), bem como de suas Travessias no CearÃ, no Rio de Janeiro e na FranÃa, a pesquisa aqui desenvolvida tem como objetivo compreender a sua produÃÃo artÃstica realizada entre 1930 e 1950, buscando situar a cultura visual que conformou o seu olhar, o seu desenho e a sua paleta ao construir a fatura da Paisagem LitorÃnea. Tal abordagem contribuiu para a anÃlise da tipologia visual dos trabalhadores litorÃneos inventada por Raymundo Cela numa Ãpoca em que se buscava definir biologicamente e culturalmente o âhomem nacionalâ.
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A dinâmica da organização do espaço na região do baixo Mamanguape litoral norte do estado da ParaíbaCOSTA, Francisco Fábio Dantas da 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Universidade Estadual da Paraíba / O estudo da região não constitui privilégio único da ciência geográfica. No entanto, o geógrafo
vislumbra nessa categoria uma importante ferramenta para a apreensão da realidade, uma vez que a
mesma encerra valores e estilos de épocas, posturas filosóficas e ideológicas, tendências políticas,
níveis diferenciados do próprio processo de conhecimento técnico-científico, entre outros aspectos. Tal
condição ajuda a compreender a estagnação de algumas regiões e o dinamismo alcançado por outras,
ainda que elas façam parte de um mesmo território. Ela explica também o papel desempenhado por
importantes cidades que comandam a organização do espaço no interior das grandes regiões, a exemplo
das metrópoles e das megalópoles. Por fim, ela é imprescindível para o entendimento da complexa
trama que envolve os atores sociais, suas instituições, suas leis, suas vontades, suas necessidades e seus
desejos. A presente pesquisa tem como objetivo estudar a organização espacial na região do Baixo
Mamanguape, desde o período inicial de sua ocupação até os dias atuais, propondo uma TIPOLOGIA
DE FASES DA DINÂMICA REGIONAL com base nas alterações funcionais e morfológicas
identificadas. A partir da análise da literatura e da iconografia existentes; dos dados estatísticos
fornecidos pelo IBGE, FUNAI e FUNASA; das informações obtidas a partir do levantamento
cartográfico e também nos depoimentos colhidos nos trabalhos de campo, foi possível construir um
modelo teórico fundamentado em seis fases, a saber: Fase 1 o Litoral era habitado por grupos
indígenas tradicionais (Tabajaras e Potiguaras); Fase 2 o Litoral passou a ser visto como importante
reserva de matérias-primas; Fase 3 a região do Baixo Mamanguape foi forjada com base nas
atividades econômicas introduzidas pelos colonizadores (a cana-de-açúcar e a pecuária extensiva);
Fase 4 a crise política e econômica, o progresso técnico e a nova dinâmica regional; Fase 5 a
expansão recente da cultura da cana-de-açúcar e os seus impactos sobre a região (pós-1975); e Fase 6
a institucionalização de áreas de proteção ambiental. Com efeito, a experiência adquirida ao longo
desta pesquisa permitiu que nós fizéssemos algumas propostas para amenizar os problemas sociais e
ambientais da região. São elas: ampliação das políticas de reforma agrária; promoção de melhorias no
interior das aldeias em relação à habitação, ao saneamento básico, à saúde, à educação e à geração de
renda; revitalização da atividade industrial têxtil com base em pequenas e médias unidades de
produção, capazes de absorver expressivo contingente de trabalhadores; incentivo às práticas do
turismo sustentável, aproveitando as imensas potencialidades que a região oferece aos visitantes
(patrimônio cultural, arquitetônico e natural) e integrando as populações tradicionais nesses programas;
e favorecer o desenvolvimento racional da Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape,
de modo que as populações possam usufruir das riquezas naturais existentes nesse vasto ecossistema
costeiro
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Aspectos da Evolução da Linha de Costa e da Paisagem Litorânea do Município de Olinda entre 1915 e 2004: Evidências do Tecnógeno em PernambucoJosé de Araújo Pedrosa, Fábio January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Essa tese tem como principal objetivo tentar compreender e relacionar as causas
impulsionadoras do processo erosivo instalado no litoral do município de Olinda,
sobretudo a partir de meados do século passado. Dessa forma, foi realizada uma
pesquisa de documentos e mapas históricos, relatórios oficiais, trabalhos acadêmicos,
artigos de jornais, além de entrevistas com historiadores e técnicos da Prefeitura de
Olinda.
