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A perspectiva objetivante da ciência e a relação homem-natureza: algumas repercussões no ensino de ciências / The objectifying perspective of science and the man-nature relationship: some repercussions for Science teachingGodoi, Kêmeli Mamud 04 September 2015 (has links)
O presente trabalho investiga algumas repercussões que a perspectiva objetivante da ciência tem no ensino de ciências, no que diz respeito à relação homemnatureza. A ciência, que sustentou o progresso, também engendrou problemas absolutamente cruciais para o futuro da humanidade. Sua perspectiva objetivante, levada ao extremo, compôs uma forma de ver o mundo de maneira independente dos sentimentos humanos. Com a objetivação da visão de mundo, a relação homem-natureza se firma como uma relação de prepotência daquele sobre esta, ao mesmo tempo em que deixa o ser humano desamparado diante de uma natureza que não o contém. A racionalidade científica que legitimou tal visão de mundo, apagou a natureza por meio da negação da tradição, transformando-a em naturezaextensão, e fez surgir um sujeito do conhecimento que não tem história nem lugar. No contexto de uma natureza anônima, a relação do homem com esta é direcionada para a experiência EU-ISSO, que prescinde de qualquer envolvimento pessoal. Um dos caminhos para se retomar o vínculo relacional do homem com a natureza pode ser a reabilitação de saberes não científicos, que conformam maneiras outras de habitar o mundo e de se relacionar com a natureza. No ensino de ciências, a perspectiva objetivante da ciência é revelada na concepção absolutista que os professores tem da ciência, na desconsideração dos saberes dos estudantes e nos currículos que não tocam o viver cotidiano. Tal configuração praticamente encerra a possibilidade da aprendizagem das ciências pela maioria dos alunos, e por isso, o ensino de ciências pouco tem contribuído para a construção de uma relação positiva com a natureza. A abordagem cultural do ensino de ciências, que pressupõe reabilitar saberes outros, não científicos, pode ser uma alternativa viável para superar os efeitos da perspectiva objetivante no ensino e, por considerar a cultura dos alunos, pode contribuir para a construção da relação homem-natureza nos contextos culturais locais. Para tanto, faz-se necessário também reabilitar no ensino o lugar, como estratégia para consolidar identidades e práticas culturais integradas ao meio, em profundo envolvimento pessoal com a natureza. / This research investigates some repercussions that the objectifying perspective of science has in science teaching regarding the man-nature relationship. Science, which sustained progress, has also engendered absolutely crucial issues for the future of humanity. The objectifying perspective, taken to its extremes, has a way of seeing the world independently of human feelings. With the objectification of the world\'s view, the man-nature relationship is established as a relation of oppression - man against nature, and at the same time, it leaves a helpless human being in face of a nature which he does not belong. The scientific rationality legitimizes the world\'s view, that excludes nature through the denial of tradition, turning it into natureextension, and raising a subject of knowledge that has no history or place. In the context of an anonymous nature, its relation to man is directed to the I-IT experience, which dismisses any personal involvement. A way to reclaim the relational bond between man and nature may be the rehabilitation of non-scientific knowledge, that expresses other ways of inhabiting and relating to the world and nature. In science teaching, the objectifying perspective of science is revealed in the teachers\' absolutist conception of science, in disregard to the students\' knowledge and curricula that does not consider the everyday life. This configuration practically closes the science learning potential of most students, and, therefore, the teaching of science has had little contribution to building a positive relationship with nature. The cultural approach of science teaching, which presupposes rehabilitate other sort of knowledge, not scientific, can be a viable alternative to overcome the effects of the objectifying perspective in teaching, and by considering the students\' culture it can contribute to the construction of man-nature relationship in local cultural contexts. Therefore, it is necessary to rehabilitate the place, in teaching, as a strategy to consolidate identities and cultural practices, integrated to the environment, in deep personal involvement with nature.
