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Imagens do pensamento: a pintura de Édouard Manet e Gérard Fromanger na obra de Michel FoucaultSantos, Marta Souza 16 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-16 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This work aimed to investigate the place and the role of the image in the writings of Michel Foucault, evaluating its use not only as a narrative tool but also as part of his methodology of which the painting would be a component. Besides that, it aimed at investigating a possible constitution of an aesthetic in his work. Initially this thesis contextualizes the inclusion of Michel Foucault in the tradition of historiography and criticism of the western arts. Then, after a brief overview of the position and function of image in work of Foucault (with a descriptive of his writings, favoring the presence of painting), follows the reading of two of his texts throught the perspective of his methodological carrrer: the dimension of knowing with reading de La peinture de Manet, text pronounced as a conference between the years 1967 e 1971, in which Foucault performs an analisys of thirteen Manet's paintings; and the dimension of genealogy with the reading of The photogenic painting in the year 1975, text in which Foucault evaluate several photogenic paints from the french artist Gérard Fromanger. The question of image is in combination with some basic concepts and key to the demonstration of its importance in the Michel Foucault's work, as the issues of device of political resistance and the aesthetic of existence. Moreover the reading's division in this research of the texts by Foucault, under the focus of his archegenealogy considere the three domains of work traversed by the philosopher along his carreer knowlodge, power and ethics in addition to valorize the general Foucault's project of a historical-philosophical investigation of relations between subject and truth positioned from the perspective of a present ontology. The present ontology, or historical ontology, considers the critical work which the philosophy should undertake nowadays gathering the archaelogy of knowlodge or the speeches which made the man as an object and subject of knowlodge, like the power of genealogy as production of knowlodges and the practices of power which interfere on the subject and the ethics actioned by him in his self-constitution. Considering this, the problem of modernity, frequently elaborated by Foucault in his historical investigations, it's also based on the understanding of the philosopher about what constitute the artistic creation and his participation in the games and political struggles / Este trabalho teve como propósito investigar o lugar e o papel da imagem nos escritos de
Michel Foucault, avaliando seu uso não somente como recurso narrativo, mas também como
elemento de sua metodologia da qual a pintura seria componente além de indagar sobre a
possível constituição de uma estética em sua obra.
Inicialmente esta dissertação contextualiza a inserção de Michel Foucault na tradição da
historiografia e da crítica de arte ocidentais. Em seguida, após um breve panorama sobre a posição
e função da imagem na obra de Michel Foucault (com uma descritiva de seus escritos, privilegiando
a presença da pintura), segue com a leitura de dois de seus textos, através da perspectiva de sua
trajetória metodológica; a dimensão do saber na arqueologia com a leitura de La peinture de Manet,
texto pronunciado como conferência entre os anos de 1967 e 1971, no qual Foucault realiza uma
análise de treze pinturas de Édouard Manet; e a dimensão da genealogia com a leitura de A pintura
fotogênica, de 1975, texto no qual Foucault avalia diversas pinturas-fotografias do artista francês
Gérard Fromanger.
A questão da imagem é articulada com algumas noções fundamentais para a demonstração
de sua importância na obra de Michel Foucault, tais como as questões do dispositivo, da resistência
política e da estética da existência. Ademais, a divisão da leitura nesta pesquisa, dos textos de
Michel Foucault sob o recorte de sua arquegenealogia, considera os três domínios (ou eixos) de
trabalho percorridos pelo filósofo ao longo de sua obra o saber, o poder e a ética além de
valorizar o projeto geral foucaultiano de uma investigação histórico-filosófica das relações entre
sujeito e verdade, posicionada sob a perspectiva de uma ontologia do presente.
A ontologia do presente, ou ontologia histórica, considera o trabalho crítico que a filosofia
deve empreender na atualidade, reunindo tanto a arqueologia do saber ou dos discursos que
constituíram o homem como objeto e sujeito do conhecimento, como a genealogia como
produção de saberes e de práticas do poder que intervêm sobre o sujeito e da ética acionada por
ele em sua auto-constituição. Assim, o problema da modernidade, recorrentemente elaborado por
Foucault em suas investigações históricas, é também dimensionado a partir da compreensão do
filósofo do que constitui a criação artística e sua participação nos jogos e lutas políticas
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