O desenvolvimento do trabalho revelou que as ressacas marinhas são
registradas desde o início do processo de colonização, bem como os aterros de
mangues, sendo esses últimos mais significativos ao longo do século XX com as obras
de ampliação do Porto do Recife que contribuíram para provocar sensíveis mudanças
nas complexas condições hidrodinâmicas locais, sobretudo ao largo do istmo de
Olinda. Por outro lado, aterros realizados principalmente para abrigar instalações
navais, parecem ter sido o derradeiro fator que levou à ruptura do frágil equilíbrio
morfodinâmico local. Análises comparativas de mapas e ortofotocartas da área,
revelaram que, entre 1915 e 2004, ocorreu um recuo da linha de costa de pouco mais
de 100 metros, sobretudo no trecho situado entre o istmo e a praia do Carmo. Essas
análises também mostraram uma redução de cerca de 90% da área de mangues
situada nas proximidades da foz do rio Beberibe, ao longo do mesmo período.
Desde então, observa-se que o litoral de Olinda encontra-se quase que
totalmente protegido por obras de diferentes tipos e dimensões, com efeitos na
modelagem da paisagem litorânea fortemente marcada pela ação antrópica. Assim, fica
evidenciada a presença do Tecnógeno no estado de Pernambuco, sugerindo que o
ano de 1537 constitua o marco cronológico referencial para o início do tecnógeno local
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Análise da estabilidade morfodinâmica das formações superficiais na área estuarina de Itapessoca Goiana PESANTOS, Cristiano Aprigio dos January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho trata de um estudo em escala de detalhe de impactos gerados
pelas modalidades de uso e ocupação do solo sobre os sistemas geomorfológicos
de uma área estuarina. Teve como objetivos principais identificar e mapear áreas
impactadas no estuário do rio Itapessoca, Goiana - PE. A referência teórica adotada
na realização deste foi a abordagem Ecodinâmica, compreendida como uma
perspectiva integradora, geradora de índices de fragilidade ambiental, representada
através do sistema geográfico e mapeada em escala de detalhe. A pesquisa foi
divida em duas etapas: a primeira exploratória, e uma segunda voltada para a coleta
de dados e observações. Para as análises foram adotados os parâmetros: estrutura
superficial da paisagem, uso do solo, vegetação e processos superficiais. Foram
determinadas 03 (três) áreas para realização do mapeamento pelas coordenadas
em Projeção Universal Transversal de Mercator (UTM): (0291055/9149958 e
0291076/9149839) área foco 01; (0297922/9152049 e 029708/9151984) para a 02;
ainda (209760/9152069 e 0297730/ 9151971) da terceira. As informações foram
sintetizadas em quatro níveis, a saber: 01 estabilidade, 02 instabilidade
atenuada, 03 instabilidade moderada e 04 instabilidade acentuada. Foi
diagnosticada de fato uma quebra na estabilidade morfodinâmica nessas áreas
selecionadas, que se faz reconhecida na correlação entre os fatores
desestabilizadores. Atribuiu-se à atual dinamização das unidades geossistêmicas
enunciadas como áreas focos , à ocorrência de instabilidade nas formações
superficiais, que se encontra expressada na dinâmica física de retomada de
equilíbrio dos sistemas observados, como função derivada da pressão antrópica
existente no local
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Vulnerabilidade do litoral sul de Pernambuco à erosãoLaura Bridi Mallmann, Daniele 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O estudo apresenta uma proposta metodológica para estimar a vulnerabilidade de
segmentos costeiros à erosão através de uma abordagem semi-quantitativa, bem como
sua aplicação para 14 praias do litoral sul de Pernambuco. Análises como esta
constituem importantes ferramentas no processo de gerenciamento costeiro, tendo em
vista que possibilitam o estabelecimento de áreas prioritárias para a gestão. Assim,
após pesquisa sobre os métodos existentes para esse fim, foi elaborada uma
metodologia através da qual dados qualitativos e quantitativos são codificados em
pesos proporcionais à sua influência sobre um Índice de Vulnerabilidade Global (IVG).