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A perspectiva objetivante da ciência e a relação homem-natureza: algumas repercussões no ensino de ciências / The objectifying perspective of science and the man-nature relationship: some repercussions for Science teachingKêmeli Mamud Godoi 04 September 2015 (has links)
O presente trabalho investiga algumas repercussões que a perspectiva objetivante da ciência tem no ensino de ciências, no que diz respeito à relação homemnatureza. A ciência, que sustentou o progresso, também engendrou problemas absolutamente cruciais para o futuro da humanidade. Sua perspectiva objetivante, levada ao extremo, compôs uma forma de ver o mundo de maneira independente dos sentimentos humanos. Com a objetivação da visão de mundo, a relação homem-natureza se firma como uma relação de prepotência daquele sobre esta, ao mesmo tempo em que deixa o ser humano desamparado diante de uma natureza que não o contém. A racionalidade científica que legitimou tal visão de mundo, apagou a natureza por meio da negação da tradição, transformando-a em naturezaextensão, e fez surgir um sujeito do conhecimento que não tem história nem lugar. No contexto de uma natureza anônima, a relação do homem com esta é direcionada para a experiência EU-ISSO, que prescinde de qualquer envolvimento pessoal. Um dos caminhos para se retomar o vínculo relacional do homem com a natureza pode ser a reabilitação de saberes não científicos, que conformam maneiras outras de habitar o mundo e de se relacionar com a natureza. No ensino de ciências, a perspectiva objetivante da ciência é revelada na concepção absolutista que os professores tem da ciência, na desconsideração dos saberes dos estudantes e nos currículos que não tocam o viver cotidiano. Tal configuração praticamente encerra a possibilidade da aprendizagem das ciências pela maioria dos alunos, e por isso, o ensino de ciências pouco tem contribuído para a construção de uma relação positiva com a natureza. A abordagem cultural do ensino de ciências, que pressupõe reabilitar saberes outros, não científicos, pode ser uma alternativa viável para superar os efeitos da perspectiva objetivante no ensino e, por considerar a cultura dos alunos, pode contribuir para a construção da relação homem-natureza nos contextos culturais locais. Para tanto, faz-se necessário também reabilitar no ensino o lugar, como estratégia para consolidar identidades e práticas culturais integradas ao meio, em profundo envolvimento pessoal com a natureza. / This research investigates some repercussions that the objectifying perspective of science has in science teaching regarding the man-nature relationship. Science, which sustained progress, has also engendered absolutely crucial issues for the future of humanity. The objectifying perspective, taken to its extremes, has a way of seeing the world independently of human feelings. With the objectification of the world\'s view, the man-nature relationship is established as a relation of oppression - man against nature, and at the same time, it leaves a helpless human being in face of a nature which he does not belong. The scientific rationality legitimizes the world\'s view, that excludes nature through the denial of tradition, turning it into natureextension, and raising a subject of knowledge that has no history or place. In the context of an anonymous nature, its relation to man is directed to the I-IT experience, which dismisses any personal involvement. A way to reclaim the relational bond between man and nature may be the rehabilitation of non-scientific knowledge, that expresses other ways of inhabiting and relating to the world and nature. In science teaching, the objectifying perspective of science is revealed in the teachers\' absolutist conception of science, in disregard to the students\' knowledge and curricula that does not consider the everyday life. This configuration practically closes the science learning potential of most students, and, therefore, the teaching of science has had little contribution to building a positive relationship with nature. The cultural approach of science teaching, which presupposes rehabilitate other sort of knowledge, not scientific, can be a viable alternative to overcome the effects of the objectifying perspective in teaching, and by considering the students\' culture it can contribute to the construction of man-nature relationship in local cultural contexts. Therefore, it is necessary to rehabilitate the place, in teaching, as a strategy to consolidate identities and cultural practices, integrated to the environment, in deep personal involvement with nature.
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A Relação homem-natureza, a fenomenologia do cuidar e a dimensão formativa / The Man-nature relationship, and phenomenology of care and formative dimensionMEDINA, Patrícia 13 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-13 / This is a theoretical study devoted to reconstructing conceptions of nature-care-ethics theme, in an expository approach of Martin Heidegger (2002) ideas, in conversation with Hans Jonas (2004-2006), aiming, in the future, to subsidize the philosophical foundations an environmental education methodology. The research method was the phenomenological hermeneutics of Heidegger, expressed in his work Being and Time . The basis of reflection is the relationship between man and nature, its actual sense and verifying that Care (Sorge) can serve as critical to our civilization and as a guiding principle of convivial with nature. If the technique and technology take on a new sense of ethics because of the central role they now occupy, it will be able to come to a state of irreversibility for nature and human life, requiring that human behavior becomes duty subject. The ethics need will be exponentially greater as much as the powers of human action are governed by it. Only an ethics based on the human being, maintenance and custody of existence can have an effective sense. This indicates that care takes on the original centrality and provides a lumen to the merits of its value and its meaning to life that causes one diverse devise to the society. Care should constitute the root of ethics, as it has its psychological basis in the human capacity to transcend the concrete situation of the will directed to itself, to make decisions and live for the common welfare, being around its formative dimension: responsibility is the care recognized as an obligation towards other living beings when there is a threat to the vulnerability of live. / Trata-se de um estudo teórico vinculado à linha de pesquisa Cultura e Processos Educacionais do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás dedicado a reconstruir concepções acerca do tema natureza-cuidado-ética, numa abordagem expositiva das ideias de Martin Heidegger (2002) e Hans Jonas (2004-2006), em vista aos fundamentos filosóficos para uma metodologia de educação ambiental. A fundamentação teórica da pesquisa seguiu o fluxo do círculo hermenêutico constitutivo do método fenomenológico heideggeriano, expresso na obra Ser e Tempo. A base da reflexão é a relação homem-natureza, seu sentido atual e a verificação se o cuidado (Sorge) pode servir de crítica à nossa civilização e também como princípio inspirador de convivencialidade com a natureza a partir da descrição das tensões e das fertilidades nas relações entre cuidado, civilização e a convivência com a natureza. Se a técnica/tecnologia assumem um novo sentido ético por causa da centralidade que agora ocupam, poder-se-á chegar a uma situação de irreversibilidade para a natureza e a vida humana, havendo necessidade de que o comportamento humano se torne objeto de dever. A realização deste estudo possibilitou concluir que a necessidade da ética será exponencialmente maior quanto maiores forem os poderes do agir humano que esta deverá regular. Somente uma ética fundada na vida, na manutenção e na custódia da existência pode ter um sentido efetivo. Isso indica que o cuidar assuma a centralidade original e forneça um lúmen à procedência do seu valor e do seu sentido para a vida. O cuidado deve constituir a raiz da ética, pois possui sua base na capacidade do humano transcender a situação concreta da vontade orientada para si, para tomar decisões e viver voltado para o bem estar comum estando sua dimensão formativa no entendimento da responsabilidade no cuidado reconhecido como obrigação em relação a outro ser vivo quando existe uma ameaça à vulnerabilidade da vida.
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