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Pharmacogénétique et pharmacogénomique des inhibiteurs de tyrosine kinases : exemple de la leucémie myéloide chronique / Pharmacogenetic and pharmacogenomic of tyrosine kinase inhibitors : exemple of chronic myeloid leukemiaDulucq, Stéphanie 20 December 2012 (has links)
Les inhibiteurs de tyrosine kinases (ITKs) sont une nouvelle classe thérapeutique ayant connu un grand essor ces dix dernières années. Inhibiteurs compétitifs de l’adénosine triphosphate (ATP), ils sont utilisés dans le traitement de nombreux cancers dans lesquels une dérégulation de tyrosine kinases a été mise en évidence. Malgré une efficacité prouvée, des cas de résistance sont rapportés, en particulier avec l’exemple de la leucémie myéloïde chronique (LMC) et le traitement par ITK. Cette variabilité inter-individuelle peut être due à des mécanismes de résistance propre de la cellule tumorale ou à des variations dans les paramètres pharmacocinétiques de la molécule. De nombreuses études ont analysé l’impact de polymorphismes (SNPs) dans des gènes codants pour les déterminants pharmacocinétiques et pharmacodynamiques des ITKs. Nous avons analysé l’impact de SNPs sur l’obtention de la réponse moléculaire majeure à 1 an dans 2 cohortes de patients atteints de LMC et traités par imatinib. C1236T, G2677T/A et C3435T, 3 SNPs du gène MDR-1 codant pour la glycoprotéine P et les SNPs de la région codante du gène SLC22A1 à l’origine du transporteur d’influx hOCT1. L’impact bénéfique de l’allèle 1236T ou haplotype *4 et l’impact péjoratif de l’allèle 2677G ou haplotype *1, retrouvés dans la 1ère cohorte n’ont pas été retrouvés dans la 2ième cohorte suggérant un impact mineur voire nul de ces derniers sur la réponse à l’imatinib. L’impact des SNPs de SLC22A1 observés dans la 2ième cohorte nécessite d’être confirmé. Des travaux supplémentaires à plus grande échelle, selon des critères nécessitant d’être harmonisés, sont nécessaires avant d’espérer pouvoir aboutir à une «médecine personnalisée» pour l’imatinib mais également de façon générale pour l’ensemble des ITKs. / Tyrosine kinases inhibitors (TKIs) are a new class of drugs having bloomed over the past decade. As competitive inhibitors of the adenosine triphosphate, they are used in the treatment of many cancers in which deregulation of tyrosine kinases has been demonstrated. In spite of dramatic efficacy, cases of resistance have been reported particularly with chronic myeloid leukemia (CML) and TKI treatment. This inter-individual variability may be due to mechanisms of intrinsic resistance of tumor cells or changes in the pharmacokinetic parameters of the molecule. Numerous studies have analyzed the impact of polymorphisms (SNPs) in genes coding for pharmacokinetic and pharmacodynamic determinants. We analyzed the impact of SNPs on major molecular response at 1 year in 2 cohorts of patients with CML treated with imatinib. C1236T, G2677T/A, C3435T, three SNPs in the MDR-1 gene encoding P-glycoprotein and SNPs in the coding region of the SLC22A1 gene encoding hOCT1. The protective impact of the 1236T allele or haplotype*4 and the pejorative impact of the 2677G allele or haplotype*1, found in the 1st cohort, were not replicated in the 2nd cohort, suggesting minor or no impact on the response to imatinib. The impact of SLC22A1 SNPs observed in the 2nd cohort needs to be confirmed. Further works on a larger cohort, according to criteria that need to be harmonized, are necessary before we reach a “personalized medicine” for imatinib but also for all TKIs
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Pharmacogénétique des immunomodulateurs chez les receveurs de greffe rénaleRoy, Jean-Nicholas January 2006 (has links)
Mémoire numérisé par la Direction des bibliothèques de l'Université de Montréal.
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Avaliação da expressão de genes de resistência às múltiplas drogas (MDRs) e de metabolização em diferentes linhagens celulares tratadas com complexos metálicos de rutênio / Expression of multiple drug resistance gene (MDR) on different cell lines treated with ruthenium (III) complexesCosta, Cesar Augusto Sam Tiago Vilanova 21 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Não consta resumo em outro idioma. / Foi com a descoberta da atividade antimitótica da cisplatina por Rosenberg na década se
1960 e 70, em seu célebre estudo com bactérias Escherichia coli, que surgiu o interesse em
sintetizar e entender as bases moleculares responsáveis pelo mecanismo de ação biológica dos
compostos metálicos, visto que a própria cisplatina foi inicialmente sintetizada por Peyrone nos
idos de 1840.
Os primeiros estudos envolvendo o uso de complexos metálicos de rutênio como agentes
antitumorais foram realizados por Tochter no final dos anos 1980 (Dale et al., 1992). Àquela
época, foi inferido que todos os compostos de rutênio apresentavam como mecanismo de ação, a
sua ligação com o DNA, formando adutos e desencadeando processos celulares de natureza
deletéria que, por fim, levariam a morte celular. É interessante lembrar que esse é o mesmo
mecanismo de ação dos compostos de platina mais aceitos nos dias atuais.