Por sua vez, o IVG é calculado a partir de cinco Índices Parciais de Vulnerabilidade
(IPVs), relacionados: à morfologia costeira, à presença de atributos naturais, à
influência marinha, aos processos costeiros e a fatores antrópicos. Os resultados
obtidos demonstram que 32,1% da linha de costa analisada pode ser classificada como
de baixa vulnerabilidade no que tange aos riscos de erosão. Áreas que apresentam grau
de vulnerabilidade muito alto (21,3%) coincidem com os núcleos urbanos ou porções
deles, sugerindo um controle muito mais estrutural/ antrópico do que
natural/dinâmico sobre a vulnerabilidade global. Ademais, foi possível identificar
quais são as variáveis de maior influência sobre a vulnerabilidade de cada praia e
identificar três grupos de praias cuja natureza da vulnerabilidade se assemelha,
estando relacionada: (a) à morfologia costeira e aos processos costeiros; (b) à
influência antrópica e aos processos costeiros; e (c) à influência antrópica e aos
atributos naturais. Conclui-se que a metodologia aqui proposta é simples e factível
mesmo para áreas cujas informações são escassas, como é o caso do litoral sul de
Pernambuco. Os resultados obtidos com a sua aplicação podem vir a orientar o
processo de ocupação das praias localizadas na área de estudo, tendo em vista que na
maior parte delas a urbanização ainda é incipiente, condição ideal para a
implementação de planos de manejo preventivos
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Geodinámica actual de una cuenca costera de dominio semiárido, Caleta Hornos, Región de CoquimboAmaya Carrasco, Hugo Felipe January 2013 (has links)
Geógrafo / Se analiza la cuenca costera de Quebrada Hornos y su litoral asociado desde la perspectiva
de la geomorfología y dinámica costera, en el contexto de sistemas interconectados.
Se identificaron y estudiaron las formas y la dinámica del litoral cercano a través de la
refracción del oleaje, y el análisis espaciotemporal de los tipos de zonas de rompiente
(playas dominadas por olas), verificando la presencia de una playa eminentemente
disipativa de alta energía. Se realizaron en la campaña de terreno perfiles de playa,
trazados desde la línea de máxima resaca hasta el cordón de dunas anteriores.
El sistema costero está conformado por remanentes de terraza marina disectadas por tres
talwegs que desembocan directamente en la bahía de Hornos. Sobre la terraza marina
existe una importante duna transgresiva, de herencia del Cuaternario. La playa, en su zona
proximal está conformada de gravas (rodados) media a gruesas, y de litologías
predominantemente graníticas, mientras que la zona distal de la playa está compuesta por
arenas.
Se aplicó a la cuenca una serie de índices morfométricos, los que fueron analizados en
función a la geomorfología de las subcuencas y en el contexto de los datos climáticos
existentes para la zona.
Se concluye que la cuenca presenta las condiciones necesarias para el transporte de masa
desde las vertientes a los talwegs principales y éstos a la línea de costa, existiendo
evidencias de procesos de remoción en masa en la cuenca, constituyéndose en un factor de
base para la generación de fenómenos dinámicos generados bajo ciertos umbrales
pluviales.
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Resíduos sólidos em praias do litoral sul de Pernambuco: origens e consequênciasChristina Barbosa de Araújo, Maria January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os ambientes costeiros são regiões suscetíveis ao acúmulo de resíduos sólidos
principalmente derivados do petróleo que se originam de inúmeras fontes. O presente
estudo analisa a questão do lixo, no período de fevereiro de 2001 a setembro de 2002
em duas praias do litoral sul de Pernambuco Brasil; Tamandaré e Várzea do Una.
