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Ecologia cognitiva e forrageio social em Saguinus bicolor (SPIX, 1823)Azevedo, Renata Bocorny de January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Experimental field studies of foraging behavior allow to evaluate the kinds of ecological information (spatial, temporal and perceptual) primates use in their decisionmaking. In social species, foraging success is highly dependent on how animals represent and integrate ecological and within-group social cues. This study evaluates the ability of a wild group of bare-faced tamarins (Saguinus bibolor) composed of five individuals of associating spatial (distribution of food resources), visual (differences between real and sham bananas), olfactory (food smell) and quantitative (variation in the amount of food available) cues to the presence of food in an artificial feeding station. It also identifies the foraging strategies adopted by individual group members and evaluates whether they are sex-, age- or social rank-based. The study site was located in a forest fragment in Manaus, State of Amazonas, Brazil. The experimental design involved the establishment of a Feeding Station composed of eight visually similar feeding platforms. Real bananas, plastic bananas and inaccessible real bananas inside wire-mesh cages were used as bait during the experiments. A series of six experiments exposing the tamarins to different foraging tasks were conducted during 120 days from April to September 2005. The study group used spatial, visual, olfactory and quantitative cues in their foraging decisions. When the location of food rewards was predictable over time, the tamarins adopted a win-return rule for revisiting productive feeding platforms. However, when faced with conflicting spatial and perceptual cues, the tamarins relied on visual and/or olfactory cues in choosing where to search for food. In addition, the study group showed evidence of preferring particular feeding platforms, probably selected due to its location or the direction of arrival at the Feeding Station.Finally, the analysis of the individual behavior showed that group members varied in their foraging effort. Whereas some individuals actively searched for food and behaved as searchers, others relied on social cues and behaved as joiners. None agonistic interaction was recorded during the entire study, suggesting that bare-faced tamarins are highly tolerant toward group mates at feeding sites. The information accumulated in this research may help design conservation strategies for saving this primate from extinction. / O estudo experimental do comportamento de forrageio de primatas em ambiente natural permite analisar os tipos de informação ecológica (espacial, temporal e perceptual) que os animais utilizam na tomada de decisões durante a busca por alimento. O sucesso no forrageio depende amplamente da maneira como os animais representam e integram as informações ecológicas do ambiente e das relações sociais entre os indivíduos do grupo. O presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de um grupo de sauins-de-coleira (Saguinus bicolor) composto por cinco indivíduos em associar informações espaciais (distribuição dos recursos alimentares), visuais (diferença entre bananas plásticas e verdadeiras), olfativas (cheiro de banana) e quantitativas (variação na quantidade de alimento disponível) à presença de alimento em uma estação artificial de alimentação, identificar a estratégia de forrageio adotada por diferentes indivíduos e avaliar sua relação com o sexo, a idade e a posição hierárquica. O estudo foi desenvolvido em uma porção de floresta situada na cidade de Manaus, AM. O desenho experimental envolveu a construção de uma Estação de Alimentação composta por oito plataformas de alimentação semelhantes. Bananas verdadeiras, bananas plásticas e bananas verdadeiras dentro de saquinhos de tela metálica foram utilizados como isca durante a condução dos experimentos. De abril a setembro de 2005, uma série de seis experimentos foi desenvolvida ao longo de 120 dias. Cada experimento ofereceu diferentes condições aos animais de acordo com a habilidade cognitiva testada. O grupo demonstrou ser capaz de utilizar as informações espaciais, visuais, olfativas e quantitativas fornecidas assim como, utilizar diferentes estratégias para obter sucesso no forrageio.Perante o conflito de informação espacial e perceptual (visão e olfato), o grupo demonstrou que a visão e/ou olfato são mais salientes na localização dos recursos alimentares do que a informação espacial. Além disso, quando a localização das plataformas com recompensa era constante os animais de fato retornavam diretamente para as plataformas que continham alimento na sessão anterior com uma probabilidade significativamente acima do acaso, constatando que a adoção de uma estratégia “winreturn” para encontrar o alimento era vantajosa. Os animais também foram capazes de integrar a informação espacial adquirida anteriormente com a maior quantidade de alimento. Além disso, o grupo apresentou evidências por preferir determinados locais de alimentação, talvez em função da direção de chegada à Estação ou pela própria localização das plataformas. Finalmente, o grupo aprendeu a diferenciar visualmente bananas falsas de verdadeiras. A análise dos indivíduos do grupo indica que os animais adotam diferentes estratégias de forrageio de acordo com o investimento empregado na procura por alimento. Alguns indivíduos dependeram basicamente da informação ecológica, adotando uma estratégia de batedor, enquanto outros dependeram da informação social, adotando uma estratégia de usurpador. O grupo demonstrou ser extremamente tolerante, não sendo observada nenhuma interação agonística ao longo de todo o estudo. As informações desse trabalho poderão auxiliar na conservação da espécie.
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