Sadler e Dyson (2003) estudando compostos de rutênio que continham cloro em sua
estrutura, como o cloreto de cis-(dicloro)tetraaminorutênio(III) [cis-[RuCl2(NH3)4]Cl],
observaram que estes compostos apresentavam mecanismos de ação biológica muito parecidos
com os apresentados pela cisplatina [Pt(NH3)2Cl2], onde a hidrólise da ligação Ru–Cl pode ser
fortemente influenciada pela natureza dos coligantes presentes na estrutura do rutenato, como
grupamentos amino ou até mesmo pela presença de átomos de carbono. A alta concentração de
cloretos no sangue permite a esses compostos metálicos, levados por proteínas séricas, chegar até
as células e atravessar sua membrana celular e nuclear. Uma vez no interior do núcleo, a ligação
Ru–Cl é hidrolisada, devido a queda abrupta da concentração de cloretos (que é cerca de 25
vezes menor), levando o composto a se ligar ao DNA, mais especificamente à posição N7 da
base nitrogenada guanina.
Por outro lado, compostos que não possuem cloro em sua estrutura, parecem apresentar
mecanismos de ação diferentes ao padrão "ligação ao DNA". Sabe-se que compostos que
apresentam carboxilatos em sua molécula, como a carboplatina, oxaliplatina e o próprio ditionato
de cis-tetraammino(oxalato)rutênio(III) [Cis-[Ru(C2O2)(NH3)4]2(S2O6)], uma vez no interior das
células, são hidrolisados muito mais lentamente do que os compostos ricos em cloretos, o que
leva a um acúmulo desses compostos no citoplasma, diminuindo sua migração até o núcleo e,
assim reduzindo a sua capacidade de se ligar ao DNA.
Mas se o DNA não é o alvo desses compostos, então, quem poderia ser?
Essa pergunta está sendo respondida com recentes estudos, que revelaram a interação
desses compostos, ricos em carboxilatos, com uma miríade de proteínas e enzimas, que vão
desde catepsinas, chegando até mesmo à Pgp (Melchart & Sadler, 2008).
Estudos realizados por Dyson e colaboradores (2007), utilizando alguns inibidores da
proteína Pgp, como fenoxazinas e antracenos, coordenados com compostos de rutênio,
observaram que estes novos complexos não somente inibiram a ação da enzima, como também
induziram morte celular, demonstrando uma multifuncionalidade. Seguindo essa linha de
pensamento, acreditamos que a capacidade do composto ditionato de cistetraammino(oxalato)rutênio(III)
em induzir apoptose nas células tumorais, assim como os
baixos níveis de expressão de Pgp apresentados pelas células tratadas, corroboram os resultados
previamente observados por outros grupos, utilizando compostos de rutênio similares.
A resistência a fármacos mediada por Pgp é o mecanismo de MDR mais estudado
atualmente. Apesar do desenvolvimento de novos agentes antitumorais, a MDR mediada pela
Pgp protege as células de possíveis agentes citotóxicos, limitando a eficácia dos tratamentos
quimioterápicos em pacientes com câncer. Atualmente, a extensa maioria dos inibidores da Pgp
disponíveis estão associados a vários inconvenientes, que limitam o seu uso no
reestabelecimento da eficácia da quimioterapia antineoplásica, após o aparecimento do fenótipo
MDR. A procura de inibidores de Pgp alternativos, com um processo sintético exequível e
efeitos secundários reduzidos, continua a ser um desafio para os químicos, farmacêuticos e
pesquisadores. É nesse contexto que estão sendo desenvolvidos e estudados novos agentes
antitumorais que possam agir como inibidores de Pgp, apresentando um efeito dual, ou até
mesmo multifuncional, no tratamento clínico das neoplasias malignas.
Muito tem se discutido que a próxima geração de fármacos antitumorais poderá ser
formada por substâncias que se ligam a mais do que um único alvo terapêutico, o que poderia
acelerar tratamento contra a doença, reduzindo o número e a concentração de fármacos que
deveriam ser administrados, como os coquetéis atualmente utilizados, e até mesmo aumentando a
adesão ao tratamento por parte do paciente.
No presente trabalho, estudamos dois complexos de rutênio, o cloreto e o ditionato de
rutênio(III), que se apresentam como promissores no possível desenvolvimento de um novo
fármaco antitumoral. Essa promessa transparece no fato de ambos serem de síntese química
relativamente simples (processo sintético exequível) e, principalmente, por apresentarem efeito
biológico de interesse em células tumorais, como citotoxicidade e indução de morte celular,
especialmente por apoptose.
Pelo que foi observado nos resultados de nossa pesquisa, os complexos aqui estudados,
podem constituir um modelo para o estudo de novos agentes anticancerígenos com concomitante
capacidade de não induzir MDR. Esta característica se mostrou muito evidente sobre a linhagem
leucêmica K-562, onde os níveis de expressão de MDR1, após o tratamento com os rutenatos,
foram muito inferiores aos apresentados pelas células tumorais tratadas com o fármaco controle
Cisplatina. Ainda, é importante pontuar que o composto ditionato de cistetraammino(oxalato)rutênio(III)
apresentou efeito citotóxico em ambas as linhagens tumorais
K-562 e A549, sem contudo induzir altos níveis de expressão de Pgp (MDR1), apresentados
pelos fármacos platinados.
Assim, estudos mais aprofundados sobre a estrutura e funcionamento biológico desses
complexos de rutênio, representam um ponto de partida interessante para o desenvolvimento de
fármacos multifuncionais e de efeito desejável, auxiliando na delineação de estudos clínicos
dirigidos a grupos selecionados de pacientes que reúnam características genotípicas e fenotípicas
preditivas de máxima resposta terapêutica com mínima toxicidade. Posteriormente, estes estudos
podem levar às realizações de testes diagnósticos e farmacológicos mais eficazes que poderão ser
estabelecidos como rotina voltada para uma melhor definição de tratamentos. Isso traria um
maior sucesso no teste de novos medicamentos e reduziria os custos e riscos, minimizando o
tempo gasto para aprovação de um novo medicamento e a sua disponibilização para a sociedade.
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