Tamandaré é uma praia de fácil acesso, bastante freqüentada durante o verão e que
dispõe de limpeza urbana na orla, o contrário do que ocorre na Várzea do Una. Ambas
estão inseridas nas bacias de drenagem de vários rios. O estudo abordou os seguintes
aspectos: análise quali-quantitativa do lixo total, associação dos plásticos às prováveis
fontes, determinação da largura ideal de um transecto amostral para pesquisa dos
plásticos com relação à sua origem/uso, setorização das áreas em graus de
contaminação por plásticos, e análise da relação custo e benefício da limpeza urbana da
orla. Os transectos amostrais foram em número de quatro para Tamandaré e um para
Várzea do Una, com área de aproximadamente 2.500m2 abrangendo desde a duna
frontal (incluindo a vegetação) até próximo a linha d água na maré baixa. Os resultados
demonstraram que os itens plásticos foram maioria (> 80%) para as duas áreas,
semelhante ao que ocorre em outros locais do mundo. Desses itens os mais freqüentes
estavam relacionados à alimentação, pesca, limpeza doméstica e esgoto/higiene pessoal,
indicando a forte contribuição de fontes baseadas em terra. A largura ideal do transecto
amostral para esse tipo de pesquisa demonstrou ser de no mínimo 20 metros. Com
relação a setorização, o litoral de Tamandaré apresentou os menores índices de
contaminação na sua porção mediana, área mais vulnerável á erosão costeira com
muitas construções e obras de contenção, provavelmente devido a menor largura da
praia e ausência de vegetação. Várzea do Una obteve o grau máximo de contaminação
devido à proximidade com a foz do Rio Una. A análise da eficiência da limpeza urbana
no litoral de Tamandaré, demonstrou que houve redução significativa do lixo
principalmente na parte sul da orla, mas que a limpeza é apenas um paliativo que não se
mostrou eficaz para resolver definitivamente o problema
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Turismo, arquitectura, espacio y sociedad. Entre la modernización y la crisisMira González, Eduardo 01 January 1992 (has links)
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Abundância, distribuição espacial, uso de hábitat e conservação do Piru-piru Haematopus palliatus (Aves: Haematopodidae) no litoral norte e médio do Rio Grande do Sul, BrasilSanabria, José Antônio Fazio January 2012 (has links)
O Piru-piru Haematopus palliatus é uma ave limícola especialista em ambientes costeiro-marinhos e que apresenta representativas populações no Rio Grande do Sul. A espécie vem despertando preocupações conservacionistas em muitos sítios onde ocorre, o que faz informações das populações do Rio Grande do Sul importantes na avaliação de sua situação regional. Censos nas praias do litoral norte e médio do Rio Grande do Sul foram realizados em maio de 2010 (156 km entre o farol de Mostardas e Tramandaí) e em 2011 (215 km entre a barra da Lagoa do Peixe) resultaram na contagem de 1902 e 2605 indivíduos respectivamente, números estes superiores ao encontrado na metade sul do estado. Comparações com censos realizados na mesma época na década de 1980 sugerem que a população que inverna na área pode ter aumentado mais de cinco vezes. As densidades nas praias do litoral norte foram 2.1 e 3.7 vezes menores com relação ao observado no litoral médio, provavelmente devido a maior urbanização da primeira, na qual 82.2 e 93.8% das aves observadas encontrava-se em praias paralelas a remanescentes de dunas em 2010 e 2011, respectivamente. As praias ao norte da Lagoa do Peixe apresentam abundâncias da espécie que as credenciam a serem incluídas como sítio da Rede Hemisférica para Conservação de Aves limícolas, pois representam mais de 1% da estimativa populacional global. O litoral norte do Rio Grande do Sul é a porção da sua costa mais alterada pela urbanização, com remanescentes de campos de dunas sendo atualmente pequenos e fragmentados. A importância desses locais para o Piru-piru, um especialista de ambientes costeiro marinhos, foi então avaliada em quatro dos maiores remanescentes de campos de dunas da região, Magistério, Cabras, Imara e Capão Novo, cujas praias paralelas às dunas têm comprimento de 3, 6, 1 e 2 km, respectivamente, durante as temporadas reprodutivas 2010/11 e 2011/12. Censos semanais realizados entre setembro de 2010 e fevereiro de 2011 demonstraram que as densidades médias nas praias paralelas aos remanescentes de Magistério, Cabras e Imara foram 49, 16 e 5.2 vezes maiores, respectivamente, do que o observado em praias urbanizadas. Nestas as densidades de distúrbios humanos foram sempre superiores, marcadamente nos meses de verão (densidades até 28 vezes maiores), o que provavelmente levou a ausência da espécie na maioria das praias urbanizadas. Na praia urbanizada de Capão Novo, a densidade média de Piru-pirus foi mais elevada na primavera com relação a respectiva praia paralela a fragmento, fato provavelmente relacionado a menor densidade de distúrbios nesse período do ano. As praias foram utilizadas principalmente para alimentação e descanso, não sendo encontradas evidências de reprodução, as quais ocorreram em todos os fragmentos em novembro de 2011. Nessas áreas, a densidade média de pares reprodutores é superior ao encontrado em dunas não fragmentadas ao sul do litoral norte (p<0.05), o que indicar que essas áreas são importantes refúgios para populações reprodutoras da espécie. O remanecente de Cabras, localizado entre Cidreira e Tramandaí, é a maior área de dunas do litoral norte, é onde o Piru-piru foi encontrado em maior número (pico de 265 indivíduos), e suportou mais da metade pares reprodutivos registrados no litoral norte, sendo uma área que merece atenção conservacionista. Os fragmentos são provavelmente as únicas áreas que permitem ao Piru-Piru completar seu ciclo de vida no litoral norte, sendo sua preservação uma eficiente estratégia de conservação à espécie.
