Having lived through experiences that generated anxieties and concerns during my training and practice in Special Education, I wanted this work to analyze, through narratives of Special Educators, different sets of knowledge and power used in the process of subjectivity in order to understand how they Special Educators are and how to undertake a self-care in order to relate better with each other and improve their professional practice. I conducted this research using a Foucault reading which used the mechanisms of subjectivity and self-care as key tools to weave this dissertation. Through this work, I realize that we are constituted through relations of power and knowledge, truth games subjectivate us and cause us to act and we relate with others, with the world and ourselves in certain ways. We subjectified through binaries of right/wrong, normal/abnormal, among others that cause us to look at the subjects in certain ways. This work was composed in order to allow some resistance strengthened through self-care as a possibility to think about these games, in which we invariably inserted and, from these plots, can act in other ways about the world, on the other (that can be our disabled students) and especially about ourselves, enabling us to be a free subject and desiring to be under certain conditions. / Tendo passado por experiências que geraram angústias e inquietações durante minha formação e prática profissional em Educação Especial, pretendi com este trabalho analisar através de narrativas de Educadoras Especiais, os diferentes jogos de saber e poder utilizados nos processos de subjetivação a fim de compreender como elas se constituem Educadoras Especiais e como empreendem um cuidado de si no intuito de relacionar-se melhor com o outro e melhorar sua prática profissional. Realizei esta pesquisa utilizando-me de uma leitura foucaultiana a partir da qual utilizei os mecanismos de subjetivação e o cuidado de si como principais ferramentas para tecer esta dissertação. Através deste trabalho, pude perceber que nos constituímos através de relações de poder e saber, jogos de verdade que nos subjetivam e fazem com que ajamos e nos relacionemos com os outros, com o mundo e com nós mesmos de determinadas formas. Somos produzidos através de binarismos de certo/errado, normal/anormal; entre outros que fazem com que olhemos para os sujeitos de determinadas formas. Este trabalho constituiu-se no intuito de possibilitar algumas resistências fortalecidas através do cuidado de si como possibilidade de pensarmos sobre esses jogos, nos quais estamos invariavelmente inseridos e, a partir destas tramas, conseguir agir de outras formas sobre o mundo, sobre o outro (que pode ser nosso aluno com deficiência) e principalmente sobre nós mesmos, possibilitando-nos ser um sujeito livre e desejante de estar em certas condições.