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Abundância, distribuição espacial, uso de hábitat e conservação do Piru-piru Haematopus palliatus (Aves: Haematopodidae) no litoral norte e médio do Rio Grande do Sul, BrasilSanabria, José Antônio Fazio January 2012 (has links)
O Piru-piru Haematopus palliatus é uma ave limícola especialista em ambientes costeiro-marinhos e que apresenta representativas populações no Rio Grande do Sul. A espécie vem despertando preocupações conservacionistas em muitos sítios onde ocorre, o que faz informações das populações do Rio Grande do Sul importantes na avaliação de sua situação regional. Censos nas praias do litoral norte e médio do Rio Grande do Sul foram realizados em maio de 2010 (156 km entre o farol de Mostardas e Tramandaí) e em 2011 (215 km entre a barra da Lagoa do Peixe) resultaram na contagem de 1902 e 2605 indivíduos respectivamente, números estes superiores ao encontrado na metade sul do estado. Comparações com censos realizados na mesma época na década de 1980 sugerem que a população que inverna na área pode ter aumentado mais de cinco vezes. As densidades nas praias do litoral norte foram 2.1 e 3.7 vezes menores com relação ao observado no litoral médio, provavelmente devido a maior urbanização da primeira, na qual 82.2 e 93.8% das aves observadas encontrava-se em praias paralelas a remanescentes de dunas em 2010 e 2011, respectivamente. As praias ao norte da Lagoa do Peixe apresentam abundâncias da espécie que as credenciam a serem incluídas como sítio da Rede Hemisférica para Conservação de Aves limícolas, pois representam mais de 1% da estimativa populacional global. O litoral norte do Rio Grande do Sul é a porção da sua costa mais alterada pela urbanização, com remanescentes de campos de dunas sendo atualmente pequenos e fragmentados. A importância desses locais para o Piru-piru, um especialista de ambientes costeiro marinhos, foi então avaliada em quatro dos maiores remanescentes de campos de dunas da região, Magistério, Cabras, Imara e Capão Novo, cujas praias paralelas às dunas têm comprimento de 3, 6, 1 e 2 km, respectivamente, durante as temporadas reprodutivas 2010/11 e 2011/12. Censos semanais realizados entre setembro de 2010 e fevereiro de 2011 demonstraram que as densidades médias nas praias paralelas aos remanescentes de Magistério, Cabras e Imara foram 49, 16 e 5.2 vezes maiores, respectivamente, do que o observado em praias urbanizadas. Nestas as densidades de distúrbios humanos foram sempre superiores, marcadamente nos meses de verão (densidades até 28 vezes maiores), o que provavelmente levou a ausência da espécie na maioria das praias urbanizadas. Na praia urbanizada de Capão Novo, a densidade média de Piru-pirus foi mais elevada na primavera com relação a respectiva praia paralela a fragmento, fato provavelmente relacionado a menor densidade de distúrbios nesse período do ano. As praias foram utilizadas principalmente para alimentação e descanso, não sendo encontradas evidências de reprodução, as quais ocorreram em todos os fragmentos em novembro de 2011. Nessas áreas, a densidade média de pares reprodutores é superior ao encontrado em dunas não fragmentadas ao sul do litoral norte (p<0.05), o que indicar que essas áreas são importantes refúgios para populações reprodutoras da espécie. O remanecente de Cabras, localizado entre Cidreira e Tramandaí, é a maior área de dunas do litoral norte, é onde o Piru-piru foi encontrado em maior número (pico de 265 indivíduos), e suportou mais da metade pares reprodutivos registrados no litoral norte, sendo uma área que merece atenção conservacionista. Os fragmentos são provavelmente as únicas áreas que permitem ao Piru-Piru completar seu ciclo de vida no litoral norte, sendo sua preservação uma eficiente estratégia de conservação à espécie.
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